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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE

DEPARTAMENTO DE ANATOMIA

ANATOMIA TOPOGRÁFICA

RECIFE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Reitor – Prof. Éfrem de Aquiar Maranhão

Pró – Reitoria Acadêmica da UFPE. – PROACAD.


Prof. Mozart Neves Ramos

Centro de Ciências Biológicas da UFPE


Profa.Ana Maria França

Departamento de Anatomia do Centro de Ciências Biológicas da UFPE.

Prof. Antônio Romeu Cabra de Medeiros

Coordenação e Execução

Prof. Jennecy Sales Cavalcante


ANATOMIA TOPOGRÁFICA

INTRODUÇÃO

Anatomia topográfica se ocupa dos estudos dos diferentes órgãos que entram
na constituição de cada região do corpo. Por esta razão também É chamada de anatomia
regional ou de anatomia aplicada, tal a sua importância médico-cirúrgica. Como a
anatomia descritiva, a topografia estuda o corpo humano inteiro, porém sua abordagem é
diferente. A anatomia descritiva ou sistemática divide o corpo em uma série de sistema
ou de aparelhos, e o estuda isoladamente (sistema digestivo, respiratório, esquelético,
etc.) enquanto que, na anatomia topográfica ao dividir o corpo humano em regiões, tais
como região temporal, região poplítea, etc, estuda sucessivamente, em cada uma dessas
regiões, sua forma, seus limites, mas sobretudo a ordem, de superposição e as relações
recíprocas de todas as estruturas que constituem cada uma destas regiões.

Holotopia visceral. – É o estudo da relação de cada órgão para com o corpo como um
todo, isto é sua situação no corpo. Por exemplo, o coração está situado no tórax, o
encéfalo na cabeça ,etc.

Sintopia visceral - Estuda a relação de cada órgão com seus vizinhos imediatos. Por
exemplo, temos a traquéia que se relaciona com o esôfago, o fígado se relaciona com o
duodeno, etc.

Esqueletopia visceral – Estuda a relação especial de cada órgão com o esqueleto. Ex.:
a projeção do coração sobre o 3ª,4ª,5ª e 6ª costelas, o tronco celíaco situa-se ao nível da
12ª vértebra torácica, etc.

Idiotopia visceral – Estuda a relação recíproca entre as partes de um mesmo órgão.


Como exemplo: a relação entre as faces anterior e posterior do estômago, entre os lobos
do fígado, etc.

Histiotopia visceral - Estuda a relação recíprocas entre os vários tecidos que compõem
um mesmo órgão. Para exemplo temos a relação entre a túnica adventícia e muscular do
esôfago, etc.

Tanto o médico clínico como o cirurgião deve considerar as possíveis


diferenças que ocorrem em função dos fatores gerais de variação anatômica (sexo, idade,
raça, biótipo). Exemplos:
a- Sexo: O ceco nas mulheres é de situação pélvica; a distribuição do tecido sub-cutânio;
alterações devido o estado gravídico.
b- Idade: O tamanho do timo na criança; a posição abdominal da bexiga na criança;
c- Raça: O comprimento mais longo da medula espinhal nos negros; nas formas do nariz
externo;
d- Biótipo: Forma do coração; forma do estômago.
A seguir estudaremos as regiões do corpo humano que compreendem: cabeça,
pescoço, tronco e membros. Estas regiões podem ser divididas e subdivididas em muitas
outras. O tronco se divide em tórax, abdome e pelve. É necessário antes do estudo das
regiões do corpo humano, um estudo do tegumento pois, é através deste tegumento que
serão traçadas linhas para possam serem determinadas as regiões superficiais do corpo.
TEGUMENTO COMUM E SEUS ANEXOS

Cobrindo o corpo à semelhança de um enorme lençol. Temos um dispositivo ao


qual atribuímos a designação genérica de tegumento comum. Este tegumento comum, ao
alcançar os orifícios naturais inflete-se para forrar o interior das cavidades. O tegumento
cobre exteriormente o corpo e se continua com o revestimento interno das cavidades,
chamada de mucosa. Do ponto de vista anatômico, o tegumento comum é formado por dois
planos, um mais superficial é denominado cútis (pele) e outro mais profundo é denominado
tela subcutânea.
A pele varia quanto a cor, a espessura e a distribuição dos pêlos. No pertinente
a cor, essa variação funciona como elemento caracterizador dos grupos raciais. Foi baseado
na cor da pele que o etnólogo reuniu os diversos habitantes da terra em diversos grupos
raciais. Daí existirem as raças: branca, negra, vermelha e amarela. Essa diferenciação ocorre
por conta da maior ou menor concentração dos pigmentos melânicos na pele, mas, fora
dessa característica geral, num mesmo indivíduo, a pele varia de colorido. Nas superfícies de
extensão, nos genitais externos e em redor dos orifícios naturais constata-se uma coloração
mais carregada da pele. A espessura do tegumento externo não é uniforme em toda sua
extensão, a pele é bastante espessa na face volar das mãos e na planta dos pés. É
consideravelmente delgada nas pálpebras e no pênis. Nas superfícies de flexão a pele é mais
fina do que na superfície de extensão.
A epiderme da pele apresenta 5 camadas: basal, espinhosa, granulosa, lúcida e
cornificada. Verifica-se que nas áreas mais espessas, a camada cornificada é a mais espessa
de todas as camadas.
Quanto à distribuição dos pêlos, também apreciamos variações na superfície
corpórea. A topografia e a orientação dos pelos bem como o seu comprimento, constituem
caráter sexual secundário, permitindo distinguir os sexos. Assim, no couro cabeludo, os
pelos são abundantes e de comprimento considerável, caracterizando a cabeleira. Também
na face os pelos podem assumir um comprimento apreciável, há entretanto, grupos raciais
onde a face é glabra (desprovida de pelos) e indivíduos há também em que a superfície
corpórea é quase toda coberta por pelos que variam no comprimento e na espessura, é a pele
hisurta. O hisurtismo entretanto, sobre ser um testemunho de virilidade é as vezes, uma
pertubação glandular. Nas axilas, os pelos são mais raros, mais ainda de comprimento
apreciável. Na região pubiana, os pelos se arranjam de maneira diferente. Enquanto no sexo
masculino ele ascende pela linha alba até a cicatriz umbilical, no sexo feminino ele se dispõe
horizontalmente. Na pele constatamos uma série de dobras ou pregueamentos que recebem
denominações ligadas ao motivo do qual derivam. Assim temos: as pregas de flexão
musculares e as senis, além dos relevos papilares concentrado na face das falanges digitais
dos quirodáctilos. As pregas de flexão são aquelas situadas nas áreas articulares, opostas a
superfície de extensão. As pregas musculares são devidos as inserções dos músculos na face
profunda da pele. As dobras senis são uma consequência da diminuição de espessura da tela
subcutânea que determina a queda da pele. As pregas papilares interessam à medicina legal,
como um fator que possibilita a identificação dos indivíduos.
Profundamente a cútis temos um plano formado por tecido conjuntivo frouxo,
denominado de tela subcutânea. A tela subcutânea pode ser enriquecida por grande
quantidade de células gordurosas formando uma camada variável de tecido adiposo que
recebe o nome de panículo adiposo, que representa um verdadeiro sistema de
armazenamento e reserva de gordura. Em certas regiões, a tela subcutânea é muito pobre em
células adiposas como nas pálpebras, pavilhão auricular, prepúcio, escroto e lábios menores
da vulva. A tela subcutânea está constituída de três camadas, sendo a mais superficial
chamada de areolar, que apresenta fibras colágenas dispostas perpendicularmente a
superfície da pele, abaixo desta existe a camada fibrosa da tela subcutânea, que é a fáscia
superficial ou subcutânea, e a mais profunda é denominada de camada lamelar, que é
constituída de fibras colágenas dispostas paralelamente a superfície da pele. No interior das
trabéculas do colágeno das camadas areolar e lamelar da tela subcutânea é o local onde se
depositam as células adiposas. O tegumento externo apresenta órgãos anexos, tais como:
pelos, unhas, glândulas sudoríparas, sebáceas e mamas.
Os pelos, característica dos mamíferos são dispositivos que se implantam na
pele fixando-se graças a formações denominadas folículos pilosos. A parte do pelo que fica
escondido sob a pele é a raiz. A porção que se exterioriza é a parte livre do pelo ou haste. O
pelo varia de cor, espessura, comprimento e de forma de acordo com as regiões. A haste do
pelo está constituída de um córtex de queratina envolvida por uma cutícula, que envolve
uma medula de queratina mole. A cor do pelo depende da quantidade de pigmentos
existentes no seu córtex. O pelo apresenta na sua região mais profunda uma dilatação
denominada de bulbo, onde encontramos a papila dérmica do pelo, por onde os vasos
sanguíneos chegam para irrigá-lo.
Anexo ao pelo encontramos um feixe de fibras musculares lisas, o músculo
eretor do pelo situando-se desde a porção mais profunda do folículo piloso até a
proximidade da superfície dérmica do cório. Estes são inervados por fibras simpáticas,
contraindo-se em resposta ao frio e a emoção, provocando enrugamento da superfície da
pele denominada de “pele de galinha”.
As unhas, remanescentes das garras dos animais inferiores são anexos cutâneos
situados na porção dorsal das falanges distais dos dedos das mãos e dos pés. As unhas
apresentam para estudo uma porção intermediária ou corpo, uma extremidade livre e uma
outra porção que fica implantada sob a dobra cutânea que é denominada de raiz da unha, que
é a sua região germinativa. Próximo a raiz da unha e unindo as dobras laterais da unha,
verificamos um dispositivo semilunar, bem mais claro do que o resto da unha, é a lúnula. A
medida que as unhas crescem, vão se encurvando e assumindo o aspecto de garras.
As glândulas sudoríparas, são órgãos glandulares exócrinos apócrinos que
elaboram uma secreção externa de sabor salgado, denominado suor. As glândulas
sudoríparas têm uma distribuição desarmônica, assim, vamos encontrar uma grande
concentração delas nas plantas dos pés, nas palmas das mãos e nas axilas, também na região
frontal e no dorso do nariz. Estão relacionadas a regulação da temperatura corpórea, pois, a
perspiração absorve calor do corpo pela evaporação de água. São glândulas tubulares
simples, com uma unidade profunda secretora enovelada e um ducto longo e tortuoso que se
abre na superfície da pele através do poro. Calor e locomoção constituem os principais
estímulos para a sudorese.
As glândulas sebáceas também de secreção externa, estão disseminadas pelo
corpo. Elas estão mais concentradas na região frontal, pirâmide nasal e na glande. São
glândulas aveolares simples que formam lobos na derme, localizadas no ângulo agudo entre
o músculo eretor do pêlo e seu folículo piloso. Esta glândula é denominada holócrina, onde
a célula secretora se desintegra estando sob o controle hormonal.

