ESTÂNCIA BALNEÁRIA
Secretaria de Educação
DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO
EQUIPE INTERDISCIPLINAR
Ensino Fundamental / Educação de Jovens e Adultos
Ciclo I e II
SANTOS
2004
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Índice
I. Introdução
• Textos
• Atividades práticas
IX. Bibliografia
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I - INTRODUÇÃO
Caro Professor,
Bom trabalho!
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Texto 1
A idéia de que a Matemática só tem utilidade prática naquelas profissões que lidam
com números – como a engenharia ou a contabilidade – encontra cada vez menor respaldo na
realidade. O raciocínio lógico e os cálculos começam a ser exigidos em profissões que antes
passavam bem sem eles. A bióloga mineira Maria da Conceição Carvalho, por exemplo, passa
o dia fazendo contas. Funcionária do zoológico de Belo Horizonte, uma de suas funções é
alimentar os animais. Para isso, ela precisa fazer cálculos exaustivos sobre a quantidade de
calorias, proteínas e vitaminas necessárias ao prato do dia de cada bicho. O elefante Joça, uma
das atrações do zoológico, precisa ingerir diariamente 25.000 calorias, 500.000 unidades de
vitamina A e 22 quilos de proteínas.
“O cardápio depende da quantidade de capim seco que Joça comer”, diz Conceição. “Se
ele recusar 20 quilos de capim, tenho de dar para ele no dia seguinte 250 gramas de proteínas,
o equivalente a 21 quilos de abóbora”. Recentemente, o casal de hipopótamos do mesmo
zoológico, Toquinho e Popota, ganhou um filhote – e o biólogo Marco Aurélio Corabetti foi
convocado a calcular o tamanho de uma nova casa da família dos hipopótamos. “Cada animal
desses precisa de 400 metros quadrados de área para circular e de um tanque d’água de 200
metros quadrados”, diz ele. “Sou biólogo, mas, nessas horas, os conhecimentos em geometria
são indispensáveis.”
O advogado paulista Antonio Aidat, especializado em questões de família, também teve
um encontro com a Matemática quando começou a defender casos envolvendo a identificação
de paternidade. “Tive de aprender análise combinatória e a teoria das probabilidades para
poder trabalhar”, diz ele. Segundo o método de identificação pelo DNA – o código genético
peculiar a cada pessoa -, a confiabilidade dos resultados é de quase 100%. “No exame de
DNA, se houver mais de dezesseis coincidências entre os exames dos supostos pai e filho, as
chances de erro são nulas, segundo a Matemática”, calcula o advogado.
Formado em Letras, o tradutor carioca Márcio Aguinaga, 39 anos, já se acostumou a
trabalhar com uma calculadora à mão. Ele prepara legendas de filmes estrangeiros traduzidos
para o Português – mas, quando começou a trabalhar no ramo, esbarrou num problema sério.
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Os espectadores não conseguiam ler, em tempo, suas legendas – e a tela ficava coalhada de
palavras que escondiam a imagem. Com um cronômetro e uma calculadora, ele aprendeu que
uma imagem com menos de sete segundos nunca pode conter mais de 48 letras impressas.
“Desde então, minha vida é calcular a tradução num espaço mais restrito”, diz Aguinaga.
II - Atividade Prática 1
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Texto 2
Quando você vê um 1 e um 0 juntos você diria que eles representam o dez. Mas para
um computador eles representam dois!
Nós contamos com dez algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Mas um computador usa
apenas dois algarismos: 1 e 0. Por isso os números de um computador não se parecem com os
números que estamos acostumados a ver. Nosso oito se escreve 8. Mas o oito de um
computador se escreve 1000!
Isso parece estranho, mas eis como funciona: nosso sistema de numeração tem a base
10, isto é, agrupamos os números por dezenas. 10 unidades formam uma dezena. 10 dezenas
formam uma centena. 10 centenas formam um milhar. E assim por diante. Quando
escrevemos 235, estamos mostrando que esse número é constituído por 2 centenas, 3 dezenas
e 5 unidades.
