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APOIO

À PRÁTICA
PEDAGÓGICA

FÁBULAS
ED. INFANTIL/ CICLOS DE APRENDIZAGEM I e II / EJA
Prefeito da Cidade de Salvador
JOÃO HENRIQUE DE BARRADAS CARNEIRO

Secretário Municipal da Educação e Cultura


NEY CAMPELLO

Coordenadora de Ensino e Apoio Pedagógico


ANA SUELI PINHO

Equipe Técnica da Edição Original (1996)


Coordenação da Elaboração dos Cadernos
Kadja Cristina Grimaldi Guedes
Consultoria
Maria Esther Pacheco Soub
Sistematização
Antônia Maria de Souza Ribeiro
Maria de Lourdes Nova Barboza
Elizabete Regina da Silva Monteiro

Edição Atualizada (2007)


Alana Márcia de Oliveira Santos

Coordenação da reedição dos Cadernos


Maria de Lourdes Nova Barboza

A reedição deste caderno atende aos objetivos da SMEC em dar


suporte didático/pedagógico às atividades de sala de aula.

Esta publicação destina-se exclusivamente para uso pedagógico nas escolas


Municipais de Salvador, sendo vedada a sua comercialização. A reprodução total
ou parcial deverá ser autorizada pela Secretaria Municipal da Educação e Cultura
de Salvador.
APRESENTAÇÃO

É com muita satisfação que a Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico - CENAP –


apresenta aos professores do Sistema Municipal de Ensino, a reedição dos Cadernos de
Apoio à Prática Pedagógica.

Nascidos em 1996, de um trabalho de vanguarda que conectava a teoria à prática da sala


de aula das escolas municipais, tais cadernos procuravam ser – e certamente ainda são –
um instrumento estratégico da nossa luta diária para aumentar os índices de desempenho
acadêmico dos alunos da Rede Municipal de Ensino de Salvador.

Os Cadernos de Apoio à Prática Pedagógica apresentam vários blocos de sugestões com


diferentes gêneros textuais e algumas atividades voltadas para aquisição da base
alfabética e ortográfica dos alunos, subsidiando os professores no seu saber-fazer
pedagógico.

Acreditamos que quanto mais investirmos na formação continuada, na prática reflexiva,


na pesquisa de soluções originais, mais será possível uma progressiva redefinição do
nosso ofício de professor, no sentido de uma maior profissionalização.

Atualizamos e publicamos esses cadernos, apostando no potencial criativo dos


professores, tendo em vista o bem comum de todas as crianças, jovens e adultos que
freqüentam as escolas municipais de Salvador.

Sucesso professor, é o que lhe desejamos!

Ana Sueli Pinho


Coordenadora da CENAP
FÁBULAS

As fábulas pertencem ao grupo de histórias criadas pela tradição oral, juntamente com
os contos de fadas, as lendas e os mitos. Elas são um tipo de narrativa que se
caracterizam pela estrutura simples, são pequenas histórias que têm a intenção de
transmitir “lição de moral”, ou seja, refletir sobre concepções de viver. Esta moral da
fábula não constitui uma conclusão definitiva. Portanto a moral pode variar de acordo
com quem lê a história.

A origem da fábula é oriental e muitas foram encontradas no Egito antigo e na Índia,


mas ficaram conhecidas no Ocidente graças, principalmente, a fontes gregas, em
especial a de Esopo, escravo grego que teria vivido no século V a.C. Esopo criava
histórias baseadas em animais para mostrar como devemos agir com sabedoria. Suas
fábulas foram reescritas em versos por Fedro, escravo romano, e no século XVII d.C.
por Jean de La Fontaine, um poeta francês. La Fontaine criava suas histórias com um
único objetivo: tornar os animais os principais agentes da educação dos homens. Para
isso, os animais foram colocados em situações que serviam de exemplos para todos, ou
seja, tornaram-se símbolos.

No Brasil, o grande responsável por reavivar as antigas fábulas foi Monteiro Lobato,
que ao final de suas narrativas oportuniza às crianças opinarem sobre a possibilidade de
alteração da história ou da moral sugerida, e criticarem as atitudes que consideram
errôneas e moralistas ou seja, embora mantenha a idéia de que a fábula tenha uma
moral, Lobato sugere que o leitor deva tirar sua própria conclusão.

