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Moraes & Pinho - Modelo hidrológico de Thomas-Fiering para gerenciamento de duas bacias...

MODELO HIDROLÓGICO DE THOMAS-FIERING


PARA GERENCIAMENTO DE DUAS BACIAS DE
DRENAGEM EXPERIMENTAIS1
RUI VIEIRA DE MORAES2 & SHEILA ZAMBELLO DE PINHO3
1
Parte da tese de doutorado do 1º autor intitulada: Modelo hidrológico de Thomas-Fiering para gerenciamento de
duas bacias de drenagem experimentais.
2
Aluno do Curso de PG Energia na Agricultura e Docente do Departamento de Bioestatística - Instituto de
Biociências/UNESP - Botucatu/SP - Brasil.
3
Orientadora e Docente do Departamento de Bioestatística - Instituto de Biociências/UNESP - Botucatu/SP -
Brasil.

RESUMO Estudando-se as vazões médias mensais das bacias dos Ribeirões Paraiso e dos Búfalos, que
se encontram na Estação Experimental de São Manuel, na cidade de São Manuel, no Estado de São
Paulo, nos anos de 1984 a 1988, procurou-se estabelecer um modelo para simulação de dados de vazão
cuja média se aproximasse dos valores médios observados.
Os modelos hidrológicos são classificados em quatro grupos, e dentre eles tomou-se o modelo de
Thomas-Fiering para o desenvolvimento desse estudo, que pertence ao grupo dos “Modelos Estocásticos
Empíricos”.
Tal modelo, programado computacionalmente em linguagem “FORTRAN V”, foi adaptado para casos
em que a frequência de vazão é desconhecida e para simulação de mais de uma repetição por
observação.
Quanto aos resultados, ficou evidente que o número de repetições simuladas para cada observação foi
um fato relevante, ou seja, quanto maior for o número de simulações melhor é o ajuste do modelo,
mostrado pelos coeficientes de determinação (r2).
De tais análises pode-se concluir que o modelo de Thomas-Fiering produziu bons resultados para a
simulação das duas bacias estudadas no período de 1984 a 1988.
Palavras-chave: modelo de Thomas-Fiering, simulação, hidrologia.

THOMAS-FIERING HYDROLOGIC MODEL TO THE MANAGEMENT OF TWO


EXPERIMENTAL DRAINAGE BASINS

SUMMARY It was studied the monthy average drainage of Paraiso and Bufalos basin located
in São Manuel Experimental Station, São Manuel city, State of São Paulo, from l984 to l988,
in order to establish a model for simulation of these data whose averages estimate the
observed mean values. The hidrology literature is very extensive. The administration of
hidrologic resources is a discipline manifolds and the searcher needs to join all the process
quantitative of the different stage to take some decision.
The hidrologic models are classified into four classes. In this paper, it was elected "Thomas-
Fiering" model, which belongs to the class of "Empirical Stochastic Model".
Such model, programed in "FORTRAN V" language, was adapted for the cases in which the
drainage frequency is unknown and for simulation for more than one repetition by
observation.
The number of simulated repetitions for each observation is a important fact. The greater the
number of repetition the best is the model fitted. This was shown by the determination
coefficient value (r2), and the importance is observed starting of five repetitions for
observation, resulting determination coefficient value above ninety per cent.
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From this analysis we may conclude that good results were produced by Thomas-Fiering
model from simulation of two studied basins.
Keywords: Thomas-Fiering model, simulation, hidrology.

