ÍNDICE......................................................................................................................................1
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................2
8a Classe....................................................................................................................................3
1. Equações............................................................................................................................3
1.1. Noção de equações......................................................................................................3
1.2. Resolução de equações...............................................................................................4
1.3. Equações lineares a uma incógnita.............................................................................6
1.4. Classificação de equações...........................................................................................7
1.5. Equações literais.........................................................................................................7
2. Sistema de duas equações lineares a duas incógnitas........................................................8
2.1. Resolução de siatemas de equações lineares..............................................................9
2.2. Classificação dos sistemas de equações....................................................................14
2.3. Resolução de problemas conducentes a sistemas de duas equações lineares com
duas incógnitas.................................................................................................................14
3. Funções Lineares.............................................................................................................15
3.1. Conceito de função...................................................................................................15
3.2.Variável dependente e variável independente...........................................................16
3.3. Modos de definir uma função...................................................................................16
3.4. Classificação de aplicações ( funções)......................................................................17
3.5. Função linear.............................................................................................................17
10a Classe................................................................................................................................18
1. Funções quadráticas.........................................................................................................18
1.......................................................................................................................................19
1. Função do tipo ............................................................................................................19
1.2. Função do tipo .........................................................................................................20
1.3. Função do tipo .........................................................................................................20
2. Funções trigonométricas..................................................................................................21
2.2. Representação gráfica da função .............................................................................21
CONCLUSÃO.........................................................................................................................22
1
INTRODUÇÃO
O presente trabalho é uma abordagem descritiva de como são tratadas as equações e funções, a nível
da 8a e da 10a Classes, respectivamente. Em relação a 8a classe, focalisou-se a noção e o conceito de
equações, a resolução das mesmas, pelos diferentes métodos. Apresenta-se ainda, problemas
conducentes a equações tanto a uma incógnita assim como a duas incógnitas. Quanto a 10 a Classe,
faz-se a descrição do modo de tratamento das funções quadráticas e trigonómétricas.
2
8a Classe
1. Equações
Exemplo:
Escreva uma equação qualquer equivalente a equação:
a) x + 2 = 3 b) 3x = 12 c) x +1 = 2x – 1
Resolução
a) 2x + 4 = 6 ⇔ x + 2 = 3 porque tem a mesma solução {1}.
b) x - 4 = 8 – 2x ⇔ 3x = 12, pois {4} é solção de ambas equaões.
c) x + 7 = 2x + 5 ⇔ x +1 = 2x – 1, porque ambas equações tem como solução {2}.
3
1.2. Resolução de equações
1.2.1. Princípios de equivalência
É com base nas equações equivalentes que se determina o conjunto-solução de uma equação.
Mostra-se que ao se adicionar quantidades iguais em ambos os membros de uma equação a
solução não se altera, ou seja, a equação que resulta da adição de certa quantidade em ambos
membros de uma equação antiga é equivalente a mesma.
Exemplo:
A figura mostra uma balança em equlíbrio.
b) Repare-se agora, nas transformações verificadas nos pratos da balança ao se paasar de (I)
para (III).
4
Depois, enuncia-se o 1o princípio de equivalência ou o princípio de adição e resolve-se
alguns exercícios aplicando o princípio de adição.
Exemplo:
Resolva a seguinte equação:
a) x – 7 = 10 b) 2x – 5 = x + 5
Resolução
a) x – 7 = 10 ⇔ x – 7 + 7 = 10 + 7 ⇔ x = 10 + 7 ⇔ x = 17
b) 2x – 5 = x + 5 ⇔ 2x – x – 5 + 5 = x – x + 5 + 5 ⇔ x = 5 + 5 ⇔ x = 10.
1
equação do tipo ax = b com a ≠ 0, multiplica-se ambos membros por .
a
Exemplo:
1 1 7
5x = 7 ⇔ ⋅ 5x = ⋅ 7 ⇔ x = .
5 5 5
5
1.3. Equações lineares a uma incógnita
Antes de se definir uma equação linear, pode afirmar-se que os princípios de equivalência de
equações permite reduzí-las a uma forma característica, chamada forma geral canónica das
equações.
Definição: uma equação linear ou do primeiro grau a uma incógnita é toda aquela que pela
aplicação dos princípios de equivalência pode ser reduzida à forma ax + b = 0 com a ≠ 0.