ESTRUTURA DA FÁBULA

• Histórias curtas: há um só conflito, isso resulta numa narrativa resumida;


• Diálogo: no que se refere à linguagem, a fábula é objetiva gerando poucas
descrições e muitos diálogos;
• Personagens: os animais são usados como personagens que representam
virtudes, defeitos e características dos seres humanos. São utilizados de forma
simbólica para criticar ou exaltar esses comportamentos;
• Moral: a moral escrita no final da fábula reproduz um provérbio, um dito
popular, cujos temas principais são lealdade, generosidade e as virtudes do
trabalho.

Em sala de aula, além de constituir-se em uma oportunidade de conhecimento e análise


de uma tipologia textual, o trabalho com fábulas possibilita a reflexão sobre ética,
auxiliando na construção de habilidades e competências relacionadas aos conteúdos
atitudinais necessários à formação dos cidadãos.

OBJETIVOS

• Reconhecer o gênero fábula;


• Comparar fábula com outras tipologias textuais;
• Reconhecer a estrutura das fábulas;
• Analisar a “moral” transmitida nas fábulas emitindo opiniões;
• Recontar e reescrever fábulas;
• Produzir fábulas

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

• Levantamento do conhecimento prévio dos alunos em relação à tipologia


textual, (registro);
• Conversação com os alunos, com base nas informações levantadas, sobre o
que é uma fábula;
• Realização de leitura (individualmente, de forma coletiva ou pelo professor,
a depender do nível da classe);
• Utilização de vários procedimentos de leitura – ler o início da história
(ambientação), descobrir os personagens, identificar o tema central, etc.
• Discussão sobre o conteúdo da fábula – detalhes do texto, até chegar à
“moral da história” (interpretação das idéias contidas no texto);
• Desenvolvimento de exercícios orais e escritos que possibilitem aos alunos
fazer inferências sobre o texto;
• Realização do reconto da fábula;
• Produção de nova fábula;
• Criação de novas “morais” para as histórias;
• Dramatização da fábula;
• Construção com os alunos de uma “arca do tesouro” onde seriam
simbolicamente guardados os valores, defeitos e virtudes relacionados às
fábulas lidas;
• Visitação a outras classes “compartilhando o tesouro” – um aluno sorteia
uma palavra e conta para aos demais a fábula relacionada à mesma;
• Utilização do laboratório de informática para visitar sites que abordam a
tipologia (ver referências).
• Confrontação dos conhecimentos adquiridos, com os conhecimentos prévios
dos alunos registrados no início do processo.

CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS
Ao levantar o conhecimento prévio dos alunos, um critério lógico a ser explorado é o
conteúdo básico sobre o qual se concentrará o processo de ensino e de aprendizagem.

Se por exemplo, nos propomos a trabalhar com fábulas, terá sentido explorar o
conhecimento dos alunos sobre histórias, histórias curtas com personagens de animais
que falam, conhecimento sobre ditados populares etc.

Desta forma, o professor poderá evitar o acúmulo de informações desnecessárias ao


objetivo da intervenção bem como assegurar a coerência entre esta ação e as
intervenções seguintes.
AVALIAÇÃO

A avaliação é um ato diagnóstico contínuo que serve de subsídio para uma tomada de
decisão na perspectiva da construção da trajetória do desenvolvimento do educando e
apoio ao educador na práxis pedagógica. Nessa perspectiva, a avaliação funciona como
instrumento que possibilita ao professor ressignificar a prática docente a partir dos
resultados alcançados com os alunos, ou seja, o resultado é sempre o início do
planejamento de intervenções posteriores.

Sugerimos a utilização do instrumento avaliativo apresentado a seguir, para


acompanhamento do desempenho dos seus alunos e replanejamento de suas ações.

Avaliação – Produção Textual


Modalidade: Fábula

TÓPICOS DE REVISÃO Sim


Desenvolvimento
e adequação ao
tema

• O texto produzido corresponde ao tema proposto?


• Foi produzido o suficiente para o desenvolvimento das idéias?
• O texto apresenta clareza?
• O texto apresenta seqüência lógica

• Apresenta Título?
• O texto caracteriza-se como uma prosa/ narrativa?
Características

• Apresenta um fato/ acontecimento?


do gênero

• Apresenta personagens típicos do gênero da fábula?