MAMA
A mama situa-se ventralmente aos músculos peitoral maior, serrátil anterior e
oblíquo externo do abdome, estendendo-se da 2a a 6a costelas e do esterno à linha axilar
média. A mama direita geralmente é maior e mais baixa do que a esquerda. O quadrante
súpero-lateral da mama contém a maior parte de tecido glandular e é local de maior
incidência de tumores.
Esta glândula encontra-se entre as camadas da tela subcutânea
(superficial/profunda).
O parênquima é constituído de cerca de 15 a 20 glândula alveolares compostas
ou lobos, cada uma com um ducto lactífero, que se abre no mamilo. Estes ductos podem
apresentar dilatações próximas a sua terminação. Ao redor do mamilo ( papila mamária)
encontramos uma área escura denominada de aréola. O estroma consiste de tecido adiposo e
fibroso, entremeados de parênquima epitelial.
A irrigação da mama provém de ramos perfurantes da artéria torácica interna e
de ramos de artéria axilar. A drenagem é importante, pois indica o caminho dos linfáticos.
Um carcinoma pode metastear-se por meio deles. As veias que são satélites e homônimas
das artérias drenam por meio de ramos perfurantes da torácica interna ou para a parte
inferior do pescoço. Os linfáticos drenam para linfonodos axilares, cervicais profundo e
torácico internos de ambos os lados.
O tegumento externo pode experimentar variações de sua cor, ora com doenças
que alteram a pigmentação cutânea, ora sob impactos emocionais que levam desde germes
sépticos que migram para a corrente sanguínea logo que uma solução de continuidade se
instale. A higiene da pele, deve constituir uma preocupação, afim de que tenhamos
assegurada a sua integridade, o que equivale a dizer, uma boa respiração cutânea.
CABEÇA

A cabeça é o segmento mais elevado do corpo. Está situada em cima do


pescoço dele sobressaindo-se por diante, por detrás e pelos lados. O plano horizontal que
separa a cabeça do pescoço corresponde a base do crânio ou mais exatamente a
protuberância occipital externa e a base da apófise mastóide. A cabeça (fig. 1), se divide
em crânio e face. O crânio, situado na parte posterior e superior da cabeça é uma
cavidade óssea onde se aloja o encéfalo. A face, situada a baixo e adiante, forma um
maciço ósseo onde se alojam as partes iniciais do sistema respiratório e digestório como
também grande parte dos órgãos sensoriais.
O crânio (fig. 2), se subdivide em 4 regiões, que são: região frontal, parietal,
occipital e temporal, cujos limites são dados pelos ossos de mesmo nome. Os planos
superficiais dessas regiões são compostos pela pele, tecido celular sub-cutânio, vasos e
nervos superficiais (fig.3). O crânio é coberto pela gálea aponeurótica ou aponeurose
epicranial, que é uma lâmina fibrosa aderida fortemente à pele, mas frouxamente ao
pericrânio ( periósteo), vide figura 3. As artérias são bastante anastomosadas, razão pela
qual o escalpo sangra abundantemente e cicatriza-se rapidamente. As veias se
comunicam com os seios venosos da dura-mater. A inervação é feita pelos nervos
cervicais superiores e trigêmeos.

Fig.1- cabeça: 1-altura da cabeça; Fig.2-crânio: 1-região frontal;2-região pariental


2- crânio; 3- face 3- região occipital; 4- região temporal.

A região temporal é do ponto de vista cirúrgico, a mais importante pelas suas


relações com o córtex cerebral. Seus planos superficiais são: pele, tecido celular
subcutâneo, aponeurose epicranial e o músculo temporal (fig. 4). A irrigação é dada por
ramos da artéria temporal superficial. A drenagem venosa é feita por veias homônimas.
A inervação motora provém do nervo facial e a sensitiva do nervo aurículotemporal (fig.
5).

Fig.3-corte frontal do crânio: 1-cabelos;


2- pele; 3- tecido celular subcutâneo; 4-
artérias e veias; 5- aponeurose epicranial
6 - pericrânio; 7- parietal.
Fig. 4- região temporal:1- pele e
tecido subcutâneo; 2- aponeurose
epicranial com vasos e nervos; 3-
aponeurose temporal superficial;
4- artéria e veias temporais
superficiais; 5-músculo temporal.

Fig. 5- Região temporal:


1- aponeurose epicranial;
2- artéria temporal
superficial; 3- veia
temporal superficial; 4-
nervo aurículo temporal.

