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As vitrines

Octávio andava lá na avenida, outrora barulhenta, agora, descansava em paz nos sons
moribundos de excedentes da sociedade a pedir esmolas. Octávio não liga para os vários
chamados de moço tão pouco senhor, mas ligou para um, não foi exatamente um chamado
e sim um assovio de sua canção preferida dos anos que ele ainda se imaginava uma antítese
do que ele é hoje.
Ele parou para escutar, sentou-se em uma escadinha suja da igreja, pensou em fumar, logo
desistiu depois de perceber a figura de um rato morto pela rua. Tudo ao seu redor
vislumbrava a hipocrisia dos versos de sua vida, medos e receios, prostitutas, mendigos,
degredados, náufragos e ele, tudo aquela, exatamente aquela noite acolhia e escondia,
menos o som daquela melodia que outrora o embalou.Octávio que era ex-comunista, ex-
guitarrista, ex-advogado e até ex-marido não tardou a enxergar uma talvez pessoa em
maltrapilhos e mancando da perna esquerda se aproximar, agora, cantando aquela canção.
Interessado, perguntou ao mendigo onde ele havia ouvido aquela canção, o mendigo de um
sorriso amável e sincero dissera que foi há muito tempo em uma galeria.
Octávio ficou constrangido por achar por achar que o senil homem estivesse variando,
como em um susto, o mendigo virou-se para Octávio o chamando pelo nome e afirmando
que senil era o próprio Octávio que esta por lá em vez de aproveitar o conforto de sua
própria casa;
Octávio assustado fez um esforço para lembrar-se de onde conhecia o tão singular velhinho.
O homem o conhecia tão bem, até que Octávio tremeu e temeu seu destino, aquele era Seu
João, o dono de uma loja de discos de sua juventude, que Octavio os venerava pela vitrine
da galeria.
E a galeria hoje, é apenas um dia depois de outro dia...

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