• Apresenta características de lugar onde o fato aconteceu?
• Apresenta o elemento quando?
• Apresenta suspense / aventura?
• O texto está escrito na 3ª pessoa?
• Apresenta seqüência cronológica?
• Apresenta uma lição de moral?

• O texto foi escrito respeitando as linhas?


Estrutura
Estética

• A letra empregada é legível?


• O texto é legível, ainda que com borrões e rasuras?
• O texto apresenta margem dos dois lados da página?
• Há marcação adequada de parágrafo no corpo do texto?
De uma forma geral o aluno:
• Escreve convencionalmente as palavras ?
• Apresenta separação silábica quando necessário?
• Acentua adequadamente as palavras ?
Lingüística
Estrutura • Emprega a pontuação que facilita a leitura e compreensão do texto?
• Usa letras maiúsculas e minúsculas adequadamente?
• Emprega o vocabulário de maneira adequada?
• Apresenta concordância nominal?
• Apresenta concordância verbal?

A CABRA E O ASNO

Uma cabra e um asno comiam ao mesmo tempo no estábulo. A cabra começou a invejar
o asno porque acreditava que ele estava melhor alimentado, e lhe disse:
- Tua vida é um tormento inacabável. Finge um ataque e deixa-te cair num fosso para
que te dêem umas férias.
Aceitou o asno o conselho, e deixando-se cair, machucou todo o corpo.
Vendo-o o amo, chamou o veterinário e lhe pediu um remédio para o pobre. Prescreveu
o curandeiro que necessitava uma infusão com o pulmão de uma cabra, pois era muito
eficiente para devolver o vigor. Para isso então degolaram a cabra e assim curaram o
asno.

Moral da História:
Em todo plano de maldade, a vítima principal sempre é seu próprio criador

Esopo

A CERVA NA GRUTA DO LEÃO

Uma cerva que fugia de uns caçadores, chegou a uma gruta onde não sabia que morava
o leão. Entrando nela para se esconder, caiu nas garras do leão. Vendo-se sem remédio,
perdida, exclamou:
- Infeliz de mim! Fugindo dos homens, caí nas garras de um feroz animal.

Moral da História:
Se tratas de sair de um problema, busca uma saída que não seja cair em outro.

Esopo

A CERVA TORTA

Uma cerva a qual faltava um olho, passeava à beira-mar, voltando seu olho intacto em
direção à terra para observar a possível chegada de caçadores, e dando ao mar o lado
que faltava o olho, pois dali não esperava nenhum perigo. Mas resultou que uma gente
navegava por este lugar, e ao ver a cerva, abateram-na com seus dardos. E a cerva
agonizando, disse para si:
- Pobre de mim! Vigiava a terra, que acreditava cheia de perigos, e o mar, que
considerava um refúgio, me foi muito mais funesto.

Moral da História:
Nunca excedas a valoração das coisas. Procura ver sempre suas vantagens.

Esopo

A FORMIGA

Diz uma lenda que a formiga atual era em outros tempos um homem que, consagrado
aos trabalhos de agricultura, não se contentava com o produto de seu próprio esforço,
senão que olhava com inveja o produto alheio e roubava os frutos de seus vizinhos.
Indignado Zeus pela avareza deste homem, transformou-o em formiga.
Porém ainda que tenha mudado de forma, não mudou seu caráter, pois até hoje percorre
os campos e recolhe o trigo e a cevada alheios e os guarda para seu uso.

Moral da História:
Ainda que aos malvados se lhes castigue severamente, dificilmente mudarão sua
natureza.

Esopo

A FORMIGA E A POMBA

Uma formiga foi à margem do rio para beber água, e, sendo arrastada pela forte
correnteza, estava prestes a se afogar.
Uma pomba que estava numa árvore sobre a água, arrancou uma folha, e a deixou cair
na correnteza perto dela. A formiga, subiu na folha, e flutuou em segurança até a
margem.
Pouco tempo depois, um caçador de pássaros, veio por baixo da árvore, e se preparava
para colocar varas com visgo perto da pomba que repousava nos galhos alheia ao
perigo.
A formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma ferroada no pé. Ele repentinamente
deixou cair sua armadilha, e isso deu chance para que a pomba voasse para longe a
salvo.

