Geancarlo Sgorla
PRODUÇÃO DE BIODIESEL
CAMPO GRANDE
2008
UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO
Geancarlo Sgorla
PRODUÇÃO DE BIODIESEL
CAMPO GRANDE
2008
DEDICATÓRIA
A minha mãe Terezinha que com seu carinho, força, e dedicação sempre me
mostrou que o melhor caminho é aquele que nos traz e nos permite semear
felicidade e esperança.
Ao meu pai Anibal, que com hombridade e muito esforço me guiou sempre
que precisei.
A minha família, avós, irmã, tios, primos, todos que de alguma forma
Aos amigos que conheci nesse período de formação, pessoas que sempre
Anibal C. M. Junior
A Deus, por estar sempre ao meu lado, me ajudando a superar os desafios da
vida.
Aos meus pais, que com muito carinho e compreensão não mediram esforços
A todos amigos e pessoas que conheci nesses 5 anos, que de alguma forma
Aos meus amigos Bráulio Hiroshi e Rodrigo Conceição, por estarem sempre
ao meu lado nesses 5 anos dividindo as angustias das provas e as alegrias das
comemorações.
Geancarlo Sgorla
RESUMO
compressão. Com o passar dos anos percebeu-se que a utilização de óleos vegetais
produção de biodiesel é feita de forma manual, sendo mais lenta e possuindo menor
automação para uma Mini – Usina de biodiesel, utilizando a modelagem por Redes
desse projeto.
humanity has created new methods of generating energy through renewable sources
of fuel. The use of vegetable oil as fuel began in 1890 by German Rudolf Diesel,
when used peanut oil in an engine compression. Over the years realized that the use
of vegetable oil or animal undermined the life of the engine and reduced its yield.
Through studies concluded that the causes of the problems generated in the
compression engines for the use of oils in general, it was the presence of glycerin,
monoglycerides and diglycerides in its composition. With the creation of the process
slower and having less quality than the automated system. The objective of this
project is to create a project for automation of a Mini - Mill of biodiesel, using the
modeling by Petri nets to contain errors and redundancies. The process is controlled
and color, and variable output, pumps, solenoid valves, and gear motors. The project
also has the logic programming language ladder. In-depth interviews, survey
documents, and the definition of the PLC and its programming language, were some
1. Introdução .................................................................................................. 1
2. Contextualização ....................................................................................... 4
3. Objetivos .................................................................................................... 7
5. Metodologia ............................................................................................. 31
6. Análise ..................................................................................................... 33
7. Conclusão ................................................................................................ 43
REFERÊNCIA .................................................................................................. 45
APÊNDICE ....................................................................................................... 49
ANEXOS .......................................................................................................... 55
1. Introdução
pelo histórico do biodiesel. Esses tópicos são apresentados para que se tenha
1
A atividade terciária iniciou seu crescimento a partir do século XIX,
Silveira (1999) afirma ainda que o século XVIII foi marcado por avanços
2
1.2. Histórico do biodiesel
3
2. Contextualização
por compressão, sendo o seu uso testado já em fins do século XIX, produzindo
por ser uma fonte renovável de energia e pelo fato do seu desenvolvimento
NOVA, 2005).
(CASTRO, 2007).
4
A substituição total ou parcial de combustíveis de origem fóssil, sempre
biodiesel mais atual, produzido através de óleos vegetais ou até mesmo animal
(FURLANETTI, 2007).
derivado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diferentes processos
BIODIESEL, 2008)
destacado mais que os outros biocombustíveis, pois esse permite que haja um
e liberado durante sua queima, já o diesel por ser um combustível fóssil possui
(MICHELETTO, 2006).
6
3. Objetivos
atuadores.
7
4. Fundamentação Teórica
sensoreamento.
já que o objetivo das usinas é realizar tal fenômeno de forma rápida e eficaz.
vegetais.
8
gordura animal e cuja utilização está associada à substituição de combustíveis
(MEIRELLES, 2003).
9
(NaOH) conhecida comercialmente como soda cáustica (SCHUCHARDT,
1998).
Brasil.
purificação do biodiesel.
