Apriorismo
Entre as várias teorias defensoras de que o conhecimento tem uma dupla origem,
isto é, que provém dos sentidos e da razão, conta-se o apriorismo kantiano.
Para Kant, todo o conhecimento começa com a experiência mas não se limita a
ela.
Como Kant afirma na sua obra, “Crítica da Razão Pura”, “não resta dúvida que
todo o nosso conhecimento começa com a experiência.
O conhecimento resulta, segundo este pensador, dos dados provenientes da
experiência, captados pela sensibilidade, e que vão ser submetidos à acção interpretativa
do entendimento.
Por outras palavras, para que haja conhecimento as impressões captadas pela
sensibilidade têm que ser organizadas por algo que pertence ao sujeito e que é anterior e
independente da experiência: as características do entendimento. Por exemplo, quando
dizemos o “calor dilata o ferro” expressamos um conhecimento que tem na base a
experiência, mas que pressupõe a ordenação segundo conceitos ou categorias – Como
“substância”, “causa”,”efeito”, etc. - , que são segundo Kant, constitutivas da razão
humana.
Kant utiliza o termo matéria para designar os dados exteriores captados pelas
impressões sensíveis e o termo forma para designar as estruturas cognitivas do sujeito,
que são o entendimento e a sensibilidade.
Para que haja objecto conhecido, as impressões sensíveis têm que ser
organizadas por algo que pertence ao sujeito.
Como mostra o seguinte esquema.
Forma Matéria
Objecto Impressões
Entendimento Sensibilidade sensíveis
conhecido
Organização Captação
Vemos portanto, que a tese de Kant é bem diferente das teses dos empiristas e
racionalistas. De facto, empirismo e racionalismo atribuem ao sujeito um papel passivo
no conhecimento, na medida em que se tem de submeter a elementos indiscutíveis.
Os dados dos sentidos que e gravam na mente humana para formar as ideias,
segundo filósofos empiristas.
Esque
Criticismo:
Ao fazer análise critica da razão humana. Kant considera que as formas a priori
da sensibilidade e do entendimento só por si são vazias.
Elas são do sujeito, mas para haver conhecimento falta outro elemento: o
objecto, o mundo, a matéria. A sensibilidade só capta o que vem do exterior e o
entendimento só pode exercer a sua capacidade ordenadora se tiver algo para
ordenar: os dados colhidos sensorialmente.