1. INTRODUÇÃO

A água, recurso natural indispensável para qualquer forma de vida, necessita de amplo
conhecimento sobre seu comportamento para que se alcance a melhor utilização.
A importância histórica gera nos diferentes campos da atividade humana infinitas preocupações,
que para serem resolvidas necessitam de planejamentos, projetos, construção e operação de meios para o
seu domínio e utilização.
A hidrologia é a parte do conhecimento humano que congrega estudos dessa natureza, onde
qualquer parte das ciências básicas ou aplicadas podem oferecer sua contribuição. Essa abrangência da
hidrologia dá origem a muitos desafios para estudantes desse campo, tornando cada vez mais necessário
o uso de ferramentas sofisticadas para a análise de seus problemas. Esses problemas, regra geral, são
analisados e resolvidos mediante o emprego de modelos matemáticos ou estatísticos.
Atualmente, tem aumentado o número de modelos hidrológicos propostos ou adotados para
estudo do comportamento hidrológico de bacias. Exitem vários modelos baseados em técnicas
estatísticas que podem ser aplicados com sucesso na solução de problemas hidrológicos, como por
exemplo, o método de Thomas-Fiering. Esse método permite, para observações não estacionárias, a
geração de sequências de vazões mensais de um determinado rio.
Para o presente trabalho foi escolhido o método Thomas-Fiering, que trabalha com um grupo de
equações de regressão originadas dos fluxos mensais, requerendo para isso a estimação de parâmetros.
Para cada mês será necessária a estimação da média, variância e o coeficiente de correlação serial de
primeira ordem. No caso de um ano, implicará na estimativa de 36 parâmetros, exigindo um número
considerável de observações.
O objetivo deste trabalho é, empregando-se o método de Thomas-Fiering, simular, através de
programa computacional, conjuntos de dados de vazão mensal que melhor representem os dados
observados colhidos junto as bacias dos ribeirões Paraíso e Búfalos. A bondade do ajuste será avaliada
através dos coeficientes de determinação.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido no Campus da UNESP de Botucatu, no Departamento de


Bioestatísitica do Instituto de Biociências e no Departamento de Engenharia Rural da Faculdade de
Ciências Agronômicas.
Utilizou-se :
a) Dados de vazão média mensal para o período de 1984 a 1989, para as bacias dos ribeirões dos
Búfalos e Paraíso (Silva Jr., 1990).
b) Linguagem de programação FORTRAN V (1989), para geração dos modelos e simulação.

2.1. Modelo para vazão mensal

Aos dados de vazão média mensal aplicou-se o método de Thomas-Fiering (Kelman, 1987) que
é dado por:

_ ρτ στ +1  _ 
=q + qτ ,t − qτ  +στ +1 1− ρτ Zτ +1,t
2
qτ +1,t
τ +1
στ  

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onde:
qτ ,t é a vazão no mês τ , ano t
στ +1 é o desvio padrão da variável aleatória ε t ,
τ = 1,2,...,12 é o índice do mês,
t = 1,2,...,5 é o índice do ano,

zτ ,t é a variável aleatória independente, zτ ,t ~ N(0,1)


2.2. Geração da variável aleatória zτ ,t
A geração da variável aleatória é feita pela sequência que segue:
a) Gera-se uma variável aleatória independente com distribuição uniforme no intervalo 0 a 1, pelo
método de Wichmann & Hill (1982),
b) Pela transformação descrita em Naylor et al. (1966), as variáveis com distribuição uniforme são
convertidas em variáveis com distribuição normal (0,1).

2.3. Caso em que a frequência da Vazão é desconhecida

Neste caso empregou-se o método descrito por Clarke (1984).

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1. Aplicação do modelo de Thomas-Fiering para obtenção das estimativas de


vazões

O modelo de Thomas -Fiering, consiste do uso de doze equações lineares, empregando-se


sempre dois meses consecutivos.

3.2. Modelo de Thomas-Fiering para a Bacia do Ribeirão Paraíso

Aplicando-se o modelo de Thomas-Fiering aos dados de vazão para o período de 1984 a 1988,
obtém-se o sistema com doze equações lineares:
qfev - 80,61 = -0,833 (qjan - 59,72) + 15,304 Z2
qmar - 73,72 = 0,392 (qfev - 80,61) + 7,032 Z3
qabr - 60,72 = -0,329 (qmar - 73,72) + 14,815 Z4
qmai - 61,19 = 0,777 (qabr - 60,72) + 13,799 Z5
qjun - 53,40 = 0,636 (qmai - 61,19) + 8,084 Z6
qjan - 59,72 = -0,216 (qdez - 55,67) + 23,735 Z1
qjul - 49,39 = 0,822 (qjun - 53,40) + 6,638 Z7
qago - 47,43 = 0,266 (qjul - 49,39) + 7,743 Z8
qset - 46,66 = 1,355 (qago - 47,43) + 11,549Z9
qout - 41,58 = 0,425 (qset - 46,61) + 13,761 Z10
qnov - 52,94 = 1,283 (qout - 41,58) + 19,596 Z11
qdez - 55,67 = -0,083 (qnov - 52,94) + 31,367 Z12

