Anda di halaman 1dari 49

O Método Sedona

Um conjunto de técnicas
simples e práticas

para libertarmos nossos


sentimentos

e assim podermos ser

mais saudáveis,
prósperos e felizes
1
Comece lendo estas historinhas…

1. Certa vez, um menino estava observando um homem brincando com fogo quando,
acidentalmente, o adulto se queimou. O menino viu onde ele errara e em todas as ocasiões
quando este menino foi brincar com fogo ele teve mais cuidado que o homem e nunca se
queimou…
2. Noutra ocasião, uma menina estava ajudando sua mãe na cozinha e quando aquela
senhora foi cortar algumas verduras, se distraiu e cortou-se. A menina pediu para
continuar o serviço e ficou tão bem concentrada, que não levou nem um pequeno
arranhão… No futuro, quando ela já era adulta, ela ainda se lembrava da mãe com o dedo
cortado toda vez que ia cortar verduras. Por isso ela nunca se cortou…
3. Outro menino viu seu pai comemorando por ter comprado um carro novo, bebendo
bebidas alcoólicas. Em seguida assistiu seu pai sair dirigindo todo feliz da vida dizendo
que logo voltaria para levá-lo para um passeio. Momentos depois o menino recebeu a
infeliz notícia que carro havia batido num poste e que o pai estava no hospital. Naquele
momento o menino decidiu que nunca beberia bebidas alcoólicas e cumpriu o prometido
até o dia de sua morte noventa anos depois…
4. Uma menina estava assistindo ao pai fazer uma simples instalação elétrica em sua casa.
Tratava-se de mudar uma lâmpada que havia se queimado. O pai da menina não pensou
em desligar o contador e levou um choque caindo da escada. Felizmente não foi nada
sério. Mas a menina aprendeu que antes de fazer qualquer instalação elétrica ela deveria
desligar o contador. Muitos anos mais tarde, quando a menina se tornara uma mulher, ela
trocou uma lâmpada em casa sem levar choques…
5. Um professor viciado em drogas, após muito sofrimento, decidiu parar de usar drogas.
Infelizmente ele já estava tão dependente que não conseguia. Entretanto, nos raros
momentos em que estava sem usar drogas ele falava para seus alunos sobre os malefícios
das drogas e sobre todos os sofrimentos que elas lhe causavam. Ele sempre terminava
estas conversas chorando e pedindo aos seus alunos que nunca experimentassem drogas.
Ele explicava que se o aluno estivesse com algum problema emocional o aluno deveria
procurar ajuda com seus pais ou professores ou mesmo um terapeuta. Ele não conseguiu
libertar-se das drogas, mas graças a estas conversas nenhum dos seus alunos jamais tocou
em nenhuma droga ilícita ou não…
6. Uma psicóloga formara-se nesta profissão porque havia sofrido um grande trauma em sua
infância e acreditava que a Psicologia a ajudaria. Durante muitos anos ela foi
psicanalisada, mas sempre que surgia em sua mente a lembrança do acontecido ela sofria
demasiadamente. Os psicólogos que a ajudavam haviam lhe pedido para que ela
praticasse alguns exercícios com suas emoções, mas ela não se forçava a praticá-los. Um
de seus clientes apresentou uma situação muito parecida com a dela e ela lhe ensinou ou
exercícios que ela não praticava. Ele os praticou e ficou bom…
7. Um escritor fracassado estava afogando suas mágoas num bar quando um homem
elegantemente vestido se aproximou e perguntou: você é Fulano? Autor de Tal livro de
auto-ajuda? O escritor confirmou e o homem lhe disse: graças ao seu livro eu hoje estou
saudável, muito rico e tenho ótimos relacionamentos, muito obrigado! Ao que o escritor
replicou: não foi o livro. Foi apenas o fato de você ter praticado os exercícios nele
contido. Como eu não os pratiquei eu estou doente, pobre e não tenho família ou
amigos… obrigado a você. De hoje em diante vou praticar os exercícios do meu livro.
Pois se funcionaram para você vão funcionar para mim também…

O material que você vai começar a ler nas páginas seguintes se baseia nas seguintes afirmações:

