AUTORES:
Marta Rodrigues
Andreia Sousa
Helena Encarnação
Rita Gonçalves
OUTUBRO
2005
SECRETARIA REGIONAL DOS ASSUNTOS SOCIAIS
SERVIÇO REGIONAL DE SAÚDE, EPE
OUTUBRO
2005
Manual de Boas Práticas: Autocuidado na Pessoa com Diabetes
SIGLAS
INDICE
P.
NOTA INTRODUTÓRIA ....................................................................................................................................4
1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS NA DIABETES MELLITUS ...............................................................................5
1.1 - CLASSIFICAÇÃO.................................................................................................................................................6
1.1.1 - Diabetes Tipo 1 ..................................................................................................................................................7
1.1.2 - Diabetes Tipo 2 ..................................................................................................................................................8
1.1.3 - Diabetes e Gravidez...........................................................................................................................................9
2 - GESTÃO DO REGIME TERAPÊUTICO NA DIABETES MELLITUS .........................................................10
2.1 - ALIMENTAÇÃO.................................................................................................................................................12
2.2 - ACTIVIDADE FÍSICA........................................................................................................................................16
2.3 - REGIME MEDICAMENTOSO...........................................................................................................................18
2.3.1 - Antidiabéticos Orais........................................................................................................................................19
2.3.2 - Insulinoterapia................................................................................................................................................20
2.4 - AUTOVIGILÂNCIA/AUTOCONTROLO..........................................................................................................22
3 - COMPLICAÇÕES NA DIABETES MELLITUS - INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM ...........................25
3.1 - COMPLICAÇÕES MICROVASCULARES .......................................................................................................26
3.1.1 - Retinopatia.......................................................................................................................................................26
3.1.2 - Nefropatia .......................................................................................................................................................26
3.1.3 - Neuropatia........................................................................................................................................................27
3.2 – COMPLICAÇÕES MACROVASCULARES .....................................................................................................28
3.2.1 - Macroangiopatia..............................................................................................................................................29
3.2.2 - Hipertensão Arterial .......................................................................................................................................29
3.2.3 - Dislipidémia .....................................................................................................................................................30
3.3 - COMPLICAÇÕES NEURO, MACRO E MICROVASCULARES.....................................................................30
3.3.1 - Pé Diabético ....................................................................................................................................................31
3.3.1.1 - Pé Isquémico ..................................................................................................................................................33
3.3.1.2 - Pé Neuropático ..............................................................................................................................................34
3.4 - OUTRAS COMPLICAÇÕES ..............................................................................................................................36
4 - GLOSSÁRIO DE TERMOS ...............................................................................................................................37
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................................41
ANEXOS
Anexo I - Modelo de Registo do Perfil da Glicémia Capilar e da Pressão Arterial ......................................................45
Anexo II - Precauções Gerais - Prevenção de Úlceras: Orientação à Pessoa com Diabetes ........................................48
Anexo III - Modelo de Registo de Observação aos Pés ................................................................................................50
Anexo IV - Teste de Monofilamento – Semmes Weinstein...........................................................................................52
Anexo V - Exercícios de Buerguer...............................................................................................................................54
Anexo VI - Indicadores de Avaliação...........................................................................................................................56
NOTA INTRODUTÓRIA
Ou
Ou
III - Glicémia ≥ 200 mg/dl ou ≥ 11,1 mmol/l na PTGO com 75g de Glicose,
às 2 horas
< 7,0 mmol/l e às 2h (PTGO) ≥ 140 e < 200 mg/dl ou ≥ 7,8 e < 11,1 mmol/l
Anomalia da Glicémia em jejum (AGJ) – Glicémia em jejum ≥ 110 e < 126 mg/dl
ou ≥ 6,1 e < 7,0 mmol/l
1.1 - CLASSIFICAÇÃO
do pâncreas. Isto significa que o sistema imunitário gera anticorpos contra as células
produtoras de insulina dos Ilhéus de Langerhans, o que rejeita as células β, levando a
uma quebra total da produção de insulina. Por esta razão, a doença começa com
sintomas claros: polidipsia, polifagia, poliúria e perda de peso.
Estas pessoas necessitam de terapêutica com insulina para toda a vida. A causa
da diabetes tipo 1, é pois, a falta de insulina, não estando directamente relacionada com
hábitos de vida ou de alimentação errados, contrariamente ao que acontece na diabetes
tipo 2.