A face (fig. 6) compreende 5 regiões principais a saber: região nasal, labial, mental
(mentoniana), massetérica e geniana. Alguns autores ainda consideram as regiões orbitária,
supra-orbitária e zigomática.
A- Região nasal (fig.6) é impar e central, corresponde a eminência em forma de pirâmide
chamada de nariz externo.
a- Limites- Superficialmente está limitada: superiormente, por uma linha que vai de um
supercílio a outro. Imferiormente, pelo suco nasolabial; lateralmente, pelos sucos
nasopalpebral e nasogeniano.
b- Planos superficiais (fig.7) - Possui três planos: pele, tecido celular subcutâneo e camada
muscular, formada pelos músculos prócero, nasal( parte transversa e alar), depressor do
septo e o músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz (fig. 8).
c- Vasos e nervos (fig.7) -As artérias são a nasal (ramo da artéria oftálmica), a do septo
nasal ( ramo da artéria labial superior) e a angular ( ramo da artéria facial). As veias se
dirigem para a angular e facial. Os linfáticos drenam para os nódulos submaxilares. Os
nervos motores são ramos do facial e os sensitivos são ramos do nervo oftálmico.
Fig. 6- Face: 1-região nasal; 2- região labial; 3-
região metoniana; 4- região massentérica; 5-
região geniana.

Fig.7- Região nasal:1- pele e


tecido subcutâneo; 2- músculo
prócero; 3- músculo nasal; 4-
veia angular (plano superficial);
4’-artéria angular; 5- artéria
nasal; 6- artéria e veia laterais do
nariz; 7- ramos do nervo facial.

B- Região labial (fig. 6) - É impar e central compreendendo as partes moles que constituem
os lábios.
a- Limites- Acima, sulco nasolabial e labiogeniano; abaixo, o sulco mentolabial,
prolongando-se lateralmente até uma linha vertical que passa a 10 a 12 milímetros da
comissura dos lábios.
b- planos constituintes (figs. 8 e 9) - Esta região é composta de quatro planos: pele;
camada muscular (formada pelo músculo orbicular da boca), amada glandular (glândulas
salivares labiais) e mucosa labial.
c – Vasos nervos (fig. 9) – artérias labiais superiores e inferiores (ramos da artéria facial).
As veias drenam para veia facial. Os linfáticos drenam para os nódulos submaxilares e
submentoniano. Os nervos são ramos do facial (inervação montora) e do mandibular
(inervação sensitiva).

Fig. 8- Músculos da face: 1-


prócero; 2- nasal (partes
transversa e alar); 3- depressor do
septo; 4- orbicular do olho
(partes palpebral e orbicular); 5-
orbicular da boca; 6-depressor do
ângulo da boca; 7- do mento; 8-
risório; 9- zigomático maior; 10-
zigomático menor; 11-
levantador do lábio superior; 12-
levantador do lábio superior e da
asa do nariz; 13- depressor do
lábio inferior; 14- levantador do
ângulo da boca; 15- bucinador;
16- masseter.
Fig. 9- Região labial: 1- corte da
pele; 2- músculo orbicular da
boca; 3- artérias labiais superior e
inferior; 4- veias superficiais; 5-
ramos da artéria facial; 6-
mucosa labial com glândulas
submucosas.

C- Região metoniana (fig.6) - Também ímpar e mediana, formada pela eminência metoniana
da mandíbula juntamente com as partes moles que a cobrem.
a- Limites – De forma quadrilátera, tem por limites: superiormente o sulco mento-labial;
inferiormente, a margem inferior da mandíbula e lateralmente, uma linha vertical traçada
pela extremidade interna do sulco labiogeniano.
b- Plano superficiais (fig 10) - Considera-se 3 camadas nesta região: pele, tela subcutânea,
camada muscular (formada pelo músculo do mento, depressor do lábio inferior e o depressor
do ângulo da boca).
c- Vasos e nervos – As artérias são a submental e labial inferior, ambos ramos da artéria
facial. As veias drenam para a veia facial. Os nervos são ramos do facial (inervação motora)
e do mandibular (inervação sensitiva).

Fig.10- Região metoniana: 1-


pele e tecido subcutâneo; 2-
músculo do mento; 3- depressor
do lábio inferior; 4- depressor do
ângulo da boca; 5- artéria
submental; 6- artéria labial
inferior.
D- Região massentérica (fig. 5)- Está situada na parte posterior e lateral da face,
compreendendo o ramo da mandíbula e as partes moles que a revestem.
a- Limites: superior, o arco zigomático, inferior, a margem inferior do corpo da mandíbula;
posterior, a margem posterior do ramo da mandíbula; anterior, a margem anterior do
músculo masseter.
b- Planos superficiais (fig. 11) - Pele, tela subcutânea (onde encontra-se a artéria e veia
transversas da face, ramos do nervo facial, a prolongação anterior da parótida e parte do seu
conduto excretor) e a camada muscular pelo músculo masseter.
c- Vasos e nervos (fig. 11) - As artérias são ramos da transversa da face e da facial. As veias
drenam para a facial, temporal superficial ou jugular externa. Os linfáticos se dirigem para
os nódulos submandibulares.

Fig.11- Região massetérica : 1-


pele e tecido celular subcutâneo;
2- artéria transversa da face; 3-
ramos do nervo facial; 4- parótida;
5- conduto parotídico; 6- artéria e
veias facias; 7- masseter.

E- Região geniana (fig. 6) – É uma região irregularmente quadrilátera que ocupa as partes
laterais da face.
a- Limites - Superior, reborda inferior da órbita; inferior, margem inferior da mandíbula;
posterior, margem inferior do masseter ; anterior, sulcos nasogeniano e labiogeniano.
b- Planos superficiais (fig.12) Considera-se 4 planos nesta região: pele; tela subcutânea,
camada muscular (onde encontra-se os músculo zigomáticos maior e menor, levantador do
lábio superior e da asa do nariz, levantador do ângulo da boca , músculo bucinador, parte do
orbicular do olho e parte do conduto parotídeo.
c- Vasos e nervos (fig.12) As artérias provêm da facial, temporal superficial e da maxilar.
As veias drenam para a veia facial, oftálmica e temporal superficial.Os linfáticos drenam
para os nódulos submandibulares. A inervação motora é dada pelo facial e a sensitiva pelo
nervo maxilar.

Fig. 12-Região geniana:


1- pele e tecido subcutâneo;
2- músculo zigomático maior; 3-
músculo zigomático menor; 4-
músculo levantador do lábio
superior e da asa do nariz; 5-
Músculo bucinador; 6- Músculo
orbicular do olho; 7- conduto
parotídico .
PESCOÇO

O pescoço (fig.13) É a região do corpo que une a cabeça do tórax. Seu limite
superior corresponde ao limite inferior da cabeça. Seu limite inferior é dado pela margem
superior do esterno e das clavículas e por uma linha transversal que vai de uma articulação
acrômio-clavicular a outra, passando pela apófise espinhosa da 7ª vértebra cervical.
Topograficamente, o pescoço se divide em duas grandes regiões: região posterior
ou região nucal e região anterior.

A- Região posterior do pescoço (fig.14) - É ímpar e mediana e compreende todas as


estruturas situadas atrás da coluna cervical.
a- Limites (fig.14) - Superior,a protuberância occipital externa; inferior, uma linha
horizontal que une a apófise espinhosa da 7ª vértebra cervical ao acrômio; laterais, a
margem anterior do músculo trapézio.
b- Planos constituintes (fig.15) - Pele, tela subcutâneo, camada muscular (músculo trapézio,
esplênio, levantador da escápula, escalenos ,etc.).
c-Vaso e nervos (fig.15) – As artérias provêm da occipital ramo da carótida externa, e da
cervical profunda e da dorsal da escápula ramos da artéria subclávia. As veias terminam na
occipital e na veia braquiocefálico. Os nervos são ramos do plexo cervical e do nervo
espinhal.

