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Ansiedade de Separação na Infância

As crianças com Ansiedade de Separação podem ser incapazes de permanecer em um quarto


sozinhas, podem exibir um comportamento muito adesivo à pessoa de forte vínculo afetivo
(normalmente a mãe), costumam andar juntos como uma sombra atrás dos pais, não só fora do lar
como até por toda a própria casa e sofrem muito diante da possibilidade de ficarem separadas.

Sintomas de ansiedade são relativamente comuns em crianças e adolescentes, e a ansiedade


patológica, incluindo o Transtorno de Separação na Infância é um problema clínico freqüente nesta
faixa etária. Por estas razões, todos os profissionais que lidam com crianças e adolescentes devem
estar conscientizados sobre as possíveis manifestações de ansiedade nesta faixa etária.

Esse apelo é especialmente dirigido aos pediatras, inegavelmente os primeiros a tomarem contacto
com a criança ansiosa e, infelizmente, os maiores responsáveis pelo não tratamento da ansiedade
nesses pacientes. Exceto alguma coisa do tipo maracujá, dificilmente são capazes (normalmente por
ignorarem) de recomendar o tratamento correto.

O problema fica mais grave na medida em que as famílias jamais contestam a conduta do pediatra de
seus filhos e, quando eles acham que criança não deve tomar nenhum medicamento psiquiátrico, o
assunto está definitivamente encerrado.

As diretrizes a seguir podem auxiliar os pediatra ou médico da família médicos a determinar se há


justificativa para um encaminhamento para serviço de saúde mental:

1. A criança apresenta sintomas que excedem o que seria esperado no


desenvolvimento.
2. A ansiedade cria comprometimento significativo em alguma área das
funções da criança.
3. Os sintomas de ansiedade persistem por um tempo inadequado.

Os transtornos ansiosos podem ser debilitantes para crianças e adolescentes e estressantes para as
famílias, podem comprometer significativamente o desenvolvimento e o equilíbrio emocional. Por
isso, o tratamento rápido e apropriado pode ser efetivo em aliviar os sintomas e ajudar o jovem a
retornar à função normal.

A Ansiedade de Separação é, provavelmente, o transtorno ansioso mais comum em crianças. A


característica essencial do Transtorno de Ansiedade de Separação é a ansiedade excessiva
envolvendo o afastamento de casa ou de pessoas com forte vínculo afetivo, normalmente a mãe.

O medo é uma emoção humana universal e, tanto as crianças e adolescentes, quanto os adultos
podem (e devem) experimentá-lo fisiologicamente. O medo até é benéfico na conservação da
espécie, na medida em que serve de resposta adaptativa em muitas situações adversas.

Portanto, a simples presença de medo de separar-se da mãe, pai ou qualquer outra figura de forte
ligação afetiva não é um sinal de patologia emocional, é um fenômeno normal no desenvolvimento
infantil, existindo naturalmente dos 10 meses de idade até a idade pré-escolar. Mas, em outros casos,

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as reações de medo e ansiedade diante da separação ou perspectiva de separação podem
comprometer a adaptação e o desenvolvimento infantil.

Para o diagnóstico de Transtorno de Ansiedade de Separação há necessidade de que a ansiedade


diante da separação ou perspectiva de separação da figura de mais contacto afetivo (normalmente a
mãe) seja exagerada, que a criança apresente algum sofrimento significativo ou algum prejuízo
social, escolar ou de outra área importante de sua vida. Portanto, para o diagnóstico é importante que
as crianças com ansiedade de separação tenham dificuldades em realizar suas atividades cotidianas
normais, freqüentar a escola, ficar na casa de amigos, ir à excursões e, até, manter hábitos de sono
normais.

As crianças com este transtorno experimentam um sofrimento excessivo quando separados de casa
ou de pessoas de vinculação afetiva importante, bem como podem sofrer antecipadamente diante da
simples possibilidade de futura separação. Quando os pacientes são separados da casa ou dessas
pessoas de vinculação afetiva, precisam insistentemente saber de seu paradeiro e sentem necessidade
de permanecer em contato constante, como por exemplo, através de telefonemas repetidos.

Embora teoricamente a Ansiedade de Separação possa ocorrer em qualquer idade, o transtorno é


mais freqüentemente diagnosticado na pré-puberdade. Isso porque, possivelmente, em idades
anteriores o problema possa ser menos valorizado pela família. A proporção entre meninos e
meninas para a Ansiedade de Separação é pouco conhecida, embora alguns estudos epidemiológicos
relatem mais casos femininos.