Exemplo:
Das equações que que se seguem indique as que são lineares a uma incógnita:
a) – 4x + 1 – 3x = 2x b) 2z2 + 6 – z = z2 – 2x + 1 c) x2 – x + 3 = 4x – 7 + x2
Resolução
a) – 4x + 1 – 3x = 2x ⇔ -4x – 3x – 2x + 1 = 0 ⇔ -9x + 1 = 0
b) 2z2 + 6 – z = z2 – 2x + 1 ⇔ 2z2 + 6 – z - z2 + 2x - 1 = 0 ⇔ z2 + z + 5 = 0
c) x2 – x + 3 = 4x – 7 + x2 ⇔ x2 – x + 3- 4x + 7 - x2 ⇔ -5x + 10 = 0
Exemplo:
Resolva as seguintes equações:
2( z −1) 3 z z
a) 5x – 3 = - 2x + 11 b) 4(x – 2) – 7(x – 3) = 5 – x c) + =
5 2 10
Resolução
a) 5x – 3 = - 2x + 11 ⇔ 5x + 2x = 11 + 3 ⇔ 7x = 14 ⇔ x = 2
b) 4(x – 2) – 7(x – 3) = 5 – x ⇔ 4x – 8 – 7x + 21 = 5 – x ⇔ -3x + x = 13 – 21
−8
⇔ -2x = - 8 ⇔ x = ⇔x=4
−2
2( z − 1) 3 z z 2 z − 2 3z z
c) + = ⇔ + = ⇔ 2( 2 z − 2) + 15 z = z ⇔ 4 z − 4 + 15 z = z
5 2 10 5 2 10
( 2) ( 5) (1)
6
4 2
⇔ 4 z + 15 z − z = 4 ⇔ 18 z = 4 ⇔ z = ⇔z= .
18 9
Resolução
a) 2(3y – 4) = 6y + 1 ⇔ 6y – 6y = 8 + 1 ⇔ 0y = 9
Vê-se que não há número que multiplicado a zero seja igual a 9 ( zero é o elemento
absorvente da multiplicação) por isso, a equação 2(3y – 4) = 6y + 1 não tem solução e diz-se
uma equação impossível.
De seguida define-se uma equação impossível e salienta-se que o conjunto-solução de uma
equação impossível é o conjunto vazio.
b) 5z – 2 = 5(z + 1) – 7 ⇔ 5z -2 = 5z +5 – 7 ⇔ 5z- 5z = 5 – 7 + 2
⇔ 0z = -2 + 2 ⇔ 0z = 0
z pode tomar qualquer valor, pois o produto de zero por qualquer número é zero. Por isso, 5z
– 2 = 5(z + 1) – 7 é uma equação possível e indeterminada. Assim, segue-se com a
definição de uma equação possível e indeterminada e sublinha-se que o seu conjunto-solução
é o conjunto dos números reais.
3 3
c) 2x – 5x = 3 + x ⇔ 2x – 5x – x = 3 ⇔ -4x = 3 ⇔ x = ⇔x=−
−4 4
3
− é o único valor que satisfaz a equação, por isso a equação 2x – 5x = 3 + x é possível e
4
determinada. Desta feita, segue-se coma definição de uma equação possível e determinada e
afirma-se que a solução é uma e única.
7
B +b
Exemplo de equações literais são 3x + 2y = 20, P = 2πr e A = ×h .
2
Exemplo: A soma de três números inteiros consecutivos é 33. quais são esses números?
Resolução
Sejam x, x + 1 e x + 2 os números.
x + (x + 1) + (x + 2) = 33 ⇔ x + x + x + 1 + 2 = 33 ⇔ 3x + 3=33
30
⇔ 3x = 33 – 3 ⇔ 3x = 30 ⇔ x = ⇔ x = 10
3
Resposta: Os números são 10, 11 e 12.
8
A solução das duas equações é o ponto P(2, 3).
Afirma-se que o conjunto de solução do problema é dado pelo par ordenado de valores (X0,
Y0) que verifica simultaneamente as duas equações.
Dá-se a definição de sistema de duas equações lineares a duas incógnitas e mostra-se como
ela e representsda ( forma canónica). Define-se ainda, a solução de um sistema de duas
equações lineares a duas incógnitas.
Sistemas equivalentes
Deinfine-se dois sistemas de equações a duas incógnitas equivalentes como sendo aqueles
que tem a mesma solução.