Cada algarismo equivale ao mesmo número de cotas em um ábaco.
Sua posição indica a quantidade que ele representa. Um 3 na posição das dezenas
representa 30. Um 2 na posição das centenas representa 200.
Um computador usa a base 2, o que nós chamamos de sistema binário. Ele não tem
casas para as unidades, dezenas, centenas, etc. Um computador tem uma casa para o um, um
casa para o dois, uma casa para o quatro, uma casa para o oito, e assim por diante. Ele usa o
sistema binário, o que significa que conta os números por grupos em que cada grupo vale duas
vezes o anterior (e não dez vezes, como no decimal). E usa apenas dois dígitos para contar: 1
e 0.
Quando um computador registra o número 2, ele escreve assim: 10. Isso significa 1
grupo de duas unidades e 0 grupo de uma unidade. Ele registra o número 4 assim: 100, ou
seja, 1 grupo de quatro unidades mais 0 de duas unidades mais 0 de uma unidade.
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QUATRO DOIS UM
2 1 0
4 1 0 0
Como você pode ver, um computador simplesmente soma os valores de grupos para
formar os números – mas pode fazer isso mais rápido do que um piscar de olhos!
Atividade Prática 2
1 1 1 1
Assim, 15 =
1 x 8 + + 1 x 4 + + 1 x 2 + 1 x 1
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Texto 3
Por milhares de anos, as pessoas avaliaram a temperatura pelo que sentiam. Para testar a
temperatura de um forno, os cozinheiros punham a mão dentro dele. Se o tempo parecia frio,
as pessoas vestiam mais roupas.
Há muito, muito tempo, os aborígines da Austrália vestiam pouca roupa – quando
vestiam algo. Quando fazia frio à noite, eles simplesmente se enroscavam com um ou mais de
seus cães. De acordo com uma história que pode ou não ser verdadeira, mediam a temperatura
pelo número de cães de que precisavam para se aquecer. Uma noite de cão era um tanto fria.
Uma noite de três cães era muito mais fria, é claro.
Não havia maneira de medir a temperatura até a invenção do termômetro, há cerca de
400 anos. E foi só há cerca de 260 anos que um alemão chamado Fahrenheit construiu um
termômetro do tipo que usamos atualmente. A palavra termômetro significa medidor de calor.
O termômetro de Fahrenheit era um tubo de vidro fechado com um bulbo em uma das
pontas. O bulbo era enchido com mercúrio. O mercúrio, quando aquecido, subia pelo tubo.
Quando esfriado, descia para o bulbo.
Para medir temperaturas, Fahrenheit necessitava de uma escala, ou uma série de marcas,
no tubo de vidro. Quando punha o termômetro numa mistura de gelo e sal, a coluna de
mercúrio mantinha-se baixa. Fahrenheit fez uma marca no tubo nesse nível. Chamou a esse
ponto zero grau ou 0°.
Agora precisava de um ponto mais alto. Em algumas outras escalas de temperatura, o
calor do corpo humano era marcado pelo 12. Mas Fahrenheit tinha um termômetro muito exato
e uma escala de 0 a 12 não tinha extensão suficiente. Por isso, multiplicou o 12 por oito e
marcou esse ponto com o 96.
Usando essa escala ele descobriu que o ponto de congelamento da água era de 32° e o
ponto de ebulição era 212°.
Atualmente, na maioria dos países do mundo, usa-se um termômetro com uma escala
diferente. Essa escala é parte do sistema métrico. Ela é chamada escala Celsius, em honra do
astrônomo sueco que a criou. Na escala Celsius, também conhecida como escala centígrada, o
0 é o ponto em que a água se congela. Equivale aos 32° da escala Fahrenheit. E na escala
Celsius o ponto de ebulição da água é de 100°. Equivale aos 212° da escala Fahrenheit.
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3. Observe as situações de muito frio e muito calor:
Converse com a sua professora e seus colegas sobre cada uma das situações apresentadas.
