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Higiene e Segurança no

Trabalho
Caracterização do Sector de Actividade / Riscos e Medidas de
Prevenção
Higiene e Segurança no Trabalho

07-05-2010
Paula Rodrigues

Paula Rodrigues Página 2


Higiene e Segurança no Trabalho

SECTOR DE ACTIVIDADE

CONSTRUÇÃO CIVIL

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Higiene e Segurança no Trabalho

Trabalhos de Demolição
Descrição de Riscos e Medidas Preventivas associadas a trabalhos relacionados
com demolição de estruturas

• Perigos / Riscos mais frequentes


- Queda de pessoas a nível diferente;
- Queda de pessoas ao mesmo nível;
- Queda de objectos por desabamento ou desmoronamento;
- Queda de objectos desprendidos;
- Marcha sobre objectos;
- Choque contra objectos imóveis;
- Pancadas e cortes por objectos ou ferramentas;
- Projecção de fragmentos ou partículas;
- Entalamento ou esmagamento por ou entre objectos;
- Entalamento ou esmagamento por capotamento de máquinas;
- Sobre-esforços ou posturas inadequadas;
- Contactos eléctricos;
- Explosão;
- Incêndio;
- Exposição ao ruído;
- Exposição a vibrações;
- Danos causados por seres vivos;
-Outros (inundações por ruptura de canalizações).

• Causas Principais
- Falta de preparação do trabalho, nomeadamente, não verificar o estado de
estabilidade e solidez dos elementos construtivos e construções adjacentes;
- Não assegurar devidamente o corte de todas as infra-estruturas;
- Trabalho desorganizado (trabalhadores a laborar em níveis distintos, demolição
de elementos suportantes antes dos suportados);
- Sobrecarga dos pisos com entulho;
- Não delimitar e sinalizar a zona de trabalhos e não controlar as entradas nessa
zona;
- Trabalhar em condições atmosféricas adversas;
- Utilização de meios mecânicos de forma inadequada (para arrancar elementos
construtivos ou utilizar os equipamentos para além das capacidades indicadas pelo
fabricante…);

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Utilização de andaimes indevidamente ancorados ou escorados;


- Não utilizar os EPI (s) necessários, nomeadamente, contra quedas em altura;
- Trabalhadores sem formação e desconhecimento dos riscos.

• Medidas de Prevenção aconselhadas


- Deve ser elaborado um plano de trabalhos cuja memória descritiva contenha a
descrição das operações a executar, procedimentos, equipamentos e pessoal
necessário. Também devem constar planos de detalhe de elementos estruturais ou
construtivos que envolvam riscos especiais (amianto, betão pré-esforçado.);
- Antes de se iniciar qualquer trabalho, devem estar cortadas (garantidamente)
todas as infra-estuturas: água, gás, electricidade, telefone e TV cabo;
- Antes de iniciar qualquer trabalho, deve-se verificar o estado de estabilidade e
solidez de todos os elementos construtivos e decorativos, especialmente nos casos
em que a identificação sofreu catástrofes naturais, incêndio ou abandono
prolongado;
- É necessário ter em atenção que após um incêndio, pode haver betão desligado
das armaduras e, lajes aparentemente intactas podem ter perdido resistência,
deixando de aguentar inclusive o peso dos trabalhadores;
- Devem ser colocado testemunhos em locais adequados (indicados por técnico)
e vigiada a sua evolução, quando efectuar demolição manual.
- Dentro de perímetros urbanos, deve tomar medidas de protecção contra as
projecções de materiais sobre a via pública;
- Devem ser desmontados e retirados todos os elementos frágeis antes do inicio
da demolição (portas, janelas, clarabóias);
- Devem ser escorados, entivados e/ou saneados todos os elementos
construtivos que apresentem instabilidade ou falta de resistência, antes de iniciar
os trabalhos de demolição;
- Devem ser escoradas e/ou entivadas as paredes-mestras das edificações
adjacentes, até uma altura que garanta a solidez das mesmas, caso seja
necessário;
- Deve ser delimitado e sinalizado todo o perímetro da área da demolição;
- No início e no final da jornada de trabalho deve sanear todos os elementos
construtivos que estejam instáveis;
- Os andaimes (se forem necessários) devem ficar completamente desligados
dos elementos a demolir;
- A demolição deve ser efectuada piso por piso, de cima para baixo e, os
trabalhadores devem laborar todos no mesmo piso;
- Devem-se demolir primeiro os elementos suportados e só depois os
suportantes;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Os acessos aos postos de trabalho devem ser adequados (principalmente em


resistência e largura), exercendo-se vigilância constante sobre os mesmos;
- Os acessos devem-se manter permanentemente desobstruídos e limpos de
entulhos;
- Devem ser montadas escadas exteriores à construção ou reforçadas as escadas
da edificação (se necessário). As escadas devem ser os últimos elementos a demolir
em cada piso, porque são necessárias à circulação dos trabalhadores;
- As tubagens, mangueiras e cabos devem ser fixadas e arrumadas de modo a
que, não provoquem tropeções, não fiquem sujeitas a esforços que as possam
danificar. No atravessamento de vias de circulação de veículos devem ser
enterradas ou protegidas;
- As tubagens e acessórios das redes de ar comprimido devem ser
periodicamente inspeccionadas a fim de evitar fugas de ar sob pressão;
- As aberturas no pavimento do piso em demolição devem ser tapadas, excepto
se forem usadas para escoamento de entulhos, devendo nesse caso ser protegidas;
- Deve ser rigorosamente proibido atirar entulhos pelas janelas ou aberturas nos
pisos;
- Os entulhos devem ser regados e descidos em calhas ou caleiras devidamente
vedadas e com troços nunca superiores à altura de 2 pisos. A saída inferior de cada
calha deve ter uma comporta para fazer parar o material das calhas usando as
mãos;
- O material da cobertura deve ser retirado de forma progressiva e de ambos os
lados para evitar desequilíbrios (da estrutura);
- Os materiais da cobertura, à medida que são retirados devem ser descidos
através de caleiras e/ou com o auxilio da grua ou guincho;
- As chaminés e varandas não devem ser puxadas para caírem como um todo,
nem devem ser deixadas em estado tal que possam ser derrubadas por acção do
vento (se necessário, deve montar andaime);
- As telhas, placas metálicas ou de fibrocimento, não devem servir de apoio aos
trabalhadores, devendo ser utilizadas tábuas de rojo;
- A demolição de lajes só deve ser iniciada depois de se conhecerem os seus
apoios e deve ser efectuada na direcção paralela a esses apoios;
- As abóbadas ou arcos devem ser demolidos do centro para as extremidades. No
caso de haver abóbadas múltiplas, devem-se escorar as que não estão a ser
demolidas;
- Os trabalhadores não se devem apoiar nas paredes-mestras, que não
apresentem estabilidade e solidez adequadas, devendo executar o seu trabalho
a partir de plataformas ou andaimes externos;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Deve-se escorar o soalho de madeira que não tenha estabilidade ou solidez


adequadas, devendo, nesse caso, os entulhos ser escoados de imediato;
- O corte de lajes ou elementos de estrutura construídos em betão pré-esforçado,
deve ser rigorosamente efectuado nos locais assinalados pelos técnicos e
unicamente nesses locais;
- As escadas apoiadas em patamares deverão demolir-se do meio do vão para os
apoios;
- As escadas apoiadas lateralmente em vigas deverão demolir-se do centro do
vão para os lados;
- Os elementos a demolir devem ser molhados regularmente a fim de evitar o
levantamento de poeiras;
- As plataformas de trabalho devem ser estáveis, sólidas e horizontais;
- Os trabalhadores, devem trabalhar a uma distância que evite serem atingidos
por projecções;
- As roupas e a pele não devem ser limpas utilizando o ar comprimido;
- Os trabalhos devem ser suspensos em dias chuva intensa.

Trabalhos de Escavação
Descrição de riscos e medidas preventivas associados a trabalhos envolvendo
escavações

• Perigos / Riscos mais frequentes


- Queda de pessoas a nível diferente;
- Queda de pessoas ao mesmo nível;
- Queda de objectos por desabamento ou desmoronamento de estruturas
vizinhas;
- Queda de objectos desprendidos;
- Marcha sobre objectos;
- Soterramento;
- Choques ou pancadas por objectos móveis;
- Projecção de fragmentos ou partículas;
- Entalamento ou esmagamento por ou entre objectos;
- Entalamento ou esmagamento por capotamento de máquinas;
- Sobre-esforços ou posturas inadequadas;
- Contactos eléctricos, por interferência com redes técnicas;
- Explosão, por interferência com redes técnicas;
- Atropelamento ou choque de veículos;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Exposição ao ruído;
- Exposição a substâncias tóxicas ou nocivas (poeiras e gases);
- Exposição a vibrações.

• Causas Principais
- Falta de preparação do trabalho, nomeadamente, existência de infra-estruturas
enterradas e tipo de solo;
- Não respeitar os taludes naturais;
- Sobrecarregar os topos dos taludes;
- Não vigiar e sanear os taludes;
- Entivação inadequada ou insuficiente;
- Topo dos taludes sem protecção (contra quedas em altura);
- Trabalho desorganizado;
- Não manter os caminhos de circulação em estado adequado para a circulação;
- Não definir e sinalizar caminhos de circulação com largura suficiente para a
circulação segura de camiões e peões;
- Trabalhar em condições atmosféricas adversas;
- Não delimitar e sinalizar a zona de trabalhos e não controlar as entradas nessa
zona;
- Não respeitar as limitações das máquinas, indicadas pelos fabricantes;
- Utilização de meios mecânicos de forma inadequada (para arrancar elementos
construtivos ou utilizar os equipamentos para além das capacidades indicadas pelo
fabricante...);
- Trabalhadores sem formação e desconhecimento dos riscos.

• Medidas de Prevenção aconselhadas


- Antes de iniciar qualquer trabalho deve efectuar o levantamento de: tipo de
terreno (talude natural, coesão, níveis freáticos, teor de humidade, estratificações,
escavações ou aterros anteriores...), proximidade de construções (e suas
fundações) ou outras estruturas, proximidade de fontes de vibrações (estradas,
fábricas...) e proceder ao levantamento de todas as infra-estruturas aéreas e
subterrâneas (localização e profundidade exactas) e, solicitar às entidades
exploradoras o seu desvio, caso se encontrem na zona de influência da escavação;
se tal não for possível, deve-se efectuar um planeamento cuidado do trabalho
porque, nesta situação as concessionárias vão exigir datas e horas para efectuar os
cortes;
- No caso de surgir um cabo eléctrico ou uma tubagem de gás, não assinalados
nas plantas, os trabalhos devem ser suspensos, de imediato, até à chegada de um
responsável da entidade exploradora;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Devem ser construídos acessos separados à escavação, para pessoal e para


veículos;
- Só deve utilizar máquinas homologadas;
- Os veículos e máquinas usados devem ter a sinalização luminosa e acústica de
marcha-atrás em bom estado de funcionamento;
- Deve ser rigorosamente proibido todo e qualquer trabalho ou a permanência de
trabalhadores no raio de acção das máquinas;
- Devem ser definidos e devidamente sinalizados, caminhos de circulação com
largura suficiente para evitar o choque frontal de veículos;
- Os caminhos de circulação devem ser mantidos em bom estado, tapando covas
e irregularidades e compactando as zonas moles (se necessário, com toutvenant ou
detritos de pedreira);
- Devem ser devidamente entivadas, todas as frentes de escavação cujo talude
tenha ângulo superior ao do talude natural;
- Devem-se impedir as infiltrações nos taludes através de covas e regueiras da
superfície, construindo drenos; colmatando e compactando covas susceptíveis de se
transformarem em charcos e obturando fissuras superficiais com terra compactada;
- Se a escavação atingir o nível freático, deve-se proceder à drenagem
permanente das águas e à vigïlância dos taludes;
- Se a escavação for efectuada em zona de aterro, deve-se verificar o estado de
compactação dos solos e a escavação deve ser executada por pequenos troços (em
extensão e profundidade);
- Se existirem edificações, muros em alvenaria ou betão ou postes, devem-se
escorar ou recalçar todos os alicerces/maciços susceptíveis de serem afectados;
- Deve ser vigiada, diariamente, a resistência dos taludes, especialmente se o
solo apresenta fissuras ou estratificações (descontinuidades) muito acentuadas ou
se estão previstas grandes amplitudes térmicas no decurso da escavação. Se for
necessário proceder ao seu saneamento, os trabalhadores que executarem a tarefa
devem usar arnês anti-quedas;
- Se existirem estradas ou caminhos de circulação de veículos, próximas da
frente de escavação, deve-se exercer uma vigilância diária sobre a resistência do
talude e instalar sinalização rodoviária, a avisar da circulação e manobra de
máquinas e viaturas. Se a intensidade do tráfego o justificar devem ser estudadas
limitações de velocidade;
- Se o tráfego o justificar, devem ser utilizados «sinaleiros» nos entroncamentos
com as vias públicas;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Nos trabalhos de saneamento com alavancas ou escombreiras, os


trabalhadores devem usar protecção anti queda, para ocaso da ferramenta escapar,
ao exercer a força, ou a pedra ceder inesperadamente;
- Se houver necessidade de aproximar máquinas ou camiões do coroamento dos
(para carregar ou descarregar, por exemplo), devem ser colocados batentes a uma
distância mínima de 2 m
- O coroamento dos taludes que se situem junto a caminhos de circulação (da
obra ou outros), devem ser protegidos com guarda-corpos, colocados a dois metros
do bordo;
- Deve ser rigorosamente proibido trabalhar junto a taludes (especialmente na
parte de baixo) abertos recentemente e que ainda não tenham sido saneados;
- Deve dotar a escavação de meios de acesso adequados;

Escavações em Valas e Trincheiras


- Devem ser entivados todos os taludes de valas e trincheiras cuja profundidade
ultrapasse 1,80 m. A entivação deve ser adequada ao tipo e condições do solo, grau
de humidade e possíveis sobrecargas. As madeiras usadas nas entivações e
escoramentos devem ser de boa qualidade, isentas de nós e fissuras e ter secção
suficiente;
- A entivação deve ser reforçada ‘em todos os locais expostos a vibrações de
tráfego ou onde exista o risco desmoronamentos, derrube de estruturas ou de
vegetação de grande porte;
- Não devem ser deixados vazios entre as tábuas de entivação e o terreno. As
tábuas devem ser bem apertadas por cunhas contra os prumos e as cintas, O
espaçamento entre as cintas deve ser adequado ao tipo e condições do solo;
- A desmontagem das entivações em terreno pouco coeso deve ser efectuada
com os trabalhadores fora da zona de perigo, as peças devem ser atadas com
cordas e puxadas de fora da zona que vai ficar desprotegida;
- As escavações efectuadas em locais com infra-estruturas podem ser
executadas com meios mecânicos até 1 m das condutas, com martelos
pneumáticos até 0,50 m das condutas e, a partir desta distância, devem ser
executadas com ferramentas manuais;
- Nas escavações com ferramentas manuais, os trabalhadores devem manter
entre si uma distância mínima de 3m;
- Em valas ou trincheiras com profundidade superior a 1,50 m devem ser
instaladas escadas de acesso espaçadas entre si de 15m, no máximo;
- Os produtos de escavação não devem ser depositados a menos de 0,60 m do
bordo superior da vala. Neste espaço não deve ser permitida a deposição de
quaisquer materiais e deve ser interdito o trânsito de pessoas e veículos.

