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Universidade de São Paulo

Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto


Disciplina de Farmacobotânica
Profa. Dra. Simone de Pádua Teixeira

TRABALHO PRATICO II

Ana Carolina dos Santos


Michelle Ogava Igual

Ribeirão Preto
2010
Introdução:

Este trabalho teve a finalidade de confeccionar lâminas histológicas por meio


de cortes a mão livre com o objetivo de analisar diferentes estruturas
secretoras, bem como suas diferentes localizações na plantas. Isso foi possível
tendo como base os seguintes conceitos:

Estruturas Secretoras: São células ou estruturas pluricelulares especializadas


presentes em diferentes partes do corpo da planta.
Estruturas secretoras altamente diferenciadas são chamadas de glândulas.
Estas variam muito em relação ao tipo de substâncias que secretam. As
glândulas podem ser altamente específicas em suas atividades, como é
indicado pela predominância de um composto ou um grupo de compostos no
material exportado por determinada glândula.

Histoquímica: A histoquímica é uma técnica histológica que tem por objetivo a


identificação da natureza química de constituintes celulares. Consiste na
coloração específica desses constituintes, utilizando-se reagentes cito ou
químico-histológicos previamente estabelecidos que, ao reagirem com os
componentes celulares, dão origem a produtos corados.

Importância para as Ciências Farmacêuticas: Esta metodologia é uma


ferramenta importante para a área farmacêutica, pois auxilia na identificação da
composição de estruturas vegetais, de compostos do metabolismo primário e
secundário dos tecidos vegetais (por exemplo, compostos fenólicos, tais como
lignina, taninos, flavonóides, cumarinas, ceras, mucilagens, alcalóides,
aminoácidos e açucares). E, além do valor na localização microquímica dos
princípios farmacologicamente ativos, as técnicas de histoquímica contribuem,
ainda, na identificação dos vegetais e em particular de sua natureza física,
suas características morfológicas e a natureza de possíveis fraudes e
modificações.

Objetivo:

Objetivo principal deste trabalho é localizar e identificar as diversas estruturas


secretoras presentes em locais distintos das diferentes espécies vegetais
utilizadas neste estudo.

Materiais e métodos:

1. Espécies estudadas:

Foram analisadas cinco espécies com duas delas presentes na mesma família.
A tabela 1 com os dados das espécies segue anexada no final deste trabalho.

• A espécie Rosmarinus officinalis, da família Lamiacea, de nome popular


Alecrim, é um arbusto comum na região do Mediterrâneo. Devido ao seu
aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que
em latim significa orvalho do mar. Foi utilizada suas pequenas e
alongadas folhas. Toda a planta exala um aroma forte e agradável.
Utilizada com fins culinários, medicinais, religiosos, a sua essência
também é utilizada em perfumaria, como por exemplo, na produção da
água-de-colônia, pois contém tanino, óleo essencial, pineno, cânfora e
outros princípios ativos que lhe conferem propriedades excitantes,
tônicas e estimulantes.

• A espécie Zingiber offinale, ou popularmente chamada de Gengibre, é


uma planta herbácea da família das Zingiberaceae, originária da ilha de
Java, da Índia e da China, de onde se difundiu pelas regiões tropicais do
mundo. Outro nome conhecido no norte do Brasil , principalmente pelos
indígenas é mangarataia ou mangaratiá. Foi-se utilizado seu rizoma (um
caule subterrâneo), que também, ao ser cortado também apresentou um
odor bastante forte e para alguns olfatos, muito agradável.

• A laranja é o fruto produzido pela laranjeira,Citrus x sinensis, uma árvore


da família Rutaceae. A laranja é um fruto híbrido, criado na antiguidade
a partir do cruzamento do pomelo com a tangerina. O sabor da laranja
varia do doce ao levemente ácido. Frequentemente, esta fruta é
descascada e comida ao natural, ou espremida para obter sumo. As
pevides (pequenos caroços duros) são habitualmente removidas,
embora possam ser usadas em algumas receitas. A casca exterior pode
ser usada também em diversos pratos culinários, como ornamento, ou
mesmo para dar algum sabor. A camada branca entre a casca e as
gomas, de dimensão variável, raramente é utilizada, apesar de ter um
sabor levemente doce. Foi utilizado o exocarpo de seu fruto para o
estudo.

• O craveiro-da-índia ou cravo-da-índia, Syzygium aromaticum, da família


Myrtaceae, é uma árvore nativa das ilhas Molucas, na Indonésia.
Atualmente é cultivado em outras regiões do mundo, como as ilhas de
Madagascar e de Granada. O botão de sua flor, seco, é utilizado como
especiaria desde a antiguidade, empregado na culinária e na fabricação
de medicamentos.O seu óleo tem propriedades antissépticas, sendo
bastante utilizado em odontologia. Sua flor seca foi utlizada nesse
trabalho.

• E a ultima espécie analisada, o Boldo ou boldo-de-jardim , Plectranthus


barbatus, da família Lamiacea, é um arbusto originário da África. Tem
em sua composção química óleo essencial rico em guaieno e fenchona,
barbatol, barbatesina, cariocal e barbatusol.Atinge de 1 a 2 metros de
altura, apresenta folhas aveludadas e produz flores azuladas. Indicado
como analgésico, estimulante da digestão e combate azias. Quando
usado por longos períodos, pode causar irritação gástrica. Foi utilizado
seu peciolo para o estudo.