A prevalência de diabetes tipo 2 aumenta com a idade (> 60 anos), sendo que os
índices elevados estão associados a uma obesidade crescente, especialmente quando a
gordura está distribuída pela parte central do corpo. Em todas as populações, uma
história familiar (avós, pais, tios) é um factor de predisposição importante, assim como
a dieta e as condições relacionadas com o estilo de vida, que podem conduzir à
obesidade.
2.1 - ALIMENTAÇÃO
1. Necessidades individuais
Atender à idade, à altura, ao sexo, ao peso, à actividade física, entre outros.
4. Lípidos
Proporcionam cerca de 25 a 30 % da energia total diária, o que significa que as
gorduras devem ser consumidas em pequenas quantidades. As gorduras saturadas e
colesterol devem ser substituídas por outras mono e poliinsaturadas. Preferir o azeite de
oliveira para temperar e cozinhar. Dar especial atenção aos óleos para fritar, pois estes
quando aquecidos a altas temperaturas, libertam produtos tóxicos para o organismo.
Utilizar preferencialmente os óleos vegetais (Milho e Amendoim), tendo sempre em
conta o número de utilizações.
5. Proteínas
Contribuem com 15% da energia total diária. As necessidades nos adultos são de
0,8-1g/Kg/dia. Em caso de nefropatia clínica é necessário reduzir o consumo para
0,6g/kg/dia. Deve dar-se preferência ao consumo das proteínas vegetais e limitar os
alimentos de origem animal, por terem grandes quantidades de gorduras saturadas.
6. Fibras
Retardam o esvaziamento gástrico e contribuem para a lentificação da absorção
dos HC e dos lípidos, reduzindo as glicémias pós-prandiais e os triglicéridos.
Recomenda-se o consumo de alimentos ricos em fibra (20 a 35 gr/dia) provenientes de:
fruta inteira, hortaliças (Ex: folhas: espinafre, acelga, agrião), legumes (Ex: cenoura,
nabo, cebola, tomate), leguminosas, cereais integrais e outros. As proporções destes
alimentos para obtenção daquele teor de fibras são de 2-3 peças de fruta por dia e de
cerca de 400 gr de legumes e hortaliças.
7. Água
É essencial à vida e deve ser ingerida em, pelo menos, 1,5 a 2,0 litros/dia,
preferencialmente no intervalo das refeições.
8. Alimentos supérfluos
As bebidas alcoólicas são dispensáveis, porém, se ingeridas devem ser às
refeições e em quantidades limitadas: 16g/dia para a mulher e 24g/dia para o homem.
Em relação à pessoa com diabetes, dever-se-á ter em atenção não só os efeitos nocivos
do próprio álcool, mas também o aporte calórico que contém (7 Kcal/g). Por outro lado,
o álcool pode provocar hipoglicémia por inibição da neoglicogénese hepática. Não é
aconselhado na presença de hipertrigliceridémia ou neuropatia e em pessoas a fazer
doses altas de sulfonilureias.
Equivalências
1 Copo de vinho (150 ml) 14 g de álcool
1 Cerveja (300 ml) 11,1 g de álcool
1 Cálice de aguardente (30ml) 13,2 g de álcool
1 whisky (50 ml) 16 g de álcool
Fonte: SRAS – Folheto - Estudo dos hábitos alimentares da população adulta da RAM
Edulcorantes:
• Nutritivos – Sacarose, Frutose, Sorbitol, Manitol, Xilitol
• Não nutritivos – Sacarina, Ciclamato, Aspartame, Acesulfame K
O uso dos edulcorantes não nutritivos em consumo moderado, é admissível,
apenas se a pessoa não conseguir “tolerar” as bebidas ou alimentos ao natural sem
adoçar.
Alimentos especiais para pessoas com diabetes - são alimentos muito caros e,
por vezes, pouco saborosos e os seus efeitos falseados, podendo, inclusivamente, dar
uma “falsa sensação de segurança”, levando as pessoas a consumi-los
indiscriminadamente.
9. Culinária saudável
Cozinhar de uma forma saudável implica, por um lado, a redução do sal para 6g
diárias (1 colher de chá), quantidade essa que inclui, entre outros, o sal incorporado na
carne e peixe salgados, charcutaria, aperitivos, enlatados e a restrição das gorduras, por
outro, o aumento do uso de vegetais e de ervas aromáticas para temperar.
Outro dos segredos para reduzir a gordura num cozinhado, diz respeito aos
cuidados a ter quando se cozinham alimentos de origem animal, sobretudo as carnes.
Estas devem ser limpas de peles e gorduras visíveis antes de as introduzir na panela.
A utilização do vinho como tempero é uma boa alternativa, uma vez que,
quando aquecido o vinho deixa evaporar todo o álcool que contém, conferindo um sabor
muito agradável ao cozinhado.