Moral da História:

O grato de coração sempre encontrará oportunidades para mostrar sua gratidão.

Esopo

A GRALHA VAIDOSA

Júpiter deu a notícia de que pretendia escolher um rei para os pássaros e marcou uma
data para que todos eles comparecessem diante de seu trono.
O mais bonito seria declarado rei. Querendo arrumar-se o melhor possível, os pássaros
foram tomar banho e alisar as penas às margens de um arroio.
A gralha também estava lá no meio dos outros, só que tinha certeza de que nunca ia ser
escolhida, porque suas penas eram muito feias.
"Vamos ter que dar um jeito" - pensou ela.
Depois que os outros pássaros foram embora, muitas penas ficaram caídas pelo chão; a
gralha recolheu as mais bonitas e prendeu em volta do corpo. O resultado foi
deslumbrante: nenhum pássaro era mais vistoso que ela.
Quando o dia marcado chegou, os pássaros se reuniram diante do trono de Júpiter;
Júpiter examinou todo mundo e escolheu a gralha para rei. Já ia fazer a declaração
oficial quando todos os outros pássaros avançaram para o futuro rei e arrancaram suas
penas falsas uma a uma, mostrando a gralha exatamente como ela era.

Moral da História:
Belas penas não fazem belos pássaros.

Esopo

A GATA E AFRODITE

Uma gata que se apaixonara por um fino rapaz pediu a Afrodite para transformá-la em
mulher. Comovida por tal paixão, a deusa transformou o animal numa bela jovem. O
rapaz a viu, apaixonou-se por ela e a desposou. Para ver se a gata havia se transformado
completamente em mulher, Afrodite colocou um camundongo no quarto nupcial.
Esquecendo onde estava a bela criatura foi logo saltando do leito e pôs-se a correr atrás
do ratinho para comê-lo. Indignada, a deusa fê-la voltar ao que era.

Moral da História:
O perverso pode mudar de aparência, mas não de hábitos.

Esopo

A LAMPARINA

Uma lamparina cheia de óleo gabava-se de ter um brilho superior ao do Sol. Um


assobio, uma rajada de vento e ela apagou-se. Acenderam-na de novo e lhe disseram:
- Ilumina e cala-te. O brilho dos astros não conhece o eclipse.

Moral da História:
Que o brilho de uma vida gloriosa não te encha de orgulho. Nada do que adquirimos nos
pertence de verdade.

Esopo

A LEBRE E O CÃO DE CAÇA

Um cão de caça espantou uma lebre para fora de sua toca, mas depois de longa
perseguição, ele parou a caçada.
Um pastor de cabras vendo-o parar, ridicularizou-o dizendo:
- Aquele pequeno animal é melhor corredor que você.
O cão de caça, respondeu:
- Você não vê a diferença entre nós: eu estava correndo apenas por um jantar, mas ele,
por sua vida.

Esopo
A LEOA E A RAPOSA

A leoa, reprovada pela raposa por ter um só filhote ao invés de muitos, respondeu:
- Sim, mas um leão.

Moral da História:

A fábula mostra que a excelência não está na quantidade, mas na qualidade.

Esopo

MOSCA

Caiu uma mosca numa tigela cheia de carne. Estando a ponto de se afogar no molho,
exclamou para si mesma:
- Comi, bebi e me banhei; pode vir a morte, não me importa agora.

Moral da História:
Quando a morte se apresenta acompanhada de felicidade, se aceita sem queixas.

O ESCORPIÃO E A RÃ

Parado ao sol, o escorpião olhava ao redor da montanha onde morava.


