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Direito

Aula n.º 7
13 de Dezembro de 2010

Professor: António Leitão Amaro


leitao.amaro@gmail.com
Temas para hoje

1. Qualidade

2. Higiene e Segurança no
Trabalho
Sistema Português de Qualidade
QUALIDADE é o conjunto de atributos e características de uma entidade ou produto que
determinam a sua aptidão para satisfazer necessidades e expectativas da sociedade.

Sistema Português da Qualidade (SPQ) - criado pelo Decreto-Lei Nº


140/2004 de 8 de Junho - tem 3 vertentes:
- Subsistema da metrologia: garante o rigor e a exactidão das medições realizadas,
assegurando a sua comparabilidade e rastreabilidade, a nível nacional e internacional, e a
realização, manutenção e desenvolvimento dos padrões das unidades de medida;
- Subsistema da normalização: enquadra as actividades de elaboração de normas e outros
documentos de carácter normativo de âmbito nacional, europeu e internacional;
- Subsistema de qualificação: enquadra as actividades da acreditação, da certificação e
outras de reconhecimento de competências e de avaliação da conformidade, no âmbito do
SPQ.
SPQ: Metrologia
METROLOGIA: cumprimento de legislação que regula a aplicação no
mercado de pesos e medidas, de modo a garantir medições fiáveis
para protecção do consumidor, saúde pública, ambiente e
segurança, e credibilizar os agentes económicos quando fazem
transacções comerciais baseadas em medições.

• As regras gerais do Regime do Controlo Metrológico, são estabelecidas pelo


Decreto-Lei n.º 291/90 de 20 de Setembro, o qual é regulamentado pela
Portaria n.º 962/90 de 9 de Outubro.

• Para cada instrumento de medição existe um diploma específico. Consulte a


lista em:
http://www.ipq.pt/backFiles/Legislacao_metrologica_nacional.pdf
SPQ: Qualificação - Acreditação
1) Acreditação: reconhecimento formal por organismo
nacional de acreditação (ONA) que uma entidade é
competente tecnicamente para efectuar uma determinada
função específica, de acordo com normas internacionais,
europeias ou nacionais, baseando-se,
complementarmente, nas orientações emitidas pelos
organismos internacionais de acreditação de que Portugal
faça parte.

A acreditação é de natureza voluntária. Contudo, em determinadas áreas o


respectivo enquadramento legislativo pode tornar a acreditação uma
condição necessária para o exercício de actividade.
SPQ: Qualificação - Acreditação
Instituto Português de
Acreditação (IPAC) - Decreto-Lei
125/2004; faz acreditação ou
reconhecimento da competência técnica
dos agentes de avaliação da
conformidade).

A Acreditação ≠ Certificação de Sistemas de Gestão


- A certificação (de sistemas de gestão, de produtos, de pessoas) é uma das
actividades de avaliação da conformidade (certificação, inspecção, ensaio,
calibração).
- A acreditação é o reconhecimento da competência técnica para exercer as
actividades de avaliação da conformidade.
Vantagens da Acreditação para as entidades acreditadas:
- mais-valia diferenciadora perante o mercado de clientes na área voluntária;
- na área regulamentar, existe um número crescente de áreas onde é exigida a acreditação
como mecanismo de acesso a certas actividades.
SPQ: Qualificação - Certificação
2) Certificação da Gestão de uma Empresa:
reconhecimento formal por um Organismo de Certificação após a
realização de uma auditoria, de que essa organização dispõe de
um sistema de gestão implementado que cumpre as Normas
aplicáveis, dando lugar à emissão de um certificado.
- Normas aplicáveis:
•NP EN ISO 9001:2000 – Sistemas de gestão da qualidade. Requisitos.
•NP EN ISO 14001:2004 – Sistemas de gestão ambiental. Requisitos.
•NP 4457: 2007 – Gestão da Investigação Desenvolvimento e Inovação (IDI). Requisitos do sistema de gestão da IDI.
•OHSAS 18001:1999 / NP 4397:2001 - Sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho. Especificações.
•NP 4427:2004 – Sistemas de gestão de recursos humanos. Requisitos.
•NP EN ISO 22000:2005 – Sistemas de gestão da segurança alimentar. Requisitos para qualquer organização que opere na
cadeia alimentar.
•SA 8000 - Sistemas de gestão da responsabilidade social.
SPQ: Normalização
O Que é?
Elaboração de normas que contribuam para a obtenção de soluções
tecnológicas e económicas de problemas com carácter repetitivo,
que sejam reprodutíveis e aceites de forma consensual.

Para quê normas?