Fig. 13- Pescoço: 1- limite


superior; 2- limite inferior.

Fig. 14- Região da nuca (limites):


1- protuberância occipital
externa;2- apófise espinhosa da
7ª vértebra cervical; 3-acrômio;4-
margem anterior do trapézio.
Fig.15- região da nuca (planos superficiais): 1- pele e tecido subcutâneo; 2- trapézio; 3-
esplênio do pescoço; 4- levantador da escapula; 5- romboide; 6- artéria occipital; 7- ramos
da artéria dorsal da escápula; 8- nervo espinhal.
B-Região anterior do pescoço (Fig.13) – A região anterior do pescoço tem como limites:
superior, a margem inferior da mandíbula; inferior, a fúrcula external e os 2 terços medias
das clavículas; laterais, as margens anteriores do trapézio.
Planos constituintes (Fig.16) – Pele e tela subcutânea (músculo platisma), camada muscular
superficial (músculo supra e infrahiódeos), camada visceral (glândula tireóide, laringe,
partes cervicais da traquéia e esôfago, vasos e nervos), camada muscular profunda
( músculos pré-vertebrais).
Fig.16- Região anteriorr do pescoço(planos
constituintes):1- pele e tecido subcutâneo; 2-
platisma; 3-esternocleidomastóideo; 4-
esternohióideo; 5- esternotiróideo; 6-
aponeurose cervical média; 7- glândula
tiróidea; 8- traquéia; 9- esôfago; 10- veia
jugular interna; 11- artéria carótida comum;
12- nervo vago; 13- veia jugular externa;14-
aponeurose cervical profunda; 15- músculos
da cabeça e do pescoço.

A região anterior do pescoço está dividida,de cada lado, pelo músculo


esternocleidomastóideo em trígonos anterior e posterior (Fig.17).
O trígono anterior tem por base a margeminferior da mandíbula, o ápice no
esterno, o limite anterior é na linha mediana anterior do pescoço e o posterior na margem
anterior do esternocleidomastóideo .
O trígono posterior tem sua base no terço intermediário da clavícula; o ápice no
occipital; o limite anterior na margem posterior do esternocleidomastóideo, e o posterior na
margem anterior do trapézio.

Fig.17- Região anterior do pescoço:


1- trígono anterior; 2- trígono
posterior; 3-esternocleidomastóideo;
4- margem ionferior da mandíbula;
5- esterno; 6- linha mediana do
pescoço; 7- clavícula; 8- occipital;
9- trapézio.
O trígono anterior subdivide-se em 4 outros triângulos menores (fig.18): (1)-
trígono submental, de base no corpo do osso hióde e ápice no tubérculo mental. Os lados são
formados pelos ventres anteriores dos músculos digástricos e o soalho é representado pelos
músculos milohióideo e por linfonodos (Fig.19), (2)- trígono submandibular, situa-se entre
os dois ventres do músculo digástrico (triângulo digástrico), a sua base é dada pela margem
inferior da mandíbula e o ápice no hióide. Seu soalho é formado pela glândula
submandibular, nervos hipoglosso e lingual, linfonodos, veia e artéria faciais (Fig.20), (3)-
trígono carótico tem sua base formada pelo ventre posterior do digástrico, anteriormente está
limitada pelo ramo superior do amohiódeo e posteriormente pelo esternocleidomastóideo.
Seu soalho é formado pelo nervo hipoglosso, pelo músculo tirohiódeo, pela artéria carótida
comum, pela parte espinhal do nervo acessório e mais lateralmente pela veia jugular interna
e nervo vago (Fig.21), (4)- trígono muscular é delimitado posteriormente pelo ventre
superior do omohióideo e pela margem anterior do esternocleidomastóideo; anteriormente,
pela linha mediana anterior do pescoço. Seu soalho é dado pelos músculos infrahiodeos
(esternotiróideo, esternohióideo, tirohióideo) (Fig.22).

Fig.18- Trígono do pescoço: 1- trígono submental;


2- trígono submandibular; 3- trígono carótico; 4-
trígono muscular; 5- trigono occipital; 6- trígono
omoclavicular; 7- músculo digástrico; 8- hióide; 9-
músculo omohióideo; 10- músculo
esternocleidomastóideo;11- músculo trapézio.

Fig.19-Trígono submental:1-
ventre anterior do m. digástrico;
2- hióide; 3- tubérculo mental; 4-
m. milohióideo; 5- linfonodos.
Fig.20- Trígono submandibular:1-
ventre anterior do m. digástrico; 2-
ventre posterior do m. digástrico; 3-
artéria facial; 4- veia facial; 5-
glândula submandibular; 6- nervo
hipoglosso; 7- nervo lingual; 8-
linfonodos

Fig.21- Trígono carótico:1- nervo


hipoglosso; 2- m. tirohióideo; 3- artéria
carótida comum; veia jugular interna.

Fig. 22- Trígono muscular: 1-m.


omohióideo; 2- m. esternohióideo;
3- m. esternotiroóideo; 4- m.
tirohióideo

O ventre inferior do músculo omohiódeo divide o trígono posterior nos triângulos


occipital, superiormente, e omoclavicular, inferiormente (Fig.18). O trígono occipital tem
sua base formada pela margem anterior do músculo trapézio; seu limite ântero-superior e
ântero-inferior é formado pelo músculo esternocleidomastóideo e ventre inferior do músculo
omohióideo; respectivamente. O soalho é constituído pelos músculos esplênios da cabeça,
elevador da escápula e escaleno médio. O trígono é cruzado pelos nervos supraclaviculares,
ramos musculares do plexo cervical, nervo acessório e vasos transversos cervicais, além de
linfonodos cervicais (Fig. 23).
O trígono omoclavicular (supraclavicular) é limitado pelo ventre inferior do
músculo omohiódeo, pelo músculo esternocleidomastóideo e tem sua base no terço médio
da clavícula. Seu soalho é formado pelo plexo branquial , artéria subclávia, veia subclávia,
nervo subclávio, além de linfonodos e do plexo venoso formado pela terminação das veias
transversa cervical e suprascapular na parte inferior da veia jugular (Fig. 24).

Fig. 23- Trígono occipital: 1- músculo esplênico da cabeça; 2- músculo escaleno médio; 3-
músculo elevador da escápula;4- ramos musculares do plexo cervical; 5- nervo acessório; 6-
vasos transversos cervicais.

Fig. 24- Trígono omoclavicular: 1- músculo omohióideo; 2- clavícula; 3- artéria subclávia;


4- veia subclávia; 5- ramos do plexo braquial.
TORAX

O tórax (fig. 25) - É a região situada entre o pescoço e o abdome. Está limitada
superiormente por um plano obliquamente dirigido para baixo e para frente que passa para
apófise espinhosa da 7ª vértebra cervical e pelas margens superiores das primeiras costelas e
do esterno. Inferiormente está separado do abdome pelo músculo diafragma, que
corresponde a um plano oblíquo para baixo e para trás, que partindo do apêndice xifóide vai
terminar na apófise espinhosa de 12ª vértebra torácica.O tórax possui forma de um tronco de
cone cuja base maior é para baixo e a menor para cima.
3.1-Regiões torácicas parietais
3.1.1- Regiões ventrais do tórax (Fig.25) - São em número de quatro, a saber: região pré-
esternal; região peitoral (região mamária), região infra-mamária e região axilar.
Consideraremos ainda duas fossas: fossa infra-clavicular e fossa axilar e o trígono clavico-
delto-peitoral.

Fig.25- Regiões ventrais do tórax: 1- região pré-estermal; 2- região peitoral; 3- região


inframamária; 4-região axilar; 5- força infra-clavicular; 6- força axilar; 7- trígono clavico-
delto-peitoral; 8- linha para-esternal; 9- linha axilar anterior; 10- linha infra-mamária.

