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MEC – SETEC

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO
CAMPUS CUIABÁ
DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

FATORES MOTIVACIONAIS DOS ALUNOS NO PROCESSO ENSINO-


APRENDIZAGEM DO PROEJA DO IFRO CAMPUS DE COLORADO DO OESTE.

Jardim1, Larissa Ferraz Bedôr; Bolsoni, Maria Valdete da Silva2

RESUMO

A Educação de Jovens e Adultos constitui um campo amplo de estudos, práticas e


reflexões, nesta perspectiva o presente artigo desvela os motivos que interferem no
processo de ensino e aprendizagem no Instituto Federal de Rondônia campus
Colorado do Oeste na modalidade PROEJA. Para elucidar os fatos foi realizada uma
pesquisa exploratória envolvendo 100% do alunado, promovendo o levantamento de
dados através de questionários. As informações possibilitaram identificar o motivo
principal para os alunos retornarem e se manterem na escola é a satisfação pessoal,
entretanto, podemos supor que o fator fundamental da evasão nesta modalidade de
ensino devesse a sobrecarga de trabalho.

Palavras-chave: PROEJA, motivação, ensino e aprendizagem.

ABSTRACT

The Education The Youth and Adults is a broad field of study, practice and reflection
in this perspective the present article reveals the grounds that interfere with teaching
and learning at the Federal Institute of Colorado campus Rondônia in the western

(1) Professora do IFRO campus Colorado do Oeste, Acadêmica da Pós-Graduação em PROEJA; e-mail: vetlarissa@yahoo.com.br
(2) Pedagoga, especialista em Psicopedagogia e Metodologia e técnica em Ensino Superior
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mode PROEJA. To elucidate the facts there was an exploratory study involving 100%
of the students, promoting the collection of data through questionnaires. The
information allowed identifying the main reason for students to return and remain in
school is the personal satisfaction, however, we can assume that the key factor in
avoidance mode of education should work overload.

Keywords: PROEJA, motivation, teaching and learning.

1 INTRODUÇÃO

Através do PROEJA é possível reinserir o jovem e/ou adulto no sistema


educacional formal. Sendo mais que um projeto pedagógico, pois possibilita resgatar
a cidadania desses Jovens e Adultos através de uma formação de qualidade, que
constitui um grande desafio educacional.
A Educação de Jovens e Adultos – EJA é uma modalidade de Educação
Básica prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de nº 9.394/96,
tendo como premissa maior contribuição para eliminar o analfabetismo, através da
oferta de cursos e exames destinados à população de jovens e adultos que, na faixa
etária apropriada, não tiveram acesso, ou sucesso no Ensino Fundamental ou no
Ensino Médio Regular. O Artigo 37 da LDB/96 assegura que a educação de jovens e
adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos
no ensino fundamental e médio na idade própria (BRASIL, 1996).
O Ensino Técnico Integrado ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de
Jovens e Adultos - PROEJA constitui um desafio pedagógico e político para todos
aqueles que desejam transformar este País numa perspectiva de desenvolvimento e
justiça social.
A implementação do Programa almeja a construção de sociedade igualitária,
considerando que a sociedade brasileira ainda não conseguiu reduzir
satisfatoriamente, as desigualdades socioeconômicas que obriga muitas famílias a
buscar no trabalho das crianças uma alternativa para a composição de renda
mínima, consumindo o tempo da infância e o tempo da escola. (MEC, 2006)
Os eixos norteadores das políticas de educação profissional do atual
governo compreendem: a expansão da oferta pública de educação profissional; o
desenvolvimento de estratégias de financiamento público que permitam a obtenção
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de recursos para um atendimento de qualidade; a oferta de educação profissional


numa concepção de formação integral do cidadão - formação esta que culmine, na
prática, e na fundamentação científica tecnológica e histórica.
Jovens e adultos retornam a escola, via EJA, convictos da falta que faz a
instrução escolar nas suas vidas, associam a negativa em postos de trabalho
exclusivamente à baixa escolaridade, desobrigando o sistema capitalista da
responsabilidade que lhe cabe pelo desemprego estrutural (MEC, 2006).
Os seres humanos têm necessidades individuais cuja compreensão facilita o
entendimento do comportamento dos alunos em relação ao ensino.
Segundo KOTLER (1999), necessidades humanas são os estados de
carência percebida e o comportamento motivacional, é explicado pelas
necessidades humanas. De acordo com a hierarquia das necessidades o psicólogo
Abraham Maslow as classifica como: necessidades fisiológicas que correspondem a
fome, sede, sexo, descanso e o ar; as necessidades de segurança física e financeira
ou seja a proteção; as necessidades sociais de: amor, amizade, filiação; as
necessidades de estima e ego, caracterizada pela necessidade de status, o respeito,
a auto-estima, o sucesso e o reconhecimento; e as necessidades de auto-realização
ou auto-satisfação que dizem respeito as férias, cursos, universidades e

organizações de caridade ou seja a busca da realização.