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III – A leitura e a Literatura nas aulas de Matemática
Nos últimos anos, diferentes autores vêm escrevendo sobre a importância da literatura
infantil no aprendizado da língua materna, escrita e falada. Também é conhecida a riqueza do
potencial literário para a alfabetização, devido ao estímulo que representa na construção do
código da língua escrita.
A literatura infantil tem sido apresentada como uma prática pedagógica aberta, atual, que
permite à criança conviver com uma relação não passiva entre a linguagem escrita e falada. De
algum modo, a literatura aparece à criança como manifestação do sentir e do saber, o que
permite a ela inventar, renovar e discordar.
Segundo Yunes e Ponde (1989), enquanto o ensino alimenta uma proposta distante,
desarticulada e fragmentada da realidade do aluno, a literatura pode oferecer elementos desta
mesma realidade como auxílio para compreender a realidade.
Tomando contato com estes estudos e considerando importante aproximar o ensino da
matemática e o ensino da língua materna, percebemos que o trabalho com a matemática de pré-
escola à quarta série seria enriquecido se pudesse ser feita uma conexão com a literatura
infantil, isto é, acreditamos que a literatura poderia ser um modo desafiante e lúdico para as
crianças pensarem sobre algumas noções matemáticas e, ainda, servir como um complemento
para o material tradicionalmente utilizados nas aulas: a lousa, o giz e o livro didático.
Integrar literatura às aulas de matemática representa uma substancial mudança no
sentido tradicional da matemática, pois, em atividades deste tipo, os alunos não aprendem
primeiro a matemática para depois aplicar na história, mas exploram a matemática e a história
ao mesmo tempo.
Interrogado pelo texto, o leitor volta a ele muitas vezes para acrescentar outras
expectativas, percepções e experiências. Dessa forma, a história contribui para que os alunos
aprendam e façam matemática, assim como exploram lugares, características e acontecimentos
na história, o que permite que habilidades matemáticas e de linguagem se desenvolvam juntas,
enquanto os alunos lêem, escrevem e conversam sobre as idéias matemáticas que vão
aparecendo ao longo da leitura. É nesse contexto que a conexão da matemática com a literatura
infantil aparece.
Em termos gerais, entendemos que estabelecer conexão em matemática pode implicar
em:
a) relacionar as idéias matemáticas à realidade, de forma a deixar clara e explicita sua
participação, presença e utilização nos vários campos da atuação humana, valorizando,
assim, o uso social e cultural da matemática;
b) relacionar as idéias matemáticas com as demais disciplinas ou temas de outras disciplinas;
c) reconhecer a relação entre diferentes tópicos da matemática, relacionando várias
representações de conceitos ou procedimentos umas com as outras;
d) explorar problemas e descrever resultados, usando modelos ou representações gráficas,
numéricas, físicas e verbais.
Sendo assim, por meio da conexão entre literatura e matemática, o professor pode criar
situações na sala de aula que encoragem os alunos a compreenderem e se familiarizarem mais
com a linguagem matemática, estabelecendo ligações cognitivas entre a linguagem materna,
conceitos da vida real e a linguagem matemática formal, dando oportunidades para eles
escreverem e falarem sobre o vocabulário matemático, além de desenvolverem habilidades de
formulação e resolução de problemas enquanto desenvolvem noções e conceitos matemáticos.
É inegável a impregnação entre a matemática e a língua materna. Ainda que a primeira
possua uma simbologia própria e bastante específica, para ler em matemática e interpretar os
símbolos, fazemos uma “tradução” para a linguagem usual.
Todos os dias, nos jornais, nas revistas, na televisão e em outras situações comuns à vida
das pessoas, usa-se uma linguagem mista. Parece mesmo que é a escola que se encarrega de
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estabelecer um distanciamento entre estas duas formas de linguagem, de tal modo que cria uma
barreira quase que intransponível entre elas. Parece-nos que a literatura infantil pode ser um
dos recursos a ser utilizado pelo professor para diminuir tal distanciamento.
É certo que a linguagem matemática consiste de símbolos bem definidos que
representam conceitos fundamentais, mas também é certo que para os expressar oralmente
tomamos emprestados termos da língua materna que podem ter diferentes significados dentro e
fora da matemática e, para construir a compreensão da linguagem unidimensional da
matemática, faz-se necessário que o aluno tenha noção da diversidade de seu uso.