Qualquer norma é considerada uma referência idónea do mercado
a que se destina, sendo por isso usada em processos: de
legislação, de acreditação, de certificação, de metrologia, de
informação técnica, e até por vezes nas relações comerciais
Cliente - Fornecedor.
SPQ: Normalização
Quem?
- Decreto-Lei nº 142/2007, de 27 de Abril: o IPQ, como Organismo Nacional de
Normalização (ONN), coordena a actividade normativa nacional, com a
colaboração de Organismos de Normalização Sectorial (ONS) reconhecidos
para o efeito.
É da responsabilidade do IPQ a aprovação e disponibilização do Programa de Normalização (PN),
bem como a aprovação e homologação das Normas Portuguesas.
- SECTORIAL: a Agência Portuguesa do Ambiente é o ONS no domínio da
Gestão Ambiental e da Qualidade do Ar - actua segundo Protocolo de
Cooperação com o IPQ.
- AGÊNCIAS INTERNACIONAIS: European Committee for Standardization (CEN), European
Committee for Electrotechnical Standardization (CENELEC), International Electrotechnical Commission
(IEC), Conference General des Poids et Mésures (CGPM), International Organization for Legal Metrology
(OIML), e International Organization for Standardization (ISO).
SPQ: Normalização
As Normas:
- Portuguesas e Internacionais;
- Gerais e Específicas.
Ex. ISO 9001 (qualidade) e ISO 14001 (ambiente): normas (sobre
sistemas de gestão) que são gerais porque as mesmas normas podem
ser aplicáveis a qualquer organização (grande ou pequena), qualquer
que seja o seu produto ou serviço, em qualquer sector, e seja uma
empresa comercial, administração pública ou departamento do
governo.
SPQ: Normalização
As Normas Portuguesas:
- são, regra geral, elaboradas por Comissões Técnicas Portuguesas de
Normalização, onde é assegurada a possibilidade de participação de todas
as partes interessadas, conforme a Directiva CNQ 2/1999.
- são em princípio voluntárias, salvo se existe um diploma legal que as
torne de cumprimento obrigatório;
- entram em vigor no dia seguinte ao da sua referenciação na publicação
do IPQ "LISTA MENSAL - NORMAS”;
- São consideradas Normas Portuguesas as NP, NP EN, NP EN ISO, NP HD, NP ENV, NP ISO,
NP IEC e NP ISO/IEC. Também são consideradas Normas Portuguesas todas as EN, EN ISO, EN
ISO/IEC e ETS integradas no acervo normativo nacional por via de adopção.
Instituto Português da Qualidade
• Lei Orgânica: Decreto-Lei n.º 142/2007, de 27 de Abril, missão de coordenação
do Sistema Português da Qualidade (SPQ). Neste âmbito é, entre outros,:

• Organismo Nacional Coordenador do SPQ: gestão, coordenação e desenvolvimento do SPQ,


numa perspectiva de integração de todas as componentes relevantes para a melhoria da
qualidade de produtos, de serviços e de sistemas da qualidade e da qualificação de pessoas*.

• Organismo Nacional de Normalização promove a elaboração de normas portuguesas,


garantindo a coerência e actualidade do acervo normativo nacional e promover o
ajustamento de legislação nacional sobre produtos às normas da União Europeia.

• Instituição Nacional de Metrologia: garantir o rigor e a exactidão das medições realizadas,


assegurando a sua comparabilidade e rastreabilidade, a nível nacional e internacional, e a
realização, manutenção e desenvolvimento dos padrões das unidades de medida.
Higiene e Segurança no Trabalho
Higiene e Segurança: condições de “bem-estar físico, mental e
social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade” (OMS);

A higiene do trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista não


médico, as doenças profissionais, identificando os factores que podem
afectar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou
reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho que
podem afectar a saude, segurança e bem estar do trabalhador).

