Engenharia em Energia
Química Experimental – Prof. João Alifantes
Jonas Crixel e Priscila Telles
Data Experimento: 11/08/2010
Relatório 1
Miscibilidade, Solubilidade e Polaridade das substâncias.
Resumo
1. Introdução
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Há uma generalização que informa: semelhante dissolve semelhante. Ou
seja, solventes polares tendem a dissolver solutos polares, e solventes não polares
a dissolver solutos não polares. Isso é explicado através do momento dipolar, pois
átomos com a mesma eletronegatividade não há polarização da ligação, logo se
trata de uma ligação apolar.
Assim, uma ligação será polar sempre que dois átomos distintos se unirem
possuindo eletronegatividade diferentes. A polarização da ligação apresenta uma
direção, um sentido e uma intensidade (que depende da diferença de
eletronegatividade entre os átomos, quanto maior a diferença eletronegativa, mais
polar a ligação). Logo, podemos representar a polarização por um vetor. Vetor
momento dipolar (µ) é aquele que representa a polarização de uma ligação. O vetor
µ possui a direção da reta que passa pelo núcleo dos átomos que tomam parte na
ligação considerada e é orientado no sentido do polo positivo para o negativo. As
ligações apolares possuem vetor momento dipolar nulo (µ = 0).
A polaridade de uma molécula com mais de dois átomos é expressa pelo
vetor momento de dipolo resultante (µᵣ). Se ele for nulo a molécula será apolar, caso
contrário será polar.
Quando as moléculas forem polares existirão três tipos de forças de interações:
forças dipolo-dipolo, ligações de hidrogênio e dipolo induzido, essas forças também
são chamadas forças de Van der Waals. Outro tipo de força atrativa é a força íon
dipolo, é muito importante em soluções. Todas as quatro forças são eletrostáticas
por natureza, envolvendo atrações entre espécies positivas e negativas.
• Forças íon-dipolo existem entre um íon e a carga parcial em certo lado de uma
molécula polar, esta por sua vez tem um lado positivo e outro negativo, os íons
positivos são atraídos pelo lado negativo de um dipolo, enquanto os negativo são
atraídos pelo lado positivo. As forças íon-dipolo são especialmente importantes
em soluções de substâncias iônicas em líquidos polares.
• As interações dipolo-dipolo ocorrem através de forças de interação ou
aproximação das extremidades negativas e positivas das moléculas polares.
Também conhecidas como interação dipolo-permanente ou interação dipolar.
• As ligações de hidrogênio ocorrem quando a molécula de Hidrogênio estiver
ligada a um dos três elementos mais eletronegativos (F, O, N), assim haverá uma
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grande polarização desta ligação, acarretando para uma deficiência de elétrons no
hidrogênio.
• As interações dipolo induzido ocorrem entre moléculas polares e apolares
quando a nuvem de elétrons da molécula estiver um pouco mais deslocada para
um dos extremos da molécula, fazendo que por um curto espaço de tempo haja
na molécula dois polos distintos, e a extremidade positiva desse polo atrai os
elétrons da molécula vizinha. Embora esse evento ocorra centenas de vezes, são
interações bem mais fracas que os dipolos permanentes.
Quanto às soluções, as mesmas são formadas quando as forças atrativas
entre as partículas do soluto e do solvente possuem módulos comparáveis em
magnitude com as que existem entre as partículas do soluto ou entre as partículas
do solvente. Essas interações entre as moléculas de soluto e de solvente são
conhecidas como solvatação.
2. Procedimento Experimental
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Tabela 1: Listagem de experimentos – miscibilidade.
Tubo Misturas
1 1 mL de água e 1 mL de Etanol
2 1 mL de água e 1 mL de Diclorometano
3 1 mL de água e 1 mL de Clorofórmio
4 1 mL de água e 1 mL de Hexano
5 1 mL de Etanol e 1 mL de Diclorometano
6 1 mL de Etanol e 1 mL de Clorofórmio
7 1 mL de Etanol e 1 mL de Hexano
8 1 mL de Diclorometano e 1 mL de Clorofórmio
9 1 mL de Diclorometano e 1 mL de Hexano
10 1 mL de Clorofórmio e 1 mL de Hexano
Tubo 1 – A mistura tornou-se miscível, pois apesar da água ser uma substância
polar e o etanol apolar, apenas a hidroxila OH do etanol interagiu com as moléculas
de água, criando uma força de interação do tipo Ligação de Hidrogênio.
4. Conclusão
5. Referências Bibliográficas
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• Russel, J.B. Química Geral. Trad. De J. Vicentini et al. São Paulo, Mc Graw-
Hill, 1982.