2
Quando sentimos um sentimento podemos pensar que ele está ‘agarrado’ a nós, mas na
verdade, nós é que estamos ‘agarrados’ a ele. A prova disto é que nós podemos ‘soltar’ o sentimento
quando o estamos sentindo. Nós já fazíamos isto natural e automaticamente quando éramos crianças,
mas à medida que fomos crescendo, por razões que não vamos discutir agora, nós desaprendemos a
soltar nossos sentimentos.
Quando éramos crianças nós também sentíamos melhor nossos sentimentos. Não sabíamos
quais os seus nomes, mas os sentíamos. À medida que fomos crescendo fomos aprendendo a evitar
sentir certos sentimentos, aprendemos a reprimir o que sentíamos e aprendemos os vários nomes
deles, apesar de não os identificarmos bem.
Na vida adulta alguns de nós temos doenças ou dificuldades econômico-financeiras ou
problemas de relacionamentos e não percebemos que estes acontecimentos estão relacionados com
nossos sentimentos reprimidos, mal sentidos ou não identificados.
Algumas pessoas estudaram os sentimentos e desenvolveram técnicas para nos permitir sentir
um sentimento, dar seu verdadeiro nome e depois soltá-lo.
Este material nos ensina algumas técnicas simples, mas muito poderosas, as quais quando
aplicadas diariamente, várias vezes ao dia, durante alguns segundos ou poucos minutos vão nos
permitir sentir cada sentimento, identificá-lo e depois soltá-lo resultando assim melhores
relacionamentos conosco mesmo e com os outros, o que se transforma em saúde e numa melhor
situação econômico-financeira.
Toda pessoa adulta estuda e trabalha na intenção de obter dinheiro para cuidar da própria
saúde e da saúde de seus dependentes enquanto mantém bons relacionamentos consigo mesmo e com
os outros ao ponto de se sentir amado e de amar, ou seja, ser feliz e fazer feliz aos entes queridos.
Infelizmente, por não prestar atenção aos próprios sentimentos, muitas vezes não conseguem o seu
intento.
Este material nos prova que a coisa mais importante para sermos mais felizes e fazermos
nossos entes queridos mais felizes é simplesmente (o que nem sempre é fácil…) aprender a lidar com
nossos sentimentos.
Uma informação fundamental é preciso lembrar o tempo todo: só podemos soltar aquilo a que
estamos agarrados, ou seja, só podemos soltar um sentimento quando o estivermos sentindo. Apenas
lhe dar um nome e falar ou imaginar que o estamos soltando não funciona. Por isso algumas técnicas
deste método são para nos observamos o dia todo, a todo o momento, para flagrarmos o sentimento
no momento em que ele surge.
Noutras técnicas nós recordaremos momentos do passado nos quais nós sentimos certo
sentimento, com a intenção de sentirmos novamente aquele sentimento e assim podermos soltá-lo.
As técnicas são tão simples que muitas vezes não acreditamos que possam funcionar. A única
maneira de provarmos que realmente elas funcionam é treinando-as várias vezes ao dia, todos os
dias. E até separarmos um período do dia para nos dedicarmos aos exercícios como faríamos se
estivéssemos frequentando uma academia ou uma fisioterapia para melhorar nossa saúde ou um
curso profissionalizante para melhorarmos nosso currículo.
Agora releia parte do primeiro parágrafo, aqui repetido: “Quando sentimos um sentimento
podemos pensar que ele está ‘agarrado’ a nós, mas na verdade, nós é que estamos ‘agarrados’ a ele.
A prova disto é que nós podemos ‘soltar’ o sentimento quando o estamos sentindo.”
Peço encarecidamente que experimente cada e todos os exercícios deste material para que sua
vida melhore em todos os sentidos e você possa exemplificar, com sua vida de sucesso, para seus
descendentes. Haveria melhor herança que esta?
Se em tua vida continua se repetindo os mesmos problemas de saúde, de dinheiro e de
relacionamentos eis uma forte razão para que experimentes os exercícios deste material.
Pode ser que desta vez funcione melhor do que outros métodos que tenhas experimentado…

O tradutor

3
O Método Sedona.

Método de libertação consciente dos sentimentos limitadores criado por Lester Levenson

Traduzido do espanhol por Edson Vicente do original El Metodo Sedona de Hale Dwoskin.

Prólogo de Jack Canfield.

Há 20 anos eu vinha ouvindo clientes e amigos contar maravilhas do Método Sedona (MS) e
há pouco tempo eu fiz o curso com minha esposa e meu filho de 12 anos. Fiquei surpreso diante da
simplicidade do MS e do profundo efeito que produziu em minha vida. No meu trabalho “Canja para
a alma” e em meus seminários sobre autoestima, tive a oportunidade ver muitas técnicas e muitos
processos de automelhora. Porém este ultrapassa e muito todos os outros pela sua facilidade, seu
impacto forte e pela rapidez com que se obtêm os resultados. MS é uma forma muita rápida de
libertar-se de sentimentos como a ira, a frustração, o ciúme, a ansiedade, o estresse e o medo, além
de muitos outros problemas – inclusive a dor física com a qual praticamente todos nós sofremos em
algum momento.
Uma das consequências excepcionais de seguir o seminário foi a amizade que fiz com Hale
Dwoskin. Hale é uma das pessoas mais calma e cheia de alegria que jamais conheci, prova evidente
de que o MS faz maravilhas. Fiquei extasiado pela amizade. Durante o seminário me via
constantemente surpreendido pelo estilo didático elegante de Hale. Ele sempre avançava um passo
após o outro. O resultado foi que já enviei muitos familiares, amigos e colegas de profissão aos
seminários do MS, além de fazer com que todo o pessoal da minha empresa conheça o MS através
dos programas de rádio que Hale elaborou.
É, pois um enorme prazer recomendar o MS o qual é uma grande ajuda para alcançar a
felicidade, o êxito, a paz e o bem estar emocional duradouro. A leitura deste livro equivale a seguir
o curso básico do MS e vários cursos avançados. Utilizando muitas técnicas e relato de casos
verdadeiros Hale explica com clareza e profundidade tudo o que se necessita saber para dominar o
processo de libertação de sentimentos, e para seguir empregando o MS dia após dia, momento a
momento, em situações reais como, por exemplo, para conseguir relações mais harmoniosas e
gratificantes, alcançar a segurança econômica, desenvolver uma profissão satisfatória, abandonar
maus hábitos, emagrecer e gozar de boa saúde. Hale revela o poderoso segredo do MS para
manifestar o que quisermos da vida, enquanto nos ensina como sentir-se à vontade e cômodo com o
que já temos. Além disso, o MS permite alcançar maior paz, gozo e tranqüilidade de ânimo com
tudo o que nos acontece diariamente.
Assim, pois, recomendo sinceramente a leitura de MS. Aconselho ao leitor que deixe a
simplicidade de sua mensagem e o poder deste processo lhe abrir as portas de todas as maravilhas
que a vida oferece. O MS é uma das poucas coisas do mundo atual que dá muito mais do que
promete, muitíssimo mais. Peço ao leitor que preste muita atenção à mensagem que Hale apresenta
neste livro. Se o leitor fizer isto, esta mensagem mudará a sua vida.

Notas do autor.

Os relatos neste livro são autênticos. Mas para salvaguardar a intimidade de determinadas
pessoas que foram alunos do MS ou cuja vida tenha influído na minha, mudamos os nomes e outros
detalhes que pudessem identificar aqueles que foram mencionados.

