Anda di halaman 1dari 2

A GALERA JOVEM E O YÔGA ANTIGO

Surpreendentemente, é o público mais jovem que adota o Yôga mais antigo. Por que será?
Acreditamos que seja pelo fato de os jovens terem um senso crítico mais exacerbado e um
sentimento de esperança na Humanidade. Assim sendo, por mais que se criem novidades nos
Estados Unidos para mero consumo, boa parte da opinião pública manifesta uma grande
receptividade para as linhas mais ancestrais. Essas são, necessariamente, menos comerciais. Não
têm o foco nos benefícios, pois não desejam aliciar. Não são correntes místicas, pois não querem
doutrinar ninguém. A principal escola que preconiza essa orientação é o SwáSthya Yôga, no Brasil
há mais de quarenta anos. Contudo, ninguém é perfeito, o SwáSthya é um tronco de Yôga radical.
Tem que sê-lo para conseguir preservar as propostas ortodoxas e tradicionais que os ocidentais
geralmente não cumprem e, muitas vezes, nem conhecem.
Não conhecem, pois a maciça maioria dos ramos de Yôga que chegou ao Ocidente surgiu na Idade
Média. Para nós, medieval é antigo. Contudo, para o Yôga ancestral, que tem mais de 5.000 anos de
idade, as linhas criadas nos séculos VIII a XIII depois de Cristo pertencem à divisão moderna.
Nasceram nada menos que 4.000 anos depois da origem do Yôga primitivo!
Mesmo quando os ocidentais são informados a respeito das premissas e propostas comportamentais
do Yôga Antigo, muitos não o assimilam, pois precisariam mudar hábitos e vícios arraigados
durante toda uma vida desregrada. O Yôga Antigo não abre concessões: o praticante não deve
fumar, tomar bebidas alcoólicas, nem ingerir drogas. No entanto, o que se vê são praticantes e até
instrutores de linhas modernosas que descumprem as recomendações milenares. Seu argumento é o
de que estamos no Ocidente, estamos no século XXI, as pessoas não aceitariam uma proposta mais
séria. Essa premissa é falsa. As pessoas querem, sim, um Yôga mais purista, mais exigente. A prova
é o número de praticantes de SwáSthya Yôga: mais de um milhão hoje, só no nosso país. Ora, um
instrutor de Yôga que use drogas é um perigo para a população, pois pode muito facilmente induzir
seus alunos ao vício e ainda lhes fornecer o entorpecente ou alucinógeno.
Sempre lecionei para jovens e sei o quanto essa ameaça social é uma realidade e está acontecendo
agora mesmo em tantos antros de aliciamento. Por esse motivo, em meus livros, cursos e eventos há
mais de 40 anos tenho orientado a moçada no sentido de que um Yôga legítimo exige a abstenção
de drogas, álcool e fumo de qualquer espécie. Se não for assim, desculpe, não é Yôga.
Às vezes perguntam-me como conseguimos que tantos jovens aceitem não usar drogas, fumo ou
álcool sem partirmos para a repressão e sem usar doutrinação. A resposta é muito simples. O ser
humano é muito influenciado pelo grupo. Ora, o ambiente do Yôga Antigo é extremamente alegre e
descontraído, muito diferente da caricatura zen que os estereótipos contemporâneos pontificaram.
Os adeptos são jovens “cara-limpa”, saudáveis, desportistas, acadêmicos, gente bonita, educada,
sensível e com corpos sarados. É perfeitamente compreensível que o recém-chegado fique
fascinado e adote os bons hábitos desse grupo. Esse é o segredo do nosso sucesso com a juventude.
Fora isso, a prática do Yôga Antigo é totalmente diferente da imagem que as pessoas em geral têm
do Yôga. Ele é praticado sob a forma de coreografias lindíssimas, tão bonitas que foi criada uma
companhia de teatro para apresentar demonstrações de Swásthya Yôga em diversas capitais do
Brasil e da Europa. Suas fotos foram publicadas no periódico Yôga Review que está nas bancas.
Todos quantos assistem concordam: o Yôga Antigo é tão ou mais bonito que ginástica olímpica e
dança.
Bem, pode parecer que só existam aspectos positivos, mas há outro lado da moeda. Tudo tem o seu
lado dark. O Yôga também tem. É que os sectários de modalidades mais modernas, ao ver um Yôga
tão antigo e tão diferente, nem mesmo o reconhecem como Yôga, a não ser pelos mantras e pela
meditação, que também fazem parte do acervo. Se estudassem a literatura especializada
compreenderiam a fundamentação dessa escola primitiva. Mas não querem nem saber de travar
contato com uma bibliografia que os demova da sua posição cristalizada e preconceituosa.
Paciência! Temos que conviver com isso por mais alguns anos. Afinal, dizem que as boas coisas não
vencem por seus próprios méritos, e sim porque seus opositores vão morrendo. Eu posso esperar.

DeRose
Reconhecimento do título de Mestre em Yôga (não-acadêmico) e Notório Saber pela FATEA – Faculdades
Integradas Teresa d’Ávila (SP),
pela Universidade Estácio de Sá (MG), UniCruz (RS), Universidade do Porto (Portugal) e Universidade
Lusófona de Lisboa (Portugal).
Comendador e Notório Saber em Yôga pela Sociedade Brasileira de Educação e Integração.
Comendador pela Academia Brasileira de Arte, Cultura e História.
Introdutor do Yôga nas Universidades Federais, Estaduais e Católicas do Brasil.
Criador da Primeira Universidade de Yôga do Brasil e Universidade Internacional de Yôga, em Portugal.

Anda mungkin juga menyukai