Serviço Regional de Saúde – Direcção de Enfermagem de Cuidados de Saúde Primários 15
Manual de Boas Práticas: Autocuidado na Pessoa com Diabetes
O exercício físico ideal para a maioria das pessoas com diabetes (por ser mais
fácil e seguro), é andar a pé 30 minutos por dia (Correia, 2004). No entanto, admite-se
ser satisfatória a prática de uma actividade moderada durante 40 a 60 minutos, de 3 a 5
dias/semana (Fernandes e Victor, 2002).
Se não praticar actividade física há muito tempo, a pessoa deve ser submetida a
uma avaliação da condição física, iniciando-a de uma forma progressiva (10
minutos/dia).
Convém notar que, fazer demasiado exercício num curto espaço de tempo, ou
durante tempo excessivo pode provocar hipoglicémia e alterar o controlo metabólico
nas horas seguintes, obtendo-se um resultado contrário ao esperado.
Nas pessoas sob insulinoterapia, deve ser evitado exercício físico durante o pico
de acção da insulina. Para que a prática de exercício seja segura, é fundamental a
monitorização da glicémia com alguma frequência de modo a diminuir a dose de
insulina ou aumentar a ingestão de hidratos de carbono antes e/ou após o exercício.
Estes estudos estiveram na base dos critérios adoptados pela IDF e pela ADA
(Associação de Diabetes Americana) que recomendam valores de glicémia em qualquer
hora do dia inferiores a 180 mg/dl e hemoglobina glicosilada (HBa1c) inferior a 6.5 %.
Fonte: SEMFYC (Sociedad Española de Medicina de Família Y Comunitaria) – Diabetes mellitus Tipo 2, 2000.
2.3.2 - Insulinoterapia
Locais de injecção
Fonte: APDP b
Fonte: APDP b
Técnica
3º - Fazer prega cutânea para que a agulha atinja a gordura por baixo da pele;
2.4 - AUTOVIGILÂNCIA/AUTOCONTROLO
Autocontrolo Glicémico
Determinação da Cetonúria
A pesquisa de cetonúria (APDP c), deve ser determinada (de “0” a “++++”) nas
seguintes situações:
• No momento do diagnóstico;
Recém Diagnosticada
• 1º Mês – Quinzenal
• Até 1 ano – Mensal
Compensada
• Trimestral
Descompensada
• Mensal ou Bimestral
Complicações Microvasculares
• Retinopatia
• Nefropatia
• Neuropatia
Complicações Macrovasculares
• Macroangiopatia – doença coronária, cerebral e dos membros inferiores
• Hipertensão arterial
Complicações neuro, macro e microvasculares
• Pé diabético
Outras complicações
• Disfunção sexual
• Infecções
3.1.1 - Retinopatia
A retinopatia é uma lesão dos vasos sanguíneos do olho (retina), causada por
muitos anos de glicémias elevadas.
Sabendo que, habitualmente nas fases iniciais não há alterações de visão e que a
gravidade dessa complicação está frequentemente associada com a duração da diabetes,
torna-se fundamental a vigilância periódica dos olhos (fundoscopia), pelo menos, anual.
Fonte: ADA
3.1.2 - Nefropatia
o fazem. Esta análise deveria ser obrigatoriamente feita uma vez por ano, e consoante o
resultado, adoptar o procedimento adequado (APDP d).
Pesquisa de albuminúria
3.1.3 - Neuropatia
Fonte: APDP d
3.2.1 - Macroangiopatia
Estabilizada
• De 3 em 3 meses
Instável
• 1 a 2 vezes por semana
3.2.3 - Dislipidémia
3.3.1 - Pé Diabético
• Decúbito dorsal
• Posição vertical
O registo dessa observação em impresso próprio é um instrumento valioso na
continuidade dos cuidados (Anexo III).
Lesões no pé
3.3.1.1 - Pé Isquémico
Características:
Intervenções de Enfermagem
3.3.1.2 - Pé Neuropático
Características:
• Pé quente
• Veias visíveis
• Pulsos palpáveis
• Calosidades nos pontos de pressão
• Alteração da forma
• Sensibilidade ao calor, frio e toque diminuído ou ausente
• Parestesias
• Espessamento ungueal
• Frequentes micoses
• Lesão rodeada de calosidades/queratoses com forma circular e profunda
Intervenções de Enfermagem
Disfunção Sexual
Estas alterações podem ter origem nas lesões dos nervos mas também nos vasos
sanguíneos. Por outro lado, muitas das disfunções sexuais na pessoa com diabetes não
têm origem em lesões orgânicas mas sim em causas psicológicas.