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Higiene e Segurança no Trabalho

TRABALHOS DE ARMAÇÃO DE FERRO


Trabalhos com Armações de Ferro
Riscos e Medidas Preventivas associados a trabalhos que envolvam armação de
ferro

• Perigos / Riscos mais frequentes


- Queda de pessoas a nível diferente;
- Queda de pessoas ao mesmo nível;
- Queda de objectos por desabamento ou desmoronamento;
- Queda de objectos em manipulação;
- Queda de objectos desprendidos;
- Marcha sobre objectos;
- Choque contra objectos móveis;
- Choque ou pancadas por objectos móveis;
- Pancadas e cortes por objectos ou ferramentas;
- Projecção de fragmentos ou partículas;
- Entalamento ou esmagamento por ou entre objectos;
- Sobre-esforços ou posturas inadequadas;
- Contactos eléctricos;
- Exposição ao ruído;
- Exposição a vibrações.

• Causas Principais
- Lay-out do estaleiro do ferro inadequado;
- Desarrumação do estaleiro e do armazém do ferro;
- Retirar protecções às máquinas;
- Armazenamento incorrecto do varão e elementos moldados;
- Falta de preparação do trabalho, nomeadamente, não verificar o estado de
estabilidade e solidez dos elementos onde se vai montar o ferro;
- Trabalho desorganizado (trabalhadores a laborar em níveis distintos, sem
protecções contra queda de objectos...);
- Utilização de meios mecânicos de forma inadequada (utilizar os equipamentos
para além das capacidades indicadas pelo fabricante...);
- Utilização de andaimes improvisados ou indevidamente montados;
- Trabalhar em condições atmosféricas adversas;
- Não utilizar os EPI(s) necessários, nomeadamente, contra quedas em altura;
- Trabalhadores sem formação e desconhecimento dos riscos.

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Higiene e Segurança no Trabalho

• Medidas de Prevenção Aconselhadas


- O varão deve ser armazenados em local acessível à grua ou ao multifunções. O
armazenamento deve ser organizado por baías indicadoras de diâmetro, os molhos
devem ser depositados em cima de barrotes de madeira (e não directa mente no
solo), correctamente alinhados e, a altura das pilhas não deve ultrapassar 1,50m;
- Os elementos moldados devem ser armazenados em local acessível à grua ou
ao multifunções. O armazenamento deve ser organizado por tipo de elemento, os
molhos devem ser correctamente alinhados e etiquetados e, a altura das pilhas não
deve colocar problemas de estabilidade;
- Os desperdícios (pontas, arames, recortes...) devem ser acondicionados em
contentor específico e, periodicamente, devem ser enviados para o exterior;
- A oficina deve estar suficientemente próxima do local de armazenagem, de
forma que os varões possam ser ripados das baias directamente para a tesoura
mecânica. As pilhas de armazenagem não devem ultrapassar os 90 cm de altura.
- As zonas de corte e moldagem devem ter área suficiente de forma a evitar
interferências entre tarefas;
- O trabalho deve ser organizado de forma a evitar interferências entre tarefas
complementares, descarga, armazenagem, corte, moldagem, armação e
movimentação dos elementos pré-fabricados (armados) para aplicação em obra e a
aglomeração de pessoal em determinadas áreas (usualmente na moldagem);
- A bancada de trabalho deve ter dimensões suficientes para os elementos a
moldar e armar e altura adequada (entre 75 e 90 cm), de forma a evitar posturas
de trabalho incorrectas;
- Os postos de trabalho fixos devem ter uma cobertura tipo telheiro, montada de
forma a não interferir com as movimentações mecânicas do varão e dos elementos
armados e assegurando a luminosidade e ventilação naturais;
- Deve ser proibido o trabalho junto aos bordos das placas, antes da instalação
das redes de protecção;
- A descarga dos molhos de varão deve ser realizada, suspendendo-os por dois
pontos equidistantes e com resistência adequada, através de um pórtico
indeformável suspenso do gancho;
- Deve ser rigorosamente proibida a elevação de atados por um único ponto de
suspensão;
- Deve ser rigorosamente proibido efectuar a elevação dos molhos pelos atilhos
que envolvem os atados. A movimentação mecânica deve ser efectuada com os
estropos adequados e, preferencialmente, com correntes em vez de cabos de aço
ou cintas;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Deve ser rigorosamente proibida a permanência de trabalhadores debaixo de


cargas suspensas;
- Deve ser efectuada, diariamente, a recolha de todos os desperdícios de ferro,
acondicionando-os no local para tal destinado;
- Os elementos armados devem ser transportados suspensos por lingas fixadas
em pontos cujo afastamento seja suficiente para evitar deformações ou
deslocamentos não desejados;
- Deve ser rigorosamente proibido trepar por elementos armados;
- Deve ser rigorosamente proibido caminhar sobre a cofragem de traves, vigas,
abóbadas e outras superfícies curvas;
- Devem ser instaladas pranchas com uma tábua de largura (± 30 cm) para
circular em cima de armaduras de lajes;
- As manobras de colocação «in situ» dos elementos armados devem ser
efectuadas por equipas de 3 trabalhadores. Dois guiam a peça através de cordas, o
terceiro dá indicações aos colegas e ao manobrador da grua ou do multifunções;
- As pontas dos ferros em espera devem ser cortadas ou devidamente
protegidas.

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Trabalhos de Cofragem e Descofragem


de estruturas
E TRADESCOFRAGEM
Descrição de Riscos e medidas de segurança associados a tarefas envolvendo
cofragem e descofragem de estruturas
• Perigos / Riscos mais frequentes
- Queda de pessoas a nível diferente;
- Queda de pessoas ao mesmo nível;
- Queda de objectos por desabamento ou desmoronamento;
- Queda de objectos em manipulação;
- Queda de objectos desprendidos;
- Marcha sobre objectos
- Choque contra objectos móveis;
- Choque ou pancadas por objectos moveis;
- Pancadas e cortes por objectos ou ferramentas;
- Projecção de fragmentos ou partículas;
- Entalamento ou esmagamento por ou entre objectos;
- Sobre-esforços ou posturas inadequadas;
- Contactos eléctricos;
- Exposição ao ruído;
- Exposição a vibrações;
- Soterramento, por desabamento do talude adjacente.

• Causas Principais
- Lay-out da carpintaria inadequado;
- Desarrumação da carpintaria, do armazém e do local de montagem;
- Retirar protecções às máquinas;
- Armazenamento de tábuas e painéis com pregos salientes;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Trabalho desorganizado (trabalhadores a laborar em níveis distintos, sem


protecções contra queda de objectos...);
- Utilização de meios mecânicos de forma inadequada (utilizar os equipamentos
para além das capacidades indicadas pelo fabricante...);
- Utilização de andaimes ou bancadas improvisados ou indevidamente montados;
- Trabalhar em condições atmosféricas adversas;
- Não utilizar os EPI(s) necessários, nomeadamente, contra quedas em altura;
- Trabalhadores sem formação e desconhecimento dos riscos.

• Medidas de Prevenção Aconselhadas


- O tipo de cofragem a utilizar deve ser seleccionado tendo em conta o elemento
a ser construído e a envolvente do local onde vai ser construído;
- A madeira e/ou os painéis de cofragem devem ser armazenados em local
acessível aos meios mecânicos. O armazenamento deve ser organizado por
dimensões, os materiais devem estar correctamente alinhados e, a altura das pilhas
não deve colocar em causa a sua estabilidade (a figura 1 apresenta um exemplo de
armazenamento incorrecto de escoras, estão demasiado próximas do vão existindo
risco de queda de materiais);

Figura 1 - Armazenamento incorrecto de escoras

- Devem ser usados meios mecânicos para elevação e transporte das cargas. As
suspensões não devem ser feitas por um único ponto e os elementos devem ser
conduzidos com recurso a cordas guia;
- Os pregos existentes em madeira usada devem ser retirados ou batidos;
- A equipa que vai executar os trabalhos deve conhecer bem o sistema a utilizar;
- A zona de trabalho deve ser limpa, diariamente e, os desperdícios devem ser
acondicionados em local apropriado e enviados periodicamente para o exterior (a

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Higiene e Segurança no Trabalho

figura 2 apresenta um exemplo de má arrumação do local de trabalho, potenciando


riscos de tropeçamento e queda ao mesmo nível);

Figura 2 - Operação de descofragem de laje

- A descofragem deve ser efectuada com recurso a «arranca pregos» ou «pés de


cabra» com dimensão suficiente para alavancar as tábuas sem risco de sobre-
esforço para os trabalhadores;
- Deve ser colocada uma cobertura tipo telheiro na zona de trabalho com
máquinas, assegurando, no entanto, a luminosidade e a ventilação naturais e de
modo a permitir a movimentação mecânica dos materiais;
- As bancadas devem ter dimensões que permitam uma correcta estabilização
das tábuas, especialmente nas tarefas de corte e uma altura entre os 75 e os 90
cm; O espaço da carpintaria de toscos deve ser dimensionado, de forma a que as
máquinas disponham, entre si, de espaço suficiente para manusear a madeira sem
interferências;
- Os espaços de circulação e operação junto às máquinas devem manter-se
desobstruídos, arrumados e limpos de serradura e desperdícios;
- Devem ser colocados extintores na carpintaria junto das máquinas;
- As folhas de corte das serras e serrotes devem ser inspeccionadas diariamente;
- Os painéis devem ter olhais com resistência adequada ao peso dos painéis a
movimentar, devendo o seu estado de conservação ser verificado antes de iniciar a
sua elevação;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Na sua recepção, os painéis devem ser posicionados com recurso a cordas guia.
Deve ser rigorosamente proibido guiar os painéis com as mãos;
- Deve ser proibida a permanência de trabalhadores nas zonas de passagem de
cargas suspensas;
- A zona de trabalhos onde se efectua a montagem (ou desmontagem) das
cofragens deve ser delimitada e sinalizada, de forma a que os restantes
trabalhadores não circulem num local onde possam, potencialmente, ser atingidos
pela queda de materiais;
- A subida e descida dos trabalhadores aos elementos cofrados deve ser
efectuada com recurso a escadas de mão normalizadas. Para alturas superiores a 6
m, deve ser montada uma escada com patamares intermédios e equipada com
guarda-costas e guarda-cabeças;
- As plataformas de trabalho devem ter uma largura mínima de 80 cm, permitir a
mobilidade necessária para efectuar o trabalho em segurança e permitir a rápida
evacuação no caso de surgir uma situação de emergência;
- Os ferros em espera deverão ser dobrados, cortados ou protegidos;
- O escoramento deve estar dimensionado para resistir aos esforços previstos,
com uma margem de segurança de 150%. As sapatas e calços devem ter solidez
para resistir aos esforços e os prumos devem estar bem verticais (a figura 3 -
apresenta uma escora correctamente colocada, a figura 4 - apresenta uma escora
colocada incorrectamente em posição não vertical);

Figura 3 Figura 4
- A elevação e montagem de elementos e painéis de cofragem deve ser
previamente combinada com o gruista;
- A movimentação mecânica dos painéis deve ser suspensa sempre que sopre
vento com velocidade superior a 40 km/h ou que o manobrador não consiga
acompanhar, visualmente, a carga durante todo o seu percurso (chuva ou
nevoeiro);

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Higiene e Segurança no Trabalho

- A montagem da cofragem deve ser realizada numa sequência tal que não
permita que fiquem «buracos para trás». Se for necessário deixar zonas por cofrar,
devem ser protegidas com guarda-corpos ou redes;
- A desmontagem das cofragens deve ser executada com as plataformas
protegidas contra quedas em altura. Em situações não seja possível manter as
protecções colectivas, os trabalhadores devem usar arnês anti-queda, amarrado a
um ponto com solidez adequada.