"Positivamente, tenho de me mudar daqui" - pensou.
Esperou a madrugada chegar, lançou-se por caminhos empoeirados até atingir a floresta.
Escalou rochedos, cruzou bosques e, finalmente, chegou às margens do rio largo e
caudaloso.
"Que imensidão de águas! A outra margem parece tão convidativa... Se eu soubesse
nadar..."
Subiu longo trecho da margem, desceu novamente, olhou para trás. Aquele rio
certamente não teria medo de escorpião. A travessia era impossível.
"Não vai dar. Tenho de reconsiderar minha decisão" - lamentou.
Estava quase desistindo quando viu a rã sobre a relva, bem próxima à correnteza. Os
olhos do escorpião brilharam:
"Ora, ora... Acho que encontrei a solução!" - pensou rápido.
- Olá, rãzinha! Me diga uma coisa: você é capaz de atravessar este rio?
- Ih, já fiz essa travessia muitas vezes até a outra margem. Mas por que você pergunta? -
disse a rã, desconfiada.
- Ah, deve ser tão agradável do outro lado - disse - pena eu não saber nadar.
A rã já estava com os olhos arregalados: "será que ele vai me pedir...?"
- Se eu pedisse um favor, você me faria? - disse o escorpião mansamente.
- Que favor? - murmurou a rã.
- Bem - o tom da voz era mais brando ainda - bem, você me carregaria nas costas até a
outra margem?
A rã hesitou:
- Como é que eu vou ter certeza de que você não vai me matar?
- Ora, não tenha medo. Evidentemente, se eu matar você, também morrerei -
argumentou o escorpião.
- Mas... e se quando estivermos saindo daqui você me matar e pular de volta para a
margem?
- Nesse caso eu não cruzaria o rio nem atingiria meu destino - replicou o escorpião.
- E como vou saber se você não vai me matar quando atingirmos a outra margem? -
perguntou a rã.
- Ora, ora... quando chegarmos ao outro lado eu estarei tão agradecido pela sua ajuda
que não vou pagar essa gentileza com a morte.
Os argumentos do escorpião eram muito lógicos. A rã ponderou, ponderou e, afinal,
convenceu-se. O escorpião acomodou-se nas costas macias da agora companheira de
viagem e começaram a travessia. A rã nadava suavemente e o escorpião quase chegou a
cochilar. Perdeu-se em pensamentos e planos futuros, olhando a extensão enorme do
rio.
De repente se deu conta de que estava dependendo de alguém, de que ficaria devendo
um favor para a rãzinha. Reagiu, ergueu o ferrão.
"Antes a morte que tal sorte" - pensou.
A rã sentiu uma violenta dor nas costas e, com o rabo do olho, viu o escorpião recolher
o ferrão. Um torpor cada vez mais acentuado começava a invadir-lhe o corpo.
- Seu tolo - gritou a rã - agora nós dois vamos morrer! Por que fez isso?
O escorpião deu uma risadinha sarcástica e sacudiu o corpo.
- Desculpe, mas eu não pude evitar. Essa é a minha natureza.

Esopo

A RAPOSA E A SERPENTE

Havia uma figueira à margem de um caminho. Uma raposa viu junto a ela uma serpente
adormecida. Vendo aquele corpo tão largo, e pensando em igualá-lo, se deitou a raposa
no chão, ao lado da serpente, e tentou estirar-se o quanto pôde, até que por fim, de tanto
esforço, rebentou-se.

Moral da História:
Não imites os maiores se não tens condições de fazê-lo.

Esopo

A RAPOSA E O BODE

Certo dia uma raposa caiu num poço e, depois, não conseguia sair de lá. O poço não era
muito fundo, mas as paredes lisas estavam cobertas de limos, de forma que, cada vez
que a raposa trepava algumas polegadas, escorregava outra vez para, dentro da água,
com grande estardalhaço.
Passado algum tempo chegou um bode e espreitou da borda do poço, cheio de
curiosidade.
- Que estás a fazer aí embaixo, raposa? - perguntou ele.
A raposa viu a sua única oportunidade de escapar dali.
- Estás sozinho? - perguntou ela, com ar de mistério - não quero que venham todos ao
mesmo tempo. Mas a água deste poço é tão boa que não me canso de a beber. Anda cá
para dentro e experimenta. Vais ver que é a coisa melhor que provaste em toda a tua
vida.
Sem pensar duas vezes, o bode saltou para dentro do poço e começou a beber
avidamente. Passado um bocado achou que, tinha bebido bastante e olhou em volta para
ver como iria sair do poço.
- Não há problema, camarada - disse a raposa - põe-te de pé nas patas traseiras e eu
trepo para as tuas costas. Se eu conseguir equilibrar-me nos teus chifres, salto do poço
para fora. Depois debruço - me e puxo por ti.
Então o bode pôs-se de pé nas patas traseiras e a raposa trepou rapidamente para fora do
poço. E, enquanto corria através do campo, gritou para o bode:
- Se tivesses tanto raciocínio na tua cabeça como pêlos tens nas barbas, amigo,
procuravas ver se podias sair do poço antes de lá entrares.

