» Tradug@o de Italiano para pertugues Amagia, parodia do divino 20 perptes«e Cardeal Joseph Ratzinger Entrevista feita por Ignazio Artizzu, wins i eies ‘voce gia °N+8-Dn 999 E esta a raiz da firme condenagéo exprimida ‘também pela Igreja, em relacdo a magia e 20 ccultismo? Sim. Tudo comega no Antigo Testa- mento. Pensemos no conilito entre Samuel e Saul: eceteteDeemertmay b= condenagao continua ao Tongo da toda a ia da Revelagdo ¢ recebe o seu ultimo esclarecimento no Novo Testa- mento, Nao € - fique claro - um posi ‘vismo que quer excluir alguma coisa da riqueza do ser ou das experiéncias possi- veis, | Q nome do diabo na Sagrada Escritura, o pai da mentira", toma-se compreensi- vel num modo novo, se consideramos todos estes fenémenos, porque: Em que formas? Esta mentira apa- Tece num primeiro momento como ampliago do poder, da experiéncia, como uma coisa maravilhosa, Eu torno- me Deus. Mas, no final, a mentira sempre uma realidade destruidora, Viver na mentira significa viver contra a reali- dade e, portanto, viver na auto-destrui- do. Neste sentido, Por um lado, certamente que as praticas magicas e de ccultismo. sdo mentiras no sen- tido mais profundo. O segundo aspecto, o moral, depois do ontolégico, € que, @ partir do seu nucleo. Entdo, quals sio 0 para aqueles que mantém relagies com a magia e 0 ocul- tismo? Comecamos também aqui pelo aspecto fenomenolégico. A clad aprésentada (Gomijeoisas ‘promissoras, como uma experiéncia de poder, de alegria, de satisfa jue se torna, pas sado pouco tempo, muito mais forte do’ A magia, parddia do divino 40 pegunts «o Cardeal Joseph Ratzinger Entrevista feita por Ignazio Artiz2u, ints. que ele. Nao ¢ mais o homem dono da sua casa, Suponhamos que uma pessoa entra a formar parte de uma seita ou de um grupo de magico. Tomar-se-4 escravo, no s6 do grupo - o que ja seria gravis- simo - dado que estas seitas podem alie~ nar totalmente uma pessoa. Mas sera escravo da realidade que est por detrds do grupo, ou seja, uma realidade real- mente diabélica, E assim caminha para uma auto-destruigdo sempre mais pro- funda, pior do que aquela da droga, ‘Quais s80 as raizes desta sede do oculto? Parece-me que esta mistura exprime uma tendéncia para o divino ¢ a perda que fecha o hamem em si proprio. Nenhum dos ocultistas declara abertamente trabalhar com a ajuda do diabo. Pelo contré- rio, quase todos afirmam serem crentes © desejarem fazer o bem. Usam imagens sagradas, crucifixos... mago, Na sua orientagao I chega a mentira, Depois, toma-se natural utilizar todos os meios concretos para exprimir & fazer actuar a mentira, Naturalmente que see gia N29 Mage 2999 ‘Vemo-lo nos Actos com Simao, o Mago, que queria comprar a farca dos apéstolos. "Simao, vendo que © Espirito era dado por meio da imposigao das mios dos apéstolos, ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: "Dai- me também a mim esse poder, a fim de que todo aquele a quem eu impuser as mios, receba o Espirito Santo.” Mas Pedro disse-lhe: "O teu dinheiro pereca contigo, visto que julgaste que o dom de Deus se pode adquirir com dinheiro, Tu ndo tens parte nem heranga neste minis- tério, porque 0 teu coracdo nao é recto diante de Deus. Faz, pois, peniténcia desta tua maldade, ¢ roga a Deus que, se & possivel, te seja perdoado este pensa- mento do teu coragdo, Porque vejo-te cheio de amargo fal e entre os lagos da iniquidade, "(Actos 8:18-23)