TRABALHOS DE BETONAGEM
Trabalhos de Betonagem de Estruturas
Descrição de Riscos e Medidas Preventivas associados a trabalhos envolvendo
betonagem de estruturas

• Perigos / Riscos mais Frequentes


- Queda de pessoas a nível diferente;
- Queda de pessoas ao mesmo nível;
- Queda de objectos por desabamento ou desmoronamento;
- Queda de objectos em manipulação;
- Queda de objectos desprendidos;
- Marcha sobre objectos;
- Choque contra objectos imóveis;
- Choque ou pancadas por objectos móveis;
- Pancadas e cortes por objectos ou ferramentas;
- Projecção de fragmentos ou partículas;
- Entalamento ou esmagamento por ou entre objectos;
- Sobre-esforços ou posturas inadequadas;
- Exposição a substâncias nocivas ou tóxicas;
- Atropelamento ou choque de veículos;
- Contactos eléctricos;
- Exposição ao ruído;
- Exposição a vibrações.

• Causas Principais
- Falta de acessos e plataforma de trabalho inadequado;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Não vigiar o comportamento das cofragens e respectivos escoramentos;


- Trabalho desorganizado (trabalhadores a laborar em níveis distintos, sem
protecções contra queda de objectos...);
- Iluminação inadequada;
- Utilização de meios mecânicos de forma inadequada (utilizar os equipamentos
para além das capacidades indicadas pelo fabricante, embate violento do balde
com as cofragens...);
- Trabalhar em condições atmosféricas adversas;
- Utilização de andaimes ou bancadas improvisados ou indevidamente montados;
- Não utilizar os EPI(s) necessários, nomeadamente, contra quedas em altura;
- Trabalhadores sem formação e desconhecimento dos riscos.

• Medidas de Prevenção Aconselhadas


- Deve ser elaborado um plano de betonagem definindo os equipamentos, os
modos operatórios e os meios humanos necessários;
- Nas betonagens efectuadas durante o período nocturno, deve ser garantida
iluminação adequada (mínimo de 100 lux), com instalação protegida por disjuntor
diferencial de 30 mA e colocada de forma a não provocar encandeamento;
- Devem ser construídos acessos adequados a todos os locais de betonagem que
permitam a mobilidade necessária para efectuar o trabalho em segurança e a
rápida evacuação no caso de surgir uma situação de emergência;
- Antes do início dos trabalhos, o encarregado deve verificar o bom estado dos
equipamentos de protecção colectiva (guarda-corpos e/ou redes) e das plataformas
de trabalho;
- O comportamento da cofragem e do cimbre deve ser constantemente vigiado,
suspendendo a betonagem sempre que se detecte qualquer falha. O trabalho só
deve ser retomado depois de se restabelecer a estabilidade e solidez necessárias;
- O descofrante deve ser aplicado de costas voltadas ao vento. O pulverizador de
dorso só deve ser reabastecido quando pousado no chão;
- Deve ser rigorosamente proibida a aplicação de descofrante em tronco nu. Em
caso de contaminação acidental de qualquer parte do corpo, deve lavar
abundantemente a parte atingida com água e sabão;
- Os vibradores de betão, demais equipamentos eléctricos e respectivos cabos
devem estar em bom estado e protegidos por disjuntores diferenciais de 30 mA;
- Deve ser rigorosamente interdito o acesso à zona de escoramento enquanto
decorre a betonagem;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Deve ser executada uma bacia para lavagem das betoneiras e baldes de
betonagem. No final da obra, a bacia deve ser limpa e os resíduos encaminhados
para aterro adequado.

Trabalhos de Alvenarias
Descrição de Riscos e Medidas Preventivas associados a trabalhos que envolvam
a execução de alvenarias

• Perigos mais frequentes


- Queda de pessoas a nível diferente;
- Queda de pessoas ao mesmo nível;
- Queda de objectos por desabamento ou desmoronamento;
- Queda de objectos em manipulação;
- Queda de objectos desprendidos;
- Marcha sobre objectos;
- Choque contra objectos imóveis
- Choque ou pancadas por objectos móveis;
- Pancadas e cortes por objectos ou ferramentas;
- Projecção de fragmentos ou partículas;
- Entalamento ou esmagamento por ou entre objectos;
- Sobre-esforços ou posturas inadequadas;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Exposição a substâncias nocivas ou tóxicas;


- Contactos eléctricos;
- Exposição ao ruído;
- Exposição a vibrações.

• Causas Principais
- Falta de acessos e plataformas de trabalho inadequadas;
- Desarrumação;
- Retirar protecções às máquinas;
- Trabalho desorganizado (retirada extemporânea de protecções colectivas...);
- Iluminação inadequada;
- Utilização de meios mecânicos de forma inadequada (utilizar os equipamentos
para alem das capacidades indicadas pelo fabricante, paletes mal empilhadas ou
desamarradas;
- Utilização de andaimes ou bancadas improvisados ou indevidamente montados;
- Trabalhar em condições atmosféricas adversas;
- Não utilizar os EPI (s) necessários, nomeadamente, contra quedas em altura;
- Trabalhadores sem formação e desconhecimento dos riscos.

• Medidas de Prevenção Aconselhadas


- Deve ser garantida a existência de plataformas de descarga de materiais (nos
pisos) com solidez e estabilidade adequadas às cargas a movimentar e, dotadas
de guarda-corpos e guarda-cabeças e fecho na parte frontal;
- Antes de iniciar os trabalhos, devem ser colocadas protecções nos poços dos
elevadores, courettes e em todos negativos existentes nas placas. Se houver
interferência com vias públicas ou trabalhos em níveis inferiores devem ser
protegidos com anteparos. Deve ser proibido o trabalho junto aos bordos das
placas, antes da instalação de redes de protecção;
- Deve ser garantida a existência de condutas devidamente vedadas (para
descarga dos entulhos) e com troços nunca superiores à altura de 2 pisos. A
saída inferior de cada calha deve ter uma comporta para fazer parar o material.
Deve ser rigorosamente proibido que os trabalhadores retirem material das
calhas usando as mãos;
- As paletes de material devem ser movimentadas com meios mecânicos e
distribuídas para próximo dos locais onde vão ser utilizadas, de forma a não
sobrecarregar as placas e não expor os trabalhadores a Sobre-esforços;
- As plataformas de trabalho com altura superior a 2 m devem ser dotadas de
guarda-corpos e guarda-cabeças;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Os entulhos devem ser depositados em local específico e, periodicamente,


devem ser enviados para o exterior;
- Deve haver o cuidado de não romper o plástico de protecção das paletes de
tijolo antes de as içar. Os tijolos soltos devem ser devidamente empilhados e
amarrados antes de ser içados;
- O trabalho da (s) grua (s) deve ser organizado de forma a que as interferências
possam ser facilmente geridas. Se tal não for possível, devem ser instalados na (s)
grua (s) limitadores mecânicos de posição;
- Mesmo em trajectos curtos, o transporte de tijolos e sacos de cimento deve ser
efectuado com recurso a carros de mão;
- Deve ser rigorosamente proibido o assentamento de plataformas de trabalho
sobre tijolos;
- Deve ser proibido improvisar plataformas de trabalho com bidões, caixas,
escadotes...;
- Deve ser garantida a limpeza diária das zonas de trabalho, de forma a evitar
acumulações de massa que solidificará;
- A deposição de paletes de material deverá ser realizada junto aos pilares para
evitar sobrecarregar as lajes em zonas de maior fragilidade;
- As rampas das escadas deverão ser protegidas com guarda-corpos;
- De forma a garantir o máximo de iluminação natural, o trabalho deve ser
organizado de forma a construir primeiro as paredes interiores. Deve ser
assegurada uma iluminação mínima de 100 lux (natural ou artificial) medida a 2 m
do solo.

Trabalhos de Coberturas
Descrição de Riscos e Medidas Preventivas associados a trabalhos relacionados
com a execução de coberturas

• Perigos / Riscos mais frequentes


- Queda de pessoas a nível diferente;
- Queda de pessoas ao mesmo nível;
- Queda de objectos por desabamento ou desmoronamento;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Queda de objectos em manipulação;


- Queda de objectos desprendidos;
- Marcha sobre objectos;
- Choque contra objectos imóveis;
- Choque ou pancadas por objectos móveis;
- Pancadas e cortes por objectos ou ferramentas;
- Projecção de fragmentos ou partículas;
- Entalamento ou esmagamento por ou entre objectos;
- Sobre-esforços ou posturas inadequadas;
- Exposição a substâncias nocivas ou tóxicas;
- Contactos eléctricos;
- Exposição ao ruído;
- Exposição a vibrações.

• Causas Principais
- Falta de preparação do trabalho, nomeadamente, não verificar o estado de
estabilidade e solidez das asnas, barrotes e telhas;
- Falta de acessos e plataformas de trabalho inadequadas;
- Escorregamento em telhados húmidos, molhados ou com inclinação acentuada;
- Locomoção sobre o coroamento dos prédios;
- Desarrumação;
- Quebra de telhas ou vigas por baixa resistência mecânica;
- Retirar protecções às máquinas;
- Trabalho desorganizado (sobrecarga com materiais, retirada extemporânea de
protecções colectivas...);
- Iluminação inadequada;
- Utilização de meios mecânicos de forma inadequada (utilizar os equipamentos
para além das capacidades indicadas pelo fabricante, paletes mal empilhadas ou
desamarradas;
- Trabalhar em condições atmosféricas adversas;
- Ofuscamento por reflexo da luz solar;
- Utilização de andaimes ou bancadas improvisadas ou indevidamente montados;
- Não utilizar os EPI(s) necessários, nomeadamente, contra quedas em altura;
- Não delimitar e sinalizar as zonas inferiores afectadas pelo trabalho;
- Trabalhadores sem formação e desconhecimento dos riscos.

• Medidas de Prevenção Aconselhadas

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Antes de iniciar os trabalhos, deve fazer uma avaliação prévia do estado de


conservação da cobertura, devendo ser escoradas e/ou consolidadas a asna e os
barrotes que não apresentem a resistência necessária Este trabalho deve ser
executado com muito cuidado e recorrendo a plataformas de trabalho;
- Antes de iniciar os trabalhos deve planear toda a intervenção tendo em conta
os seguintes requisitos:
 - Tipo de telha, o seu estado e resistência;
 - Grau de inclinação do telhado;
 - Materiais e equipamentos necessários à execução do trabalho;
 - Definição de trajectos, tendo por objectivo deslocamentos racionais sobre o
telhado;
-Delimitação e sinalização das áreas previstas para içar materiais, bem como
de outras áreas susceptíveis de serem afectadas;
 - Condições climatéricas adversas;
 - Necessidade de montar protecções colectivas;
- Caso seja necessário, definição dos locais de instalação das linhas de vida
para amarração do arnês anti-queda;
- Controlo médico e qualificação técnica dos trabalhadores;
- Antes de iniciar os trabalhos deve proteger todo o perímetro da cobertura e
outras aberturas eventualmente existentes com guarda-corpos (ou redes). Se tal
não for possível, todos os trabalhadores devem usar arnês com pára-quedas auto-
retráctil amarrados a um elemento de construção que ofereça resistência suficiente.
Se os andaimes de construção estiverem montados, poderão ser acrescentados
para subirem um metro acima da cota da cobertura (se envolverem todo o
perímetro);
- Deve ser instalada uma escada de acesso adequada (principalmente em
resistência e largura), exercendo-se vigilância constante sobre a mesma. No início
deve colocar um sinal de proibido a acesso a pessoal não autorizado;
- Sempre que possível deve instalar redes anti-queda (inclinadas a 45°) como
complemento às outras medidas de protecção;
- As paletes de telha, devem ser içadas para a cobertura! ao ritmo a que vão
sendo usadas, de forma a evitar sobrecargas. Devem ser depositadas, repartidas
pelas vertentes, de forma a evitar sobrecargas e movimentações desnecessárias do
pessoal sobre a cobertura;
- As paletes devem ser descarregadas sobre plataformas horizontais, montadas
sobre plintos em cunha que atenuem a pendente, de forma a evitar deslizamentos;
- O material das asnas, barrotes e ripado, só deve ser içado, de forma
sequencial, para ser montado de imediato;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Os rolos de tela asfáltica devem ser repartidos uniformemente pela placa, calça
dos com cunhas para evitar que rolem e distribuídos pelas zonas de trabalho;
- Durante a colocação da tela asfáltica deve ser colocado um extintor de 6 kg de
pó químico polivalente na frente de trabalhos;
- O cascalho de acabamento (ou outro acabamento qualquer) somente deve ser
içado, de forma sequencial, quando for necessário;
- Deve ser rigorosamente proibida a circulação directa sobre a cobertura. Devem
ser colocadas pranchas ou estrados de alumínio, fixadas aos pontos firmes da
cobertura. As pranchas de madeira devem ter ripas pregadas, salientes e as
seguintes dimensões mínimas:
 - Comprimento 4 m
 - Largura 40cm
 - Espessura 35 mm
- Deve circular horizontalmente seguindo as linhas de resistência e evitando os
beirados da cobertura;
- Não deve aplicar cargas ao beiral ou ao algeroz (nem sequer encostar escadas
a estes elementos);
- Se a zona interior da edificação tiver um pé direito superior a dois metros,
devem ser montadas redes de protecção anti-quedas;
- Os entulhos devem ser descidos em calhas devidamente vedadas e com troços
nunca superiores à altura de dois pisos. A saída inferior de cada calha deve ter uma
comporta para fazer parar o material. Deve ser rigorosamente proibido que os
trabalhadores retirem material das calhas usando as mãos. Deve ser vedado e
sinalizado todo o perímetro da área de descida dos entulhos;
- As peças que vão ser soltas (caso de reparações ou reconstruções), devem ser
desmontadas sem conduzirem os trabalhadores a movimentos bruscos, devendo
ser retiradas com cuidado. Não devem, em caso algum, ser arrancadas com o
auxílio da grua;
- O material da cobertura deve ser retirado de forma progressiva e de ambos os
lados para evitar desequilíbrios;
- Os materiais da cobertura, à medida que são retirados deve-se proceder à sua
descida através de caleiras e/ou com o auxílio da grua ou guincho;
- Os trabalhos de betonagem das pendentes devem ser realizados com recurso
ao balde. Se necessário, devem ser criados caminhos de circulação sobre o betão
durante a fase de cura;
- O trabalho deve ser suspenso quando soprar vento superior a 40 km/h ou
quando chover com intensidade;

Paula Rodrigues Página 25


Higiene e Segurança no Trabalho

- A zona de trabalhos deve-se manter limpa de detritos e lixo (plásticos, cartões


e restos de embalagens). Para tal, deve ser limpa diariamente;
- Os acessos devem manter-se permanentemente desobstruídos e limpos de
entulhos;
- No caso de ser necessário utilizar equipamento de protecção individual anti
queda, não deve ser permitido o uso de cordas de sujeição com comprimento
superior a 1,50 m. Devem ser usados dispositivos anti queda com enrolador
progressivo (auto-retráctil). Todos os elementos (arnês, linhas de vida, cordas de
sujeição, mosquetões e outros dispositivos) devem ser revistos periodicamente e
mantidos de acordo com as instruções dos fabricantes;
- Não devem ser executados trabalhos em coberturas com linhas eléctricas
aéreas a menos de 5 m. Nesses casos deve solicitar ao concessionário o corte de
energia ou a protecção das linhas.