Dos 9 aos 12 anos as crianças com costumam suportar mais a angústia excessiva no momento da
separação. Os adolescentes com o transtorno entre 13 e 16 anos podem recusar ir à escola e
apresentar queixas físicas. Pesadelos sobre separação também são freqüentemente em crianças mais
jovens.

Algumas crianças com Transtorno de Ansiedade de Separação sentem saudade extrema e chegam a
sentir-se doentes (com febre, diarréia, vômito, etc.) devido ao desconforto por estarem longe de casa
ou quando a pessoa de maior vínculo afetivo está ausente (viagens, trabalho...). Outros sintomas
incluem preocupação fora da realidade com algo de mal que possa acontecer a si mesma ou aos pais,
recusa em ir à escola, relutância em dormir sozinha ou longe dos pais, pesadelos repetidos com
temas de separação e queixas físicas (cefaléias, dores de estômago, náuseas, vômitos) nos momentos
de separação ou antecipadamente, diante da possibilidade de separação.

Esses pacientes freqüentemente expressam o medo anormal de se perderem e jamais reverem seus
pais. Devido ao desconforto que sentem quando se ausentam de casa, costumam evitar de ir a
qualquer lugar sozinhas. Pode, inclusive, haver relutância ou recusa a irem à escola ou outro tipo de
atividade fora de casa, assim como, visitar ou pernoitar em casa de amigos.

Outro sinal marcante do transtorno de separação que essas crianças apresentam é a freqüente
dificuldades para dormir sozinhas, sendo habitual a insistência para que alguém (normalmente a
mãe) permaneça ao lado até adormecerem. Durante a noite podem ir à cama dos pais ou de outra
pessoa significativa, como um irmão. Também pode haver pesadelos cujo conteúdo expressa os
temores fantasiosos da criança, como por exemplo, a destruição da família, assassinato ou outra
catástrofe.

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Quando essas crianças com Transtorno de Ansiedade de Separação estão fora de casa, elas podem
exibir um certo retraimento social, apatia, tristeza ou dificuldade para concentrar-se no trabalho,
estudo ou em brincadeiras. Dependendo da idade, elas podem ter medo de animais, monstros, do
escuro, de ladrões, bandidos, seqüestradores, acidentes automobilísticos, viagens aéreas e outras
situações percebidas como perigosas para a integridade, sua própria ou da família. Preocupações
com a morte e o morrer são comuns.

A recusa de irem à escola pode acarretar dificuldades escolares e até evitação social. As crianças
podem queixar-se de que ninguém gosta delas e, muitas vezes, até afirmar que desejariam estar
mortas. Quando extremamente perturbadas frente à perspectiva de separação, podem apresentar
raiva ou às vezes agredir fisicamente a pessoa que está forçando a separação. Quando sozinhas,
especialmente à noite, as crianças pequenas podem relatar experiências perceptivas incomuns, tais
como, ver pessoas dentro do quarto, criaturas assustadoras que tentam pegá-las, sensação de olhos
que as vigiam.

As excessivas exigências da criança em relação à atenção, carinho e amor freqüentemente se


transformam em uma fonte de frustração para os pais, provocando ressentimento e conflito na
família. Às vezes, as crianças com o transtorno são descritas como excessivamente meticulosas,
obedientes e ávidas por agradar. Um humor depressivo em geral está presente nos portadores de
Transtorno de Ansiedade de Separação, justificando um diagnóstico adicional de Transtorno
Distímico ou Transtorno Depressivo Maior. O transtorno pode preceder o desenvolvimento de
Transtorno de Pânico.

Diagnóstico

Os critérios de diagnósticos mais completos para Transtorno de Ansiedade de Separação estão no


DSM-IV e são principalmente os seguintes:

(1) sofrimento excessivo e recorrente frente à ocorrência ou previsão de


afastamento de casa ou de figuras importantes de vinculação
(2) preocupação persistente e excessiva acerca de perder, ou sobre possíveis
perigos envolvendo figuras importantes de vinculação
(3) preocupação persistente e excessiva de que um evento indesejado leve à
separação de uma figura importante de vinculação (por ex., perder-se ou ser
seqüestrado)
(4) relutância persistente ou recusa a ir para a escola ou a qualquer outro
lugar, em razão do medo da separação
(5) temor excessivo e persistente ou relutância em ficar sozinho ou sem as
figuras importantes de vinculação em casa ou sem adultos significativos em
outros contextos
(6) relutância ou recusa persistente a ir dormir sem estar próximo a uma
figura importante de vinculação ou a pernoitar longe de casa
(7) pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação
(8) repetidas queixas de sintomas somáticos (tais como cefaléias, dores
abdominais, náusea ou vômitos) quando a separação de figuras importantes
de vinculação ocorre ou é prevista

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