4
Introdução.

O que é o Método Sedona?

Sentes-te com o coração tranquilo e aberto, com a coluna vertebral vibrando de forma
agradável e o corpo flutuando no ar. Ao olhar ao redor dentro de casa, as cores te parecem mais vivas
e os sons mais claros, como se realmente estivesses experimentando o que te rodeia pela primeira
vez. Sentes a mente muito mais calma, e em tua consciência surgem muitas possibilidades novas e
maravilhosas sobre como melhorar tua vida e viver feliz cada momento. Sentes-te relaxado e
tranquilo, sabendo que tudo vai bem e que tudo acontece como deveria acontecer.
Em teus olhos surge uma lágrima, porque te parece difícil crer que uns exercícios tão simples
possam fazer uma diferença tão profunda e imediata em como te encontras. Sentes-te esperançoso
com o futuro, e sabes que podes enfrentar qualquer coisa que aconteça, com este novo sentimento de
força interior, calma e confiança, por mais obstáculos que a vida te apresente.
E o melhor é que tudo isso não é nada mais que o início.
É muito fácil ter este tipo de experiência quando sozinho, como dezenas de milhares de outras
pessoas que estão vivendo usando as técnicas simples, porém poderosas, que a Associação de
Treinamento Sedona levou anos ensinando em nossos seminários e programas de rádio. Agora,
podes aprender estas técnicas neste livro.
Estás disposto a ser feliz de verdade? Queres conseguir tudo aquilo que tens desejado em
toda a tua vida? Estás preparado para encontrar o que teu coração sempre buscou? Se respondestes
não a alguma destas três perguntas não precisa ler este livro. Se respondestes que sim a qualquer uma
delas, o MS te ensinará uma forma prática de tirar proveito de um fonte interior de felicidades sem
limites, como tornar realidade teus sonhos mais impossíveis, desenvolver todo o teu potencial e
passar de simples buscador à descobridor espiritual.
Vivemos em um mundo que muda continuamente e nem sempre de forma positiva. A maioria
de nós anseia por segurança, uma segurança e uma solidez que não podemos encontrar fora de nós
mesmos, por muito que tentemos. Porém estas qualidades já existem em nosso interior, à espera de
manifestar-se. É como se tivéssemos um poço de desejos e uma fonte de alegria e vitalidade interior
que não estão conectadas à rede de fornecimento. Sem dúvida, escondida, todos dispomos de uma
ferramenta para fazer esta conexão.
Sentes-te curioso? Espero que sim. Porque me alegraria compartilhar contigo um processo
simples que pode te dar tudo isso: o MS. Esta técnica já ajudou muitos milhares de pessoas a
aproveitar suas capacidades naturais de libertar-se das emoções incômodas e não desejadas que
nos impedem de criar e manter a vida escolhermos. Damos a elas nossa capacidade para tomar
decisões. Inclusive imaginamos que nossas emoções podem nos ditar quem supomos que somos. Isto
é demonstrado pelo uso que fazemos da linguagem. Já disseste alguma vez “estou cansado?” ou
“estou triste?” quando falamos assim, sem nos darmos conta, dizemos aos outros e a nós mesmos que
este cansaço e esta tristeza fazem parte de nós, que somos nosso cansaço ou que somos nossa
tristeza. Relacionamo-nos com os outros e conosco mesmos como se fôssemos nossas emoções. De
fato, até inventamos histórias complexas para explicar o porquê de nos sentimos como nos sentimos,
para justificar ou explicar esta falsa percepção de nossa identidade.
Não é que, de vez em quando, os sentimentos nos pareçam justificados. Porém ocorre que os
sentimentos não são nada mais que simples sentimentos, eles não são o que somos, e nós podemos
nos livrar deles facilmente. Quando decidirmos abandoná-los, ficaremos livres para perceber o que
realmente existe e para agir, ou deixar de fazê-lo.

5
Isto se traduz em uma maior capacidade para manejar a vida: para tomar decisões mais firmes
e claras. Permite-nos, a ti e a mim, atuar de tal forma que nos ajude a atingir nossas metas e
aspirações, em vez de sabotá-las. Tem sido comprovado como o processo de libertação de
sentimentos das emoções se converte em uma capacidade para se ter mais dinheiro, melhores
relacionamentos, uma saúde e bem estar físicos mais radiantes, e a capacidade de ser feliz,
tranquilo e equilibrado, seja o que for que esteja acontecendo ao nosso redor.
Isto soa bem, seria verdade? Assim eu acreditava já em 1976 quando conheci Lester
Levenson o homem que inspirou a criação do MS e que, além disso, se tornou meu mentor. Naquela
época eu era um buscador ávido, embora confuso, que havia assistido numerosos seminários
dirigidos por mestres orientais e do ocidente. Havia estudado diversas disciplinas relacionadas com o
corpo-mente, entre elas yoga, tai-chi e shiatsu. Havia participado ativamente de muitos cursos de
crescimento pessoal inclusive seria EFT, Atualismo, Seminários Theta e Rebirthing. Nestes
seminários tive muitas experiências agradáveis e ouvi e compreendi, ao menos intelectualmente,
muitas idéias úteis. Mas me sentia incompleto. Ansiava uma resposta simples e contundente para
algumas perguntas importantes, mas desconcertantes, como: “Que finalidade tem minha vida? O que
é a verdade? Quem sou eu? Como posso me sentir tranquilo e em paz com minha vida?”. Muito do
que ouvia e experimentava me fazia formular mais perguntas. Ninguém parecia ter respostas
realmente satisfatórias nem ter realmente descoberto sua verdadeira natureza. Existia, além disso,
uma forte crença, quase universal, de que o crescimento era algo difícil e que exigia fechar o espírito
para reviver questões dolorosas e não resolvidas. Tudo isto mudou durante meu primeiro e
afortunado encontro com aquele home excepcional.

