Os limites do Planeta: infinito enquanto dure!

O planeta Terra é um astro emerso em um universo infinito. Talvez por isto algumas
pessoas acham que a Terra não tem limites. Porém, nosso planeta tem delimitações
evidentes. Como diria Vinícius: o Planeta só é infinito enquanto dure.

O sueco Johan Rockström, da Universidade de Estocolmo, estuda modelos para medir as

agressões ao planeta e definir espaços seguros para a existência da vida animal e vegetal,
definindo níveis seguros da atividade humana, nas seguintes áreas:

1) mudanças climáticas;
2) acidificação dos oceanos;
3) interferência nos ciclos globais de nitrogênio e de fósforo;
4) uso de água potável;
5) alterações no uso do solo;
6) carga de aerossóis atmosféricos;
7) poluição química;
8) troca da vegetação natural por plantações; e
9) perda da biodiversidade, tanto terrestre como marinha.

A revolução verde na agricultura e os avanços tecnológicos possibilitaram que, entre

1950 e 2010, a humanidade aumentasse cerca de 3 vezes o número de habitantes e 9
vezes o PIB mundial. Mas isto, às custas da depauperização do planeta e da transgressão
das fronteiras nas áreas listadas acima.

Para garantir a sobrevivência da biodiversidade é preciso não só reduzir o ritmo de

crescimento da população e do consumo, mas prover uma verdadeira revolução
econômica, social e cultural, mudando radicalmente as formas atuais de produção e de
consumo.

Algumas medidas precisam começar imediatamente no seguinte sentido:

• Fazer a transição da economia dos combustíveis fósseis para uma economia

baseada na energia solar, dos ventos, geotérmica, etc.
• Diminuir o consumo de energia per capita investindo na eficiência energética;
• Melhorar os sistemas de transporte coletivo;
• Reduzir a frota de carros a gasolina ou diesel e incentivar a troca para carros
elétricos e híbridos;
• Incentivar o uso de bicicletas e caminhadas para a mobilidade urbana;
• Reduzir o consumo de produtos da agropecuária e incentivar a alimentação
orgânica;
• Reduzir até eliminar o desmatamento;
• Recuperar e replantar florestas e a cobertura vegetal dos diversos biomas;
• Proteger as nascentes de água doce e fazer uma administração sustentável dos
recursos hídricos;
• Etc.
Enfim, é preciso avançar na construção de uma economia verde e inclusiva, onde haja
sustentabilidade econômica e social e que as gerações presentes não abusem dos limites
do Planeta e nem deixem uma herança ecologicamente maldita para as gerações futuras.