10
As matérias primas para a produção do biodiesel são: óleos vegetais,
evaporação para eliminação de constituintes voláteis, que por sua vez podem
11
Figura 4.3 - Processo de Produção do Biodiesel (PARENTE, 2003).
12
Há dois tipos de controle em automação: controle lógico e dinâmico. O
estas funções são divididas em vários níveis nos quais ainda estão inclusos, os
13
Figura 4.5 – Níveis da arquitetura de automação (MORAES, 2007).
discretos ou analógicos.
IHM, o qual é importante para que o usuário possa monitorar a todo instante o
14
automação e possivelmente um aumento de produtividade e qualidade do
produto.
15
Uma Rede de Petri é um grafo, que possuem transições e posições. Os
utilizados em modelagem por Redes de Petri (Método dos Grafos) (Figura 4.6).
16
Figura 4.7 - Pré-set e pós-set (MORAES, 2007).
fim da década de 60, devido à dificuldade que se tinha na época em criar linhas
(SILVEIRA, 1999)
17
A partir dos CLPs, o processo de automação industrial teve mudança
2007).
18
(analógica). Esses sensores podem ser do tipo indutivo, mecânico, fotoelétrico,
4.4.2. A CPU
entradas de dados.
2004).
A CPU faz a leitura dos barramentos de entrada por meio dos Módulos
19
Os processadores nos CLPs são classificados quanto ao tamanho da
(CAPELLI, 2006).
como também pelo tamanho da informação a ser executada. Portanto para que
responsável por definir como o sistema deve operar e também pela execução
elétricos dos painéis de relés. Por ser uma representação lógica, o diagrama
20
ladder trabalha apenas com símbolos, e não considera nenhum parâmetro
programação em ladder.
21
A CPU do controlador executa a varredura do programa do usuário
começando pela primeira linha e primeira coluna, indo até o seu fim, essa
22
Para Moraes & Castrucci (2007) as instruções básicas da maioria dos
• Temporização e contagem;
• Aritmética;
• Manipulação de dados;
• Controle de fluxo;
• Transferência de dados;
• Avançada;
23
Figura 4.11 - Instruções de bit de I/O (PEREIRA, 2006).
24
A lógica binária possui apenas dois valores que são representados por
binária. A partir desses conceitos foram criadas as portas lógicas, que são
25
elétricos, podendo estar associados à tensão ou à corrente. Esses sinais na
evento ocorrido.
4.6. Sensoreamento
4.6.1. Termoresistências
26
termoresistências, controlando assim a faixa de temperatura ideal para o
processo.
algumas dificuldades podem ser encontradas, pois a coleta dos dados pode ser
elétrico. Corpos que estão sofrendo variações térmicas podem dilatar ou até
físicos para medição, tais como, variação de volume, pressão e dilatação linear
isolantes, podendo suportar a temperatura para qual foi projetada (SIGHIERI &
NISHINARI, 1973).
sensibilidade na medição.
projetado.
rotativa, entre outros. Vários fatores devem ser analisados para a escolha do
2003).
28
Os sensores de nível empregados nesse projeto são do tipo Chave de
(NIVETEC, 2008).
que podem ser usados para funções de alarme ou controle (NIVETEC, 2008).
29
como presença de espuma, gases/vapores, mistura de líquidos ou variações de
de detectar uma cor em um processo de forma rápida e precisa, seja sob luz
Os sensores de cor funcionam pelo método especial das três cores. Eles
30
5. Metodologia
comando, conforme anexo AN.1 e AN.2. Adaptações serão feitas para que se
ambigüidade na programação.
31
Como última etapa desenvolveu-se um esquema de montagem dos
32
6. Análise
de um combustível novo e ainda estar sob pesquisa, não foi definido o método
metóxido e óleo cru são sempre fixos, produzindo sempre a mesma quantidade
por batelada.
