(1890/1916)
Razões da escolha do autor:
- Poeta relativamente pouco conhecido;
- Despertou-me interesse por ter o meu apelido.
Biografia:
Com apenas dois anos ficou órfão de mãe ficando entregue ao cuidado dos avós, indo
viver para Camarate, às portas de Lisboa, passando aí grande parte da sua difícil
infância e adolescência, marcadas pela angústia e pela solidão;
Inicia-se na poesia com doze anos e em 1911, com dezanove anos, vai para Coimbra,
estudar Direito, não tendo porém concluído o primeiro ano;
Em Coimbra conhece aquele que foi, sem dúvida, o seu melhor e mais compreensivo
amigo – Fernando Pessoa –, o qual, em 1912, o introduziu no ciclo dos modernistas (*);
Desiludido com Coimbra, seguiu para Paris a fim de prosseguir os estudos superiores
na Universidade de Sorbonne, com o auxílio financeiro do pai;
Cedo, porém, deixou de frequentar as aulas dedicando-se a uma vida boémia, chegando
mesmo a passar fome e debatendo-se com as suas frustrações e desesperos;
De volta novamente em Paris, e de relações cortadas com seu pai, Mário de Sá-Carneiro
passa por uma crise moral e financeira que o faz abandonar os estudos;
Antes da sua morte envia seus poemas inéditos a Fernando Pessoa, publicados apenas
em 1937, sob o título “Indícios de Ouro”;
(*) Chama-se genericamente modernismo (ou movimento moderno) o conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos que permearam as
artes e o design da primeira metade do século XX.