O encontro com Lester Levenson

Conheci Lester num seminário dirigido por um conhecido conferencista ao qual Lester
assistia como convidado. Naquele dia, nosso grupo saiu para comer juntos. A presença de Lester me
impressionou de imediato como algo único. Ele estava em completa paz, equilíbrio mental e elevada
autoestima. Era uma pessoa simples com quem é fácil de conversar e tratava a todos como seus
amigos, inclusive a mim, que era um completo desconhecido. Era evidente que havia concluído sua
busca e que havia descoberto as respostas que eu andava procurando. Percebi que eu devia averiguar
mais coisas.
Quando lhe perguntei o que fazia ele me convidou para um seminário que ia fazer no próximo
fim de semana. A única coisa que me adiantou foi que “um grupo de pessoas vai se sentar ao redor
de uma mesa para libertar-se”. Eu não estava seguro do que significava libertar-se, porém eu sabia
que, se ao menos eu pudesse me colocar na direção das qualidades que Lester possuía isto já me
satisfazia. Foi este o pensamento que me ocorreu naquele momento.
No final da semana eu me encontrava praticamente na mesma situação em que tu te encontras
agora. Ia participar de uma viagem que me produzia certa inquietude. Eu não estava completamente
seguro sobre o que eu ia ver e participar. E como eu já participara de tantos seminários, eu estava
tomado de um certo grau de descrença. Percebi que me perguntava: “Será mais uma decepção?”.
Sem dúvida à medida que avançava o seminário eu via, que assim como eu, muitas pessoas que
participavam da aula se libertavam de crenças e de limitações profundamente arraigadas, com uma
facilidade e uma rapidez surpreendentes, porém sem ter de reviver nem explicar a história de nossas
vidas.
Praticamente no dia seguinte eu soube que tinha encontrado o que eu andava procurando. De
fato, no meu íntimo eu soube que este processo de libertação de sentimentos era aquilo para o qual
eu havia nascido e que eu devia compartilhá-lo com o mundo, e até hoje nunca duvidei disto. Nos
últimos 26 anos tenho visto como milhares de pessoas mudaram suas vidas para melhor, de forma
radical, porém sem alarmes, somente aprendendo uma técnica de uma simplicidade elegante, mas
com muito poder.

6
As origens do Método Sedona

Enquanto minha amizade com Lester se desenvolvia descobri mais coisas acerca dele que
confirmaram minhas primeiras impressões. Ele era uma pessoa que havia dominado o maior desafio
da vida. Em 1952 aos 42 anos, grande empreendedor, Lester tinha tido muito êxito na vida
profissional, mas era uma pessoa infeliz e doente. Tinha depressão, fígado inflamado, cálculos
renais, acessos de ira, hiperacidez e algumas úlceras lhe haviam perfurado o estômago. Estava tão
mal que depois de sua segunda trombose coronariana, seus médicos o mandaram para sua casa,
próximo ao Central Parque em New York para que morresse em paz.
Lester era uma pessoa que adorava desafios. De modo que ao invés de desistir de viver
decidiu se voltar para seu ‘laboratório interior’ a fim de obter algumas respostas. Graças a esta
determinação e sua concentração pôde abrir espaço em sua mente consciente para encontrar o que
necessitava. O que encontrou foi a ferramenta definitiva para o crescimento pessoal: uma forma de
libertar-se de todas as limitações interiores. Estava tão impressionado com este descobrimento que o
utilizou de forma intensiva durante três meses. Ao final deste período, seu corpo recuperou a saúde
completamente. Além disso, entrou em um estado de profunda paz que nunca o abandonou até o dia
de sua morte em 18 de janeiro de 1994.
O que Lester descobriu foi, inicialmente, que todos nós somos seres ilimitados e que o que
nos limita são os pensamentos restritivos que mantemos em nossas mentes. Depois ele percebeu que
estes pensamentos de limitação não são coisas verdadeiras (reais), e por isso podem ser
descartados.
A experiência de Lester o fez compreender que não era só ele que podia praticar esta técnica,
mas que ele podia ensinar aos outros como fazer isto. O resultado foi que começou a trabalhar com
pessoas tanto em grupos pequenos como de forma individual.
Lester acreditava firmemente que o crescimento pessoal não depende de nenhuma fonte
externa, nem de um mestre e, por isso, não quis ser guru de ninguém. Porém, como ao seu lado as
pessoas se sentiam em um estado tão elevado, apesar de seus protestos e tentativas para evitar que
isto acontecesse, muitos alunos de Lester insistia em considerá-lo como guru. Assim, em 1973, ele se
deu conta que era necessário formalizar seus ensinamentos em um sistema de modo que outros
também pudessem ensinar e ele ficasse de fora. Idealizou um modo de transformar suas poderosas
técnicas para o desenvolvimento pessoal em um sistema de utilização prático, um sistema que hoje se
chama MS e que é o tema deste livro.

Como a técnica de libertação de sentimentos tem influído em minha vida.

Desde o início senti que minha relação com Lester era como a de dois bons amigos. Vi-me
atraído por ele e por seus ensinamentos tão de imediato que segui três cursos que ele dava: o Curso
Básico em novembro, o Curso Avançado em janeiro e o Curso de Formação de Instrutores em
fevereiro. Eu tinha pressa de aprender o máximo possível. Além disso, comecei a trabalhar com ele
para compartilhar seus ensinamentos com o mundo.
Trabalhar com Lester me permitiu passar mais tempo com ele, observá-lo em ação e ver
como abordava os inevitáveis desafios da vida. Eu estava muito impressionado. Uma forma de nos
relacionarmos era numa cafeteria e conversar por muito tempo. Ele sempre desfrutava de sentar e
conversar numa mesa de um Café até quase a sua morte. Costumava afirmar: “Meu escritório é
qualquer local fechado onde possa tomar um bom café.” Nossas reuniões sempre foram um tanto
engraçadas e às vezes me frustravam porque eu sempre pensava que era mais importante falar da
verdade, enquanto que Lester sempre dirigia a conversação para temas o mais simples possível.