Ora, há indícios de que o nível ou grau de compreensão de um conceito ou idéia está
intimamente ligado à possibilidade de quem aprende a comunicar este conceito ou idéia, ou
seja, é importante e necessário encontrar sentido nos símbolos da ciência matemática e
compreender os seus significados para poder raciocinar e expressar-se com linguagem
específica da matemática.
Desta forma, as atividades que requerem interpretação e comunicação, tais como leitura,
ajudarão os alunos a esclarecer, refinar e organizar seus pensamentos, melhorar na
interpretação, na abordagem e na solução de problemas matemáticos e desenvolver uma
melhor significação para a linguagem matemática. A leitura de peças de literatura infantil nos
parecem adequadas a esta finalidade, uma vez que elas “convidam” o leitor a participar, a
emitir opiniões e, ao mesmo tempo, encorajam-no a usar uma variedade de habilidades de
pensamento – classificação, ordenação, levantamento de hipóteses, interpretação e formulação
de problemas.
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IV – A LITERATURA INFANTIL E A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM
MATEMÁTICA
De modo geral, os problemas que propomos aos nossos alunos são do tipo padrão. Isto
é:
• podem ser resolvidos pela aplicação direta de um ou mais algoritmos;
• a tarefa básica, na sua resolução, é identificar que operação ou algoritmo são
apropriados para mostrar a solução e transformar a linguagem usual em linguagem
matemática;
• a solução numericamente correta é ponto fundamental;
• a solução sempre existe e é única;
• o problema é apresentado por meio de frases, diagramas ou parágrafos curtos e vem
sempre após a apresentação de determinado conteúdo ou algoritmo;
• todos os dados de que o resolvedor necessita aparecem explicitamente no problema;
• não exige qualquer forma de resolver mais elaborada para sua solução.
Isto implica em dizer que nossa proposta para resolução de problemas não se restringe a
uma simples instrução em como se resolver um problema ou determinados tipos de problemas.
Não se trata também de considerar resolução de problemas como um conteúdo isolado dentro
do currículo. Acreditamos que resolução de problemas é uma metodologia de trabalho por
meio da qual os alunos são envolvidos em “fazer” matemática, isto é, eles tornam-se capazes
de formular e resolver por si questões matemáticas e, com a possibilidade de questionar e
levantar hipóteses, adquirem, relacionam e aplicam conceitos matemáticos.
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Sob esse enfoque, resolver problemas é um espaço para fazer colocações, comunicar
idéias, investigar relações, sendo, portanto, um momento para desenvolver noções e
habilidades matemáticas.
Desenvolver a habilidade de resolver problemas pode criar conexões entre o
entendimento informal que a criança traz para a escola e o conhecimento formal esboçado pelo
currículo de matemática.
Esta mudança de postura exige também que busquemos outras fontes, além do livro
didático, que propiciem ao aluno a aquisição de novos conceitos ou habilidades e, neste
trabalho, tentamos mostrar que a literatura infantil explorada via metodologia da resolução de
problemas é um recurso rico para ser utilizado com esta finalidade.
A literatura, seja poesia, histórias, fábulas ou contos, é facilmente acessível e
proporciona contextos que trazem múltiplas possibilidades de exploração que vão desde a
formulação de questões por parte dos alunos, até desenvolvimento de múltiplas estratégias de
resolução das questões colocadas.
Esta conexão da matemática com a literatura infantil propicia um momento para
aprender novos conceitos ou utilizar os já aprendidos.
Ao longo do trabalho são feitas tentativas no sentido de matematizar uma dada situação
apresentada num texto e a idéia central é estabelecer um caminho que ajude a percepção
matemática dos alunos.
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entre esta página e a anterior? Também podem ser feitas modificações em determinados
trechos do livro e até outros finais para a história.