A-Região pré-esternal; está situada na parte anterior do tórax e corresponde exatamente ao


osso esterno.
a-Limites(Fig.25) – superior, margem superior do manúbrio; inferior, base do apêndice
xifóide; laterais, linhas para-esternais direita e esquerda (que corresponde as articulações
condro-esternais)
b-Plano constituintes (Fig26) - pele, tecido celular subcutâneo, camada muscular superficial
(inserções externais dos músculos peitoral maior, esternocleidomastóideo e por fascículos
do reto abdominal), plano esquelético (osso esterno) e camada muscular profunda (músculo
transverso do tórax.
c-Vaso e nervos (Fig.26) - as artérias são ramos da torácica interna. A drenagem venosa é
feita pela veia homônima. A inervação é feita pelos nervos peitorais e pelos ramos
perfurantes anteriores dos intercostais.

Fig.26-Região pré-esternal (planos constituintes): 1- pele e tela subcutânea; 2- peitoral


maior; 3- tendão esternal do esternocleidomastoideo; 4- reto abdominal; 5- esterno; 6-
artéria e veia torácicas internas; 7- veias subcutâneas; 8- ramos perfurantes anteriores.

B-A região peitoral ou mamária é a parte da parede torácica que na mulher se acha ocupada
completamente pelo seio ou mama.
a – Limites (Fig.25) - Esta região esta limitada à própria mama, que equivale dizer a
extensão do músculo peitoral maior situado mais profundamente. Limita-se inferiormente
com a região inframamária através do sulco submamário. Nela encontra-se superiormente, a
fossa infra-clavicular.
b-Plano constituintes (Fig.27) – Pele (que na sua parte média se modifica para forma aréola
e o mamilo); tela subcutânea; glândula mamária; camada muscular (músculo peitorais maior
e menor).

Fig. 27- Região peitoral


(planos constituintes):1- pele e
tela subcutânea; 2- glândula
mamária; 3- aréola; 4- mamilo;
5- peitoral maior; 6- artéria
torácica lateral; 7- ramos das
artérias intercostais; 8- ramos
nervosos intercostais.

c- Vasos e nervos (fig.27) - As artérias provém da torácica interna (ramo da subclávia) e da


torácica lateral (ramo da axila) e das intercostais. As veias seguem o mesmo trajeto das
artérias e desembocam nas veias torácicas internas, axilares e intercostais. Os linfáticos se
dirigem para os linfonodos da região axilar e para os linfonodos supra-claviculares. Os
nervos provém dos seis primeiros intercostais, do ramo supra-clavicular do plexo cervical e
ramos torácicos do plexo braquial.

C- A região infra-mamária – Compreende uma estreita faixa que se estende do sulco infra-
mamário até a projeção anterior da cúpula diafragmática. Lateralmente está limitada através
da linha axilar anterior e medialmente pela linha para-esternal (fig. 25).

a- Planos constituintes (fig. 28) - Pele, tela subcutânea, gradil costal com os músculos
intercostais. É vascularizada por ramos dos vasos intercostais e inervada pelos intercostais
inferiores.

D- A região axilar – É limitada pelas linhas axilares anteriores e posterior, também é


chamada de região torácica lateral. Nela encontra-se superiormente a fossa axilar.

a- Planos constituintes (fig. 29) – pele, subcutânea, camada muscular (músculos serrátil
anterior e intercostais). Esta região é vascularizada e inervada pelos vasos e nervos
intercostais respectivamente.

Fig. 28- Região infra-mamária (planos constituintes): 1- pele e tela subcutânea; 2- costelas;
3- músculos intercostais; 4- músculo diafragma; 5- fígado.

Fig. 29- Região axilar (planos constituintes): 1- pele e tela subcutânea; 2- músculo serrátil
anterior; 3- músculos intercostais; 4- costelas; 5- pleuras; 6- pulmão; 7- diafragma; 8- fígado.

3.1.2- Regiões dorsais do tórax (fig. 30) - São em números de 4(quatro) a saber: escapular,
supra-escapular, infra-escapular e vertebral.
Fig. 30- Regiões dorsais do tórax:1- região escapular; 2- região supra-escapular; 3- região
infra-escapular; 4- região vertebral.

Planos constituintes (fig. 31)- Destas regiões são: pele, tecido subcutâneo, camada muscular
(trapézio, infra-espinhoso, rombóides, grande dorsal, serrátil posterior, etc.).
Vasos e nervos (fig. 31)- As artérias procedem dos ramos dorso-espinhais das artérias
intercostais. As veias drenam para as veias intercostais e destas para as veias ázigos. Os
nervos são ramos posteriores dos nervos dorsais.
3.2- Cavidade torácica e seu conteúdo
A cavidade torácica acha-se dividida em duas regiões laterais chamadas de regiões
pleuropulmonares, e em uma região média chamada mediastino (fig. 32).
Regiões pleuropulmonares - Em número de duas, direita e esquerda, cada uma compreende
o pulmão correspondente e a pleura que o envolve.
Fig. 31- Regiões dorsais do tórax (planos constituintes): 1- pele e tecido subcutâneo; 2-
m.trapézio; 3- m. rombóide; 4- m. grande dorsal; 5- m. serrátil posterior; 6- vasos e nervos.

Fig. 32- Radiografia do tórax em projeção dorsoventral: 1- clavícula; 2- costela; 3- regiões


pleuropulmonares; 4-região mediastínica; 5- cúpula diafragmática

Região mediastínica (Fig. 3)- O mediastino é o espaço situado entre as regiões


pleuropulmonares. Está limitado anteriormente pelo esterno e cartilagens costais;
posteriormente pela coluna e, inferiormente pelo diafragma. Superiormente o mediastino se
continua com o pescoço, admitindo-se como limite um plano transversal que passa pela 1ª
costela e pelo disco intervertebral que separa a 7ª vértebra cervical da 1ª vértebra
torácica.Um plano transverso que passa ao nível da junção entre o manúbrio e o corpo do
esterno (ângulo esternal) até o disco intervertebral entre a 4ª a 5ª vértebras torácicas, divide a
região mediastínica em mediastino superior e mediastino inferior (Fig.33).
Fig. 33- Divisões do mediastino: 1- mediastino superior; 2- mediastino anterior; 3-
mediastino médio; 4- mediastino posterior.

As estruturas encontradas no mediastino superior são: timo, partes torácicas da traquéia e do


esôfago, troncos venosos braquiocéfalicos, tronco arterial braquiocéfalico, veia cava
superior, arco aórtico, artérias pulmonares, artéria carótida comum esquerda, artéria
subclávia esquerda, nervos vago e frênico, brônquios principais, ducto torácico e nódulos
linfáticos (Fig. 34 e 35). O mediastino inferior é dividido através de dois planos frontais em
3 regiões: mediastino anterior, médio e posterior (Fig. 33). O mediastino anterior é uma
estreita área situada adiante do pericárdio e atrás do esterno. Ele contém os ligamentos
pericárdicos, tecido conjuntivo frouxo e pequena quantidade de gordura. O mediastino
médio contém o coração com seus vasos da base e o pericárdio com os nervos frênicos.
Limita-se anteriormente por um plano frontal que tangencia o pericárdio e posteriormente
por um outro plano frontal que tangencia a bifurcação da traquéia. O mediastino posterior se
estende desde o último plano citado até a região torácica da coluna vertebral e nele encontra-
se o esôfago, ducto torácico, nervos vagos, veias ázigos e hemi-ázigos, a cadeia simpática
para-vertebral e os nervos esplâncnicos torácicos (Fig. 36, 37 e 38).

