Muitos empresários acham que, pela empresa estar cadastrada no Simples, ela é de contabilidade
fácil Milhares de empresas se utilizam de seus contadores para manter a escrita das empresas em
dia.
Este tipo de prestação de serviço sempre teve uma determinada complexidade não compreendida
pela maioria, que precisam deste tipo de serviço. Mas, no passado recente, era um trabalho com
uma complexidade normal de um processo de registro das operações que um contador formado
teria condição de prestar sem grande dificuldade com base na sua formação acadêmica.
Entretanto, de uns dez anos para ca, o Fisco brasileiro transformou os contribuintes Pessoas
Jurídicas em verdadeiros fiscais da receita sem remuneração e com altas multas se não
cumprirem com perfeição a sua obrigação de empregado do governo. Daí vieram as Dacon, DIRF,
Dimof, Perd Comp, retenções de impostos nas faturas pagas e etc, tornando o tranquilo trabalho
de preparo da con tabilidade um verdadeiro emaranhado e inferno burocrático que os contadores
das empresas são obrigados a atender constantemente.
Em resumo a contabilidade do século 21 não será nunca mais igual à que conhecíamos até o
século passado. Com as exigências burocráticas criadas pelo Fisco com pesadíssimas multas
pelo seu cumprimento indevido ou não cumprimento, me arrepio quando vejo empresários
reclamarem que acham pagar R$ 700 por mês muito caro para seu contador manter a
contabilidade da sua empresa.
Muitos consideram que sua empresa está no Simples e como o próprio nome indica é simples de
manter.
Sabemos que isto é um ledo engano pois a complexidade da legislação do Simples é tamanha
que deveria se chamar de Complexo. Manter-se atualizado nela exige muito e constante
treinamento.
Na minha modesta opinião quem paga hoje menos de R$ 1000 por mês para seu contador manter
a contabilidade da sua eventualmente pequena empresa poderá estar, na realidade, dando um tiro
no próprio pé pois, estará pagando muito menos do que seria exigível para que a pessoa que o
atenda tenha condições de se atualizar adequadamente. Ou seja, estará procurando um clinico
geral quando na realidade deveria estar procurando e remunerando o trabalho de um sofisticado
especialista da área. A diferença na remuneração, o Fisco brasileiro irá cobrar, no futuro, dos
empresários.
Fonte: Revista Incorporativa