Ancorado nos anteriores tratados comunitários que remontam à
conferência de Messina e ao tratado de Roma, com o intuito de fazer evoluir a construção europeia, o tratado de Schengen foi assinado em 14 de Junho de 1985 e complementado com a respectiva ³Convenção de aplicação´ em 1990, originando a denominada ³Área Schengen´. Originalmente incluiu apenas a Bélgica, a Holanda, o Luxemburgo , a Alemanha e a França. A partir deste módulo inicial, expandiu-se como um puzzle até aos actuais 25 países. Portugal assinou a adesão a esta convenção em Junho de 1992. O principal objectivo deste tratado foi implementar a gradual abolição dos controlos nas fronteiras entre os estados membros, a fim de permitir a construção do mercado interno europeu bem como, estabelecer uma progressiva harmonização das políticas fronteiriças com países externos. Este espaço sem fronteiras transformou-se então, no limite, na Europa de uma única fronteira. Com a ausência de fronteiras físicas, a liberdade de circulação ganhou um significado real e novo, tendo começado a figurar no dicio nário dos direitos fundamentais. Esta liberdade , pode mesmo ser entendida como um dos preliminares para o fenómeno da globalização que agora experimentamos e que foi objecto de análise no tratado de Amsterdam em 1997. Com a assinatura deste documento, a construção europeia evoluiu de um ciclo de soluções avulsas e instrumentais, visando sobretudo aspectos económicos, para um outro de cariz mais social e sobretudo mais político, com soluções mais gerais. A contribuição de Shengen, para a construção da Europa, foi também plasmada no posterior tratado da União Europeia (Maastricht ± 1992), sobretudo no que diz respeito ao chamado terceiro pilar, possuidor de um carácter mais intergovernamental, envolvendo as normas fundamentais das políticas de imigração, asilo, passagem de vistos e segurança interna para além dos termos de cooperação judicial e policial. O tratado de Amsterdam veio a incorporar na lei da União Europeia , grande parte do conteúdo deste tratado que até aí havia estado inteiramen te separado das estruturas da UE. Bibliografia PIRES, Francisco Lucas; Schengen e a comunidade de países lusófonos; Coimbra editora (1997). http://en.wikipedia.org/wiki/Schengen_Agreement ; Página Web acedida em 2011-01-28 http://en.wikipedia.org/wiki/Schengen_Area ; Página Web acedida em 2011-01- 28