1. O mito da maldade
Matar é um mal?
“O código moral da tribo tugue, na Índia, considerava
como uma virtude o assassinato por
estrangulamento de homens não tugues (só os
homens, não as mulheres). Um sioux não ganhava
seu penacho de adulto antes de ter matado outro
homem; um daiaque não desposava uma mulher
antes de obter uma cabeça; um naga não obtinha
sua tatuagem até possuir um escalpo. Na
Alemanha pós-depressão, vários oficiais da SS
eram promovidos por suas habilidades genocidas.”
2. Criminalizar os pobres
Revolução Industrial
Vadios: criminosos!
“Para garantir a mão-de-obra, criminalizava-se o pobre que
não se convertesse em trabalhador. (...) Com a revolução
industrial, o esquema jurídico ganhou feições mais
nítidas: criou-se o delito de vadiagem. Referindo-se à
reforma dos dispositivos como Poor Law, em 1834,
Disraeli dizia que na Inglaterra ser pobre passava a ser
crime. Aqueles que, por uma razão ou outra, se
recusavam ou não conseguiam vender sua força de
trabalho, passaram a ser tratados pela justiça mais ou
menos como nos julgamentos descritos por Jack London
em seu conto autobiográfico:a cada 15 segundos, uma
sentença de 30 dias de prisão para cada vagabundo.”
Grevistas: criminosos!
“Para impedir a cessação de trabalho, criminalizava-se o
trabalhador que se recusasse ao trabalho tal como ele
‘era’: criou-se o delito de greve. O Código Penal
francês de 1810 contemplava o novo crime, em seu
artigo 415. O Vagrancy Act inglês de 1824 tornava
possível processar criminalmente trabalhadores que
recusavam a diminuição de seus salários. Não por
acaso, um dos vagabundos condenados do conto de
Jack London, alegando perante o juiz que houvera
deixado sua ocupação com a esperança de obter uma
vida mais feliz, foi punido com mais 30 dias por
‘abandono de emprego’.”
3. Enquanto isso, no
Brasil...
4. Enfim, as sociedades
pós-industriais!
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