Exemplo:
x+ y = 1 3x0+ 5y = 3 6
⇔
x − y = 4 x + 4y = 1 9
As equações são equivalentes pois tem a mesma solução que é (7, 3).
9
x + y − 3= 0
x 3
2 + 4 y = 2
x + y − 3= 0
x+ y= 3
x 3 ⇔
2 + 4 y = 2 2x + 3y = 8
2o Resolve-se uma das equações em ordem a uma das variáveis:
x y =+ 3 x 3−= y
⇔
2x + 3 y = 8 2 x + 3 y = 8
3o Substitui-se essa variável em outra equação pela sua expressão designatória:
x = 3− y x = 3− y
⇔
2x + 3y = 8 ( 32 − y) + 3y = 8
4o Resolve-se esta equação linear à uma incógnita, isto é, calcula-se a sua raíz:
10
= 3− yx _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
⇔ ⇔ ⇔
2 (3− y)+ 3 =8 6− 2y+ 3 =8 + =86 yy = 2
5o Substitui-se na primeira equação a variável cujo valor numérico acabou-se de se
determiner, pela raíz encontrada, de modo a calcular o valor da outra incognita.
= 3− yx x= 3− 2 x= 1
⇔ ⇔
y= 2 y= 2 y= 2
O par ordenado que satisfaz o sistema é (1, 2).
11
x+ y− 6= 0
2x − 6 y = 4
1o Reduz-se o sistema á forma canónica:
x y 6=−+ 0 x+ y = 6
⇔
2 x − 6 y = 4 2x − 6 y = 4
2o Reduzem-se os coeficientes de uma das variáveis a valores simétricos, aplicando os
princípios de equivalência de equações:
x + y − 6 = 0 (− 2) x + y = 6 − 2 x − 2 y = − 1 2
⇔ ⇔
2 x − 6 y = 4 2x − 6 y = 4 2x − 6 y = 4
3o Soma-se membro-a-membro os termos correspondentes:
− 2x − 2 y = − 1 2
0 − 8 y = −8
2x − 6 y = 4
4o Resolve-se a equação resultante:
−8
0 − 8 y = −8 ⇔ y = ⇔ y =1
−8
Repete-se o procedimento do 2o passo em relação a outra incognita e obtem-se x = 5.
A solução do sistema é (5, 1).
12
Explica-se que o método em causa, consite em calcular-se, em primeiro lugar, uma das
incógnitas pelo método de redução, depois substituir-se o valor encontrado numa das
equações. Assim determina-se o valor da outra incógnita.
Exemplo:
Considere-se o sistema:
x + 6y = 3 2
3x − 6 y = − 2 4
x + 6y = 3 2
+___________
− = −
8
1.
3 x 6 y 42 4
4x = 8 ⇔ x = ⇔ x = 2
o
30
2o. 2 + 6 y = 32 ⇔ 6 y = 32 − 2 ⇔ 6 y = 30 ⇔ y = ⇔ y=5
6
O sistema tem como conjunto-solução (2, 5).
Exemplo:
Resolva grficamente o sistema
4x + 2 y = 0
3x + 3 y = 6
Resolução
13
yx =+ 024 2y= 0− 4x = −2xy
⇔ ⇔
yx =+ 633 3y= 6− 3x = 2− xy
Traça-se os gráficos das duas equações e determina-se o ponto de intersecção.
14
Exemplo:
Um fabricante de cestos ganha 3 meticais por cada cesto que fabrica sem defeito e perde 5
meticais por cada c esto que fabrica com defeito.
Numa semana fabricou 160 cestos e obteve um lucro de 400 meticais.
Quantos cestos com defeito foram fabricados?
Resolução
x - número de cestos fabricados com defeito
y – número de cestos sem defeito
x+ y = 1 6 − 3x −03y −= 4 8 0
⇔
− 5x + 3y = 4 −05x+ 3y 0= 4 0 0
Adicionando-se as duas equações tem-se
− 80
− 8 x = −80 ⇔ x = ⇔ x = 10
−8
Determina-se o valor de y fazendo-se
10 + y = 160 ⇔ y = 160 −10 ⇔ y = 150
3. Funções Lineares
Para se fazer o estudo de funções é condição necessária que se tenha o domínio dos seguintes
temas: sistema cartesiano ortogonal, proporcionalidades e correspondência.
15
C = {O, A, B, AB} é o conjunto de chegada.
