Em geometria, uma
é o desenho geométrico de
segmentos de reta ou ângulos usando apenas uma régua e um compasso idealizados ou
seja:
xm ¦ régua pode ser usada para construir um segmento tão longo quanto se queira
que contenha dois pontos dados. Particularmente tal régua não é graduada, não
podendo ser utilizada para medir;
xm O compasso pode ser usado para construir a circunferência de centro em um
dado ponto ¦ e que passa por um dado ponto B. ¦ssim deve ter pernas tão
compridas quanto precisamos.
¦s construções com régua e compasso são baseadas nos três primeiros postulados dos
Elementos de Euclides por isso são também conhecidas por ³construções euclidianas´,
apesar dos termos ³régua´ e ³compasso´ não aparecerem nessa obra.
º
£.m quadratura do círculo: dado um círculo (ou seja, um ponto sendo seu centro e
outro ponto sobre a circunferência), construir um quadrado com a mesma área.
Ñ.m duplicação do cubo: dado um cubo (ou seja, um segmento de reta representando
sua aresta), construir um outro cubo (pela sua aresta) cujo volume seja o dobro
do volume inicial.
ÿ.m trissecção do ângulo: dado um ângulo, construir um outro ângulo com um terço
de sua amplitude.
è
º
º
é um dos problemas clássicos da geometria sobre construções
com régua e compasso e consiste em, dado um ângulo qualquer, construir um outro com
um terço de sua amplitude.
xm £ Introdução
xm Ñ ¦proximação geométrica
xm ÿ Solução algébrica
xm - Ver também
xm 5 Notas e referências
xm Referências gerais
O problema era conhecido dos antigos gregos e a resposta ² negativa ² só foi obtida
em £8ÿ pelo matemático francês Pierre Laurent Wantzel que mudou o foco da questão,
passando a buscar uma prova de que o problema não teria solução. Wentzel apoiou-se
sobretudo nos resultados de Gauss o qual afirmara no seu livro 'isquisitiones
Arithmeticae (publicado em £8 £) que não era possível construir com régua e compasso
um polígono regular com nove lados. Como é possível construir um triângulo regular
com régua e compasso e como, para um tal triângulo, o ângulo formado pelos
segmentos que unem o centro a dois dos seus vértices é de £Ñ , resulta daqui que o
ângulo de £Ñ não pode ser trissectado somente com régua e compasso. No entanto
Gauss nunca publicou uma demonstração do seu enunciado.
Trissecção aproximada
Considerando mAOB = Ña e mHO = Ñ, verifica-se que no triângulo ǻOCF temos que
o ângulo mOCF = ½(a + ) pois é um ângulo inscrito na circunferência que compreende
um arco de medida a + , e também temos que mCFO = ½(a ) pois ao prolongarmos
a bissetriz obtemos um ângulo oposto ao ângulo mEOB = a pelo vértice, que por outro
lado, ele é ângulo externo ao triângulo ǻOCF não adjacente aos ângulos
mOCF = ½(a + ) e mCFO, então:
temos: .
aproimadamente .
¦ O
é um problema proposto pelos antigos geômetras gregos
consistindo em construir um quadrado com a mesma área de um dado círculo servindo-
se somente de uma régua e um compasso em um número finito de etapas. Em £88Ñ,
Ferdinand Lindemann provou que ʌ é um número transcendente, isto é, não existe um
polinômio com coeficientes inteiros ou racionais não todos nulos dos quais ʌ seja uma
raiz. Como resultado disso, é impossível exprimir ʌ com um número finito de números
inteiros, de frações racionais ou suas raízes.
xm Pi
xm Construções com régua e compasso
xm 'uplicação do cubo
xm Trissecção do ângulo
xm ¦rquitas de Tarento
xm åípias de Elis
xm åipócrates de uíos
xm Pierre Laurent Wantzel
xm uadratura do Círculo
'
Dobrando o volume
¦
é o problema de geometria que consiste em obter um método
para, dada a aresta de um cubo, construir, com régua e compasso, a aresta do cubo cujo
volume é o dobro do cubo inicial.