Fig. 34- Mediastino superior (vista ventral): 1- traquéia; 2- esôfago; 3- troncos venosos
braquiocefálicos; 4- tronco arterial braquiocefálico; 5- artéria carótida comum esquerda; 6- artéria
subclávia esquerda; 7- veia cava superior; 8- arco aórtico; 9- artérias pulmonares.

Fig. 35- corte transversal do tórax a nível da quarta vértebra torácica: 1- manúbrio esternal; 2-
tecido conjuntivo e gorduroso; 3- vestígios do timo; 4- tronco venoso braquiocefálico esquerdo; 6-
tronco arterial braquiocefálico; 7- artéria carótida comum esquerda; 8- artéria subclávia esquerda;
9- nervo frênico esquerdo; 10- nervo vago esquerdo; 11- linfonodos; 12- traquéia; 13- esôfago;
14- 4ª vértebra torácica; 15- pulmão; 16- pleura mediastínica.

Fig. 36- Mediastino (vista pelo lado esquerdo): 1- pericárdio aberto verticalmente, 2- coração; 3-
esôfago; 4- traquéia; 5- aorta torácica; 6- subclávia esquerda; 7- carótida primitiva esquerda; 8-
tronco arterial braquiocefálico; 9- tronco venoso bráquiocefálico; 10- artéria pulmonar; 11-
ligamento arterioso; 12- vasos torácicos internos; 13- veia hemi-ázigo e ázigo acessória; 14- veias
intercostais; 15- nervo vago esquerdo; 16- nervo frênico esquerdo; 17- cadeia simpática; 18-
nervos esplâncnicos torácicos.

Fig. 37- mediastino (visto pelo lado direito):


1- pericárdio aberto verticalmente; 2-
ligamento frênopericárdico; 3- coração; 4-
traquéia; 5- esôfago; 6- aorta; 7- tronco
arterial braquiocefálico; 8- veia cava
superior; 9- veia cava inferior; 10- veia
ázigo maior com seu arco; 11- vasos
intercostais; 12- vasos torácicos internos;
13- nervo vago direito; 14- nervo frênico
direito; 15- cadeia simpática; 16-
linfonodos.
Fig. 38 - corte transversal do tórax a nível da 8ª vértebra torácica: 1- esterno; 2- pericárdio; 3-
coração; 4- esôfago; 5 - porção descendente da aorta; 6- linfonodos; 7- 8ª vértebra torácica; 8-
pleuras; 9- pulmões; 10- ducto torácico; 11- nervos vagos.

4- ABDOME (Fig. 39) - È a região do tronco, situada abaixo do diafragma. Suas paredes formam
uma cavidade que protege a maior parte do tubo digestivo e do sistema urogenital.
4.1- Divisão da parede abdominal (Fig. 39)
A divisão clínica é realizada em nove regiões obedecendo a quatro linhas traçadas a partir de
relevos ósseos dos esqueletos torácico e pélvico. Duas linhas verticais que partem do meio das
clavículas (linha hemi-clavicular), cruzam a reborda costal e terminam no meio do ligamento
inguinal. Duas linhas horizontais são traçadas; a primeira, mais superior, pára nos pontos em que
as linhas verticais cruzam a reborda costal (linha transpilórica), a segunda mais inferior, é traçada
tangenciando a crista ilíaca (linha intertubercular). Delimitam-se assim três regiões pares:
hipocôndrios direito e esquerdo; flancos direito e esquerdo e inguinais direita e esquerda e três
regiões ímpares: epigástrio, mesogástrio (umbilical) e hipogástrio (púbica).
A projeção superficial das vísceras abdominais é realizada segundo estas regiões com alguma
variabilidade, devido ao fato de que há variações na estática visceral do abdome (Fig. 40).

Fig.39- Divisão da parede abdominal: 1- linha hemi-clavicular; 2- linha transpilórica; 3- linha


intertubercular; 4- hipocôndrio direito; 5- flanco direito; 6- fossa ilíaca direita; 7- epigástrio; 8-
mesogástrio; 9- hipogástrio.
Fig. 40- Área de projeção e superfície de contato das vísceras abdominais: 1- área de
projeção do fígado; 2- área de projeção do estômago; 3- área de projeção do intestino
grosso; 4- alças intestinais; 5- área de projeção do apêndice.

4.2- Parede ântero-lateral do abdome (Fig. 41, 42)


A parede ântero-lateral do abdome é constituída por pele, tecido celular subcutâneo e por
uma capa músculoaponeurótica que contém os músculos retos abdominais e piramidal com
suas bainhas, músculos oblíquos externos e internos e pelos músculos transversos
abdominais com sua fáscia transversal e mais internamente o peritônio parietal.
Os músculos oblíquos externos, oblíquos internos e transversos abdominais são carnosos
nos flancos, mas formam largas aponeuroses anteriormente, onde embainham os músculos
retos abdominais e se entrelaçam na linha Alba, que se estende do apêndice xifóide à sínfise
púbica (Fig. 42).
Fig. 41- Planos superficiais da parede ântero-lateral do abdome: 1- pele; 2- tecido celular
subcultâneo; 3- vasos epigástricos superficiais; 4- folheto anterior da bainha do reto; 5-
aponeurose do oblíquo externo; 6- músculo oblíquo externo; 7- ramo do nervo íleo-
hipogástrico; 8- ramos cutâneos dos nervos intercostais.

Fig. 42- Corte transversal do abdome no nível da 3ª vértebra lombar: 1- músculo oblíquo
externo; 2- músculo oblíquo interno; 3- músculo transverso; 4- fáscia transversal; 5-
peritônio parietal; 6- músculo reto do abdome; 7- bainha do músculo reto; 8- linha alba; 9-
prega umbilical mediana; 10- prega umbilical medial.

4.3- Bainha do reto abdominal (Fig. 43)


O músculo reto abdominal (assim como o piramidal) está contido em uma bainha que o
envolve completamente. Seu folheto anterior está formado, em 3/4 superiores, pela
aponeurose do oblíquo externo e pela lâmina anterior da aponeurose do oblíquo interno; em
seu 1/4 inferior, pelas aponeuroses superpostas e fusionadas dos músculos oblíquo externo,
oblíquo interno e transverso. Seu folheto posterior está formado em seus 3/4 superiores, pela
aponeurose do transverso e pela lâmina posterior da aponeurose do oblíquo interno e em seu
1/4 inferior, abaixo da linha arqueada, pela fáscia transversal.

Fig.43- Constituição da bainha do reto.


A figura superior representa a
delaminação nos 3/4 superiores da
bainha; a figura inferior em seu 1/4
inferior: 1- aponeurose do oblíquo
externo; 2- aponeurose do oblíquo
interno; 3- aponeurose do transverso; 4-
reto do abdome; 5- linha Alba; 6- fáscia
transversal; 7- peritônio.

4.4 - Vasos e nervos (Figs. 41, 44)


Os vasos epigástricos superiores penetram na bainha por cima e são ramos terminais dos
vasos torácicos internos. Os vasos torácicos inferiores penetram na bainha por diante da
linha arqueada, por trás do músculo reto e vão anastomosar-se com os superiores, formando
importante via colateral entre os vasos ilíacos externos e subclávios. Os nervos provêm dos
seis ou sete últimos nervos intercostais, de T7 - T12, subcostal e pelo íleo-hipogástrico.

Fig. 44- vasos e nervos da parede


ântero-lateral do abdome: 1- artéria
epigástrica superior; 2- artéria
epigástrica inferior; 3- ramos nervosos
de T-7 e T-12.