O professor deve também ficar atento sobre problematizações relativas a alguma página
ou figura do livro que possa fazer ao longo da própria leitura. Desta forma, inicia-se a
exploração matemática pelo que o próprio texto sugere e, durante os primeiros contatos dos
alunos com a obra, o professor seleciona os aspectos matemáticos que deseja enfatizar para
atender aos seus objetivos.
Muitos livros trazem a matemática relacionada ao próprio texto, outros servirão para
relacionar a matemática com outras áreas do currículo; há aqueles que envolvem determinadas
habilidades matemáticas que se deseja desenvolver, e outros, ainda, providenciam uma
motivação para o uso de materiais didáticos. Um livro, às vezes, sugere uma variedade de
atividades que podem guiar os alunos para os tópicos matemáticos e habilidades além daquelas
mencionadas no texto. Isto significa que “garimpando” nas entrelinhas, podemos propor
problemas utilizando as idéias aí implícitas.
Seja qual for a forma pela qual se leve a literatura infantil para as aulas de
matemática, é bom lembrarmos que a impressão fundamental da história não deve
ser distorcida por uma ênfase indevida em um aspecto matemático.
MEUS PORQUINHOS
Sugestões de trabalho
O professor, com seus alunos, pode fazer uma leitura oral do livro ou utilizar
retroprojetor ou mesmo cartazes.
Após este primeiro contato com o livro, o professor pode, num outro momento, fazer
uma nova leitura questionando as crianças:
Vale observar que as respostas à última pergunta podem ser diferentes, uma vez que o
livro não apresenta páginas numeradas e a forma como cada um fizer a contagem poderá
interferir na resposta ao problema. O problema deve discutir todas as respostas que surgirem e
procurar fazer com que as crianças percebam porque elas são diferentes. Outros
questionamentos possíveis são:
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Para auxiliar na resolução de problemas, o professor poderá utilizar o recurso da
“dramatização” como mostra a próxima atividade.
6 - “... eu ponho todos juntos, numa fila para dois beijos gordinhos,
dois beijos espertos, dois beijos compridos...”
7 - Quantos beijos até aqui?
8 - Quais os terceiros porquinhos a se beijarem?
9 - Quando os bobinhos se beijam quantos beijos já foram dados?
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O professor pode usar o texto para trabalhar o nome de cada dedo. Para isso, poderá
utilizar parlendas ou músicas tais como:
Feito isso, pode-se estabelecer uma relação com o tipo dos porquinhos e os dedos nos
quais eles ficam.
Por se utilizar de recursos tão variados, não há necessidade de que as crianças saibam
ler para realizar as atividades. Muitas podem ser feitas oralmente, porém, é indispensável que
as crianças façam, individualmente ou em duplas, registros do que realizam. Para isso, podem
ser usados desenhos, colagens ou algum outro recurso que o professor julgar conveniente.
Ao finalizar as atividades, o professor pode pedir que as crianças reescrevam ou façam
cartazes da história.
♦ Outros problemas
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1. Descubra a qual porquinho pertence cada nome:
— Eu sou o Roberto, estou ao lado do miudinho.
— Eu sou Luiz, fico entre o comprido e o gordinho.
— Eu sou a Karina e adoro dançar.
— Eu sou a Clara, estou ao lado do bobinho.
A resposta para este último problema pode não ser 2. Isto porque nada garante que ele
tenha comido uma melancia no domingo, nem tão pouco no sábado.
Ainda que os alunos não pensem nessa possibilidade, o professor pode propor esta
discussão.
Os dois próximos problemas trazem uma situação que, para ser resolvida, é importante
considerar os dados apresentados, analisá-los e desenhar a solução. No entanto, o mais
importante nestas duas propostas é que a resposta não será obtida por meio do emprego direto
de uma contagem ou de uma das quatro operações fundamentais, mas por um exercício de
interpretação geométrica da figura apresentada.
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5. Cinco porquinhos estão num cercado quadrado. Desenhe um outro
quadrado nesse mesmo cercado para que cada porquinho tenha o seu
cercado.