xm £ Introdução
m £.£ Trecho do diálogo
xm Ñ História
xm ÿ Solução tridimensional
xm - Ver também
xm X Notas
xm â Referências
Era do conhecimento dos Pitagóricos que dado um quadrado era possível construir um
novo quadrado com o dobro de sua área. Tal problema é relatado porPlatão em um dos
seus diálogos, Ménon[£, que trata do ensino da virtude. Nesse diálogo Sócrates é
retratado ensinando um jovem e inculto escravo a duplicar um quadrado.
º
Sócrates lecionando
ócrates: - Examina, agora, o que em seguida a estas dúvidas ele irá descobrir,
procurando comigo. Só lhe farei perguntas; não lhe ensinarei nada! Observa bem se o
que faço é ensinar e transmitir conhecimentos, ou apenas perguntar-lhe o que sabe. (E,
ao escravo): Responde-me: não é esta a figura de nosso quadrado cuja área mede quatro
pés quadrados?
Escravo: - V.
ócrates: - ¦ este quadrado não poderemos acrescentar este outro, igual?
Escravo: - Podemos.
'Sócrates: - Que múltiplo do primeiro quadrado é a grande figura inteira?
Escravo: - O quádruplo.
ócrates: - E devíamos obter o dobro, recordaste? Escravo: - Sim.
ócrates: - E esta linha traçada de um vértice a outro da cada um dos quadrados
interiores não divide ao meio a área de cada um deles?
Escravo: - 'ivide.
ócrates: - E não temos assim quatro linhas que constituem uma figura interior?
Escravo: - Exatamente.
ócrates: - Repara, agora: qual é a área desta figura?
Escravo: - Não sei.
ócrates: - Vê: dissemos que cada linha nestes quatro quadrados dividia cada um pela
metade, não dissemos?
Escravo: - Sim, dissemos.
ócrates: - Bem; então quantas metades temos aqui?
Escravo: - uatro.
ócrates: - E aqui?
Escravo: - 'uas.
ócrates: - E em que relação aquelas quatro estão para estas duas?
Escravo: - O dobro.
ócrates: - Logo, quantos pés quadrados mede esta superfície?
Escravo: - Oito.
ócrates: - E qual é seu lado?
Escravo: - Esta linha.
ócrates: - ¦ linha traçada no quadrado de quatro pés quadrados, de um vértice a outro?
Escravo: - Sim.
ócrates: - Os sofistas dão a esta linha o nome de diagonal e, por isso, usando esse
nome, podemos dizer que a diagonal é o lado de um quadrado de área dupla, exatamente
como tu, ó escravo de Mênon, o afirmaste.
Escravo: - Exatamente, Sócrates!
V provável que os gregos tenham então transposto tal problema para as figuras sólidas,
começando com o cubo, isto é, encontrar a aresta de um cubo com o dobro do volume
de um cubo dado.
å
Ruínas em Delos
Com relação as origens desse famoso problema existe uma lenda que conta que em-Ñ
a.C. Péricles morrera de peste juntamente com um quarto da população de ¦tenas.
Consternados por essa enorme perda, os habitantes consultaram ooráculo de ¦polo em
'elos sobre como combater a doença. ¦ resposta foi que o altar de ¦polo, que possuía
o formato de um cubo, deveria ser duplicado. Prontamente os atenienses dobraram as
dimensões do altar mas isso não afastou a peste. O volume fora multiplicado por oito e
não por dois. Com essa estória, dada a aresta de um cubo, construir só com régua e
compasso a aresta de um segundo cubo tendo o dobro do volume do primeiro, ficou
conhecido como problema deliano.
¦rquitas de Tarento deu uma notável contribuição ao problema com a seguinte solução,
facilmente descrita em linguagem de geometria analítica:
xm
xm
xm