4.5- Cavidade abdominal (Fig. 45)

a- Situação: A cavidade abdominal ou cavidade abdomino-pélvica é a cavidade do corpo


que está situada abaixo do músculo diafragma e acima do diafragma pélvico.

b- Limites: Superiormente, o músculo diafragma; inferiormente o diafragma pélvico (uro-


genital); lateralmente, parede ântero-lateral do abdome e posteriormente pela coluna
vertebral e os músculos a ela relacionados.

c- Divisão: A cavidade abdomino-pélvica está dividida por um plano transverso que


tangencia as cristas ilíacas em duas partes que se comunicam amplamente; a superior, maior,
é a cavidade abdominal propriamente dita, e a inferior, menor é chamada de cavidade
pélvica, é forrada internamente pelo peritônio, que reveste ao mesmo tempo as paredes da
cavidade e as superfícies externas dos órgãos nela contidos. Esta cavidade pode ainda ser
dividida de acordo com o revestimento do peritônio parietal em cavidade peritoneal e espaço
extra-peritoneal (Fig. 45).

A cavidade peritoneal é virtual, mas podendo tornar-se real em casos de derrames gasosos
ou líquidos. O colo transverso e o seu mesocolo (Fig.45) dividem esta cavidade em dois
grandes compartimentos: superior e inferior. O compartimento superior ou supra-mesocólico
estende-se desde a abóbada do diafragma até o colo transverso e seu meso. Contém o fígado,
o estômago, o pâncreas e o baço. Está subdividido pelo omento menor em 3 cavidades
secundárias; a fossa hepática (ocupada pelo fígado), a fossa gástrica (ocupada pelo
estômago) e a bolsa omental (Fig. 46). A bolsa omental, situa-se atrás do omento menor, do
estômago e parte do duodeno. Na parede posterior da bolsa, as lâminas ascendentes do
omento maior cobrem os pilares do diafragma, as artérias frênicas, a parte alta do rim
esquerdo e glândula supra-renal, a porção abdominal da aorta e o tronco celíaco.
Inferiormente a bolsa omental é delimitada pelo mesocolo e colo transverso. O limite direito
da bolsa acima do forame epiplóico é formado pelo lobo caudado do fígado. O seu limite
esquerdo é dado pela reflexão do peritônio do diafragma para a margem da área nua do
estômago e pelos meso gastrofrênico e pelos omentos gastroesplênico e esplenorrenal.

O forame epiplóico é a única comunicalção entre a bolsa omental e a cavidade peritonial


propriamente dita (saco menor da cavidade peritoneal). Situa-se entre a veia cava inferior,
atrás, e pelo pedículo hepático, por diante. Seu limite superior é o processo caudado do
fígado e o inferior é dado pela primeira parte do duodeno. Vale salientar que este
compartimento supra-mesocólico está em grande parte coberto pela porção inferior do
esqueleto torácico, por isso é denominado de região tóraco-abdominal.

O compartimento inferior ou infra-mesocólico se estende desde o colo transverso e seu


meso, até o diafragma pélvico. Nele pode-se observar o espaço mesentérico-cólico direito,
entre o mesentério e o colo ascendente; o espaço mesentérico-cólico esquerdo, situado entre
o mesentério e o colo descendente; o espaço parieto-cólico esquerdo e parietocólico direito,
ambos compreendidos entre a parede lateral do abdome e o colo correspondente (Fig. 47).

Fig. 45- Cavidade abdominal: 1- diafragma; 2- diafragma uro-genital; 3- parede ântero-


lateral do abdome; 4- coluna vertebral; 5- cavidade peritonial abdominal; 6- cavidade
peritonial pélvica; 7- peritônio parietal ventral; 8- peritônio visceral; 9- peritônio parietal
dorsal; 10- espaço extra-peritoneal; 11- colo transverso; 12- mesocolo transverso; 13-
porção supra-mesocólica; 14- porção infra-mesocólica; 15- omento menor; 16- fígado; 17-
pâncreas; 18- duodeno; 19- omento maior.

Fig. 46 a- corte transversal da cavidade


abdominal mostrando a bolsa omental:
1- rim direito; 2- rim esquerdo; 3- veia
cava inferior; 4- aorta; 5- baço; 6-
estômago; 7- duodeno.

Fig. 46 b- Corte sagital da cavidade


abdominal mostrando os limites da
bolsa omental: 1- fígado; 2- omento
menor; 3- estômago; 4- omento maior;
5- colo transverso; 6- mesocolo
transverso; 7- pâncreas; 8- forame
epiplóico.

Fig. 47- cavidade abdominal: 1- colo


ascendente; 2- colo transverso
(seccionado); 3- colo descendente; 4-
espaço parieto-cólico direito; 5- espaço
parieto-cólico esquerdo 6- espaço
mesentérico-cólico esquerdo; 8 - raiz do
mesentério.

4.6 - Conduto Inguinal (Figs. 48, 49)

O conduto inguinal é a fissura oblíqua na parede abdominal inferior, com cerca de 4 cm de


comprimento. Apresenta para estudo suas paredes, seus anéis e seu conteúdo.

As paredes são em número de 4: anterior, posterior, inferior e superior. A parede anterior é


formada pela pele, tecido celular subcultâneo, aponeurose do oblíquo externo, reforçada
lateralmente, pela origem do oblíquo interno. A parede posterior está constituída pela fáscia
transversal, reforçada medialmente pelo tendão conjunto e pelo ligamento reflexo. A parede
inferior ou soalho é formado pelo ligamento inguinal e, mais medialmente, pela parte
pectínia deste ligamento (ligamento lacunar). A parede superior ou teto é constituída pela
margem inferior dos músculos oblíquo interno e transverso. O anel externo ou cutâneo está
situado no púbis e está formado, medialmente, pelo pilar interno ou medial, lateralmente
pelo pilar externo ou lateral (estes pilares são constituídos por fibras aponeuróticas do
oblíquo externo, unidos superiormente pelas fibras intercrurais), e, posteriormente pelo pilar
posterior (ligamento reflexo). O anel interno é constituído pelo ligamento intervoveolar.

O canal inguinal é ocupado pelo funículo espermático ou pelo ligamento redondo do útero,
com bainhas que são contínuas com as camadas da parede abdominal, isto é, a fáscia
espermática externa, da aponeurose do músculo oblíquo externo; a fáscia cremastérica, dos
músculos oblíquo interno e transverso; a fáscia espermática interna, da fáscia transversal
(Fig. 50).

Fig. 48 - Paredes do conduto inguinal:

Fig. 48 a- 1- Músculo oblíquo externo;


2- ligamento inguinal; 3- anel
superficial; 4- cordão espermático.

Fig. 48 b- 1- Músculo oblíquo interno;


2- nervo ílio-hipogástrico; 3- nervo
ílioinguinal ; 4- tendão conjunto; 5-
ligamento lacunar; 6- ligamento
reflexo; 7- linha pectínea.
Fig. 48 c- 1- Músculo transverso; 2-
fáscia transversal; 3- anel profundo; 4-
tendão conjunto.

Fig. 49- Conduto inguinal: 1- ligamento


inguinal; 2- músculo oblíquo interno; 3-
tendão conjunto; 4- funículo
espermático; 5- bainha do reto.

.Fig. 50- Camadas da parede abdominal


e seus representantes nas coberturas do
funículo espermático: 1- pele e tecido
subcutâneo; 1’- pele e túnica dartos do
escroto; 2- aponeurose do músculo
oblíquo externo; 2’- fáscia espermática
externa; 3- músculo oblíquo interno do
abdome; 3’- músculo cremaster; 4-
fáscia espermática interna; 4’- fáscia
transversal; 5- peritônio; 5’- túnica
vaginal.

