assunto
pessoal
competências
Mostre-me como você
atravessa a rua
Novo critério para recrutar pessoas foca cinco maneiras
básicas de uma pessoa movimentar-se entre carros
A opinião é unânime: o sucesso de
uma empresa depende do talento e é
bom que só os melhores profissionais
entrem porta principal adentro. A Mi-
crosoft, por exemplo, é célebre pela
importância que dá à avaliação de seu
pessoal, assim como o Google e ou-
tras empresas de primeira linha. Mas
quem tem tempo para agendar longas
entrevistas com vários candidatos?
Ou, mais ainda, convidá-los a resolver
problemas lógicos, como faz a equipe
de Bill Gates?
Porém será que é preciso mesmo um
exame tão minucioso se, como afirma
Malcolm Gladwell, bastam dois segundos
para se formar a opinião sobre o interlo-
cutor? Jonathan Littman e Marc Hershon,
autores de I Hate People! (ed. Little Bro-
wn), propõem um método rápido para
conhecer o candidato: observar como ele
atravessa a rua. Há, de acordo com os au-
tores, cinco estereótipos:
cursos
Família e negócios
Curso: Leading the Family Business (LFB)
Quando: de 17 a 21 de outubro de 2010
Professores: Joachim Schwass, J. Peter
Killing, George Kohlrieser, Benoit Leleux
e John Ward
Idioma: Inglês
Custo: US$ 9,8 mil
Onde: IMD, Ch. de Bellerive 23, CH-1001,
Lausanne, Suíça
Telefone: (41) 21 618-0111
Mais informações: www.imd.ch/progra-
ms/oep/execution/lfb/index.cfm
Motor econômico e embrião de grandes
corporações, a empresa familiar tem o
O toureiro. Arrojado, circula sem medo
por entre os carros, táxis e ônibus, mes-
mo que os motoristas não deem sinal de
que vão parar. Também não olha para os
semáforos vermelhos nem respeita a fai-
xa de pedestres. Além de ser bom como
empreendedor, destaca-se em vendas e
finanças.
O equilibrista. Está decidido a atravessar,
mas mostra mais juízo que o toureiro. É
ousado, porém quer chegar à outra cal-
çada sem se machucar, motivo pelo qual
não fala ao telefone enquanto caminha
e presta atenção ao passar por entre os
carros. Cargos ideais? CEOs, designers e
líderes de projeto.
O escritor ambulante. Capaz de escre-
ver mensagens de texto, falar e andar ao
mesmo tempo, costuma esquecer os pe-
rigos dos veículos. Seu andar é sinuoso,
com eventuais paradas no meio da rua. As
melhores posições? Criação e programa-
dores de níveis inferiores.
atrativo –e o complicador– de misturar
negócios e afeições, rentabilidade e pa-
rentesco. Nela, a sucessão, o crescimen-
to e a cultura tornam-se problemas ainda
mais angustiantes que em qualquer ou-
tra companhia.
• Por que fazer. Além de professores do
mais alto nível, o LBF mostra outra valiosa
credencial: é o curso de empresas fami-
liares que tem sido ministrado por mais
tempo no mundo. O IMD também desta-
ca o perfil dos participantes: 32% são di-
retores e presidentes, 26% executivos da
segunda geração, 17% acionistas da fa-
HSMManagement 81 • julho-agosto 2010 hsmmanagement.com.br
O contestador. Assim que o semáfo-
ro mostra o amarelo, não pode evitar
a tentação de pisar na rua. Grita com
os motoristas quando estão quase en-
costando nele. As melhores posições?
Advogados confiáveis e arrojados, ge-
rentes proativos.
O legalista. Mesmo que a rua esteja de-
serta, não se anima a colocar um pé nela
a não ser quando o sinal de pedestre per-
mitir. Ironicamente, quase nunca chega
ao outro lado antes de que o sinal volte a
mudar e, por ir com muito cuidado, muitas
vezes é o alvo perfeito dos motoristas que
avançam no semáforo. As melhores posi-
ções? Contadores, experts em estatística
e cargos nos quais é indispensável o cum-
primento das normas.
Contudo... o que fazer se, do escritório, o
entrevistador não puder enxergar a rua?
Marque a reunião em uma lanchonete
ou em um restaurante e fique espiando.
mília não empregados na empresa e 14%
esposas dos executivos/acionistas. O inte-
resse comum? Entender os desafios que
enfrentam essas empresas e aprender a
lidar com os temas críticos.
• Principais tópicos. Melhores estra-
tégias e estruturas de governança para
fazer crescer o negócio e a riqueza fami-
liar; como dar lugar na empresa aos no-
vos membros da família; benchmarking
das melhores práticas (ou como verificar
se o que a gente faz é o certo); transição
geracional; a empresa familiar como um
sistema que evolui.
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