33
O metilato é primeiramente inserido, e logo após, o metanol, até que
mistura é agitada por um período pré - definido para que haja homogeneidade.
seu papel normal no processo, efetua ainda outras duas funções, sendo estas:
secado, por essa razão deve ser primeiramente inserido. A secagem consiste
Durante esta etapa o óleo deve ser agitado, para garantir a mesma
para que o processo continue. Caso isso não ocorra, o metanol presente no
34
Com o início do processo de transesterificação, o metóxido produzido
a mesma deve ser agitada, e mantida aquecida por certo período, já detalhado
em tópicos anteriores.
líquidos então são agitados por período pré-determinado até que haja
anteriormente decantada. Esse processo deve se repetir por outras três vezes,
dados deverão ser coletados do meio físico por meio do sensoreamento, para
36
necessário de metanol para que haja a proporção exigida entre catalisador e
sódio (70% Metanol + 30% Soda cáustica) para 15L de metanol sendo também
2008).
sua secagem.
Ainda nesta etapa a temperatura do óleo deve ser reduzida à 58°C, para
misturado ao óleo cru. O seu resfriamento será feito pelo acionamento de uma
37
interna ao tanque reator seja abastecida, havendo circulação e retornando ao
no reator.
motoredutor.
38
Sua temperatura é mantida constante, utilizando-se uma resistência
do biodiesel.
seus respectivos tanques. O glicerol por ser mais denso permanece no fundo
glicerol e o biodiesel, enviando este sinal ao CLP, o qual irá atuar no processo
temperatura desta etapa deve ser mantida a 70°C por 2 horas. O controle da
temperatura será feito por meio de sensores PT100 sendo também controladas
pelo CLP.
39
ocorrendo assim troca de calor, condensando-se, podendo ser reutilizado em
um novo processo.
um reservatório externo a Mini - Usina. O biodiesel já seco deve ser lavado por
líquidos então são agitados por uma hélice acoplada a um motor elétrico
cor para o código fonte é “1” quando detecta biodiesel, e “0” quando não o
Essa etapa é repetida por mais três vezes, garantindo 99,9% de pureza. Nesta
biodiesel já esta pronto para ser utilizado e pode ser bombeado ao seu tanque
de armazenamento.
40
Figura 6.1 - Modelagem Redes de Petri da mini – usina.
problema.
41
processo, sabendo que todas as entradas mudam o estado com o seu
que sejam concluídas. O CLP em questão dispõe do uso de timer, podendo ser
utilizado para solução deste tipo de problema como, por exemplo, tempo da
impurezas. Esse processo consiste em lavar o biodiesel por três vezes para
uma sub-rotina. Após de efetuar três vezes a lavagem o contador reseta esta
42
7. Conclusão
mercado faz com que os custos em sua produção diminuam cada vez mais,
sua produção.
43
Adquirido conhecimentos suficientes sobre o ciclo de funcionamento de
controlador.
simulação em estado off-line e por possuir boa interface. Esses itens auxiliaram
permitam simulação.
44
REFERÊNCIA
2006.
Nets: A Definition at the Net Level and Its Implications. IEEE Transactions
45
[9] M.A.Marsan, G.Balbo e G.Conte, A Class of Generalized Stochastic
<http://www.biodieselbr.com/biodiesel/motor-diesel/motor-diesel.htm> Acesso
46
[18] PRUDENTE, FRANCESCO: Automação industrial - PLC: teoria e
<http://arquivosbrasilbio.blogspot.com/2007/07/contexto-histrico.html> Acesso
<http://www.sick.de/home/factory/catalogues/industrial/coloursensors/applicatio
[26] SCHUCHARDT, U.; Ribeiro, M. L.; Gonçalves, A. R.; Quim. Nova 2001,
24, 247
47
[27] Solução de sistemas de medição. Disponivel em
<http://www.nivetec.com.br/nivetec2008/produto.asp?cat=1&pro=4> Acesso
48
APÊNDICE
49
APÊNDICE B – Planta Mini – Usina OUT
50
APÊNDICE C – Diagrama Lógico
51
Figura C.2 – Diagrama lógico 2/3.
52
Figura C.3 – Diagrama lógico 3/3.
53
APÊNDICE D - Esquema de montagem dos elementos de automação.
54
ANEXOS
55
ANEXO 2 – QUADRO DE COMANDO - INTERNA.
56
ANEXO 3 – MINI-USINA DE BIODIESEL.
57
ANEXO 4 – COMPARAÇÃO ENTRE USINAS DE BIODIESEL.
58