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Higiene e Segurança no Trabalho

Trabalhos de Carpintaria
Riscos e Medidas preventivas associadas a trabalhos envolvendo tarefas de
carpintaria

• Perigos mais frequentes


- Queda de pessoas a nível diferente;
- Queda de pessoas ao mesmo nível;
- Queda de objectos por desabamento ou desmoronamento;
- Queda de objectos em manipulação;
- Queda de objectos desprendidos;
- Marcha sobre objectos;
- Choque contra objectos móveis;
- Choque ou pancadas por objectos móveis;
- Pancadas e cortes por objectos ou ferramentas;
- Projecção de fragmentos ou partículas;
- Entalamento ou esmagamento por ou entre objectos;
- Sobre-esforços ou posturas inadequadas;
- Contactos eléctricos;
- Exposição ao ruído;
- Exposição a vibrações;

• Causas Principais
- Lay-out da carpintaria inadequado;
- Desarrumação da carpintaria, do armazém e dos locais de trabalho;
- Retirar protecções às máquinas;
- Armazenamento de tábuas e painéis com pregos salientes;
- Trabalho desorganizado (atravancamento de locais de passagem, trabalhos que
deviam ser efectuados por dois trabalhadores serem efectuados só por um...);
- Utilização de ferramentas em mau estado de conservação;
- Utilização de andaimes ou bancadas improvisados ou indevidamente montados;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Não delimitar e sinalizar a zona de trabalhos;


- Não utilizar os EPI necessários, nomeadamente, contra quedas em altura;
- Trabalhadores sem formação e desconhecimento dos riscos.

• Medidas de Prevenção Aconselhadas


- Os aros, pré-aros e ripas de guarnição, devem ser armazenados em local
acessível, sem interferir com as zonas de passagem. O armazenamento deve ser
organizado por dimensões, as peças devem ser correctamente alinhadas e, a altura
das pilhas não deve colocar em causa a sua estabilidade;
- As bancadas devem ter dimensões que permitam uma correcta estabilização
das tábuas, especialmente nas tarefas de corte e uma altura entre os 75 e os 90
cm;
- O espaço da oficina da carpintaria de limpos deve ser dimensionado, de forma
a que as máquinas disponham, entre si, de espaço suficiente para o manuseamento
da madeira sem interferências;
- Os espaços de circulação e operação junto às máquinas devem manter-se
desobstruídos, arrumados e limpos de serradura e desperdícios;
- Devem ser colocados extintores junto às máquinas;
- As folhas de corte das serras e serrotes devem ser inspeccionadas antes de se
iniciar qualquer trabalho verificando se estão em bom estado de conservação e se
são adequadas ao material a cortar;
- Quando proceder ao corte de madeira molhada ou com nós, deve ter em
atenção à resistência ao avanço, desvios e possíveis projecções de materiais
devidas à prisão do disco;
- Quando proceder ao corte de aglomerado de madeira com resina, deve apertá-
la com maior firmeza pois a aderência ao disco tende a fazer rodar a peça;
- Deve fixar correctamente os discos das serras e não deve utilizar discos
excessivamente desgastados, desequilibrados ou de diâmetro diferente do indicado
pelo fabricante;
- Deve verificar a ausência de corpos metálicos, nós duros ou outros defeitos nas
peças de madeira;
- Os desperdícios e serraduras devem ser acondicionados em local apropriado e
semanalmente, devem ser evacuados para o exterior;
- As colas e vernizes devem ser armazenados em local fechado e ventilado, deve
ser colocado um extintor de pó químico polivalente de 12 Kg junto da entrada,
assim como, sinalização de «perigo de incêndio» e «proibido fumar ou foguear»;
- O estaleiro e o armazém das madeiras devem ficar afastados de fontes de calor
e de outros materiais combustíveis;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- As zonas de trabalho devem ter uma iluminação mínima de 100 lux, medida a
uma altura de dois metros do solo e que não provoque encandeamento;
- As tábuas e ripas devem ser transportadas ao ombro por um mínimo de dois
trabalhadores. Se tal não for possível, a frente deve estar a uma altura superior ao
capacete do trabalhador que as transporta, de forma a evitar ferimentos na cara
dos colegas;
- A montagem de aros de portas e janelas deve ser efectuado por um mínimo de
dois trabalhadores;
- As escoras horizontais (para evitar deformações) devem ser colocadas a 60 cm
de altura e sinalizadas com um pedaço de fita plástica vermelha e branca.

Trabalhos de Serralharia
Descrição de Riscos e medidas preventivas para trabalhos associados a tarefas
de serralharia

• Perigos mais frequentes


- Queda de pessoas a nível diferente;
- Queda de pessoas ao mesmo nível;
- Queda de objectos por desabamento ou desmoronamento;
- Queda de objectos em manipulação;
- Queda de objectos desprendidos;
- Marcha sobre objectos
- Choque contra objectos imóveis;
- Choque ou pancadas por objectos móveis;
- Pancadas e cortes por objectos ou ferramentas;
- Projecção de fragmentos ou partículas;
- Sobre-esforços ou posturas inadequadas;
- Contactos eléctricos;
- Exposição a substâncias nocivas ou tóxicas;
- Incêndio;
- Exposição ao ruído.

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Higiene e Segurança no Trabalho

• Causas Principais
- Desarrumação dos locais de trabalho;
- Retirar protecções às máquinas;
- Trabalho desorganizado (atravancamento de locais de passagem trabalhos que
deviam ser efectuados por dois trabalhadores serem efectuados só por um...);
- Utilização de ferramentas em mau estado de conservação;
- Utilização de andaimes ou bancadas improvisados ou indevidamente montados;
- Não delimitar e sinalizar a zona de trabalhos;
- Não utilizar os EPI(s) necessários, nomeadamente, contra queda sem altura;
- Trabalhadores sem formação e desconhecimento dos riscos.

• Medidas de Prevenção Aconselhadas


- Os elementos metálicos, devem ser armazenados em local acessível, sem
interferir com as zonas de passagem. O armazenamento deve ser organizado por
dimensões, as peças devem ser correctamente alinhadas e, a altura das pilhas não
deve colocar em causa a sua estabilidade;
- Os elementos devem ser içados em molhos devidamente atados;
- Deve delimitar e sinalizar a zona de trabalhos, especialmente em operações de
soldadura ou rebitagem;
- Deve colocar ventilação em locais com pouca ventilação natural e onde se
efectuem operações de limpeza e desengorduramento;
- Deve existir um extintor nos locais onde decorrem trabalhos de soldadura;
- As sacadas, guardas de varandas, estendais e corrimãos devem ser colocados
por dois trabalhadores a fim de evitar desabamentos e quedas;
- Todos os elementos chumbados devem ser devidamente escorados até que o
cimento esteja devidamente seco;
- Os trabalhos de soldadura devem ser executados por trabalhadores com
formação adequada (e devidamente registada) para a função;
- Em locais onde não seja possível manter as protecções colectivas durante a
execução dos trabalhos devem ser instaladas linhas de vida;
- Os locais de trabalho devem manter-se limpos de recortes metálicos e limalha a
fim de evitar cortes e arranhões;
- Os discos devem ser substituídos sempre que apresentem desgaste superior a
1/5, fracturas ou empenos e devem ser correctamente fixadas.

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Higiene e Segurança no Trabalho

Trabalhos de aplicação Pavimento e


Revestimento
Descrição de Riscos e Medidas Preventivas associadas a trabalhos envolvendo
tarefas de aplicação de pavimentos e revestimentos

• Perigos mais frequentes


- Queda de pessoas a nível diferente;
- Queda de pessoas ao mesmo nível;
- Queda de objectos por desabamento ou desmoronamento;
- Queda de objectos em manipulação;
- Queda de objectos desprendidos;
- Marcha sobre objectos;
- Choque contra objectos imóveis;
- Choque ou pancadas por objectos móveis;
- Pancadas e cortes por objectos ou ferramentas;
- Projecção de fragmentos ou partículas;
- Sobre-esforços ou posturas inadequadas;
- Contactos eléctricos;
- Exposição a substâncias nocivas ou tóxicas;
- Incêndio;
- Exposição ao ruído.

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Higiene e Segurança no Trabalho

• Causas Principais
- Desarrumação dos locais de armazenamento e de trabalho;
- Retirar protecções às máquinas;
- Trabalho desorganizado (atravancamento de locais de passagem...);
- Utilização de meios mecânicos de forma inadequada (utilizar os equipamentos
para além das capacidades indicadas pelo fabricante, paletes mal empilhadas ou
desamarradas;
- Utilização de ferramentas em mau estado de conservação;
- Utilização de andaimes ou bancadas improvisados ou indevidamente montados;
- Não delimitar e sinalizar a zona de trabalhos;
- Não utilizar os EPI(s) necessários, nomeadamente contra quedas em altura;
- Trabalhadores sem formação desconhecimento dos riscos.

• Medidas de Prevenção Aconselhadas


- Antes de se iniciarem os trabalhos, os negativos existentes no piso devem ser
tapados de forma provisória, a fim de evitar quedas. Logo que possível, deverão ser
tapados de forma definitiva;
- Devem ser utilizadas ferramentas de corte com molha contínua ou, se tal não
for possível, o corte das peças deve ser efectuado ao ar livre para evitar a
acumulação de grandes quantidades de pó;
- Deve ser garantida a limpeza diária das zonas de trabalho, de forma a evitar
acumulações de massa que solidificará;
- Os entulhos devem ser retirados através de calhas devidamente vedadas e com
troços nunca superiores à altura de 2 pisos. A saída inferior de cada calha deve ter
uma comporta para fazer parar o material. Deve ser rigorosamente proibido que os
trabalhadores retirem material das calhas usando as mãos;
- A deposição das paletes de material deve ser realizada fora dos locais de
circulação;
- Deve ser rigorosamente proibido fumar na zona de trabalhos. Essa proibição
deve ser devidamente sinalizada à entrada da zona de trabalhos;
- Quando se parar ou suspender o trabalho (à hora do almoço, por exemplo), as
latas de cola devem ser devidamente tapadas. Devem ser colocados extintores
nestes locais de trabalho;
- O transporte manual das placas de parquet ou dos rolos de alcatifa deve ser
efectuado, no mínimo, por dois trabalhadores, afim de evitar tropeções e choques.
A sua deposição deverá ser realizada fora dos locais de circulação;

Paula Rodrigues Página 32


Higiene e Segurança no Trabalho

- As afagadoras devem possuir sistema de aspiração. Se, por avaria, houver


acumulação de pó de madeira, o local deve ser ventilado a fim de evitar uma
atmosfera nociva e/ou explosiva;
- A serradura produzida deve ser diariamente varrida e acondicionada em local
apropriado até a sua evacuação para o exterior;
- Durante a utilização de colas, deve ser criada uma corrente de ar, suficiente
para renovar constantemente o ar e evitar intoxicações;
- Deve ser rigorosamente proibido o uso de plataformas de trabalho em varandas
ou terraços, sem redes anti-quedas;
- Deve ser rigorosamente proibido, utilizar bidões, caixas, banheiras, etc.., como
cavaletes para plataformas de trabalho. As plataformas de trabalho devem ter uma
largura mínima de 60 cm e, se tiverem mais de 2 m de altura, deverão possuir
guarda-corpos;
- Devem ser rigorosamente respeitadas as instruções das fichas de segurança
dos produtos químicos;
- As zonas de trabalho devem ter uma iluminação mínima de 150 lux, medida a
uma altura de 2 m do solo e que não provoque encandeamento.