Ter motivação no processo ensino-aprendizagem constituí a chave para


ensinar a importância do estudo na vida de cada um dos envolvidos – alunos e
professores (ZENTI, 2000).
É essencial conhecer as principais motivações de jovens e adultos para
conseguir solidificar a educação formal na modalidade - PROEJA.

2 SITUANDO O CAMPO DE PESQUISA

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO),


autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC),foi criado através da
Lei Nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que reorganizou a rede federal de
educação profissional, científica e tecnológica composta pelas escolas técnicas,
agrotécnicas e cefets, transformando-os em 38 Institutos Federais de Educação,
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Ciência e Tecnologia distribuídos em todo o território nacional, o qual a Escola


Agrotécnica Federal de Colorado do Oeste passou a integrar, sendo então,
denominada Campus Colorado do Oeste.
A Escola Agrotécnica Federal de Colorado do Oeste - EAFCO-RO foi criada
pela Lei nº. 8.670, de 30 de junho de 1993, e transformada em Autarquia em 16 de
novembro pela Lei nº. 8.731/93. Única Instituição de Educação Profissional e
Tecnológica da Rede Federal no Estado de Rondônia, a EAFCO-RO iniciou suas
atividades com o curso Técnico em Agropecuária de Nível Médio em 1995, com 123
alunos oriundos de diversos municípios do estado, tendo formada a primeira turma
em 1997.
Em 2000, seguindo as recomendações do Decreto Federal nº. 2208/97 foram
implantados os cursos profissionalizantes em Agroindústria, Agricultura, Zootecnia e
Agropecuária, nas modalidades de Ensino Médio-Técnico e Ensino Médio.
Em 2002, foram criados os cursos pós-técnicos em Fruticultura e
Bovinocultura. No ano de 2005, com a abertura dada pelo Decreto Federal nº.
5154/04, a EAFCO-RO optou pela oferta do curso Técnico Agrícola Integrado ao
Ensino Médio, com habilitação em Agropecuária. No mesmo ano, foi credenciada
como Faculdade Tecnológica sendo criados os cursos superiores de Tecnologia em
Gestão Ambiental e Tecnologia em Laticínios, cujo ingresso das primeiras turmas se
deu em 2006.
E em 2007, foi implantado o curso Técnico em Agropecuária Integrado ao
Ensino Médio, profissionalizante para jovens de Jovens e Adultos (PROEJA). E no
ano seguinte deu-se início ao curso Técnico em Agroindústria Integrado ao Ensino
Médio (PROEJA).

3 DESENVOLVIMENTO E DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

A metodologia utilizada na pesquisa realizada para elaboração deste artigo,


pode ser classificada de forma ampla e exploratória que tem como objetivo principal
compreender os problemas que motivam ou afligem os alunos. A pesquisa de
campo foi realizada no período de abril a junho de 2009, com alunos do Instituto
Federal de Ensino, Ciência e Tecnologia de RO campus de Colorado do Oeste
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(IFRO) matriculados no Programa Nacional de Integração da Educação Profissional


à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA.
Cuja oferta é restrita ao período noturno, das 19:00 às 22:35h.
O levantamento de dados ocorreu mediante questionário contendo questões
objetivas e subjetivas, abrangendo 22 alunos, resultando uma amostra de 100%.
Segundo Lopes e Souza (2009), estudar pode não resolver todos os
problemas sociais ou acabar com a injustiça social, mas é o meio pelo qual a pessoa
pode reescrever sua própria história, portanto, ressaltado várias vezes o caráter
ideológico da educação. Sendo assim, deixar explícito que esse caráter, sendo dado
pela consciência social, traz a marca de sua origem, em termos concretos, refere-se
à consciência de alguém. É um dos modos do pensar social, porém se expressa
pela consciência dos indivíduos que se ocupam desta questão, que são indivíduos
vivos, dotados de condições materiais e intelectuais, com interesses confessados e
implícitos, com desejos e intenções, entre outras.
De acordo com a pesquisa realizada o ingresso tardio na escola encontra-se
relacionado na Figura 1 na qual se destaca a falta de recursos (38%) como fator
primordial da interrupção na trajetória escolar. As respostas contemplaram os
aspectos financeiro, saúde e acesso à escola. O trabalho foi apontado com 21% das
causas da interrupção, principalmente pelos homens. Enquanto que a família
aparece como a terceira justificativa com 20% sendo mencionada apenas por
mulheres. Enquanto que 9% se abstiveram da resposta, já a acomodação e a
reprovação corresponderam a 7% e 5% respectivamente.
38%

20% 21%

9%
7%
5%
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Figura 1: Justificativas da interrupção da jornada estudantil


Fonte: Dados da pesquisa
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Na Figura 2 constata-se que a necessidade de auto-realização ou satisfação


pessoal (72%) constitui a principal causa de retorno à escola por parte dos alunos,
seguida da necessidade de segurança financeira (19%) e por fim pelos status
sociais (9%).
72%

19%

9%

Segurança
Auto satisfação Social

Figura 2: Motivos ao retorno escolar dos alunos


Fonte: Dados da pesquisa

Em decorrência da falta de segurança financeira que impera no País, o


PROEJA gera uma boa expectativa em relação o ensino, pois é uma forma rápida e
legal para se obter a certificação, tão necessária para entrar e permanecer no
mercado de trabalho. Os docentes do PROEJA do IFRO campus de Colorado do
Oeste têm a concepção, clara, da escola como fator de mobilidade social e de
oportunidades iguais.