Esse sistema com doze equações é resolvido tomando-se : a) a vazão observada de dezembro de
1988 (no caso 46,1 l/s); b) os valores dos números aleatórios com distribuição normal (0,1); c) Para
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vazão desconhecida, calcula-se a probabilidade pj , ou seja pj = (n-1)/n, onde n-1 é o número de anos
com observações presentes e n é o número de anos estudados. Gerando-se uma tabela com números
aleatórios com distribuição retangular (0,1), toda vez que o número gerado for maior que zero, mas
menor que pj , a vazão modelada existe para aquela casela, caso contrário a vazão modelada não existe.
Substituindo-se então esses valores nas doze equações citadas, obtém-se as vazões simuladas pelo
modelo.
A Tabela 1 é conseguida pelo uso de um único número pseudo-aleatório para cada mês dentro
do ano. Usando-se dois, três,..., n números pseudo-aleatórios, obtem-se outros valores para as vazões
simuladas, cuja tendência da média é aproximar-se das médias dos valores observados, como pode ser
notado na Tabela 2, que contém vazões simuladas mensais, com as médias finais para os meses dentro
do conjunto de anos.

Tabela 1 - Valores calculados para vazões simuladas para os anos de l984 a 1988 e média mensal.

MÊS ANO MÉDIA


1984 1985 1986 1987 1988
Janeiro 70,6 47,5* 72,2 88,3 44,4 68,86
Fevereiro 74,6 38,2* 101,4 128,8* 97,6 84,54
Março 77,8 53,8 81,8 91,5* 74,2 71,15
Abril 72,9 64,2 61,4 21,2 61,4 56,22
Maio 80,6 49,6 60,8 23,6 53,1 53,51
Junho 71,3 39,6 51,3 28,2 41,4 46,37
Julho 71,2 32,6 53,4 32,8 46,4 47,25
Agosto 50,5 46,2 30,6 43,4 36,1 41,36
Setembro 68,4 55,8 23,3 33,3 24,4 41,05
Outubro 56,8 57,6 31,2 37,6 48,2 46,30
Novembro 99,2 46,8 46,9 13,4 65,7 54,42
Dezembro 14,0 91,6 82,9 92,8 51,0 66,45
*vazão modelada descartada

Tabela 2 - Vazão média mensal simulada, segundo o número de valores pseudo- aleatórios gerados para
o ano e o coeficiente de determinação (r2) entre as vazões média observada s e o número de
valores gerados (1,5,...,30), Bacia do Paraiso.

Número de Valores Gerados para o Ano


________________________________________________________________
Vazão
Mês Média 1 5 10 15 20 25 30
JAN 59,72 68,86 61,81 61,63 65,22 61,41 61,96 61,49
FEV 80,61 84,54 83,46 84,22 87,70 83,42 84,00 83,62
MAR 73,72 71,15 75,22 75,87 77,03 75,61 76,50 75,72
ABR 60,72 56,22 60,49 59,42 59,08 58,37 57,13 56,95
MAI 61,19 53,51 61,15 58,74 58,46 56,98 57,54 57,64
JUN 53,40 46,37 51,37 51,79 50,41 50,28 50,52 50,56
JUL 49,39 47,25 50,41 50,49 48,60 48,03 48,14 48,21
AGO 47,43 41,36 44,98 44,49 45,02 46,06 46,58 46,26
SET 46,66 41,05 42,45 43,13 44,14 45,23 45,04 44,61
OUT 41,58 46,30 45,14 41,04 40,30 41,37 40,21 40,87
NOV 52,94 54,42 59,26 52,85 52,78 52,01 51,15 51,99
DEZ 55,67 66,45 59,97 56,49 56,36 56,54 54,50 55,78
r2 0,7831 0,9415 0,9832 0,9727 0,9781 0,9782 0,9784

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Na Tabela 2, como pode-se notar, a medida em que se aumenta o número de registros gerados
pela simulação, a vazão média simulada aproxima-se da vazão média observada. Esse fato fica também
evidenciado pelos valores dos coeficientes de determinação, que tendem a um, com o aumento de
números gerados.