7
No entanto, sempre que estávamos juntos, aprofundava-se minha compreensão e minha
experiência direta da verdade embora não falássemos dela. Lester era um exemplo vivo e não uma
pessoa que apenas falava. Isto me ajudou a descobrir a oportunidade de libertar-me e experimentar
uma liberdade maior em todos os momentos. E esta prática eu a sigo até hoje.
Comprometi-me tanto que inclusive comecei a organizar, numa sala no meu apartamento,
grupos de apoio para as pessoas que utilizavam o MS. Porém não tardou que eu me desse conta de
que eu necessitava amadurecer e crescer pessoalmente antes de poder ser de alguma utilidade para
Lester e sua organização em desenvolvimento. Decidi ajudá-lo como voluntário e participante ativo,
não como empregado, enquanto seguia explorando diferentes formas e de que maneira a libertação
de sentimentos afetava minha vida no cotidiano.
Pouco tempo depois abri uma joalheria. O êxito neste empreendimento me deu a
oportunidade de trabalhar em tempo parcial enquanto analisava minha vida e minha libertação de
sentimentos. Continuei com este negócio e com minha participação informal com Lester até mais ou
menos 1981. Ao aplicar o MS aos meus negócios e à minha vida pessoal eu ia me convencendo cada
vez mais de que havia encontrado uma técnica que poderia me ajudar em qualquer área. No final
dos anos setenta Lester se mudou para a Arizona. Exceto pelos seus ensinamentos meus contatos
com ele naquela época eram ocasionais, porém continuavam me influenciando profundamente.
Logo, em 1981, me convidaram para ir a Phoenix para participar de novo de uma Formação
de Instrutores. Aquele seminário iniciou uma nova fase em nossa relação. Além disso, renovou meu
desejo de trabalhar com Lester para compartilhar o MS com o mundo. Comecei a dirigir workshops
(oficinas) para graduados no MS de forma regular em New York e voltava ao Arizona várias vezes
ao ano para receber maior formação e participar dos retiros de uma semana ou mais de duração nos
quais trabalhávamos intensivamente. Pelo fato de dirigir as oficinas e de participar das Formações e
dos Intensivos foram aumentando em grande escala o uso do MS na minha própria vida. Observei
grandes resultados em mim e nos amigos que também participavam.
Nesta mesma época decidi participar de maneira mais ativa a tempo integral no mundo dos
negócios. Trabalhei durante uma breve temporada em vendas de imóveis (negócio do meu pai) em
New York e arredores, mas não enxergava isso como meu verdadeiro trabalho. Logo entrei em uma
empresa de venda de pequenos apartamentos e apartamentos grandes em regime de cooperativa. De
imediato pude usar o MS para melhorar minha habilidade como vendedor e me tornei num dos
melhores vendedores da empresa. Durante uma temporada desfrutei de tudo aquilo, porém, logo tive
a oportunidade de cooperar com meu irmão na criação de um departamento de investimentos dentro
da empresa imobiliária de meu pai. Afortunadamente passei a vender edifícios, centros comerciais e
outros investimentos imobiliários.
Pela primeira vez em nossas vidas, meu irmão e eu nos tornamos amigos. Eu pude livrar-me
da velha carga de animosidade que havia em nossas relações anteriores e nos tornamos uma equipe
empresarial maravilhosa. No entanto surgiu um problema recorrente de iniciar muitos acordos ao
mesmo tempo mais do que nós podíamos concluí-los. Então, quando menos eu esperava, Lester me
ligou para perguntar como iam as coisas. Eu expliquei o que ocorria. Ele então disse uma frase que
permitiu uma verdadeira reviravolta em nossas maneiras de fechar acordos e na minha carreira
empresarial. Ele disse simplesmente: “Deixa as contas no banco, não as leve em tua cabeça”. Sem
dizer-me nada mais a respeito ele havia tocado numa tendência minha e de muitas outras pessoas que
se dedicam à vendas, que é “levar as contas na cabeça”. Eu estava tão ocupado pensando em como
seria magnífico fechar cada acordo que, na realidade, eu me esquecia de fechá-los. E quando
comecei a me libertar ao invés de devanear fomos realizando muito mais vendas.