Figura 3: Inserção das motivações dos alunos nas funções do PROEJA


Fonte: Dados da pesquisa
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A Figura 3 foi construída a partir das motivações dos alunos PROEJA


associando às funções da EJA, instituídas pelo MEC. O resultado demonstra que a
função qualificadora atende aos anseios da maioria dos entrevistados, 58%. A
função reparadora é requerida por 31% da clientela pesquisada, e 11%
compatibilizam com a função equalizadora.
Os discentes reconhecem a importância de terem retornado à sala de aula,
mas fazem críticas as tarefas extra-escolares, afirmam que por estarem trabalhando,
não tem tempo para realizá-las. Reclamam que por ter ficado muito tempo sem
estudar, tem dificuldades para raciocinar de acordo com as necessidades atuais e
acrescentam que a sobrecarga de trabalho gera o cansaço. Observem na Figura 4
os motivos que levam a evasão dos alunos do PROEJA.

Figura 4 : Motivos da desistência apontados pelos alunos do PROEJA


Fonte: Dados da pesquisa

O motivo principal apontado pelos discentes em relação a evasão escolar,


nesta modalidade é a sobrecarga de trabalho.

3. Conclusão

Há vários entraves na educação de jovens e adultos, porém não se pode


negar que nos últimos anos a iniciativa pública vem colocando em prática vários
programas a fim de corrigir as desigualdades e nesse processo há uma grande
procura por métodos adequados ao ensino, contudo é preciso capacitar o professor
do PROEJA e que o mesmo se comprometa com a busca de fatores motivacionais,
sensibilizando – se pela sua essência que é formar profissionais – cidadãos. Ao
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promover o feed-back positivo no processo de ensino e aprendizagem o discente


adquire consciência da sua capacidade de aprender, descobrir, analisar, desafiar,
enfrentar, propor, e assumir as conseqüências de suas escolhas definindo assim
novos rumos de vida. Nota-se que por parte dos professores a função mais
enfatizada é a reparadora, ocasionando certa resistência por parte do alunado.
Cabe a instituição de ensino apoiar os alunos que chegam à escola, através
de metodologias voltadas para as pesquisas, associando-as à prática, mostrando
que é possível encontrar espaço e sucesso no trabalho a partir da escolaridade e
profissionalização. Os discentes reconhecem a importância do professor e a
motivação pessoal, como fatores determinantes para facilitar o processo da
aprendizagem.
Cientes que a educação constitui um grande desafio e que o mercado de
trabalho exige certificação do conhecimento, propõe-se aos educadores um
repensar acerca da sua prática pedagógica, visto que se apegam em demasia a
função reparadora. É preciso que o professor tenha sensibilidade para instigar e
melhorar o desempenho dos alunos, quanto ao conhecimento escolar.
Quanto aos motivos que levam a desistência escolar ficou evidente que o
cansaço, a falta de expectativa e a sobrecarga de trabalho, representam os fatores
de exclusão no PROEJA do IFRO campus de Colorado do Oeste.
Salienta-se a importância do PROEJA na formação do aluno, constituindo
uma forma viável e interessante de promover a inclusão, social e financeira, na
atualidade.
É mister dizer que o processo ensino e aprendizagem tem como base o
relacionamento professor e aluno, permeado pelo feed-back positivo baseado na
motivação por parte de ambos; ressalta-se que as motivações fazem parte da busca
dos professores do IFRO, que procuram no dia-a-dia ministrar aulas que fiquem na
memória dos alunos.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT, Rio de Janeiro.


Normas ABNT sobre documentação. Rio de Janeiro, 2000. (Coletânea de normas).
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BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 9394/96. Estabelece Diretrizes e Bases da


Educação Nacional. 20 de dezembro de 1996

________ . Ministério da Educação. Documento Base PROEJA. Brasília: MEC, 2006

_________. MEC, Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Decreto nº


5840, de 13 de julho de 2006. Programa Nacional de Integração da Educação
Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e
Adultos – PROEJA.

KOTLER,Philip. Marketing para o séc. XXI: Como criar, conquistar e dominar


mercados. 14. ed. São Paulo:Futura, 1999

LOPES, S. P.; SOUSA, L. S. EJA: UMA EDUCAÇÃO POSSÍVEL OU MERA


UTOPIA? www.cereja.org.br/pdf/revista_v/Revista_SelvaPLopes.pdf Acesso in: 10.jul.09

MALHOTRA, N. K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 3. ed. Porto


Alegre: Bookman, 2001. 720p.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22ª edição, São


Paulo: Cortez, 2002.

ZENTI, L. Aulas que seus alunos vão lembrar por muito tempo: motivação é a chave
para ensinar a importância do estudo na vida de cada um de nós. Nova Escola, São
Paulo: Abril, v. 134, ago. 2000

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