Df = {Carla, Ana, António, João, Natércia} = A
D’f = {O, A, B} ≠ C
Todos elementos de A tem uma imagem em C, por isso f diz-se uma função de A em C.
c) Representação gráfica
16
3.4. Classificação de aplicações ( funções)
A classificação é feita apartir do comportamento da função relativamente ao domínio e o
contradomínio da função. Assim, afirma-se que uma aplicação pode ser injectiva,
sobrejectiva e bijectiva.
Exemplo:
Considere-se as aplições f, g e h assim definidas:
Exemplo:
1
y = 3x – 5, y = x +1
2
3.5.1. Gráfico de uma função linear
Ilustra-se como se pode representar graficamente uma função linear. Afirma-se que é
conveniente estabelecer-se um quadro de valores que é a guia para se traçar o gráfico. Marca-
se os pares de valores obtidos no sistema cartesiano, a partir da observação feita na tabela e
une-se os pontos obtendo-se uma recta que é a imagem gráfica da função linear.
17
Exemplo:
Esboce o gráfico da função y = x + 1
Resolução
x y
0 1
-1 0
2 3
1 2
-2 -1
10a Classe
1. Funções quadráticas
Define-se função quadrática como sendo toda a função polinomial do tipo y = ax 2 + bx + c de
IR em IR, com a ≠ 0; a, b, c ∈IR .
Exemplo: As funções f ( x) = 2 x 2 − 3 x + 7 , g ( x) = 6 x 2 + x e h( x ) = −0,6 x 2 são
quadráticas.
18
Para se fazer o estudo deste tipo de função primeiro faz-se a sua representação gráfica.
O estudo da equação quadrática consite em se analizar o seu domínio, contradomínio, a
monotonia, simetria, determinar os zeros, o sinal da função.
intervalo ]0,+
∞[ ;
1.
1. Função do tipo y = ax
2
Mostra-se que funções do tipo y = ax 2 , tem concavidade virada para cima se a > 0, e virada
para baixo se a < 0. afirma-se ainda que a abertura do seu gráfico depende do valor de a ,
isto é, terá uma abertura tanto maior quanto menor for a .
19
Exemplo:
1 2
O gráfico da função f ( x) = x tem maior abertura que o gráfico da função h( x ) =10 x 2 ,
4
1
porque < 10 .
4
Exemplo:
Considere-se as funções f ( x) = x 2 + 2 e h( x) = 2 x 2 − 3 .
A função f translada-se 2 unidades para cima, ao longo do eixo das ordenadas e o vértice é
V(0; 2).
A função h translada-se 3 unidades para baixo, ao longo do eixo das ordenadas e o vértice é
V(0;-2).
1o Caso: y = a( x − p ) 2
Procede-se do mesmo modo que no caso da função do tipo y = ax 2 + c , a diferença reside no
facto de a translação, para o último caso observar-se ao longo do eixo das abcissas.
O gráfico da função em estudo tem o seguinte comportamento:
Se p > 0, o gráfico translada-se para direita
Se p < 0, o gráfico translada-se para esquerda.
Observa-se que o vértice da função é V(p; 0) ; a equação do eixo de simetria e o zero da
função é x = p.
20
Exemplo:
Considere-se a função f ( x) = ( x −1) 2 .
O gráfico da função desloca-se a direita, pois 1 > 0.
A equação do eixo de simetria é x = 1.
2o Caso: y = a ( x − p ) 2 + q
Afirma-se que, o gráfico desta função obtém-se a partir do gráfico de y = ax 2 por meio de
uma translação ao longo do eixo das abcissas p unidades e ao longo do eixo das ordenadas q
unidades. Menciona-se também que, o vértice da função é V(p; q) e a equação do eixo de
simetria é x = p.
Resolução
1o Esboç-se o gráfico de f ( x ) = x 2
2o Faz-se a translação ao longo do eixo do XX’.
Por último faz-se a translação vertical, ou seja,
translada-se ao longo do eixo dos YY’.
2. Funções trigonométricas
São expostas funções trigono métricas elementares, a função seno e coseno.
Apresentam-se os domínios e contradomínios, comenta-se em relação a periodicidade das
funções e apresentam-se os zeros da função.
2.1. Representação gráfica da função y = sen (x)
22
BIBLIOGRAFIA
NHÊZE, Ismael Cassamo, Matemática 8a Classe, Diname, Maputo, 1998.
NHÊZE, Ismael Cassamo, Matemática 10a Classe, Diname, Maputo., 1999.
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