8
Outra lição importante sobre a libertação de sentimentos eu a aprendi quando recebi uma
relação de cotações de nove centros comerciais em venda o que se conhecia no âmbito industrial
como corretor de bolsa Xerox. Um corretor de bolsa Xerox é alguém que consegue por escrito, de
outros corretores, relações de propriedades que estão à venda junto com suas cotações, e as copia
enviando-as para outros corretores sem preocupar-se em comprovar os fatos nem se por em contato
com os verdadeiros proprietários ou seus agentes.
Mandei uma cópia da lista a um dos meus melhores clientes e recebi uma oferta quase
irrecusável.
Evidentemente eu estava encantado, de maneira que corri ao telefone para ligar para a pessoa
e descobri que a lista vinha de um corretor Xerox o que me impedia de contatar o verdadeiro
proprietário.
Angustiado me dei conta de que não podia fazer outra coisa a não ser libertar-me. E assim o
fiz. Deixei a mente em branco e libertei-me de todos os meus pensamentos em relação ao caso, até
que cheguei ao ponto de não me importar mais se conseguia ou não o contrato. Recebi então uma
chamada telefônica do próprio proprietário o qual respondia a um anúncio do jornal Wall Street.
Quando ele me ofereceu as cotações daquelas mesmas propriedades eu quase desmaiei.
Este é apenas um dos muitos casos que me levaram a compreender a verdade contida numas
palavras que Lester havia me dito repetidamente: “Até o impossível se torna possível quando
estamos completamente libertos dele”.
Também me acostumei a usar o MS para fechar acordos, quando as pessoas estavam
negociando contratos de milhões de dólares e tentavam me enganar ou enganar uns aos outros
inventando novas histórias sobre o que havíamos concordado ao invés de limitar-se a assinar os
papéis e enviar os cheques. Eram situações tensas porque havia muito dinheiro em jogo. No entanto
como eu estava me libertando eu sabia quando devia me calar, algo muito difícil para um corretor.
Eu também sabia quando devia exigir o que era certo. As recompensas econômicas superaram
minhas expectativas.
Até o início de 1987 eu havia juntado dinheiro suficiente para me mudar para Arizona e unir-
me de novo a Lester para ajudá-lo a compartilhar com o mundo sua magnífica técnica. Para grande
tristeza de meu irmão e de meu pai eu me mudei para Phoenix e me tornei um voluntário em tempo
integral da organização de Lester sem pensar em ganhar dinheiro com isso e fazendo tudo o que
fosse necessário para difundir suas ideias. Passei a maior parte dos últimos anos da vida dele
trabalhando unicamente com ele em sua missão, quase sem nenhuma compensação econômica. A
razão pela qual não me importava em trabalhar de graça era que eu via o bem que isto podia fazer e o
quanto eu estava melhorando como pessoa.
Em 1989 Lester me pediu que eu me mudasse para a cidade de Sedona para ajudá-lo a vender
alguns dos seus imóveis. Foi então quando conheci minha esposa Amy. Eu a vi numa aula de karatê
e em seguida me dei conta do que ela significava para mim, assim, no dia seguinte lhe perguntei se
queria sair comigo. Mas ela estava saindo com outro homem e me pediu meu cartão. Poucos meses
depois me ligou e marcamos um encontro. Era uma quarta-feira. No sábado Amy estava participando
do Curso do MS.
Hoje Amy e eu mantemos uma bela relação cheia de carinho, mas nem sempre foi assim. No
início as coisas foram difíceis. Falando francamente, quando nos conhecemos ela se interessava por
outras pessoas e eu tive de fazer muitos exercícios de libertação de sentimentos até que ela me
escolheu. Uma vez casados ainda tivemos alguns desacordos, algo que, claro, continua acontecendo
como é natural. Porém ambos utilizamos o MS e quando há algo que produz algum transtorno nós
deixamos que passe. Em minha opinião nossa relação tem uma particularidade pouco comum: não
deixa de melhorar e cada dia nos queremos cada vez mais.

9
No início dos anos noventa minha relação com Lester havia atingido tão grau de confiança e
respeito mútuo que ele decidiu colocar no meu nome os direitos autorais de seus ensinamentos e me
pediu que continuasse sua obra. Mantive a organização que ele havia criado até dois anos depois de
sua morte. Então e, 1996 pensamos Amy e eu, que nos interessávamos mais em montar uma nova
empresa, a Associação de Treinamento Sedona, para transmitir o MS ao mundo com maior extensão.
Uma das coisas que mais me impressionam da libertação de sentimentos é que ela se
transforma numa sensação de paz, felicidade, alegria e sossego imutáveis que sempre está comigo,
aconteça o que acontecer. Não é não continue havendo altos e baixos, porém, como costumava dizer
Lester: “assim é realmente o método, de cima para baixo.” Sei por experiência própria que o que
pensávamos que era uma experiência limitadora, ou algo realmente terrível, hoje é algo normal, e
esses limites não alcançam mais os níveis superiores. Não tenho nem ideia da ‘altura’ que vamos
chegar e espero um pouco ansioso poder comprová-lo. O bom é que o bem que temos experimentado
com o uso do MS não é algo singular. Pessoas de todo o mundo tem conseguido o mesmo tipo de
resultados espetaculares em suas vidas. Faz anos, se realizou um estudo da eficácia do MS com uma
agência de seguros chamada Mutual de New York. Um grupo de corretores de seguro fez o curso de
MS e se comparou suas vendas durante seis meses com um grupo de habilidades semelhantes que
não fez o curso. Neste período o primeiro grupo superou o segundo em 33% no primeiro trimestre e
mais do que isso no segundo trimestre. A eficácia do MS aumentou com o tempo.

Como usar este livro

Neste livro irás descobrindo o MS, uma técnica que podes utilizar diariamente por toda tua
vida. À medida que vais soltando toda a carga emocional que te impede de fazer o que sabes que
devias fazer e o que desejas fazer, verás que irás atingindo maiores sucessos em tudo o que faças. O
livro não vai te dar uma nova lista de ‘o que deves fazer’ e ‘o que não deves fazer’ em tua vida. Já
nos obrigamos a muitos ‘o que deves fazer’. Ao contrário, aprenderás a mudar de dentro para fora.
Quando se muda de dentro para fora as mudanças são permanentes.
Além disso, quando provares este sistema simples em tua vida não deixarás de descobrir
outras formas de aplicá-lo. Todas as ideias que puderes extrair da leitura deste livro e da aplicação do
MS não são mais do que a ponta de um iceberg. Esta técnica simples pode afetar todos os aspectos
de tua vida porque parte do fato de que já somos seres ilimitados. Se pensares na tua vida
provavelmente verá lembranças deste estado ilimitado que nos é natural. Seguramente também verás
épocas em que te sentias como se estivesses em um estado de fluxo, momentos em que parecia que
tudo estava dando certo e funcionando sem esforço algum de tua parte. Com o uso do MS é possível
que, a partir de agora, experimentes este fluxo como parte de tua vida diária.
Não sei que tipo de leitor tu és. Talvez sejas dos que participam muito no que leem, ou talvez
te limites a recolher as ideias úteis às quais mais tarde possas recorrer. Recomendo-te que participes
plenamente e faças todos os exercícios que se propõe neste livro. A experiência me diz que a única
forma de aprender efetivamente e libertar-se é fazendo isto - fazendo todos os exercícios à medida
que surjam. A experiência direta. A leitura com a prática, deste livro, não deixará de te
proporcionar benefícios adicionais já que é somente assim que vais aprender a integrar as
habilidades práticas de aproveitar tua capacidade natural para libertar-se das limitações.