SECTOR DE ACTIVIDADE
ARMAZÉM
Regras e procedimentos gerais de boas práticas em armazéns

Paula Rodrigues Página 33


Higiene e Segurança no Trabalho

• Controlo do acesso
Nos armazéns de forma geral, devem ser tomadas medidas de segurança para
impedir o acesso não autorizado ao armazém, uma vez que pessoas estranhas ao
serviço podem colocar em causa todos os procedimentos de segurança. Assim,
devem ser tidas em consideração as seguintes instruções:
 - Durante as horas de trabalho o acesso poderá ser feito através de cartões
de banda magnética. Estes deverão conter algumas instruções gerais de
segurança relacionadas com a organização da emergência do edifício;
 - Fora das horas de trabalho devem ser fechadas à chave as portas e janelas
do armazém bem como dos escritórios;
 - As chaves do armazém devem estar guardadas no escritório ou portaria,
não devem estar acessíveis a qualquer pessoa. Terão que estar devidamente
etiquetadas e de fácil acesso em caso de emergência.

• Recepção e expedição
Durante a recepção no armazém, deve-se ter o cuidado de identificar todos os
produtos, quantidade, etiquetagem e/ou fichas técnicas dos mesmos. Numa fase
seguinte, far-se-á a catalogação das mercadorias e devem ser conferidos com os
documentos de transporte. O bom estado das embalagens e paletes deve ser
sempre verificado. As embalagens e paletes danificadas ou com fugas devem ser
separadas das restantes. Se surgirem situações de etiquetas danificadas ou
ausentes, os produtos devem ser postos de lado e sujeitos a uma inspecção para
posteriormente lhes serem colocadas novas etiquetas ou fichas de identificação.

A seguir, apresentam-se alguns itens que devem ser considerados relativamente à


recepção e expedição de mercadorias:
 - Condições de higiene dos veículos de transporte (especialmente se se
tratar de produtos alimentares);
 - Verificar a separação de produtos por classes nos veículos de transporte e
posteriormente no armazém;
 - Verificar a compatibilidade das condições ambientais relativas ao tipo de
mercadoria transportada e/ou armazenada (ex. temperatura, humidade);
 - Condições de acondicionamento das cargas;
 - Utilização de EPI’s por parte dos trabalhadores que manuseiam as
mercadorias, consoante o tipo de produtos manuseados; ex.: luvas de protecção
mecânica, capacete, fato de trabalho, botas com biqueira de aço, etc.;

Paula Rodrigues Página 34


Higiene e Segurança no Trabalho

 - Proceder à carga e descarga de mercadorias de forma cuidadosa de modo


a não danificar embalagens e produtos;
 - Higienizar correctamente os locais, equipamentos e utensílios,
especialmente quando de manipulam alimentos ou produtos químicos;
 - Armazenar rapidamente (prazo máximo de 30 minutos após a descarga) as
matérias-primas cuja conservação dependa directamente do frio de câmaras
frigoríficas);

Deverão ser rejeitadas e sujeitas a inspecção as embalagens que


apresentem os seguintes defeitos:
 - Embalagens danificadas, violadas, etc.;
 - Embalagens que se apresentem sem o respectivo rotulo ou que
apresentem sinais de corrosão;
 - Mercadorias cujo prazo de validade esteja expirado;
 - Mercadorias que apresentem defeitos visíveis ou cujas características
sejam susceptíveis de colocar em causa a segurança e saúde dos trabalhadores
que as manuseiam no processo de armazenamento e transporte.

• Armazenamento dos Produtos - Segregação e Separarão dos


produtos
A segregação significa que o armazenamento de determinado tipo de produtos é
feito à parte dos restantes, em compartimentos diferentes.
Os funcionários de armazéns terão que ter formação a este nível e ter
conhecimento prévio das condições ideais de armazenamento e manuseamento
para cada produto especificamente.
Devido à sua natureza potencialmente tóxica, o armazenamento determinados
produtos químicos, por exemplo, não deve ser efectuado no mesmo armazém que
os produtos alimentares, rações para animais e outros produtos tais como têxteis,
tabaco, bebidas, etc. Caso seja inevitável o armazenamento conjunto dos produtos
referenciados, estes devem ser cuidadosamente separados dos produtos químicos e
tomadas as devidas precauções.
Os próprios produtos químicos devem ser armazenados por grupos de acordo com a
sua categoria de perigosidade, ex.: inflamáveis, combustíveis, corrosivos, tóxicos,
etc.
No armazenamento dos diversos produtos devem ser sempre respeitadas as
indicações presentes na caixa e no rótulo, ex. Produto Frágil!!!
Devem ser utilizadas protecções (protectores de coluna – devidamente fixados)
para as prateleiras, “racks” e estantes de modo a evitar a queda das mercadorias,

Paula Rodrigues Página 35


Higiene e Segurança no Trabalho

devido por exemplo, ao choque ou impacto inadvertido com os garfos do


empilhador ou porta paletes.
A seguir, apresenta-se uma tabela relativa a recomendações para as alturas de
armazenamento de diversas mercadorias, de acordo com o seu peso e tipo de
mercadoria:

Altura Peso e tipo de mercadoria

Zona muito boa para materiais de reserva e mercadorias raramente


< 600 mm
utilizadas.

600 – 800 mm Ideal para objectos muito pesados. De fácil acesso aos trabalhadores.

Zona IDEAL de armazenamento em termos de movimentação manual


800 – 1100
de mercadorias.
mm

Zona muito boa em termos de visibilidade para o manuseamento de


1100 - 1400
cargas. A partir desta altura não devem ser armazenadas
mm
mercadorias muito pesadas!

1400 - 1700
Nesta faixa, o acesso e visão ficam limitados para alguns
mm
trabalhadores.

Nesta faixa, o acesso e visão ficam limitados à maioria dos


1700 - 2200 trabalhadores. A partir deste patamar não deverão ser armazenadas
mm mercadorias pesadas e que careçam de manipulação directa por
parte dos trabalhadores.

Zona inalcançável fisicamente a todos os trabalhadores. Há


necessidade de utilização de escada ou meios mecânicos. Nesta
> 2200 mm
faixa devem ser armazenadas mercadorias leves.

Notas: Considera-se mercadoria pesada aquela cujo peso é superior a 10 Kg.


É essencial garantir a verticalidade e estabilidade das estantes, prateleiras e
“racks”!

• Armazenamento no Exterior

Paula Rodrigues Página 36


Higiene e Segurança no Trabalho

De um modo geral, os produtos podem ser armazenados no exterior, desde que


exista uma cobertura ou telhado e as condições ambientais não sejam muito
adversas às características dos produtos. As embalagens resistentes ao mau tempo,
tais como bidões de 200 litros podem ser armazenadas ao ar livre, desde que o seu
conteúdo não seja sensível a temperaturas extremas e se possa garantir a sua
segurança.
As áreas de armazenamento devem possuir uma base sólida e impermeável
cercada por um pequeno muro de retenção. A utilização de alcatrão no pavimento,
em certos casos não é recomendável. Este tem tendência a amolecer em climas
quentes, sob influência de certos solventes ou ainda se sujeito à circulação de
veículos pesados. Se a área não tiver cobertura, é necessário tomar as medidas
adequadas para a drenagem da água da chuva recolhida.
Recomenda-se que o armazenamento de bidões seja efectuado na vertical sobre
paletes. Os bidões que estiverem armazenados na posição horizontal devem estar
devidamente travados com calços ou cintas para evitar que rolem ou se soltem.

• Sistemas de Controlo de Stocks


O sistema de controlo de stocks deverá garantir o conhecimento da quantidade e
localização das mercadorias existentes no armazém, em qualquer momento. Esta
informação é extremamente útil para coordenar as actividades desenvolvidas no
armazém em articulação com os clientes e, em simultâneo, proporcionar melhores
níveis de segurança dos trabalhadores e instalações. Deverá existir um inventário,
um esquema de localização das mercadorias e as fichas de dados dos produtos –
nas quais constem as características técnicas dos produtos. Estas informações têm
de estar num lugar seguro, fora da área de armazenamento de forma a facilitar a
sua consulta em caso de um incêndio ou qualquer outra situação de emergência
nas instalações.

• Operações Auxiliares
A segurança num armazém não depende única e exclusivamente do tipo de
actividades que são exercidas diariamente no mesmo (relacionadas com a
movimentação de mercadorias). Desta forma, devem ser evitadas, dentro do
armazém (mais concretamente na zona de movimentação de mercadorias,
recepção e expedição), as actividades que não tenham que ver com o
armazenamento propriamente dito, e devem realizar-se em espaços ou secções
apropriadas, tais como:
 - A manutenção e reparação de veículos e máquinas;
 - Controlo de qualidade;

Paula Rodrigues Página 37


Higiene e Segurança no Trabalho

 - Etiquetagem;
 - Inspecção e separação de mercadorias;
 - Etc.

• Ordem e Limpeza
A limpeza e organização do armazém (e especificamente de cada posto de
trabalho) estão directamente relacionadas com procedimentos correctos e seguros
e com o aumento dos índices de produtividade.
Para que sejam mantidas as condições de segurança num armazém, é
imprescindível manter o mais elevado nível de ordem e limpeza. A acumulação de
resíduos propicia alto risco para o início de um incêndio, facilita sua propagação e
pode dar origem a vários tipos de acidentes de trabalho.
O pó acumulado deve ser aspirado e nunca soprado (ex. através de pistolas de ar
comprimido). Deve-se prever uma limpeza adequada deve ser dada ao pó
acumulado que se acumula nos equipamentos eléctricos, máquinas e luminárias.
As boas práticas ao nível de higiene e limpeza devem ser mantidas, limpando de
forma regular e sistemática, os pavimentos, prateleiras e “racks” utilizando
preferencialmente, um aspirador industrial. Devem ser proporcionadas instalações
sanitárias aos empregados, bem como locais separados para o consumo de
alimentos e bebidas. Os trabalhadores devem lavar sempre as mãos antes de
comer, beber ou fumar.

• Organização Interna da Emergência


Os armazéns apresentam um grande número de vulnerabilidades e factores de
risco que será necessário controlar, no intuito de minimizar as consequências e as
perdas de ordem humana e material. Não nos podemos esquecer que todos os
dispositivos de prevenção e protecção de acidentes instalados num armazém
perderão completamente sua função, se os recursos humanos não estiverem
preparados e forem conhecedores de todas as incumbências que devem ser
tomadas em caso de emergência.
Por este motivo, é imprescindível dispor de um Plano de Emergência e constituir
equipas com pessoal específico para actuar em tais circunstâncias.
O Plano de Emergência deverá incluir os procedimentos de controlo e de actuação
das equipas de intervenção.
Uma vez elaborado, o plano deve ser implantado mediante a realização dos cursos
de formação e, à posteriori simulados necessários para que todo o pessoal possa
treinar convenientemente as suas funções em função do tipo de emergência.

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Higiene e Segurança no Trabalho

• Equipamento de Protecção Individual


O pessoal do armazém deve receber roupa de trabalho apropriada ao tipo de
tarefas que desempenham normalmente. Devem ainda ter possibilidade de acesso
a outros EPI’s de que necessitem pontualmente para realização de uma dada
tarefa; ex.: luvas, calçado com biqueira de aço, fato de trabalho, capacete, etc.
O contacto com produtos químicos nos locais de armazenamento, só deve ser
possível como consequência de um derrame inadvertido, provocado por uma
ruptura acidental de uma embalagem, ou pela deterioração da mesma.
Os trabalhadores que manipulam os produtos derramados têm de estar protegidos
de forma adequada contra a exposição aos produtos químicos (consoante as
características dos produtos). O equipamento de protecção tem de estar sempre
disponível no local e deverá ser o seguinte:
 - Luvas impermeáveis (PVC ou Borracha);
 - Botas de borracha;
 - Avental de PVC;
 - Viseira ou óculos;
 - Mascara para as vias respiratórias.
O equipamento de protecção deve ser inspeccionado de forma regular, mantido em
boas condições, ser limpos periodicamente e renovados sempre que necessário.

• Primeiros Socorros
Em todos os armazéns deverão existir estojos de Primeiros Socorros (o seu numero
estará dependente da dimensão do armazém e do número de trabalhadores). Os
estojos devem estar devidamente sinalizados e todos os trabalhadores devem ter
conhecimento da sua localização. Adicionalmente recomenda-se que seja colocado
junto do estojo um letreiro contendo os conselhos básicos sobre os primeiros
socorros, assim como números de telefone principais para o caso de emergência
mais grave em que seja necessária a intervenção de meios externos (INEM,
bombeiros, etc.).

• Segurança eléctrica
Todo o equipamento e instalações eléctricas têm de ser instaladas e mantidas por
um electricista credenciado. Devem ser sempre evitadas as instalações provisórias
– normalmente susceptíveis de provocar determinados acidentes.
Todo o equipamento eléctrico tem de estar posicionado de forma a evitar danos
acidentais pelos movimentos dos veículos, paletes ou qualquer contacto com água.
O equipamento deve estar ligado à terra e toda a instalação deve estar dotada de

Paula Rodrigues Página 39


Higiene e Segurança no Trabalho

protecção diferencial adequada. A eficácia da linha de terra deve ser medida ao


longo dos diferentes períodos do ano.
Sempre que se justifique, deve ser utilizado equipamento eléctrico antideflagrante
nas áreas de armazenamento, especialmente se se tratar de zonas onde haja
possibilidade de formação de atmosferas explosivas. Recomendam-se as ligações
estanques para uso no exterior das instalações.

