Origem do estado:
Há duas posições laicas relativamente à questão de saber qual é a origem do
estado ou mais concretamente do poder politico e do seu aparelho governativo:
- O estado não corresponde a qualquer necessidade humana fundamental e por
isso é dispensável (adoptada pelas correntes anarquistas e inspira o desgosto dos que
recentemente se chamaram os novos filósofos pela simples razão de que dizem de novo
coisas antigas);
- O estado é um resultado do instinto e por isso insubstituível (inspira as
correntes totalitárias, desde o sovietismo aos populismos africanos dos nossos dias).
A organização politica é necessária como expressão de uma racional
organização dos meios para obter fins. Há a necessidade de uma distinção entre
governantes e governados. O homem tem o dom da palavra e assim a possibilidade de
definir um sentimento comum do justo e injusto que baseia a construção e
funcionamento do aparelho do poder e normalmente de um estado.
Os três elementos constitutivos do estado são:
- Humano ou populacional, que se costuma designar com o nome nação;
- Fisico, no interior do qual o primeiro se desenvolve e que é constituído pelo
território;
- Poder qualificado de soberano, que unifica os anteriores elementos.
A cidadania implica distinções referentes às posições que o Homem pode ocupar
na comunidade politica: Uma das distinções é em relação aos naturais e aos
estrangeiros. Na Grécia era impossível ao estrangeiro tornar-se cidadão, mas Roma já
foi mas larga na concessão da cidadania. Nos estados modernos a teoria da
naturalização é geralmente acolhida nas leis embora seja comum a manutenção de
diferenças entre os estatutos dos naturais e naturalizados. Entre os naturais há a
distinção entre homens livres e os escravos. Os escravos são assim, seres humanos que
são propriedade de outro ser humano.
De acordo com Kant, há uma distinção entre cidadãos activos e passivos que se
encontra em todas as constituições liberais e que se traduz em negar a participação no
poder a todos os que não tinham independência económica. na 2ªrevoluçao, que teve
expressão no constitucionalismo liberal, houve uma marcha para o sufrágio universal e
para o desaparecimento da distinção entre cidadãos activos e passivos, tendendo para a
igualdade dos sexos e abaixamento da idade de voto.
Matrizes Teoricas (no meu entender qual delas melhor analisa um fenómeno de
natureza politica):
Matriz marxista:
Matriz liberal :
2. Estado
• Território: a base física do estado. Toda a colectividade que se constitui em Estado está
fixada num determinado território. Este encontra-se efectivamente ligado à ideia de
estado moderno e é um elemento aglutinador e unificador do estado.
Em síntese o território é um espaço geográfico onde reside determinada
população. É o limite de actuação dos poderes do Estado.
Pensamento medieval
Santo Agostinho: Ele manifesta uma angustia relativamente à queda do império
romano no Ocidente. Analisa as causas dessa queda e a preocupação de issentar
(ilibar) o cristianismo e os cristãos pela responsabilidade por essa queda. Há então:
- a exaltação dos valores do cristianismo;
- ele elabora a construção de um esquema de conduta pessoal e cívica para o futuro
tendo por base a distinção entre a cidade diabólica (cidade terrestre) e a cidade de
Deus. Fala também nos vícios da cidade diabólica e as excelências da cidade de
Deus. Chega À conclusão da supremacia total da cidade de Deus sobre a cidade
diabólica.
São Tomas de Aquino: Tenta fazer uma síntese entre o cristianismo e o domínio do
temporal (relacionado com o estado). É nisto como um moralista e o adaptador à
doutrina da Igreja ajustado à renovação do poder temporal. A sua impressionante
invergadura é a sua diversificação com o relevo para a filosofia e a teologia e o
destaque para a suma teológica, ou seja há uma necessidade de se estabelecer duas
áreas distintas, a área filosófica (no que diz respeito à vida do homem na terra) e a
área teológica (a vida depois da morte). Defende a origem divina de todo o poder, o
poder vem de Deus e é dado ao homem. O poder temporal é a intermediação popular
(na sua obra), o abuso de poder e o direito à rebiliao, as formas de governo de
aspiração cristatetico, na sequencia de que Aristóteles, ele fala também nas formas
sãs de governo e as formas correptos do governo, excelência de forma mista e
moderada do governo ideal que terá um componente monárquico e democratico.
Obra: O opúsculo sobre o governo dos princepes
Pensamento moderno:
Maquievel (moral, imoral, amoral): quebra com o pensamento da idade média. Ele
separa o poder temporal, do poder espiritual, separando assim o estado da igreja –
amoral.
Para ele o monarca (o monarca é a manutenção e preservação do estado)
deve ter características: - a força de um leão, e a astúcia da Raposa. O bom
governante deve ser temido e não amado. Só em ultimo case se corre a tropas
mercanarias, deve-se recorrer é às tropas nacionais, pois as mercenárias não lutam
por umobjectivo – se o inimigo der mais dinheiro, estas tropas entram em guerra por
quem antes estavam a combater .
maquievel está ligado à génese da monarquia absoluta, ele é portanto um
contemporâneo, da concentração do poder politico nas mãos do princepe ou
monarca. A sua primeira obra era intulada Princepe e a segunda os discursos sobre
a 1ªguerra do titolino.
No seu pensamento politico observamos a distinção entre poder politico do
Estado e os seus totelares, ele também fala no princepe, natureza e estrutura do
estado em função, formas de governo do estado e refere 2 tipos de estado, os
principados ou monarquias e por outro lado as republicas.
Os direitos e deveres do princepe era a separação entre politica e moral, a
importância da observação no estudo da politica ou então ao que se chamaria a
natureza empírica do conhecimento politico, o maquievelismo politico e a
concentração do poder real. O princepe refere-se às teorias da origem divina directa
do poder monarca e a noção de soberania.