3.3. Modelo de Thomas-Fiering para a Bacia do Ribeirão Paraiso no ano de l989

Utilizando-se o modelo ajustado para o período de 1984 a 1988, foi obtido para 10 repetições
r2 = 0,9832, utilizando-se a vazão simulada de dezembro como valor inicial no modelo ajustado,
gerando-se valores de vazão média mensal para o ano de 1989. Esses valores foram comparados com os
observados para o mesmo ano e encontram-se na Figura 1.
Pela Figura 1 observa-se que a previsão do modelo foi boa para os meses de abril a setembro,
enquanto que, para os meses de janeiro e fevereiro, a previsão está abaixo do real e para março, outubro,
novembro e dezembro a previsão está acima do real. Certamente as previsões seriam melhores para esses
meses se o período modelado tivesse mais observações anuais (Haan, 1977).

Vazão média mensal (l/s)


10
90
V
80
A
Z 70
à 60
O 50
40
30
20
J M M J S N MESES

5 REPET 10 REPET 20 REPET VAZÃO 1989

Figura 1 - Hidrograma das vazões medias mensais (l/s) observadas em 1989 e simuladas (com 5, 10, e
20 repetições) para a bacia do Ribeirão Paraiso.

3.4. Modelo de Thomas-Fiering para a Bacia do Ribeirão dos Búfalos

Aplicando-se o modelo de Thomas-Fiering aos dados de vazão para o período de 1984 a 1988,
obtem-se o sistema com doze equações lineares:

qjan - 24,58 = - 0,468 (qdez - 21,31) + 6,881 Z1


qfev - 26,47 = 0,799 (qjan - 24,58) + 2,059 Z2
qmar - 28,36 = 0,196 (qfev - 26,47) + 4,909 Z3
qabr - 25,89 = - 0,842 (qmar - 28,36) + 3,298 Z4
qmai - 23,38 = 1,188 (qabr - 25,89) + 6,415 Z5
qjun - 23,66 = 0,941 (qmai - 23,38) + 3,307 Z6
qjul - 18,96 = 0,647 (qjun - 23,66) + 1,060 Z7
qago - 18,24 = 0,590 (qjul - 18,96) + 2,795 Z8
qset - 16,32 = 0,732 (qago - 18,24) + 2,477Z9
qout - 16,49 = 0,973 (qset - 16,32) + 4,853 Z10
qnov - 19,35 = 1,488 (qout - 16,49) + 4,889 Z11
qdez - 21,31 = - 0,144 (qnov - 19,35) + 9,717 Z12
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Esse sistema com doze equações é resolvido tomando-se : a) a vazão observada de dezembro de
1988 (no caso 19,21 l/s); b) os valores dos números aleatórios com distribuição normal (0,1); c) Para
vazão desconhecida, calcula-se a probabilidade pj , ou seja pj = (n-1)/n, onde n-1 é o número de anos
com observações presentes e n é o número de anos estudados. Gerando-se uma tabela com números
aleatórios com distribuição retangular (0,1), toda vez que o número gerado for maior que zero, mas
menor que pj , a vazão modelada existe para aquela casela, caso contrário a vazão modelada não existe.
Substituindo-se então esses valores nas doze equações citadas obtem-se as vazões simuladas pelo
modelo.
A Tabela 3 é conseguida pelo uso de um único número pseudo-aleatório para cada mês dentro
do ano. Usando-se dois, três,..., n números pseudo-aleatórios, obtem-se outros valores para as vazões
simuladas, cuja tendência da média é aproximar-se das médias dos valores observados, como pode ser
notado na Tabela 4, que contém vazões simuladas mensais, com as médias finais para os meses dentro
do conjunto de anos.
Tabela 3 - Valores calculados para vazões simuladas para os anos de l984 a 1988 e média mensal. Bacia
dos Búfalos.
MÊS ANO MÉDIA
1984 1985 1986 1987 1988
Janeiro 28,1 - 28,6 33,3 20,5 27,62
Fevereiro 27,3 19,6 31,1 36,7 24,5 27,83
Março 33,0 24,7 29,2 29,6 29,1 29,13
Abril 25,0 28,2 25,9 17,4 25,4 24,39
Maio 26,9 19,5 23,0 10,0 18,8 19,64
Junho 29,3 17,4 22,5 10,6 16,6 19,27
Julho 23,7 14,1 19,1 11,2 15,5 16,75
Agosto 20,1 16,5 11,9 13,8 12,4 14,92
Setembro 21,4 17,4 11,5 11,4 10,6 14,45
Outubro 23,6 21,8 11,7 12,3 16,5 17,17
Novembro 36,3 20,4 14,2 4,7 20,5 19,2
Dezembro 7,2 32,1 30,3 33,9 20,2 24,71