4.7- Fossas inguinais (fig.51) - se examinarmos a região inguinal pela parede posterior,
veremos a existência por cima do púbis e do arco crural de três pregas: a prega umbilical
mediana (úraco), a prega umbilical medial (artéria umbilical obliterada) e a prega umbilical
lateral (vasos epigástricos inferiores). Entre estas três pregas delimitam-se três depressões
chamadas fossas inguinais.A fossa inguinal lateral está situada por fora da prega umbilical
lateral. A fossa inguina medial situa-se entre as pregas umbilicais lateral e medial. Por sua
vez a fossa supravesicular (paravesicular) situa-se entre as pregas umbilicais medial e
mediana.
O intestino ou omento pode sair da cavidade abdominal por uma dessas três fossas para
constituírem as hérnias inguinais. A hérnia que sai pela fossa lateral (hérnia inguinal
indireta), é a mais freqüente das hérnias inguinais, ela começa pelo orifício profundo,
lateralmante aos vasos epigástrico inferiores, segue todo o comprimento do canal,
anteriormente ao funículo espermático, partilham com eles todas as coberturas fasciais. As
hérnias que penetram pela fossa inguinal média ou pela fossa paravesical contituem as
hérnias inguinais diretas, e são causadas por um defeito na resistência da parede abdominal.
A primeira é coberta por fáscia derivada da fáscia transversal, independente da fáscia
espermática interna do cordão espermático, mas sendo lateral ao tendão conjunto, hérnia e
cordão partilham a sua fáscia cremastérica. A segunda, distende ou rompe o tendão e assim
suas coberturas, profundamente a fáscia espermática externa, são independentes daquelas do
cordão. A hérnia inguinal indireta é a mais comum e muitas vezes é devido ao fechamento
incompleto do processo vaginal. As hérnias inguinais são menos freqüentes nas mulheres,
cujo canal é menor.

Fig.51- A porção inguinal da parede anterior do abdome vista por trás: 1- prega umbilical
mediana; 2- prega umbilical medial; 3- prega umbilical lateral; 4- fossa supravisical; 5-
fossa inguinal medial; 6- fossa inguinal lateral.
5- PERÍNEO
Por períneo se entende o conjunto de partes moles que fecham inferiormente a cavidade
pélvica, com os diferentes condutos que o atravessam. Estes condutos correspondem á
porção terminal do tubo digestivo e ao sistema urogenital. O períneo (fig. 52) apresenta uma
forma aproximadamente losângica com o eixo maior ântero-posterior, cujos quatro ângulos
correspondem: o anterior, à sínfise púbica; o posterior, ao ápice do cóccix; os dois laterais,
as duas tuberosidades isquiáticas. Uma linha transversal que vai do ísquio ao outro, divide o
períneo em duas partes: anterior, que constitui o períneo anterior, e posterior, que forma o
períneo posterior. O períneo posterior ou anorretal está limitado por diante pela linha bi-
isquiática e por trás pelas margens dos glúteos maiores e vértice do cóccix. Nesta região
encontra-se o orifício anal e a porção perineal do reto. O períneo anterior ou uro-genital
também tem a forma triângular, cuja base corresponde a linha bi-isquiática e o vértice na
sínfise púbica, seus lados laterais estão formados pelos ramos ísquio-pubianos. Nesta região,
no homem, encontra-se a uretra membranácea e na mulher encontra-se um conjunto de
formações que constituem a vulva ou pudendo feminino.

Fig. 52- limites e sub-divisões do


períneo; 1- sínfise púbica; 2- cóccix; 3-
tuberosidade isquiática; 4- membrana
perineal; 5- ramo ísquio-pubiano; 6-
músculo glúteo maior; 7- fossa
isquioretal.

O trígono urogenital tem por referência a membrana perineal (fig. 52) de forma triângular,
cuja a margem anterior se espessa para a formar o ligamento transverso do períneo. Sua
margem posterior é fusionada no centro tendíneo. A membrana perineal é também chamada
fáscia inferior do diafragma urogenital; a fáscia superior deste diafragma é a parte da fáscia
profunda da pelve. Ambas as fácias, superior e inferior fundem-se anterior e posteriormente,
delimitando o espaço perineal profundo (fig.53), ocupado pelo músculo esfíncter da uretra,
músculo transverso profundo do períneo, glândulas bulbouretrais, parte membranácea da
uretra, vasos pudendos internos e glândula bulbo-uretral. Estas estruturas envolvidas pelas
fácias formam o diafragma urogenital.
O espaço perineal superficial, inferior a membrana perineal, é completada pelo extrato
lamelar da tela subcutânea. Este espaço é incompletamente dividido atrás, no homem, pelo
septo mediano e contém a raiz do pênis, os músculos superficiais do períneo, ramos dos
nervos perineais e vasos escrotais. Na mulher, ambos os espaços, superficial e profundo são
divididos pela vagina e contém os elementos correspondentes.
No trígono anal, a cada lado do canal anal, encontra-se a fossa ísquio-retal, de lados
constituídos pelas fácias dos músculos obturador interno e do elevador do ânus.
A base desta fossa é constituída pela tela subcutânea e pele do períneo. O conteúdo da fossa
compreende vasos e nervos retais inferiores e um corpo adiposo que permite a distensão do
canal na defecação.

Fig.53- Espaço perineal profundo: 1- esfícter da uretra; 2- músculo transverso profundo do


períneo; 3- glândula bulbo-uretral.
5.1- Diafragma pélvico (fig.54)
Os músculos elevador do ânus e coccígeo de ambos os lados formam juntos uma padiola no
fundo da pelve. O ligamento anococcígeo estende-se da ponta do cóccix à junção anoretal.
Na frente desta junção encontra-se o centro tendíneo do períneo, de grande importância na
estática visceral da mulher. Ele é uma formação músculo-tendínea em que se fixam a
margem posterior da membrana perineal e quase todos os músculos do períneo. A
membrana perineal suporta a próstata do homem e é fendida na mulher. Outros músculos do
períneo são o bulbo-esponjoso, o ísquio-cavernoso, o transverso superficial do períneo e o
esfincter da uretra (a parte posterior do músculo esfincter da uretra forma o músculo
transverso profundo do períneo). Na mulher, o clítores substitui o pênis e a vagina separa os
dois músculos bulbo-esponjosos e penetra na parte posterior do músculo esfíncter da uretra,
cujos fibras se fixam na parede vaginal.

Fig. 54- Músculos da pelve vistos


de cima: 1- músculo piriforme; 2-
músculo coccígeo; 3- músculo
obturador interno; 4- músculo
levantador do ânus; 5- músculo
ílio-coccígeo; 6- músculo
pubococcígeo; 7- músculo
puborretral; 8- rafe ano-coccígea.
5.2- Ações
Os músculos do períneo estabilizam o centro tendíneo e contribuem para suportar as
estruturas da cavidade pélvica. Os músculos bulbo-esponjosos e o esfíncter da uretra
relaxam-se durante a micção e contraem-se para expelir da uretra as últimas gotas de urina.
O músculo ísquio-cavernoso e o bulbo-esponjoso provavelmente auxiliam a ereção do pênis
ou clitóris, mas o fator principal é o rápido enchimento arterial do tecido cavernoso, cuja
distensão comprime e oclui as veias de sua drenagem.Os músculos coccígeo e o elevador do
ânus são importantes elementos ativos de sustentação nos aumentos de pressão intra-
abdominal e da suspensão das vísceras pélvicas. Durante o parto o centro tendíneo perineal
pode ser roto, necessitando reparação cirúrgica. O tônus de repouso do músculo esfíncter
externo do ânus mantém fechado o canal anal e o ânus sob ação da vontade, o músculo
esfíncter externo do ânus pode constringir mais fortemente.

5.3- Inervação
O períneo é inervado por fibras parassimpáticos de S3 e S4 e pelo ramo perineal do nervo
pudendo, e vascularizado pela artéria e veia pudendas internas.

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