• Prevenção e Protecção contra Incêndios


Em geral, as principais causas que desencadeiam incêndios num armazém são as
seguintes:
 - Descuidos dos trabalhadores. Ex. um cigarro mal apagado num cesto de
papéis;
 - Faúlhas provenientes de operações de corte, solda ou outros trabalhos;
 - Defeitos na instalação eléctrica;
 - Combustão espontânea de determinados produtos (especialmente
químicos);
 - Faíscas provenientes de empilhadores e outros equipamentos móveis,
provocadas por defeitos no seu funcionamento ou derrames de combustível;
 - Existência de vapores que formem uma atmosfera potencialmente
explosiva.
Desta forma, torna-se necessário prevenir estas e outras situações que possam
colocar em risco a segurança e saúde dos trabalhadores e as próprias instalações.

• Distribuição e compartimentação das Mercadorias


Os produtos que possam produzir danos específicos como por exemplo, fumos
muito intensos e densos ou atmosferas corrosivas, deverão ser armazenados
separadamente dos restantes.
A largura dos corredores deve ser fixada de acordo com a severidade de incêndio
máxima previsível (de acordo com a carga de incêndio). Regra geral, os corredores
de 2,5 m são suficientes. Sempre que possível, os corredores deverão confluir nas
portas do edifício, para propiciar melhores condições de acesso e movimentação.
Deverá ser mantida uma separação – de pelo menos 60 cm – entre as paredes do
edifício e as mercadorias armazenadas, para facilitar o armazenamento das
mercadorias e o combate a um incêndio utilizando os meios manuais de extinção.
Os produtos armazenados nunca devem obstruir os equipamentos de protecção
contra incêndios.
A altura de empilhamento das diversas mercadorias não deve ultrapassar a parte
inferior das vigas da estrutura do tecto.

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Higiene e Segurança no Trabalho

Deve ser mantido espaço de 1,00 metro entre o deflector do chuveiro automático
(sprinkler) e o topo da pilha de material.
As mercadorias deverão ficar afastadas pelo menos 1 m de qualquer elemento que
possa produzir calor (tubagens de aquecimento, ventiladores ou luminárias) que
possam despoletar o início de um incêndio. Recomenda-se também que esses
elementos estejam protegidos contra possíveis impactos das mercadorias, para
evitar sua ruptura e os riscos daí resultantes.
Nas zonas mais vulneráveis à deflagração de um incêndio deverão ser colocados
extintores (específicos para o tipo de fogo) que se pretende combater.
A seguir apresenta-se uma tabela de correspondência entre as classes de fogo e o
tipo de agente extintor que deve ser utilizado:

Tipo de Agente extintor a utilizar


Classes Pó Pó Agentes
de Fogos Água Espuma químico químico CO2 específicos
BC ABC especiais

Não Não
A Bom Aceitável Bom Não indicado
indicado indicado

Não
B Bom Bom Bom Bom Não indicado
indicado

Não Não
C Bom Bom Bom Não indicado
indicado indicado

Não Não Não Não Não


D Bom
indicado indicado indicado indicado indicado
Envolven
do Não Não
Aceitável Aceitável Bom --
corrente indicado indicado
eléctrica
AS DE PREVENÇÃO
Exemplos dos principais Riscos e das
respectivas Medidas de Prevenção para
alguns dos principais trabalhos
realizados no sector da armazenagem

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Higiene e Segurança no Trabalho

Trabalhos com aparelhos de elevação e transporte de cargas (geral)

Perigos / Riscos
De uma forma geral os riscos associados à elevação e transporte de cargas são os
seguintes:
- Queda de objectos.
- Entalamento.
- Quedas dos operadores ao mesmo nível ou em altura (consoante o tipo de
trabalhos)
- Agarramento ou arrastamento (nas engrenagens e órgãos rotativos das
máquinas)
- Esmagamento.
- Corte.
- Incêndio ou explosão.
- Risco eléctrico.

Imagem: monta-cargas
Medidas de Protecção / Prevenção
- Verificar o bom estado de conservação dos aparelhos de movimentação de
cargas e a capacidade dos mesmos para a carga a transportar.

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Proceder ao transporte de cargas à menor altura possível mantendo sempre a


estabilidade da carga.
- Assegurar que não existe nenhuma sobrecarga devida por exemplo a
aderência da carga ao chão, atascamento, etc.
- Assegurar que a superfície de apoio ou ganchos podem suportar a carga e no
caso dos ganchos existe uma patilha de segurança.
- Verificar que a carga está bem apoiada antes de a soltar.
- Nunca subir nas cargas suspensas em movimento ou naquelas que vão iniciar
a manobra.
- Não permanecer e transitar desnecessariamente debaixo de uma carga.
- Nunca fazer paragens ou arranques bruscos.
- Não “guiar” os cabos e cordas sem utilizar luvas de protecção.
- Utilizar calçado de protecção e os diferentes EPI’s consoante as necessidades
do trabalho a executar.
- Aquando da manutenção dos aparelhos mecânicos, não retirar as protecções.
Estas só podem ser retiradas depois da máquina desligada e devidamente
bloqueada. Deverá adicionalmente ser sinalizado o trabalho de manutenção.
- Verificar e manter em bom estado de funcionamento todo o circuito eléctrico
das máquinas e instalações.

Trabalhos com Cabrestantes

Perigos / Riscos
- Queda de objectos.
- Entalamento.
- Quedas dos operadores ao mesmo nível
- Agarramento ou arrastamento
- Esmagamento.
- Corte.

Medidas de Protecção / Prevenção


- Utilizar sempre luvas de protecção mecânica, calçado de protecção e os
diferentes EPI’s consoante as necessidades do trabalho a executar.
- Delimitar a zona de manobra de modo a afastar as pessoas alheias aos
trabalhos.
- Manter-se atrás do ponto de amarração do cabo e verificar a ausência de
obstáculos fixos ou móveis no campo de acção da manobra.

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Assegurar a paragem completa da carga antes de enganchar ou desenganchar


o cabo.
- Distender suavemente o cabo até iniciar a tracção.
- Nunca enrolar a corda no corpo para ajudar no esforço.
- Verificar a ausência de superfícies cortantes nos cabos, correias e nas cargas.
- Proceder à movimentação das cargas a uma velocidade moderada de modo a
evitar pancadas violentas.

Trabalhos com guinchos

Perigos / Riscos
- Queda de objectos.
- Entalamento.
- Quedas dos operadores ao mesmo nível ou em altura (consoante o tipo de
tarefa ou características do trabalho)
- Esmagamento.
- Corte.

Medidas de Protecção / Prevenção


- Verificar se o cabo está em bom estado de conservação e se está
correctamente enrolado no tambor.
- Quando o cabo está esticado (comprimento máximo) deverá ter sempre uma
volta de enrolamento no tambor.
- Assegurar que o guincho está bem lastrado e as suas fixações ao chão são
suficientes para evitar o seu deslocamento ou elevação.
- Delimitar a zona de trabalhos e assegurar que a carga não vai esbarrar com
nenhum obstáculo.
- Não permitir que ninguém passe entre o guincho e a carga enquanto se
executam as manobras.
- Utilizar calçado de protecção e os diferentes EPI’s consoante as necessidades
do trabalho a executar.
- Nunca utilizar roupa de trabalho muito folgada (especialmente quando se
trabalha junto do tambor de enrolamento do cabo).
- O trabalhador não se deve colocar entre o cabo e o cabeçote.

Trabalhos com cábreas e mastros de elevação

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Higiene e Segurança no Trabalho

Perigos / Riscos
- Queda de objectos.
- Entalamento.
- Quedas dos operadores ao mesmo nível ou em altura (consoante o tipo de
trabalho)
- Esmagamento.
- Corte.
Medidas de Protecção / Prevenção

- Examinar cuidadosamente as cábreas e mastros de elevação. Rejeitá-los se


apresentarem fissuras longitudinais ou outros defeitos evidentes.
- Assegurar a estabilidade do aparelho pelo menos mediante três tirantes de
sujeição, fixados tão próximo da cabeça do aparelho quanto lhe seja possível.
- Os pontos de sujeição ao solo devem ser bem escolhidos e suficientemente
afastados.
-Tentar inclinar o menos possível os aparelhos para não submeter os tirantes a
esforços excessivos e evitar que o suporte resvale.
- Verificar que os suportes estão apoiados num chão duro (de resistência
suficiente) de modo a não escorregarem.
- Assegurar que as roldanas estão bem fixadas na parte superior do aparelho.

Trabalhos com gruas, pórticos e pontes rolantes

Perigos / Riscos
- Queda de objectos.
- Entalamento.
- Quedas dos operadores ao mesmo nível ou em altura (consoante o tipo de
trabalho)
- Agarramento ou arrastamento (nas engrenagens e órgãos rotativos das
máquinas)
- Esmagamento.
- Corte.
- Incêndio ou explosão.
- Risco eléctrico.
- Desrespeito pelos princípios ergonómicos.

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Higiene e Segurança no Trabalho

Medidas de Protecção / Prevenção


Os trabalhos de manutenção de Pontes Rolantes deve ser executada por
profissionais especializados, e antes de qualquer serviço desta natureza o
equipamento deve ser desligado de fontes de energia. Adicionalmente deverá ser
instalada sinalização de alerta no quadro de energia e de comando.
- Os pontos principais a verificar na manutenção são os seguintes:
* Sistema de Basculamento / Elevação
* Cabos e acessórios
* Carris e Roldanas
* Lubrificação geral
* Sistema de travagem
* Componentes eléctricos e de comando
- Utilizar correctamente os seguintes EPI’s (consoante a tarefa): capacete; luvas;
óculos; protectores auriculares; botas com biqueira de aço.
- Antes do início da jornada de trabalho, os operadores de Pontes Rolantes,
gruas e pórticos deverão realizar uma inspecção visual do equipamento,
devendo ser observados os seguintes pontos:
* Estado de conservação dos cabos e correntes
* Verificar sinais de corrosão da estrutura
* Verificar eventuais fissuras ou empenos
* Inspeccionar eventuais sinais de desgaste anormal
* Testar o estado das botoneiras de comando e o seu funcionamento
* Analisar o circuito eléctrico e o verificar o isolamento dos fios condutores.
* Testar o sistema de travagem
* Testar a capacidade de carga dos equipamentos e o dispositivo contra
arranques intempestivos.

- Antes de levantar a carga, verificar sempre se os cabos ou correntes não estão


cruzados e verificar que os comandos estão em ponto morto antes de ligar o
interruptor.
- Assegurar que, antes de qualquer deslocação, ninguém se encontra na zona de
movimentação da carga e que não há ferramentas ou obstáculos a obstruir os
carris.
- Não permitir a presença de pessoas na área adjacente à movimentação das
cargas;
- Não posicionar as mãos / pés debaixo da carga;
- Nunca utilizar a ponte para transporte e movimentação de pessoas;

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Nunca esticar repentinamente cabos ou correntes. Evitar fazer movimentos


bruscos e manobrar as cargas suavemente.
- É terminantemente proibido ultrapassar a capacidade máxima de carga
estabelecida no equipamento ou manobrar cargas mal acondicionadas ou mal
equilibradas;
- Deverá evitar-se o entalamento de correntes / cabos ao descer a carga;
- É importante que os operadores de gruas, pórticos e pontes rolantes tenham
conhecimentos relativamente ao peso e ao centro de gravidade das cargas a
serem suspensas;
- Não utilizar a ponte rolante para o transporte de tambores e recipientes sob-
pressão;
- Não abandonar os comandos de movimentação de cargas deixando as cargas
suspensas.
- Não levantar obliquamente ou balancear a carga (excepto em situações de
absoluta necessidade) e sob a responsabilidade do chefe de manobra.
- Os ganchos de sustentação da carga devem estar dotados de patilhas de
segurança que evitam a queda da carga numa situação de balanceamento
inadvertido.

NOTA: todas as anomalias observadas, na inspecção ou durante as diferentes


operações, deverão ser comunicadas imediatamente à chefia e interrompidos os
trabalhos.

Trabalhos com elevadores e monta-cargas

Perigos / Riscos
- Queda de objectos.
- Entalamento.
- Quedas dos operadores ao mesmo nível ou em altura (consoante as diferentes
tarefas)
- Agarramento ou arrastamento
- Esmagamento.
- Corte.
- Incêndio ou explosão.
- Risco eléctrico.

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Higiene e Segurança no Trabalho

Imagem: monta-cargas

Medidas de Protecção / Prevenção


- Verificar o bom estado de conservação dos equipamentos de movimentação
de cargas e a capacidade dos mesmos para a carga a transportar.
- Nunca ultrapassar a capacidade máxima de transporte de elevadores e monta-
cargas.
- Nunca transportar ou elevar cargas em posição instável.
-Antes de abrir a porta do patamar ou da cabina, o operador deverá assegurar-
se que a cabina está parada e ao nível correspondente.
- Comunicar eventuais avarias de funcionamento. Colocar adicionalmente
sinalização no (elevador / monta-cargas) dando indicação de que os
equipamentos estão fora de serviço ou que se encontram em manutenção.
- Não sair ou entrar de costas na cabina.

Trabalhos com utilização de escadas

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Higiene e Segurança no Trabalho

Perigos / Riscos
- Queda ao mesmo nível e choque com objectos.
- Queda em altura.
- Quedas dos operadores ao mesmo nível
- Desrespeito pelos princípios ergonómicos.