10
O livro está dividido em duas partes. Na primeira exploraremos os conceitos básicos do
processo de libertação de sentimentos e as motivações ocultas da limitação interna. Nesta parte se
apresentam as diferentes técnicas que podem ajudar-te a avançar pelo caminho da liberdade, por
exemplo, diferentes maneiras e abordar a resistência, de estar ‘presente’ no aqui-agora, de resolver
teus sentimentos sobre conflitos passados, de alcançar tuas metas, e de equilibrar os aspectos
positivos e negativos das soluções emocionais. Na segunda parte analisaremos algumas das áreas
concretas de tua vida nas quais o MS pode produzir um efeito sólido e positivo, nela se inclui saber
libertar-se da culpa, da vingança, do medo e da ansiedade, abandonar maus hábitos, acumular
riquezas, dirigir um negócio, melhorar tuas relações, desenvolver uma saúde magnífica e contribuir
para a criação de um mundo de paz e harmonia.
Peço-te que trabalhes com o material seguindo a ordem em que foi escrito. Cada capítulo
constrói uma base sólida para o capítulo seguinte. Não aprenderás tudo o que o livro te pode ensinar
a não ser que trabalhes os capítulos na sequência e faças todo o possível para aplicar o que for
aprendendo na tua vida diária. Procura está o mais receptivo possível ao que o livro diz e considera
este aprendizado uma oportunidade para mudar tua consciência e tua vida.
Se quiseres chegar ainda mais longe quando acabares de praticar o livro a Associação oferece
uma versão em áudio deste curso, além dos seminários em muitas das principais cidades do mundo.
Comece não crendo em tudo o que te dizem. Por favor, não acredite em nada que este livro
diga a menos que tu o possas provar a ti mesmo. O fato de que algo seja dito ou escrito não o torna
verdadeiro. Existe a tendência, em especial diante de qualquer autoridade num assunto, de
aceitarmos o que foi dito, sendo às vezes apenas boatos ou opiniões. Lester estava convencido de que
devemos evitar esta atitude diante dos nossos professores. Em vez disso devemos estar abertos à
mensagem do professor como um experimento que se desenvolve à medida que o vamos praticando.
Só devemos aceitar o que nos ensinem quando pudermos comprovar por experiência própria. Lester
chamava este processo de “experimentar para poder compreender”.
Aconselho-te que comproves pessoalmente tudo o que está neste livro. Abre-te o mais que
puderes à mensagem, mas sem aceitá-la cegamente. O material terá muito mais valor para ti
quando o tiveres analisado e aplicado ou comprovado em situações da vida real.
É possível que as ideias do MS pareçam contradizer o que tenhas aprendido noutros métodos.
Porém não é necessário esquecer as outras coisas que aprendeste. Apenas as deixe de lado o mais que
possa enquanto experimentas este livro. Aconselho-te encarecidamente que evites as comparações e
os juízos por algum tempo. Quando chegar a hora de extrair tuas próprias conclusões, podes voltar a
comparar este material com tudo o que aprendeste anteriormente e verás como tudo se encaixa.
Normalmente as pessoas consideram que a libertação de sentimentos é um excelente complemento
para as técnicas e terapias que já tenham usado.
Quando se compara diferentes caminhos ou formas de crescimento é inevitável alguma
contradição. Isto não invalida necessariamente os pontos de vista diferentes. No que se refere ao
crescimento de si mesmo, se souberes apreciar várias possibilidades, as compreenderás melhor e
aplicarás as ideias que forem captando com mais profundidade, mais sinceridade e mais utilidade.
Muitos são os raios que levam ao mesmo Sol.

É uma questão de ressonância.

Em minha opinião todas as coisas do mundo têm suas vibrações ou ressonância, inclusive tu e
todas as pessoas que conheces. Já notaste que algumas pessoas tendem a te animar quando estás com
elas e há outras que te deprimem mesmo que não digam nada?

11
À medida que nos libertamos e crescemos em nosso conhecimento, nossa ressonância ou
frequência tende a se elevar. Porém não é uma simples questão de ser mais alta ou mais baixa. Todos
nós nos relacionamos melhor com algumas pessoas do que com outras embora estejamos no mesmo
nível de vibração delas. Evidentemente o mesmo se pode dizer dos professores e das ideias.
Ao ler o MS é possível que vibres de forma intensa com certos capítulos enquanto outros te
deixem confuso ou indiferente. As diversas partes deste livro terão para ti valores diferentes em
ocasiões diferentes. Com o tempo, à medida que tu vais trabalhando com a libertação de sentimentos,
outras partes se sobressairão mais do que na primeira leitura. A razão disto é que estarás mudando e
estarás preparado para ver as coisas de uma nova perspectiva. Quando isto acontecer permite-te
celebrar a tua evolução e fixa teus pensamentos nas conseqüências.

Adota uma atitude moderada e brincalhona.