Infecções
4 - GLOSSÁRIO DE TERMOS
INSULINA – Hormona produzida nas células beta do pâncreas. Baixa a glicémia por
“abrir as portas” das células e permitir a entrada da glucose.
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Afonso, Maria João. (1999). A alimentação e a diabetes tipo 2. Revista de Diabetes, (10).
http://www.apdp.pt/o_diabetico/alimentacao_diabetico/aliment_diabetico_ 02.htm
(APDP a) Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal. A Diabetes – como diagnosticar. (On-line).
Avaiable:
http://www.apdp.pt/a_diabetes/como_diagnosticar/tema_diagnosticar.htm (01 Mar. 2004).
(APDP b) Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal. A Diabetes – tratamento da diabetes. (On-
line). Avaiable:
http://www.apdp.pt/a_diabetes/tratamento/tema_tratamento.htm (01Mar.2004).
(APDP c) Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal. A Diabetes – a educação do diabético. (On-
line). Avaiable:
http://www.apdp.pt/o_diabetico/educacao/educacao.htm (23 Nov. 2004).
Bastos, Ana. (2004). Saúde oral e doente diabético. Revista de Diabetes, (30).
http://www.apdp.pt/o_diabetes/complicacoes/complicacoes _22.htm
Correia, Luís Gardete. (1999). Compensação na diabetes tipo 2. Revista de Diabetes, (10).
http://www. apdp.pt/a_diabetes/compensacoes/compensacao_01.htm
Correia, Luís Gardete. (2004). Controlo da diabetes – objectivos a atingir. Revista de Diabetes, (31).
http://www. apdp.pt/a_diabetes/compensacoes/compensacao_06.htm
Duarte, Rui. (2004a). Pré- diabetes – tabela de risco para diabetes. Revista de Diabetes, (31).
http://www. apdp.pt/a_diabetes/compensacoes/compensacao_04.htm
Fernandes, Jorge Paulo e Victor, Helena. (2002). Diabetes e actividade física. Revista de Diabetes, (22).
http://www.apdp.pt/o_diabetico/exercicio_fisico/exerc_fisico_01.htm
IGIF, APE; (2002). Classificação Internacional para a prática de enfermagem CIPE/ICNP, versão ßeta
2. Lisboa. (Gráfica 2000).
PORTUGAL. Direcção-Geral da Saúde. (04 Nov. 1998). Circular Normativa nº 8/98: diabetes e gravidez.
PORTUGAL. Direcção-Geral da Saúde. (12 Dez. 2000). Circular Normativa nº 14/00: educação
terapêutica na diabetes mellitus.
PORTUGAL. Direcção-Geral da Saúde. (07 Set. 2001). Circular Normativa nº 13/01: diagnóstico
sistemático da nefropatia diabética.
PORTUGAL. Direcção-Geral da Saúde. (04 Jul. 2002). Circular Normativa nº 9/02: actualização dos
critérios de classificação e diagnóstico da diabetes mellitus.
PORTUGAL. Direcção-Geral da Saúde. (31 Mar. 2004). Circular Normativa nº 2/04: diagnóstico,
tratamento e controlo da hipertensão arterial.
REGIÃO AUTONOMA DA MADEIRA. Secretaria Regional dos Assuntos Sociais. (2003). Plano
Regional de Saúde.
http://sras.madinfo.pt
REGIÃO AUTONOMA DA MADEIRA. Centro Regional de Saúde. (28 Mai. 2003). Circular Normativa
nº85/03: uniformizar cuidados de enfermagem na prevenção e tratamento de feridas.
SEMFYC (Sociedad Española de Medicina de Família y Comunitaria) (2000). Diabetes mellitus tipo 2 –
protocolo 2000/3. Volumen 7 – Suplemento 6, p. 12-15, 42.
Raposo, João e outros (2004). Educação Terapêutica – Partilhar responsabilidades: Porquê e como?.
Revista de Diabetes, (31).
www.apdp.pt
www.dgsaude.pt
www.idf.org.
www.spd.pt
ANEXOS
Data
Meses JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
HI
480
470
460
450
440
430
420
410
400
390
380
370
360
350
340
320
310
Glicémia Capilar (mg/dl)
300
290
280
270
260
250
240
230
220
210
200
190
180
170
160
150
140
130
120
110
100
90
80
70
60
50
40
SRS, EPE
CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
PERFIL DA GLICÉMIA CAPILAR
Nome:__________________________________________________________ Proc. Familiar ________
DN: _______________ Área ____________
Centro de Saúde______________________________ Enf.
