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Abismo do padrão

A distância existente entre a língua dos falantes e a língua dos compêndios gramaticais
incita a discussão sobre a norma-padrão e o ensino da gramática nas escolas

por Tatiana Napoli

É incontestável que a escola tem o papel essencial de orientar os falantes para o uso correto da língua. O ensino
tradicional da gramática, no entanto, cada vez mais polariza opiniões no debate sobre o aspecto social da linguagem.

A aura de superioridade da norma-padrão incutida durante a trajetória escolar e reforçada pela postura da mídia e da
sociedade antagoniza a relação cotidiana dos falantes com a língua.

Afinal, mesmo entre os mais escolarizados, a gramática normativa não é regra. Ao mesmo tempo, a ideia de que "o
brasileiro não sabe falar português" é cada vez mais generalizada, assim como as críticas às deficiências do ensino de
gramática no sistema educacional brasileiro.

Considerando que a sociedade não apenas cobra o domínio da língua em situações formais como o considera um sinal
de valor social, não seria esse descompasso uma indicação da necessidade de rever as bases que sustentam a
gramática normativa?

Como nasceram as gramáticas

Na Antiguidade, a cidade de Alexandria era um grande centro cultural e detinha um


grande acervo em grego clássico. Como o idioma havia sido modificado pela
dominação do povo grego e pela invasão dos povos bárbaros, com o tempo passou
Origem da gramática a ser necessário criar notas explicativas, chamadas de glosas filológicas, para
garantir o entendimento dos textos.

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