2. Materias de Laboratório:

Os principais materias utilizados neste trabalho foram:


• Placa de Petri
• Pincel
• Pinça
• Lâmina afiada (Gilete)
• Pedaços de isopor (auxilio no corte com o Alecrim)
• Vidro-relogio
• Pisseta com água destilada
• Lâmina (microscopia de luz)
• Lâminula (microscopia de luz)
• Glicerina
• Corante Sudan
• Papel absorvente
• Microscopio optico
• Lupa
• Espécies a seres estudadas

3. Metodologia

Todos os cortes foram feitos transversalmente, pois através deste tipo de corte
as estruturas ficam bem delimitadas e é possível sua rápida identificação e
localização. Os cortes foram feitos com auxílio de uma pequena lâmina afiada,
obtendo-se vários cortes de diversos tamanhos e espessura, mas apenas os
mais finos foram selecionados com a ajuda de um pincel, colocando-os em um
vidro-relógio com água destilada. Depois os cortes foram colocados cada um
em uma lâmina (foram utilizadas cinco lâminas e cinco lâminulas) e
acrescentou-se algumas gotas de corante Sudan III (cora óleos) e colocou-se a
lâminula sobre o corte. Esperado o tempo necessário, por volta de 15 minutos,
as amostras foram lavadas com água destilada e organizou-se alguns cortes
que ficaram deslocados. Secou-se bem com papel absorvente e, retirando-se a
lâminula, colocou-se gotas de glicerina, evitando a prensença de bolas, e
depositou-se a lâminula por cima do corte de modo que a glicerina ficasse
homogeneamente espalhada, cobrindo todos os cortes, e assim a lâmina já
estava pronta para ser visualizada ao microscópio óptico.

Resultados:

Alecrim (Rosmarinus officinalis):

Utilizou-se as pequenas folhas do alecrim para a observação ao microscópio


óptico. Foram visualizados os tricomas secretores, localizados na epiderme
foliar, os quais são de dois tipos:

• Tricoma secretor séssil


• Tricoma secretor pedunculado

A observação foi clara, o que possibilitou uma visualização bem definida destas
estruturas. A “cabeça” de cada tricoma era bem evidente. Essas estruturas
ficaram coradas em vermelho pelo uso do corante Sudam III, o qual indica a
presença de óleo, ou seja, o conteúdo secretor dessas estruturas. Algumas
gotas coradas em vermelho também foram encontradas em outras partes do
corte, porém não significa que são estruturas secretoras e secretam óleo, como
no caso da epiderme, que tinha uma leve cor avermelhada. Isso indica a
presença da cutícula, que tem em sua composição óleos, e também pelo fato
de que, ao se fazer o corte, alguns tricomas podem se romper e liberar seu
contéudo ficando este espalhado. (Isso também se aplica as demais espécies.)

Cravo (Syzygium aromaticum):

Foi utilizado o pedunculo floral do cravo para o corte a mão livre. As estruturas
secretoras encontradas nesta espécie foram os ductos ou cavidades. Não foi
possível a certa identificação, pois seriam necessários cortes longitudinais.
Visualizou-se nessas estruturas a coloração vermelha, indicando a presença de
óleo. Elas estavam bem coradas, eram grandes e localizavam-se um pouco
abaixo da epiderme.

Boldo (Plectranthus barbatus):

A principal estrutura encontrada nessa espécie foram os tricomas secretores.


Havia vários e de diversos tipos, incluindo o tricoma tector, o qual não é
secretor, localizados na epiderme:

• Tricoma secretor séssil


• Tricoma secretor pedunculado longo
• Tricoma secretor pedunculado curto
• Tricoma tector

Foi possível a visualização bem definida da “cabeça” dos tricomas secretores


coradas em vermelho, indicando a presença de secreção, mas o mesmo não
foi visto no tricoma tector, confirmando que ele realmente não apresenta
secreção.

Gengibre (Zingiber officinale):

A principal estrutura encontrada nessa espécie foram os idioblasos, localizados


dispersos no córtex da raiz, alguns deles estavam corados em vermelho, mas
outros apresentavam a coloração verde, o que indica que o tempo no corante
não foi suficiente para corar a sua secreção. Fora isso, a estrutura e o corte
como um todo foram bem visualizados.

Laranja (Citrus sinensis):

Na laranja, fruto da popular laranjeira, foi observado a presença de cavidades


secretoras localizadas em seu expocarpo. Esta identificação foi possivel
graças ao mesmo tamanho que todas apresentavam, ou seja, as cavidades
eram isodiametricas, o que também foi visualizado na realização do corte. As
gotas de oleo eram bem visiveis e as estruturas bem definidas.
Observar a tabela 1 com os dados resumidos anexada no final deste trabalho.

Conclusões:

Este estudo histoquímico, bem como a confecção de lâminas e cortes


histológicos a mão livre levou a identificação de diferentes estruturas
secretoras em distintos locais das plantas. Apesar de ocorridos alguns
artefatos, foi possível verificar a ação do Sudam III corando, em vermelho, as
gotas lipídicas presentes nestas glândulas.
Anexo

Tabela 1: Espécies e suas respectivas estruturas secretoras

Nome Nome científico Família Parte da Tipo de Localização


popular planta estrutura da estrutura
utilizada secretora secretora no
órgão
Alecrim Rosmarinus Lamiaceae Folha Tricomas Epiderme
officinalis L. Glandulares foliar
Boldo Plectranthus Lamiaceae Pecíolo Tricomas Epiderme
barbatus Andrews (folha) Glandulares peciolar
Cravo Syzygium Myrtaceae Pedúnculo Canais ou Abaixo da
aromaticum (L) floral cavidades epiderme
Merr & L.M.Perry
Gengibre Zingiber officinale Zingiberaceae Rizoma Idioblastos Parênquima
R.
Laranja Citrus sinensis (L.) Rutaceae Fruto Cavidades Parênquima
Osbeck

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