A segurança do trabalho propõe-se combater, também dum ponto de


vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as
condições inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores a
utilizarem medidas preventivas.
Higiene e Segurança no Trabalho
FUNDAMENTOS
(i) Benefício do trabalhador: maior bem-estar físico, emocional e social;
salvaguarda das condições de produtividade;
(ii) Benefício da empresa/empregador:
- Aumento da competitividade - menos absentismo e maior rendimento
dos trabalhadores (não perturbação por acidentes, e maior satisfação
pela atenuação dos riscos);
- Menor sinistralidade, que permite poupança significativa de custos
directos e por perdas (estas podem ser de 4x o valor dos custos directos);
(iii) Benefício social: melhor aproveitamento dos recursos humanos;
poupança de custos directos e indirectos com acidentes e doenças de
trabalho;
Higiene e Segurança no Trabalho
Fontes:
- Direito Comunitário Europeu: Directiva-quadro sobre saúde e
segurança no local de trabalho; Lista europeia das doenças
profissionais; Organização do tempo de trabalho (directiva de base);
- Direito Legislativo e Regulamentar Nacional: Código do Trabalho,
Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho (Lei n.º
102/2009, 10 de Setembro), Lei dos acidentes de trabalho e doenças
profissionais (Lei n.º 100/97, de 13 de Setembro), Lista Oficial das Doenças
Profissionais;
- Instrumentos de Regulamentação Colectiva do Trabalho;
- Regulamentos e Instruções Internas;
Prevenção de HST
Novo Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho:
- NORMALIZAÇÃO: as normas e especificações técnicas de HST (incl.
metodologias e procedimentos, critérios de amostragem, certificação de
produtos e equipamentos) são aprovadas no âmbito do SPQ;
- A legislação sobre licenciamento e autorização de laboração
contém as especificações adequadas à prevenção e protecção;
- Autoridade para as Condições no Trabalho responsável pela
fiscalização do cumprimento das condições de HST;
- Prevista regulação dos serviços (interno, comum ou externo) de
HST; interno pode ser dispensado após vistoria; os serviços comum
e externo estão sujeitos a autorização e vistoria;
Prevenção de HST
Princípios gerais de prevenção:
a) Identificação dos riscos previsíveis (na concepção ou construção e na selecção de equipamentos, substâncias
e produtos) com vista à eliminação dos mesmos ou, quando esta seja inviável, à redução dos seus efeitos;
b) Integração da avaliação dos riscos no conjunto das actividades da empresa, estabelecimento ou serviço,
devendo adoptar as medidas adequadas de protecção;
c) Combate aos riscos na origem;
d) Assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos e aos factores
de risco psicossociais não constituem risco para a segurança e saúde do trabalhador;
e) Adaptação do trabalho ao homem (concepção dos postos de trabalho, escolha de equipamentos de
trabalho e aos métodos de trabalho e produção), para atenuar o trabalho monótono e o trabalho repetitivo
e reduzir os riscos psicossociais;
f) Adaptação ao estado de evolução da técnica, bem como a novas formas de organização;
g) Substituição do que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;
h) Priorização das medidas de protecção colectiva em relação às medidas de protecção individual;
i) Elaboração e divulgação de instruções compreensíveis e adequadas à actividade desenvolvida pelo
trabalhador.
Prevenção de HST
- O Empregador tem dever de:
- assegurar condições de HST e de prevenção;
- organizar os serviços adequados, internos ou externos à empresa;
- mobilizar os meios necessários na prevenção, formação, e informação, bem como o
equipamento de protecção necessário.
- O Trabalhador tem o dever de:
- Cumprir as prescrições de HST (incl. Instruções do empregador);
- Utilizar correctamente e de acordo com as instruções transmitidas os equipamentos e
substâncias, bem como cumprir os procedimentos de trabalho estabelecidos;
- Comparecer às consultas e aos exames determinados pelo médico do trabalho;
- Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou substituto as avarias e deficiências
susceptíveis de originarem perigo grave e iminente, e defeitos verificado nos sistemas de
protecção;
- Em caso de perigo grave e iminente, adoptar as medidas e instruções previamente estabelecidas
para tal situação.
Acidente de Trabalho
O Que é?
- Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução
da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária.
- Doenças profissionais (adquiridas na sequência do exercício do trabalho em si) e doenças de
trabalho (decorrentes das condições especiais em que o trabalho é realizado) são equiparadas
a acidentes de trabalho.
Acidente sem ou com afastamento (este pode resultar na incapacidade temporária, ou na
incapacidade parcial e permanente, ou,ainda, na incapacidade total e permanente para o
trabalho).

Quem está abrangido?


• Regime jurídico dos acidentes de trabalho e doenças profissionais aplica-se : a) A trabalhadores; b)
praticante, aprendiz, estagiário e demais situações que devam considerar -se de formação profissional;
c) A administrador, director, gerente ou equiparado,sem contrato de trabalho, que seja remunerado por
essa actividade; d) A prestador de trabalho, sem subordinação jurídica mas dependência económica;
• O trabalhador que exerça actividade por conta própria deve efectuar um seguro que garanta o
pagamento das prestações de reparação por acidentes de trabalho .
Acidente de Trabalho
É dever essencial do empregador (Código Trabalho 127º/1 g) e 281º):
- Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em conta a protecção da
segurança e saúde do trabalhador,
- Aplicar as medidas de prevenção necessárias de acordo com os princípios
gerais (prevenção técnica, formação, informação, consulta dos trabalhadores
e de serviços adequados, internos ou externos, à empresa);
- Indemnizar o trabalhador dos prejuízos resultantes de acidentes de trabalho.

O empregador é obrigado a fazer seguro para reparação por


acidentes de trabalho.
O empregador deve assegurar a trabalhador afectado que
reduza a sua capacidade de trabalho ou de ganho, a ocupação
em funções compatíveis.
Acidente de Trabalho
O Trabalhador:
- Tem direito a trabalho em condições de higiene e segurança;
- Tem o dever de obedecer às prescrições de HST previstas na
lei, IRCT ou instruções do empregador;
- O recebimento de reparação pelo trabalhador afectado está
garantido, mesmo que a entidade responsável não possa
pagar. (Fundo de Acidentes de Trabalho; segurança social);
- Determina a perda de retribuição a falta justificada por
motivo de acidente de trabalho, desde que o trabalhador
tenha direito a qualquer subsídio ou seguro (255º/2 b) do
C.T.).
Exame Final
- Dia 21 de Janeiro, 19h00;
- Duração: 2 horas;
- Resolução em Folhas Brancas ou linhas;
- Modelo: várias perguntas correspondentes a pequenos
casos práticos cuja resolução deve ser comentada à luz
dos conhecimentos jurídicos transmitidos nas aulas
(exemplo enviado por email);

- Pode ser levada Legislação aplicável, mas não podem


ser consultadas as apresentações das aulas.

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