Tabela 4 - Vazão média mensal simulada, segundo o número de valores pseudo-aleatórios gerados para
o ano e o coeficiente de determinação (r2) entre as vazões média observadas e o número de
valores gerados (1,5,...,30), Bacia dos Búfalos.

Número de Valores Gerados para o Ano


_______________________________________________________________
Vazão
Mês Média 1 5 10 15 20 25 30
JAN 24,58 27,62 25,58 25,50 26,56 25,46 25,62 25,48
FEV 26,47 27,83 27,49 27,74 28,42 27,72 27,66 27,70
MAR 28,36 29,13 28,27 28,70 29,21 29,16 29,23 29,16
ABR 25,89 24,39 25,96 25,43 25,03 24,85 24,52 24,55
MAI 23,38 19,64 23,52 22,15 21,67 21,03 21,35 21,44
JUN 23,66 19,27 22,97 22,49 21,54 21,27 21,52 21,62
JUL 18,96 16,70 18,95 18,59 17,86 17,61 17,76 17,83
AGO 18,24 14,92 17,25 16,86 16,80 17,08 17,35 17,27
SET 16,32 14,45 15,40 15,40 15,42 15,56 15,56 15,50
OUT 16,49 17,17 17,48 15,93 15,54 15,89 15,51 15,75
NOV 19,35 19,20 21,23 18,70 18,35 18,32 17,93 18,28
DEZ 21,31 24,71 22,53 21,65 21,66 21,70 21,11 21,47
r2 0,7673 0,9534 0,9747 0,9418 0,9408 0,9504 0,9522

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Na Tabela 4, como pode-se notar, a medida em que se aumenta o número de registros gerados
pela simulação a vazão média simulada aproxima-se da vazão média observada. Esse fato fica também
evidenciado pelos valores dos coeficientes de determinação, que tendem a 1, com o aumento de números
gerados.

3.5. Modelo de Thomas-Fiering para a Bacia do Ribeirão dos Búfalos no ano de


l989

Utilizando-se o modelo ajustado para o período de 1984 a 1988, foi obtido para 10 repetições
r2 = 0,9747, utilizando-se a vazão simulada de dezembro como valor inicial no modelo ajustado,
gerando-se valores de vazão média mensal para o ano de 1989. Esses valores foram comparados com os
observados para o mesmo ano e encontram-se na Figura 2.
Pela Figura 2 observa-se que a previsão do modelo foi boa para oito meses, isto é, janeiro e de
março a setembro. Para os meses de fevereiro, outubro, novembro e dezembro as previsões estão acima
das reais; nestas situções, Haan (1989) atribui essa variabilidade aos fatores meteorológicos observados
no espaço e no tempo.

BACIA DO RIBEIRÃO DOS BÚFALOS


31
28
V 25
a
z 22
ã 19
o
16
13
10
1 3 5 7 9 11 m eses

5 REPET 10 REPET 20 REPET VAZÃO 1989

Figura 2 - Hidrograma das vazões medias mensais (l/s) observadas em 1989 e simuladas (com 5, 10 e
20 repetições) para a Bacia do Ribeirão dos Búfalos.

4. CONCLUSÕES

Com o modelo obtido para a bacia do Ribeirão Paraiso, no período de 1984 a 1988, observou-se
que as vazões reais de 1989 são próximas das simuladas com dez repetições, diferindo apenas no mês de
janeiro, em que a vazão real foi de 78,72 l/s contra 60,59 l/s do modelo. Para a bacia do Ribeirão dos
Búfalos as vazões geradas com cinco repetições para o ano de 1989, comparadas com as reais, se
aproximam, o que permite obter uma previsão para o ano de 1989 próximo da realidade.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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