Ao discutir cada solução encontrada para estes dois problemas, valerá o professor
observar com os alunos que, em ambos os problemas, há uma alteração no tamanho e na
posição do quadrado colocado, em relação ao quadrado original, mas a forma não se altera: é
sempre, um quadrado.
Outra observação a ser feita sobre estes dois problemas é que eles trazem a mesma
idéia para sua solução, sendo que o de número 5 é uma formulação mais simples do 6. Ao
propor estas atividades para as crianças da primeira série, o professor deve discutir as formas
de solução da formulação mais simples e só então propor a forma mais elaborada. Depois é
interessante que compare as duas propostas com os alunos para que todos analisem as
semelhanças e diferenças entre elas.
Depois de todo este trabalho, uma outra sugestão é fazer uma votação entre os alunos
para descobrir qual é o porquinho preferido pela classe. Após cada aluno votar, o professor
organiza com a classe um trabalho de construção de um gráfico.
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AS TRÊS PARTES
Sugestões de trabalho
Feita esta discussão, os alunos recortam as três partes. A história pode ser relida para
que os alunos, em duplas, construam as formas que as três partes fazem ao longo do livro.
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Durante a realização desta atividade, o professor pode pedir que as crianças comparem duas
páginas do livro, para que possam sobrepor as figuras que nelas aparecem.
No trabalho com a pré-escola e a primeira série, é interessante que as três partes feitas
por eles tenham as mesmas medidas das partes do livro, para que possam sobrepor às figuras
quando forem montar as formas.
O professor pode discutir com os alunos a forma geométrica das três partes.
2. Vamos descobrir:
• o nome de cada peça;
• o número de lados;
• o número de cantos (ângulos);
• se há na classe formas parecidas com elas.
Pode inclusive organizar com a classe uma tabela para deixar afixada na sala.
Número Número
Figura de lados de cantos
(ângulos)
(triângulo)
(trapézio)
Não esperamos que seja desenvolvido nenhum trabalho formal com a noção de ângulo
nesta atividade. Ela aparece com o intuito de os alunos irem percebendo algumas
propriedades das figuras.
Para realizar as atividades que seguem, os alunos trabalham em duplas e precisam das
três partes feitas em cartolina (molde), lápis de cor, cola e tesoura. Além disso, o professor
deve ter à disposição algum papel que permita a montagem de cartazes, por exemplo, papel
pardo.
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4. As três partes se esconderam outra vez!
Onde estão? Localize e pinte:
• de azul, o trapézio.
• de vermelho, cada triângulo.
5. Cada dupla deve fazer uma figura com as três partes e traçar apenas o contorno
sobre uma folha em branco.
As duplas trocam seus desenhos e tentam descobrir como as três partes se encaixam na
figura formada. Durante a realização desta atividade, o professor pode encorajar as duplas a
conferirem as respostas entre si.
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8. Estamos desenhando um cata-vento. Qual das três partes está sendo
usada? Utilizando os moldes, descubra e continue o desenho até completar o
cata-vento.
9. Escolher uma das três partes e montar uma seqüência. Desenhar e pintar.
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10 - Desenhar cada uma das partes no pontilhado abaixo:
• • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • • •
* Sobre este tema, veja “O uso de quadriculados no ensino da geometria”. Fusako Hori Ochi e outros.
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• Escolha uma delas e desenhe na malha abaixo.
• • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • •
As próximas atividades são mais indicadas para alunos a partir da terceira série.
• • • • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • • • • •
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Ainda utilizando as três partes e as ilustrações do livro, podemos realizar atividades
que explorem a noção de simetria de reflexão.
A simetria de reflexão está fortemente presente no cotidiano e recebe este nome
porque é feita a partir de um eixo que, dentro ou fora da figura, funciona como um espelho
que reflete a imagem da figura desenhada.
No caso das três partes, apenas o trapézio possui um eixo de simetria:
eixo de simetria
Isto ocorre porque o trapézio que aparece no livro é um trapézio isósceles, o que
significa dizer que seus dois lados não paralelos possuem a mesma medida. No entanto, há
dois outros tipos de trapézios nos quais não aparece nenhum eixo de simetria.