Imagem: escada
Medidas de Protecção / Prevenção
Os trabalhadores que utilizarem escadas devem ter em consideração os seguintes
pontos:
- Prestar a máxima atenção no transporte de escadas, ao virar as esquinas,
levando a parte dianteira mais levantada.
- Apoiar a escada numa superfície sólida e bem nivelada.
- Utilizar escadas com comprimento adequado (suficiente). Deverá normalmente
ultrapassar em cerca de 1 metro a superfície a atingir.
- Antes de utilizar a escada, verificar se está em bom estado de conservação.
- Guardar as escadas ao abrigo do sol e da chuva e não as deixar estendidas no
chão.
- Limpar os degraus, assim como as solas do calçado, de qualquer matéria
escorregadia.
- Subir ou descer a escada cor as mãos livres de objectos e de frente para a
mesma.

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Higiene e Segurança no Trabalho

- Colocar a escada de forma que os pés fiquem afastados da vertical que passa
pelo apoio superior, à distância de 1/4 da altura da escada.
- As escadas de madeira não devem ser pintadas a não ser com verniz incolor
de boa qualidade.
- Nunca utilizar escadas metálicas para trabalhos em instalações eléctricas ou
na sua proximidade imediata.
- Nunca utilizar escadas ligadas umas às outras, excepto se estiverem
preparadas para esse efeito.
- Não utilizar escadas para qualquer outro fim que não seja aquele para que
foram construídas.
- Não substituir as escadas por caixotes, cadeiras, etc.
- Nunca descer uma escada de costas para a mesma.
- Uma escada não deve ser utilizada por mais do que uma pessoa em
simultâneo.
- O(s) trabalhador(es) que utiliza(m) uma escada deve(m) subir um degrau de
cada vez e deve(m) procurar colocar os pés na parte central dos degraus, de
modo a promover a estabilidade da mesma.
- Nunca usar escadas às quais falte um degrau ou o tenham partido, rachado ou
solto. Proceder de imediato à sua substituição.

Trabalhos com utilização de andaimes ou outro tipo de plataformas


Perigos / Riscos
- Queda e choque com objectos.
- Queda em altura.
- Quedas dos operadores ao mesmo nível ou em altura (consoante o tipo de
tarefas)
- Esmagamento.
- Desrespeito pelos princípios ergonómicos.
- Entalamento.

Medidas de Protecção / Prevenção


Os trabalhadores que utilizarem andaimes e plataformas devem ter em
consideração os seguintes pontos:
- Fixar firmemente os andaimes e plataformas a fim de evitar movimentos e
balanços perigosos.
- Procurar que, antes da primeira utilização, qualquer andaime ou plataforma
seja submetido a um reconhecimento prático e a um ensaio, a plena carga,

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Higiene e Segurança no Trabalho

efectuado por uma entidade competente e certificada. Deverá adicionalmente


ser efectuada diariamente uma inspecção visual um ensaio a plena carga depois
de um período de interrupção prolongada dos trabalhos.
- Nunca carregar o andaime ou plataforma além do limite de segurança pelo que
não se deve armazenar mais material do que o estritamente necessário para
garantir a continuação dos trabalhos.
- Não manobrar andaimes suspensos, nem preparar ou colocar andaimes,
estando pessoas debaixo dos mesmos.
- Não permanecer debaixo dos andaimes durante a sua preparação ou
desmontagem e quando o pessoal situado nos mesmos realiza trabalhos.
- Os elementos que constituem os andaimes e plataformas deverão estar
sempre em perfeito estado de conservação e utilização.
- A plataforma ou andaime deverá ser sempre adequada para o trabalho a que
se destina.
- A montagem dos andaimes ou plataformas só poderá ser realizada por pessoal
especializado ou, pelo menos, conhecedor das características de resistência e
estabilidade que estes elementos devem possuir, dos limites de carga e da sua
utilização.

Trabalhadores com empilhadores

Perigos / Riscos
- Queda e choque com objectos.
- Queda de objectos sobre os pés.
- Quedas dos operadores ao mesmo nível.
- Atropelamento.
- Esmagamento.
- Desrespeito pelos princípios ergonómicos.
- Entalamento.
- Reviramento e empinamento (capotamento).
- Incêndio ou explosão.

Medidas de Protecção / Prevenção


- O condutor do empilhador deverá manobrá-lo sempre sentado e com o cinto
de segurança ou barra metálica colocada.
- O empilhador deverá possuir FOPS e ROPS (protecção do operador contra
queda de objectos e contra capotamento).

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Higiene e Segurança no Trabalho

- As vias de circulação deverão ter largura suficiente: largura do empilhador + 1


metro se a circulação for feita num sentido; largura de 2 empilhadores + 1,40
metro se a circulação for feita em 2 sentidos.
- Os manobradores do empilhador devem ter especial cuidado nos cruzamentos,
passagens de altura limitada, desníveis no pavimento. Estas zonas devem ser
sinalizadas ou eventualmente, proceder-se à colocação de espelhos.
- Os locais de trabalho deverão possuir ventilação adequada (especialmente se
os empilhadores forem a diesel e a gás).
- Deverá existir delimitação da zona de circulação de empilhadores e da zona
destinada à circulação de pessoas.
- O pavimento deve ser resistente e não deverá possuir irregularidades.
- Ao carregar ou descarregar num camião, assegure-se que a plataforma de
passagem é suficientemente resistente.
- Nunca se poderá elevar uma carga superior à capacidade máxima de
transporte do empilhador. Este deverá possuir uma placa indicadora da carga
máxima de transporte.
- A carga a elevar terá que estar devidamente equilibrada e o manobrador deve
conhecer o seu centro de gravidade.
- Se houver necessidade poderão ser utilizados dois empilhadores de
capacidade suficiente para elevar uma determinada carga. Neste caso terão que
ser tomada medidas de precaução adicionais.
- As cargas não podem ser movimentadas com os garfos em posição elevada.
Deverão ser sempre transportadas com os garfos a uma altura de
aproximadamente 15 cm relativamente ao chão.
- As cargas não podem ser movimentadas com um só garfo.
- É expressamente proibido o transporte de pessoas no empilhador (excepto o
condutor).
- O manobrador do empilhador deverá manter as extremidades do corpo (mãos,
pés e pernas) dentro dos limites da cabina do empilhador.
- Na descida de rampas, o empilhador deverá ser manobrado em marcha-atrás e
com a carga ligeiramente inclinada para trás.
- Deverão sempre ser evitadas manobras bruscas. O manobrador do empilhador
deverá conduzir sempre a velocidade reduzida abrandando nos locais perigosos
(ex.: curvas e locais de pouca visibilidade), buzinando sempre que se
aproximem peões. O manobrador do empilhador deverá olhar constantemente
para a direcção da marcha.
- O estacionamento do empilhador deverá ser sempre feito em locais próprios,
devidamente sinalizados e com os garfos na posição inferior. Deve

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Higiene e Segurança no Trabalho

adicionalmente ser desligado o motor e accionado o travão. Não se deve


estacionar ou parar num declive.
- Todos os sinais de trânsito e / ou sinalização de segurança devem ser
criteriosamente respeitados.

- O manobrador do empilhador, antes de cada jornada de trabalho, deverá verificar


os seguintes pontos:
* se os seus sapatos não têm gordura ou estão húmidos.
* buzina
* travões
* nível do óleo
* nível de combustível ou carga da bateria.

- O manobrador do empilhador, semanalmente, deverá verificar os seguintes


pontos:
* alinhamento da direcção
* lubrificação dos elementos metálicos com massa e das correias.
* tubagens hidráulicas e suas conexões (ex.: fugas de óleo, desgaste, etc.)
* inspecção visual aos garfos
* estado de conservação dos pneus

• Medidas de segurança no carregamento de baterias ou


abastecimento:
- Nunca fumar ou foguear na proximidade das baterias ou do depósito de
gasóleo.
- Desligar sempre o motor.
- Em caso de derrame de combustível, proceder à limpeza/remoção do mesmo.
O empilhador só poderá ser colocado em funcionamento depois destes
procedimentos.
- Nunca devem ser pousadas peças metálicas ou ferramentas sobre as baterias
ou carregadores.
- O “cofre” das baterias deve estar coberto.
- Depois de carregadas as baterias, deve ser fechada a tampa de protecção das
mesmas.

Trabalhos com porta-paletes

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Higiene e Segurança no Trabalho

Perigos / Riscos
- Queda e choque com objectos.
- Queda de objectos sobre os pés.
- Quedas dos operadores ao mesmo nível.
- Atropelamento.
- Esmagamento.
- Desrespeito pelos princípios ergonómicos.
- Entalamento.

Imagem: porta-paletes eléctrico


Medidas de Protecção / Prevenção
 - Sempre que possível deverão ser utilizados meios de movimentação
mecânica / automática de cargas em detrimento dos meios de movimentação
manuais.
 - O manobrador do porta-paletes deverá sempre adoptar posturas correctas
(na sua movimentação) de modo a evitar esforços desnecessários e
perturbações de ordem músculo-esquelética.
 - Os manobradores dos porta-paletes devem ter especial cuidado nos
cruzamentos e desníveis no pavimento. Estas zonas devem ser sinalizadas ou
eventualmente, proceder-se à colocação de espelhos.
 - O pavimento deve ser resistente e não deverá possuir irregularidades.
 - Ao carregar ou descarregar num camião, assegure-se que a plataforma de
passagem é suficientemente resistente.
 - Nunca se poderá elevar uma carga superior à capacidade máxima de
transporte do porta-paletes. Este deverá possuir uma placa indicadora da carga
máxima de transporte.
 - A carga a elevar terá que estar devidamente equilibrada e o manobrador
deve conhecer o seu centro de gravidade.
 - Quando não está a ser utilizado, o porta-paletes deve ser devidamente
arrumado. Para o efeito, os garfos devem estar sempre protegidos (ex.:

Paula Rodrigues Página 54


Higiene e Segurança no Trabalho

colocados numa palete) de modo a não constituírem risco de queda para os


trabalhadores.
 - Todos os sinais de trânsito e / ou sinalização de segurança devem ser
criteriosamente respeitados.
 - É obrigatório o uso de calçado de protecção e luvas. As operações de
levantamento e descida da carga devem ser feitas com especial atenção de
modo a evitar o entalamento e o esmagamento dos membros.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS ARMAZÉNS
Exemplos de algumas características
técnicas que os armazéns devem possuir
para assegurar a segurança e saúde dos
trabalhadores

Características Técnicas de armazéns seguros – Introdução

Boas práticas de armazenamento dos produtos e matérias-primas, associadas à


edificação de armazéns com características técnicas devidamente dimensionadas,
permitem evitar muitos tipos de acidentes de ordem técnica e humana. Desta
forma, apresentam-se algumas linhas de orientação relativamente às
características técnicas e de edificação que armazéns devem possuir:
Localização e Acessos
A localização de um armazém deve evitar a proximidade de casas, escolas,
hospitais, áreas comerciais e zonas densamente habitadas. Deve ser dada
preferência a locais isolados ou destinados ao desenvolvimento de actividades
industriais evitando-se assim também as zonas propícias a inundações, fogos e
outras catástrofes naturais.
O acesso ao local onde estão instalados os armazéns deverá proporcionar vias
adequadas para o carregamento e descarregamento dos diversos veículos de
transporte. Numa situação ideal, os armazéns devem estar isolados a uma distância
mínima de 10 metros de outros locais que o rodeiam.
Os acessos aos armazéns devem poder ser realizados pelo menos através de duas
entradas para que os veículos de emergência e diferentes equipas possam ter
acesso aos mesmos.
Materiais de Construção
Na construção de armazéns deve-se evitar (quando possível) a utilização de
materiais combustíveis capazes de contribuir para a deflagração e propagação de
um possível incêndio. Do ponto de vista da estabilidade da estrutura, o betão

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Higiene e Segurança no Trabalho

armado é a construção mais aconselhável para armazéns, devido às suas


características de alta resistência ao calor.
A utilização de vigas de madeira maciça vem a seguir, devido ao seu lento processo
de combustão e grande estabilidade estrutural, comparada a uma estrutura
metálica sem protecção.
Os elementos de aço que suportam grandes cargas devem estar protegidos do
calor, isolando-os, por exemplo com argamassa. Os pavimentos devem ser
impermeáveis e ter um acabamento liso para facilitar a limpeza e lavagem. O
pavimento deve ser constituído por um material anti-derrapante de modo a não
contribuir para o risco de queda dos trabalhadores.
A construção metálica não protegida, embora incombustível, não é aconselhável,
uma vez que aço começa a perder sua estabilidade estrutural sensivelmente a
partir dos 550°C, facilmente alcançáveis num incêndio.
Os forros ou “tectos falsos” devem ser construídos com materiais incombustíveis e
as paredes corta-fogo que os atravessarem devem prolongar-se até o pavimento
superior.
Compartimentação das diferentes áreas
A compartimentação de armazéns de grandes dimensões ou entre armazéns
contíguos, com paredes e tetos corta-fogo, constitui uma das mais importantes
medidas de prevenção de incêndios.
Os materiais de isolamento do edifício, não devem ser combustíveis, ex.: lã mineral
ou fibra de vidro.
As paredes interiores, destinadas a servir de corta-fogo, têm de proporcionar uma
resistência, de pelo menos 90 minutos, e devem prolongar-se a pelo menos 1 metro
acima do telhado ou ter outros meios de evitar a propagação do incêndio. Os
materiais mais adequados para combinar a resistência ao fogo com solidez física e
estabilidade são o betão armado, tijolo maciço ou blocos de betão. Para se atingir a
desejada resistência ao fogo, as paredes de betão armado devem ter no mínimo 15
cm de espessura e as paredes de tijolo uma espessura de 23 cm. O tijolo oco não é
indicado. Os blocos de betão desprovidos de reforços devem ter uma espessura
mínima de 30 cm para alcançar a resistência e estabilidade pretendidas. Para ter
maior estabilidade estrutural, recomenda-se a incorporação de colunas reforçadas
(pilares) na parede corta-fogo. A parede corta-fogo deve ser independente da
estrutura adjacente, para evitar um desabamento e colapso da mesma em caso de
incêndio.
As paredes corta-fogo não devem ter aberturas para a passagem de cabos
eléctricos ou qualquer outro tipo de ductos técnicos.