Referência__________________
Data
Meses JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
245
240
235
230
225
220
215
210
205
200
195
190
185
180
175
170
165
Pressão Arterial
160
155
150
145
140
135
130
125
120
115
110
105
100
95
90
85
80
75
70
65
60
Manual de Boas Práticas: Autocuidado na Pessoa com Diabetes
Anexo II - Precauções Gerais – Prevenção das Úlceras: Orientação à Pessoa com Diabetes
Centro de Saúde:
________________________________________
Enfermeiro(a) Referência:
________________________________________
Pé frio Pé quente
Procedimento:
• O teste correcto deverá ser efectuado em três locais, com três toques em
cada um desses locais, alternando toques reais com irreais para a
obtenção de resultados convincentes.
Considera-se que existe sensação protectora se, para cada local, duas das
três respostas forem correctas.
Procedimento:
1. Deitada na cama em decúbito dorsal, pede-se à pessoa que descanse as pernas num
plano inclinado. Conservar esta posição durante 3 minutos.
2. Sentada na beira da cama, com as pernas pendentes, pede-se à pessoa que faça os
seguintes movimentos, durante 3 minutos:
• Dobrar os pés para cima e para baixo;
• Rodar os pés para dentro e para fora;
• Dobrar os dedos para cima e depois encolhê-los.
Os pés nesta posição (2) devem ficar rosados, se ficarem cianosados e dolorosos, a
pessoa deve deitar-se imediatamente com os pés elevados e repousar.
Estes exercícios devem ser efectuados, pelo menos, uma vez por dia
Manual de Boas Práticas: Autocuidado na Pessoa com Diabetes
• Calendarizar Vacina/s N.º de pessoas c/ diabetes com adesão à vacinação (PRV) x 100
1ªs Consultas; sempre N.º total de pessoas c/ diabetes
que necessário.
Actividade Física
Regime Medicamentoso
N.º de pessoas c/ diabetes que cumprem a medicação com antidiabéticos orais x 100
N.º de pessoas c/ diabetes com antidiabéticos orais
Pesquisa Microalbuminúria
Teste do monofilamento N.º de pessoas c/ diabetes com exame aos pés x 100
(Semmes - Weinstein) N.º total de pessoas c/ diabetes
N.º de pessoas c/ diabetes (baixo risco) com exame aos pés anual x 100
Avaliação/Monitorização dos pulsos N.º de pessoas c/ diabetes com exame aos pés
(Pedioso e Tibial posterior)
1ªs consultas/consoante o
Avaliação do preenchimento capilar risco/sempre que N.º de pessoas c/ diabetes (médio risco) com 2 exames aos pés/ano x 100
necessário N.º de pessoas c/ diabetes com exame aos pés
Lesões do pé
Amputações
• Observar a Higiene:
Autocuidado: Higiene
Geral N.º de pessoas c/ diabetes com conhecimento demonstrado sobre autocuidado
Oral higiene x 100
N.º de pessoas c/ diabetes c/ conhecimento não demonstrado sobre autocuidado:
• Informar sobre Higiene: higiene
Geral
Oral N.º de pessoas c/ diabetes que cumprem o autocuidado: higiene x 100
De acordo com a N.º total de pessoas c/ diabetes
necessidade
N.º de pessoas c/ diabetes que efectuam autovigilância (com registo no diário) x 100
N.º total de pessoas c/ diabetes
Vigilância de Saúde
Uso do Tabaco
De acordo com a
• Identificar Estilos de Vida necessidade
N.º de pessoas c/ diabetes com consumo excessivo de tabaco x 100
N.º total de pessoas c/ diabetes
(Uso de substâncias)
Uso do Álcool
Uso de Drogas
Família
• Avaliar o estado nutricional da Família (IMC) Índice de Massa Corporal
Infra-estruturas (habitacionais, esgotos, De acordo com a N.º de CD a pessoas c/ diabetes recém diagnosticada x 100
necessidade N.º total de pessoas c/ diabetes recém diagnosticada
abastecimento de água, resíduos, luz eléctrica)
(Mínimo 1 vez/em
Funcionamento Familiar recém diagnosticadas)
N.º de famílias a quem foi efectuada CD x 100
Rede de suporte
N.º total de famílias de pessoas c/ diabetes
Governo da casa
Investigação Indicadores
Investigação
• Desenvolver Estudos de Investigação na área do Autocuidado na Diabetes
N.º de Estudos de Investigação Realizados x 100
N.º de Estudos de Investigação Previstos