Moral da História:
Antes de te meteres em aventuras, vê se podes sair delas.

A RAPOSA E O CROCODILO

Dscutiam a raposa e o crocodilo sobre a nobreza de seus ancestrais. Por longo tempo
falou o crocodilo sobre o sobrenome de sua gente, concluindo por dizer que seus pais
haviam chegado a ser os guardiães do ginásio.
- Não é necessário que me digas - replicou a raposa - tua pele demonstra muito bem há
quantos anos te dedica aos exercícios de ginástica.

Moral da História:
Recorda sempre que o que bem se vê, não se pode ocultar com uma mentira.

Esopo

A RAPOSA E O FAZENDEIRO

Um fazendeiro queria se vingar de uma raposa que de vez em quando causava danos a
sua plantação. Assim que terminou a colheita, ele prendeu uma bucha embebida em
óleo na cauda da raposa e colocou fogo nela.
Na fuga, a raposa correu para os campos do fazendeiro e, ao apagar a cauda na relva,
queimou as mudas recém - plantadas.

Moral da História:
Quem planta vento, colhe tempestade.

A RAPOSA E O LENHADOR

Uma raposa era perseguida por uns caçadores, quando viu um lenhador e suplicou que
ele a escondesse. O homem então lhe aconselhou que entrasse em sua cabana.
De imediato chegaram os caçadores, e perguntaram ao lenhador se havia visto a raposa.
Com a voz ele disse que não, mas com sua mão disfarçadamente mostrava onde havia se
escondido.
Os caçadores não compreenderam os sinais da mão e se confiaram no que disse com as
palavras.
A raposa, ao vê-los irem, saiu sem dizer nada.
O lenhador a reprovou porque, apesar de tê-la salvo, não agradecera, ao que a raposa
respondeu:
- Agradeceria se tuas mãos e tua boca tivessem dito o mesmo.

Moral da História:
Não negues com teus atos, o que pregas com tuas palavras.
A VÍBORA E O FERREIRO

A uma loja de um ferreiro entrou uma víbora, pedindo caridade às ferramentas. Depois
de receber algo de todas, faltando só a lima, aproximou-se e lhe suplicou que lhe desse
alguma coisa.
- Bem enganada estás - disse a lima - se crês que te darei algo. Eu que tenho o
costume, não de dar, mas sim de tomar algo de todos!

Moral da História:
Nunca deves esperar obter algo de quem só tem vivido de tirar dos demais.

Esopo
REFERÊNCIAS

BARRETO, Vera. Confabulando. São Paulo : Vereda, 1999.


BRASIL. REVISTA CIÊNCIAS HOJE PARA CRIANÇA, nº 27 (contracapa).
BRASIL. REVISTA NOVA ESCOLA, nº 68, Rio de Janeiro, 1986.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil:teoria,análise,didática,5ª edição, São
Paulo: Ática, 1991.
JOLIBERT, Josette. Formando Crianças Leitoras, Vol. I, Porto Alegre: Artes
Médicas, 1994.
JOLIBERT, Josette. Formando Crianças Produtoras de Textos, Vol. II, Porto Alegre:
Artes Médicas, 1994.
PIAGET, Jean. Linguagem e Pensamento da Criança, São Paulo: Martins Fontes,
1986.
PORTILHO, Eponina. Vamos Ler e Escrever Bem, Rio de Janeiro : Conquista,1996.
RIO, Maria José Del. Psicopedagogia da Língua Oral: um enfoque comunicativo,
Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
TEBEROSKY, Ana e CARDOSO, Beatriz. Reflexões sobre o Ensino da Leitura e da
Escrita, São Paulo: Trajetória Cultural / UNICAMP, 1989.

SITES CONSULTADOS:

www.universodasfabulas.hpg.ig.com.br

sitededicas.uol.com.br/cfab.htm

www.clubedobebe.com.br/HomePage/ Fabulas/fabulasehistorias.htm

geocities.yahoo.com.br/mitologica_2000/fabulas.htm

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