.
trapézio retângulo trapézio escaleno
A simetria do trapézio isósceles pode ser percebida pelos alunos por meio da
dobradura. Depois disso, é possível organizar outras atividades.
14. Descubra, entre as figuras formadas pelas três partes na história, aquelas que possuem
eixo de simetria. Reproduza cada uma no quadriculado abaixo e trace os eixos:
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Algumas das figuras do livro que apresentam eixo de simetria são as seguintes:
eixo de simetria
eixo de simetria
eixo de simetria
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15. Construa figuras com um eixo de simetria usando as três partes. Desenhe no
pontilhado as figuras que você construiu e trace o eixo de simetria em vermelho.
. . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . .
Outros problemas
1.
• Quantas árvores aparecem?
• Quantas frutas?
• Que frutas podem ser essas que aparecem?
• Se caírem sete frutas das árvores, quantas frutas vão sobrar? Neste caso,
quantas frutas podem cair de cada árvore?
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Entregar aos alunos uma folha na qual apareça o contorno da casa. Feito isso, pedir aos
alunos que:
Neste caso, o professor pode estimular as crianças a fazerem uma pesquisa sobre como
são vendidos tijolos e quanto eles custam.
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Nesta atividade, o professor pode fazer com os alunos uma análise dos diferentes
significados da palavra planta e trazer para a classe plantas de apartamentos e casas
publicadas em jornais, fazendo também uma “leitura” das mesmas.
Após essa atividade, cada criança ou cada dupla poderá fazer a planta da sua própria
casa e um projeto de planta para a casa da vovó.
Nestas atividades, aparecerá, informalmente, a noção de escala, isto porque no papel
não podemos desenhar a planta com as medidas reais.
O professor pode aprofundar um pouco esta discussão pedindo, inclusive, que os
alunos marquem na planta as medidas que vão ser atribuídas a cada cômodo da casa.
É interessante também calcular a área de cada cômodo, da casa e do terreno, e
estabelecer uma comparação entre elas.
6. Para a segurança de seus netos , a vovó quer cercar o terreno em volta da casa.
• Quantos metros de cerca precisará comprar?
• Se o metro de cerca custar ________ , quanto ela vai gastar?
• Se ela resolver fazer um muro de tijolos, quanto gastará?
Para esta última pergunta, será necessário que os alunos pesquisem quantos tijolos são
necessários para construir um metro de muro e depois quantos para o muro todo. Isso
envolverá, também, uma discussão sobre qual a altura mínima, ou mais ideal, do muro que
pretendem construir. Nesta atividade, também está envolvida a noção de perímetro.
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OVO MEU SERÁ SEU?
Sugestões de trabalho
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VI - Sugestões de Leitura
MACHADO, Nilson José. Polígonos, centopéias e outros bichos. São Paulo: Scipione. [s.d.].
ISOLANI, Clélia M. M.; Siedel, Cláudia M. T. Depende do ponto de vista. São Paulo: Editora
do Brasil. [s.d.].
JACOB, Fátima de L. C.; Cunha, Heliete M. D. Partir é repartir? São Paulo: Editora do
Brasil. [s.d.].
MIGUEL, Antonio; MIORIM, Maria Ângela. Ensino de Matemática. São Paulo: Atual,
1986 (Projeto Magistério).
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KAMII, Constance, com Sally Jones Livinston. Desvendando a aritmética. Campinas, São
Paulo: Papirus, 1995.
Paradidáticos
IMENES, Luiz Márcio. Os números na história da civilização. São Paulo: Scipione, 1989.
(Coleção Vivendo a Matemática).
VIII - Internet
www.iis.com.br/~ mribeiro/
www. Geocities.com/Heartland/Plains/5198/ixmat.thm
www. Terravist.pt/portosanto/1789/
www. mat.unb.br/~matcont/
www.geocities.com/CapeCanaveral/1973/
Plateau.mat.ufc.br/~humberto/
IX - Bibliografia
SMOLE, Kátia Cristina Stoco e outras. Era uma vez na Matemática: uma conexão com a
literatura infantil. IME - USP.
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