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As portas das paredes corta-fogo tem que ter a mesma resistência ao fogo que a
própria parede. Devem fechar automaticamente em caso de incêndio. As portas
devem ser protegidas contra danos e deformações causados pelos veículos e os
trabalhadores devem certificar-se sempre que a mercadoria armazenada não
impede o seu fecho.
A estrutura que suporta o tecto deve ser constituída por um material não
combustível. Os tectos dos armazéns podem ser de construção leve e frágil, para
serem facilmente derrubados em caso de incêndio, libertando o fumo e o calor.
Quando o tecto for de construção sólida, há que proporcionar meios para
proporcionar o processo de desenfumagem (libertação de fumos e calor), instalando
painéis transparentes de baixo ponto de fusão ou painéis de ventilação, com uma
abertura no telhado.
Bacias de retenção
No caso dos armazéns se destinarem ao armazenamento de produtos químicos na
fase líquida, e, possuírem elevado potencial de dano para a saúde dos
trabalhadores ou para o meio ambiente, devem existir meios para contenção de
qualquer derrame e de toda a água proveniente da extinção de um eventual
incêndio. Em caso de um incêndio, espera-se a utilização de um grande volume de
água, a menos que tenham sido instaladas precauções especiais (aspersores,
sistemas de espuma e alarmes automáticos) que assegurem uma rápida resposta
das equipas de primeira intervenção e dos bombeiros.
A retenção pode ser localizada – através de utilização de bacias de retenção nos
locais onde estão situados os bidões ou geral – através da construção de um tanque
de grandes dimensões por baixo do piso do armazém, ao longo do seu perímetro.
Nota: as bacias de retenção de derrames de produtos químicos deverão ter
sensivelmente o dobro da capacidade de líquidos a que se destinam.
Drenagem
Quando os armazéns se destinam a produtos ou matérias-primas perigosas e
susceptíveis de poluir o solo e a água, devem estar situados em locais que
permitam reduzir o risco de contaminação da água (de modo a fazer com que esta
não alcance os cursos de água, as reservas de água subterrânea ou os sistemas de
drenagens públicas). Quando as águas da chuva provenientes do tecto drenarem
pelo interior do edifício, devem ser selados os tubos de descarga da água através
da construção de um maciço de tijolo ou betão em torno do tubo até uma altura
superior à do muro de retenção. Isto protegerá o tubo contra danos causados pelo
movimento de veículos e paletes. Os tubos de descarga exteriores devem ser
selados ao nível do chão.

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Ventilação e Aquecimento das Instalações


Os armazéns devem possuir bons sistemas de renovação de ar e ventilação.
Sempre que possível, a ventilação deve ser natural, sendo proporcionada por
aberturas situadas na parte superior e inferior das paredes e/ou no tecto. A
abertura inferior deve estar situada a um nível superior ao do muro de retenção.
Todas as aberturas devem ser concebidas para evitar a entrada de aves e drosófilas
(através de uma grelha por exemplo).
Para que haja uma boa circulação de ar nos armazéns, recomenda-se deixar um
espaço livre (sensivelmente 1 metro) entre a parte mais alta dos produtos e o tecto,
assim como entre as mercadorias e as paredes.
Sempre que for necessário instalar sistemas de aquecimento num armazém, a
escolha deve ser muito bem ponderada, quer sob o ponto de vista da segurança,
quer sob o ponto de vista da eficiência energética.
Os sistemas de aquecimento devem funcionar com vapor ou água quente, e a fonte
de calor (ex. caldeira) deverá sempre estar separada da área de armazenamento
das mercadorias.
Os radiadores de água quente ou tubos de vapor têm que estar devidamente
localizados e isolados. Esta condição é de extrema importância, para proteger
trabalhadores e mercadorias do contacto com altas temperaturas.
O aquecimento poderá também ser feito através da utilização da energia eléctrica.
Iluminação
Independentemente do tipo de actividade desenvolvida num armazém, os níveis de
iluminação devem ser apropriados. Desta forma, deve ser feita em cada secção do
armazém um estudo relativo aos níveis de iluminação recomendados.
Nos locais onde as operações de armazenamento são apenas efectuadas durante o
dia, a iluminação natural pode ser adequada, podendo no entanto ser melhorada
com a colocação de telhas / placas de fibrocimento transparentes no tecto.
A iluminação deverá ser preferencialmente mista – natural e artificial. Por sua vez, a
iluminação artificial deve ser instalada por cima dos corredores e a uma altura de
pelo menos 1 metro sobre o mais alto produto armazenado, de forma a prevenir
danos e eventuais acidentes durante as operações mecânicas de manuseamento.
A seguir, apresenta-se uma tabela de níveis aconselhados para a iluminação
presente num armazém – de acordo com as diversas secções e diversos trabalhos
realizados:

Gama de iluminação (lux) Tipo de área, tarefa ou actividade

20 - 30 – 50 Áreas de trabalho ou de circulação exteriores

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Gama de iluminação (lux) Tipo de área, tarefa ou actividade


Áreas de circulação de orientação simples ou sendo
50-100-150
objecto de visitas curtas e temporárias
Locais não continuamente utilizados como de
100 - 150 – 200
trabalho
200 - 300 – 500 Tarefas com exigências visuais fracas

300 - 500 – 750 Tarefas com exigências visuais médias


500 - 750 – 1000 Tarefas com exigências visuais exigentes

750 -1000 -1500 Tarefas com exigências visuais difíceis

1000 - 1500 – 2000 Tarefas com exigências visuais particulares

> 2000 Desempenho de tarefas de grande precisão visual

Protecção contra descargas atmosféricas


Todos os armazéns devem estar equipados com um sistema de protecção contra
descargas atmosféricas (pára-raios) devidamente dimensionado de acordo com as
características do local e das instalações a proteger. É necessário ainda, ter em
consideração a resistência da Terra no local, para que o sistema de protecção
contra descargas atmosféricas não perca a sua eficácia.

Saídas de Emergência
Além das portas e portões principais, devem existir saídas para utilização exclusiva
em caso de emergência. Estas devem estar situadas a uma distância máxima de 30
m de qualquer ponto interior do armazém de forma a evitar que alguém fique retido
no seu interior.
As saídas de emergência devem estar muito bem sinalizadas, de modo na serem
facilmente identificadas por qualquer pessoa que esteja no local, e nunca deverão
estar obstruídas por qualquer tipo de mercadoria ou equipamento. As portas de
emergência deverão ser concebidas de forma a permitirem uma abertura fácil a
partir do interior – através da colocação de barras antipânico.
Sempre que possível, os escritórios e lavabos devem estar distanciados da parte
principal do armazém. Deverá ser possível sair destas instalações sem passar pelo
armazém principal.
RISCOS E PERIGOS COMUNS EM ARMAZÉNS
Riscos e perigos comuns no
armazenamento de mercadorias e
respectivas medidas de prevenção

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Queda de mercadorias, colapso de estruturas e queda em altura


As mercadorias, quando empilhadas de forma incorrecta podem cair. Esta queda
pode provocar incidentes ou acidentes colocando em risco todos os funcionários. As
prateleiras e “racks” nunca devem ser carregadas para além do seu limite máximo
de peso. Se este valor for ultrapassado, existe o risco de colapso da estrutura e
respectivo desmoronamento. Outra situação típica causadora de acidentes, prende-
se com a utilização de escadas inapropriadas, quando os trabalhadores sobem às
prateleiras para alcançar as mercadorias empilhadas.

Medidas de Prevenção
 - Empilhar bens firmemente em prateleiras ou nos “racks” com os artigos os
mais pesados na parte inferior.
 - Assegurar que as prateleiras são capazes de suportar as cargas a que
estão submetidas e que estão firmemente fixadas no solo.
 - Assegurar que as prateleiras e “racks” se encontram protegidas contra
choques mecânicos.
 - Organizar correctamente as prateleiras, de modo a permitir o acesso
seguro às mercadorias.
 - Utilizar escadas certificadas e verificar regularmente o seu estado de
conservação.

Movimento de veículos no armazém


O movimento de veículos e de porta-paletes (manuais e eléctricos) causa alguns
tipos de acidentes, nomeadamente, choques ou impactos, colisões e perfurações. A
utilização deste tipo de veículos pode ainda estar na origem de acidentes que
envolvam a queda de mercadorias (das prateleiras ou do próprio veículo).

Medidas de Prevenção
 - Delimitar no pavimento a zona de circulação de veículos e a zona destinada
ao trabalho e circulação de peões.
 - Se possível estipular sentidos únicos de circulação.
 - Restringir o acesso às áreas perigosas tais como: zonas de carregamento e
descarregamento de mercadorias.
 - Verificar o estado de conservação dos veículos com regularidade e
proceder a reparações quando necessário.
 - Dotar os veículos de buzina, luzes indicadoras de marcha e outros sinais
sonoros que indiquem determinadas manobras perigosas. Ex.: sinal sonoro para
a manobra de marcha-atrás.

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 - Assegurar que as prateleiras e “racks” se encontram protegidas contra


choques mecânicos acidentais.

Operações de carga e descarga de mercadoria


Neste tipo de operação, ocorrem alguns acidentes devido por exemplo, à
movimentação prematura dos veículos ou ainda devido à má sustentação e
consequente queda de mercadorias.

Medidas de Prevenção
 - Treino e formação dos funcionários responsáveis pela movimentação de
máquinas e mercadorias.
 - Prever procedimentos ou dispositivos para impedir o movimento prematuro
dos veículos.
 - Manter os garfos dos empilhadores e porta paletes em bom estado de
conservação para que possam suportar convenientemente as mercadorias.
 - Assegurar que a movimentação das mercadorias só é efectuada depois da
carga devidamente fixa. - - Movimentar os equipamentos sem efectuar
movimentos bruscos.

Manuseamento de substâncias perigosas


Determinadas mercadorias que são colocadas num armazém podem ser
classificadas como perigosos ou altamente inflamáveis. A exposição e manipulação
de alguns destes produtos químicos pode trazer consequências adversas para a
saúde dos trabalhadores e colocar em causa a segurança das próprias instalações.
Medidas de Prevenção
 - Obter informações relativas aos riscos associados ao tipo de substâncias
armazenadas. (Analisar a ficha técnica dos produtos e adoptar as necessárias
precauções).
 - Fornecer aos trabalhadores treino e se necessário, todos os EPI’s de que
necessitem.
 - Armazenar os produtos de acordo com as suas propriedades físico-
químicas.
 - Inspeccionar convenientemente todas as embalagens. Aquelas que se
apresentarem deterioradas devem ser colocadas à parte das restantes para
evitar eventuais derrames e contaminações.

Ruído

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Regra geral, nos armazéns, os níveis de ruído não são muito elevados e não é
ultrapassado o nível de acção (85 dB(A)). No entanto, apesar de pouco provável, é
possível que haja necessidade de realização de trabalhos específicos que impliquem
a utilização de ar comprimido. Se isto acontecer, existe a possibilidade de se
ultrapassar o referido nível de acção ou até o valor limite de exposição (90 dB(A)).

Medidas de Prevenção
 - Isolamento do depósito de ar comprimido num compartimento apropriado
ou proceder ao encapsulamento do mesmo.
 - Definir um plano de manutenção do equipamento.
 - Utilização de protectores auriculares apropriados ao tipo de ruído (caso
necessário).
 - Promover a rotatividade dos trabalhadores nos postos de trabalho ruidosos.

Riscos eléctricos
Num armazém, à semelhança do que acontece em toda a indústria de uma forma
geral, existe necessidade de utilização da energia eléctrica. Os acidentes de origem
eléctrica acontecem principalmente devido à utilização incorrecta de equipamentos,
ou ainda, devido à falta de manutenção desses mesmos equipamentos ou
instalação.

Medidas de prevenção
 - Ligar à terra os equipamentos eléctricos.
 - Estabelecer um plano de manutenção adequado aos equipamentos.
 - Utilizar calçado que permita o isolamento eléctrico (quando necessário).

Trabalhos em ambientes térmicos adversos (muito frios ou muito quentes)


Determinadas mercadorias implicam a utilização de ambientes quentes ou frios no
seu armazenamento. Ex.: produtos alimentares.
Esta situação representa um risco acrescido para os trabalhadores que no manuseio
das mercadorias têm que contactar directamente com ambientes térmicos
adversos, ficando sujeitos a riscos como por exemplo: stresse térmico, fadiga física,
queda ao mesmo nível (devido eventualmente à humidade do pavimento), contacto
com materiais e substâncias a temperaturas extremas, etc.

Medidas de Prevenção
 - O acesso a estes locais só deve ser permitido a pessoas autorizadas.

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 - As câmaras frigoríficas devem possuir um dispositivo que permita a


abertura a partir do interior.
 - Manter as portas das câmaras frigoríficas fechadas para evitar a
acumulação de gelo e humidade no chão. Se se verificar a acumulação de gelo,
removê-lo com frequência.
 - Fornecer aos trabalhadores calçado anti-derrapante e vestuário apropriado
ao tipo de ambiente em que trabalham.
 - Se houver necessidade, reduzir o tempo de trabalho e aumento do tempo
de repouso.
 - Rotatividade dos trabalhadores.

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