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A Reforma Psiquiátrica

A REFORMA PSIQUIÁTRICA

Profa. Maria Zélia A Lessa


UniversidadeProfa. Mara Cristina
Estadual Ribeiro
de Ciências da Saúde de Alagoas
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
20062006
A Crise Institucional
Fatores que propiciaram transformações no modelo de
assistência psiquiátrica:

- clima de “liberalismo” e democracia” após a vitória dos


aliados;
- a criação de movimentos pró-direitos civis;
- as associações de parentes e amigos dos doentes
mentais clamando por direitos;
- as análises provenientes das Ciências Sociais que
denunciavam as características repressoras e autoritárias
das instituições psiquiátricas tradicionais; e
- o surgimento dos neurolépticos que vieram facilitar o
tratamento extra-hospitalar.
A Crise Institucional

1o. Período (crítica a estrutura asilar)

As Instituições Psiquiátricas são questionadas:


-    por sua baixa eficácia terapêutica;
-     pelo seu alto custo; e
-     por seus efeitos de violência e exclusão social.
 
Movimentos:
-        Comunidade Terapêutica (Inglaterra)
-        Psicoterapia Institucional (França)
Comunidade Terapêutica
Características:
 
-       política de portas abertas;
-       tratamento das instituições;
-       trabalho em equipe;
-       formação de recursos humanos;
- integração dos pacientes em sistemas grupais.

O doente passou a ter significado histórico-social.


Maxwell Jones afirmava que a doença mental é o último
recurso de um indivíduo que não obtém apoio social
adequado e que se sente incapaz de fazer algo para
ajudar a si próprio.
Psicoterapia Institucional
Parte do pressuposto de que as instituições têm
características doentias e devem ser tratadas.

Assim, a Psicoterapia institucional deve:


• questionar as instituições enquanto espaço de
segregação;
• criticar o poder médico;
• criticar a verticalização das relações intra-institucionais.
Na Comunidade Terapêutica e na
Psicoterapia Institucional a pedagogia da
sociabilidade realiza-se num registro
discursivo e num contexto grupal em que se
pretende a regulação do “excesso” passional
da loucura pelo controle do discurso e dos
atos do internado – mas, estes devem
aprender nessa microssociedade as regras
das relações interpessoais do espaço social.
(Birman, 1992)
A Crise Institucional

2o. Período

Extensão da psiquiatria para o espaço público, com o


objetivo de prevenir e promover “saúde mental”.

Movimentos:
 
-        Psiquiatria de Setor (França)
-        Psiquiatria Preventiva (Estados Unidos)
Psiquiatria de Setor
“ projeto que pretende fazer a psiquiatria desempenhar
uma vocação terapêutica, o que não se consegue no
interior de uma estrutura hospitalar alienante”
(Fleming,1976)

Seu surgimento está situado historicamente na França


dos pós-guerra, originando-se nos setores mais críticos e
progressistas e terminando por ser incorporada, a partir
dos anos 60, como política oficial.
Psiquiatria de Setor
Características:
- paciente tratado dentro do seu próprio meio social;
- a passagem pelo hospital é uma etapa transitória do
tratamento;
- territórios passam a ser divididos em setores
geográficos;
- equipe constituída nos territórios por psiquiatras,
psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais;
- arsenal de instituições com função de assegurar o
tratamento, a prevenção e a pós-cura das doenças
mentais.
Psiquiatria Preventiva
Fundamentada na História Natural das Doenças (Leavell;
Clark) que propõe a multicausalidade e incorpora a
terapêutica como uma das etapas da prevenção.
 
O Livro “Princípios da Psiquiatria Preventiva” (Caplan) e o
discurso do presidente Kennedy apontam a mudança do
olhar sobre a doença mental nesse período.

Princípio: “corpo de conhecimentos profissionais,


teóricos e práticos que podem ser utilizados para
planejar e executar planos destinados a fazer prevenção
primária , secundária e terciária”.
Psiquiatria Preventiva

Ordens Prioritárias:
- redução dos transtornos mentais, numa comunidade,
promovendo a sanidade mental dos grupos sociais;
- encurtar a duração dos transtornos mentais,
identificando-os e tratando-os precocemente;
- minimizar a deterioração dos transtornos mentais.
Psiquiatria Preventiva
A Psiquiatria Preventiva atualiza o dispositivo de
controle e disciplinamento social e institui um
novo modelo psiquiátrico:
-  um novo objeto: a saúde mental;
-  um novo objetivo: a prevenção;
-  um novo sujeito de tratamento: a coletividade;
-  um novo agente profissional: as equipes
comunitárias;
-  um novo espaço de tratamento: a comunidade;
-  uma nova concepção de personalidade: a
unidade biopsicossocial.
A Antipsiquiatria e a Psiquiatria
Democrática Italiana são movimentos
instauradores de rupturas com os
anteriores, colocando em questão o
próprio dispositivo médico-psiquiátrico e
as instituições e dispositivos
terapêuticos a ele relacionados.
ANTIPSIQUIATRIA (Inglaterra)
Pressupostos:

- rompe no âmbito teórico com o modelo assistencial


vigente;
- busca destituir o valor do saber médico na explicação,
compreensão e tratamento das doenças mentais;
- a loucura é vista não como doença mental, mas como
fato social e político;
- a loucura é uma experiência positiva de libertação, uma
reação ao desequilíbrio familiar;
- o louco é uma vítima de alienação geral tida como
norma.
Psiquiatria Democrática Italiana

Movimento que enfatizava a necessidade


de tomar como ponto de partida o interior
do manicômio, criando condições para a
sua desmontagem, subvertendo sua lógica
e funcionamento.
Psiquiatria Democrática Italiana

Objetivos:
-  construção de uma nova política de saúde mental;
-  centralização do trabalho terapêutico com o
objetivo de enriquecer a existência global, complexa
e concreta dos pacientes;
-  construção de estruturas externas que são
totalmente substitutivas da internação no
manicômio.

Mudança de objeto de “doença mental” para


“existência-sofrimento”.

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