• 1885 - Nasce no Carregal (concelho de Sernancelhe) em 13 de
Setembro. É baptizado na Igreja Matriz dos Alhais.
• • 1895 - Frequenta o Colégio da Lapa. Faz exame de instrução primária. • 1900 - Estuda Filosofia em Viseu. Entra depois no Seminário de Beja, pois a sua mãe queria fazê-lo sacerdote. • • 1903 - Por falta de vocação, abandona os seus estudos durante e sai do Seminário de Beja e fixa-se em Lisboa. • • 1906 - Vai para Lisboa. Colabora no jornal republicano A Vanguarda. • 1907 - É preso por ser anarquista na sequência de uma explosão no seu quarto na Rua do Carrião, a 28 de Novembro, em Lisboa, na qual morre um carbonário. • 1908 - Evade-se da prisão em 12 de Janeiro e durante a clandestinidade em Lisboa mantém os contactos com os regicidas, refugiado numa casa de Meira e Sousa, na Rua Nova do Almada, em frente da Boa Hora. • 1910 - Estuda na Faculdade de Letras da Sorbonne. Vem a Portugal após o 5 de Outubro e regressa a Paris, onde conhecera Grete Tiedemann. • • 1913 - Casa com Grete Tiedemann e regressa a Paris. Publica o livro Jardim das Tormentas. • 1914 - Nasce o primeiro filho, Aníbal Aquilino Fritz. Declarada a 1ª Guerra Mundial, Aquilino regressa a Portugal, sem ter terminado a licenciatura. • 1915 - É colocado como professor no Liceu Camões, onde ficará durante três anos. • 1922 - Publica O Malhadinhas • 1927 - Entra na revolta de 7 de Fevereiro, em Lisboa. Exila-se em Paris. No fim do ano regressa a Portugal, clandestinamente. Morre a primeira mulher. • 1929 - Casa com Jerónima Dantas Machado, filha de Bernardino Machado.
Em Lisboa é julgado à revelia em Tribunal Militar, e condenado.
• 1930 - Nasce-lhe o segundo filho, Aquilino Ribeiro Machado que
viria a ser o (60) séxagésimo Presidente da Câmara de Lisboa - (1977-1979). • 1962 - Nasce-lhe a primeira neta, Mariana. • 1963 - Morre no dia 27 de Maio. • 1974 - 1980 - Vila de Oeiras. um livro sobre a vila de Oeiras • 2007 - A Assembleia da República decide homenagear a sua memória e conceder aos seus restos mortais as honras de Panteão Nacional. Obra A linguagem de Aquilino Ribeiro caracteriza-se fundamentalmente pelo uso de construções frásicas de raiz popular.
Aquilino foi sobretudo um estilista e, por isso, a sua linguagem
vernácula e sem estrangeirismos é arejada, frequentemente condimentada nos diálogos com expressões entre grotescas e satíricas.
Apesar de ter optado por uma literatura de tradição, Aquilino
procurou ao longo da sua vida uma renovação contínua de temas e processos, tornando-se assim muito difícil sistematizar a temática da sua vastíssima obra.
Num número considerável de obras, Aquilino reflecte, ainda que
distorcidas pela imaginação, cenas da sua vida: o convívio com as gentes do campo, a educação ministrada pelos sacerdotes, as conspirações políticas, as fugas rocambolescas, os exílios.
Até 1932, ano em que fixa residência na Cruz Quebrada, todos os
ambientes, contextos e personagens que Aquilino cria, remetem para a sua querida Beira natal. O Malhadinhas, Andam Faunos pelos Bosques e Terras do Demo constituem o melhor exemplo desta situação. De facto, ver-nos-emos, com uma extrema facilidade, envolvidos com as suas personagens beirãs, os seus costumes, tradições e modos de falar típico. Aquilino Ribeiro como escritor não pode ser enquadrado em nenhuma das escolas e tendências da sua época.
Obras
Contos
• A Filha do Jardineiro (1907)
• Jardim das Tormentas (1913) • Valeroso Milagre (1919) • Estrada de Santiago, onde se inclui o Malhadinhas (1922) • Quando ao Gavião Cai a Pena (1935) • Arca de Noé I, II e III (todos de 1963) • Sonhos de uma Noite de Natal (1934) Romances e novelas
• A Via Sinuosa (1918)
• Terras do Demo (1919) • Filhas da Babilónia (1920) • Andam Faunos pelos Bosques (1926) • O Homem Que Matou o Diabo (1930) • A Batalha sem Fim (1932) • As Três Mulheres de Sansão (1932) • Maria Benigna (1933) • Aventura Maravilhosa (1936) • S. Bonaboião, Anacoreta e Mártir (1937) • Mónica (1939) • O Servo de Deus e a Casa Roubada (1941) • Volfrâmio (1943) • Lápides Partidas (1945) • Caminhos Errados (1947) • O Arcanjo Negro (1947) • Cinco Réis de Gente (1948) • A Casa Grande de Romarigães (1957) • Quando os Lobos Uivam (1958) • Casa do Escorpião (1963) • O Romance da Raposa (1959)