Antes de tudo, cuida de ti ao empregar o MS. Sê teu melhor amigo e ajuda-te. Evita ser um
tirano. Transforma-te com a experiência da alegria. Logo realizarás muitas descobertas
interessantes e inspiradoras sobre como tinhas estado limitado. Então quando estas limitações
forem diminuindo uma após a outra te sentirás mais ágil, mais feliz, mais relaxado e mais cômodo.
O MS nos faz recordar o que o nosso espírito já sabe de forma intuitiva: podemos possuir a
liberdade e a felicidade agora; não temos que esperar que chegue o dia certo, após trabalharmos o
suficiente para merecê-los ou quando tenhamos conseguido nos preparar de algum modo; já temos
motivos para estarmos alegre e desfrutarmos desta alegria agora mesmo.

Primeira parte

Curso do Método Sedona

A primeira parte utiliza a maioria do material que normalmente contêm as versões em áudio
ou ao vivo do Curso Básico.
Também inclui material dos Cursos Avançados e outros novos componentes, de modo que
podes usar todas estas ferramentas, dar uma ‘virada’ em tua vida e mantê-la no novo caminho a partir
de agora.
São técnicas extremamente simples – como logo verás – porém, têm uma força muito maior
do que podes imaginar por estares apenas começando.
Sem dificuldade, à medida que sigas aplicando estas técnicas e estes princípios em tua vida, a
facilidade e a força delas farão crescer em ti poderes jamais pensados.
Vinte e cinco anos depois de ter aprendido este processo continuo vendo-o todos os dias com
surpresas renovadas.
Quando percebo como é fácil para as pessoas fazerem mudanças positivas em suas vidas, me
sinto maravilhado e agradecido de ter tido a oportunidade de compartilhar com o mundo este
processo de tanta elegância e poder.

Capítulo 1

Mais além do ciclo de repressão e expressão.

As mudanças rápidas e positivas que se produziram na vida de Joe tão logo ele começou a
usar o MS são um exemplo perfeito do que pode nos acontecer a todos. Desaparecem os problemas
persistentes, surgem novas e apaixonantes possibilidades, e o dom de descobrir coisas sem querer
suaviza o fluir dos acontecimentos. Quando Joe descobriu o MS ele se encontrava em um momento

12
difícil, tanto no lado pessoal como profissional. Um ano e meio antes ele havia tido um acidente
aéreo que o havia deixado preso a uma cadeira de rodas por sete meses, sua empresa o estava
obrigando a deixar o emprego e ele e sua mulher, da qual estava separado, vinham há três anos
envolvidos em complicados assuntos legais para negociar um acordo de divórcio. Em poucas
semanas tudo deu uma volta de 180 graus. Primeiro a ex-mulher concordou em ceder o divórcio e
chegaram a um acordo amistoso. Logo depois, num baile beneficente, ele se encontrou com o
presidente da empresa da qual estava sendo demitido sem que o presidente soubesse e ficou
esclarecido que sua demissão era injustificável e, na segunda-feira seguinte, o advogado ligou para
comunicar um acordo favorável muito melhor do que a oferta original.
E mais ainda, Joe decidiu passar um fim de semana numa ilha paradisíaca para comemorar
tanta sorte. Quando estava na praia, lendo um livro, começou a conversar sobre assuntos sem
importância com uma mulher a qual terminou sendo o amor de sua vida. Não pensava em nada
importante porque tinha de pegar um avião de volta para casa em duas horas. Porém ela parecia uma
pessoa conhecida e quando ela disse a Joe que também morada em Toronto, ele disse: não quero me
meter na tua vida, mas por acaso moras em tal bairro? E ela respondeu que sim. Engraçado, disse ele,
é lá que vou a um terapeuta, devo tê-la visto lá. Costumas ir ao centro da cidade? Uma ou duas vezes
por semana, ela respondeu. Eu trabalho lá, disse ele, no número 53 da Praça Escócia. E eu no número
30, ela falou. Passou uma hora. Quando Joe levantou-se para sair trocaram cartões de visita e durante
duas semanas nenhum dos dois pensou no que acontecera até que Joe encontrou o cartão dela e ligou.
Eles se deram tão bem que se enamoraram e Joe a pediu em casamento.
Quanto mais Joe aplicava o MS mais depressa evoluía sua carreira como executivo e na
Bolsa de Valores seus investimentos iam aumentando cada vez mais rapidamente. No que se refere a
dinheiro o MS tem sido algo incrível. Além disso, Joe continuou utilizando o MS para livra-se das
preocupações sobre a saúde, incluindo um problema que tinha nos ossos da perna esquerda, na
rótula da perna direita, na mão e no crânio. Embora os médicos tivessem dito que ele nunca voltaria a
andar normalmente, hoje ele anda com perfeição e praticamente sem dor alguma. Joe emprega as
mesmas técnicas do MS que tu encontrarás neste livro – pela manhã, à noite e várias vezes durante
o dia. O resultado é que hoje ele é uma pessoa feliz e de sucesso, a vida se tornou divertida e flui
tranquilamente. Como ele mesmo diz: “Me sinto bem aventurado. O MS faz com que os problemas
grandes se tornem pequenos.”

A vida tal como a conhecemos.

A harmonia e a felicidade sem reservas são algo natural em todos e cada um de nós, no
entanto, assim parece um dia de trabalho comum e assim o sentem muitas pessoas: nós acordamos,
nos arrastamos para sair da cama e antes de chegar ao banho começamos a nos preocupar e
programar o que vai ocorrer neste dia que nos espera. Assim gastamos a pouca energia que pudemos
armazenar com o sono, se é que conseguimos dormir. Depois muitos de nós vamos até o trabalho o
que nos acrescenta mais estresse devido ao tráfego ou à multidão de pessoas que vão aos seus
trabalhos também ou simplesmente pela frustração por ter perdido tanto tempo até chegar ao
trabalho. Quando chegamos não temos nenhuma alegria por estar ali e nos aterrorizam as coisas que
devemos fazer. Aos trancos e barrancos vai passando o dia e esperamos que chegue logo a hora do
almoço ou final da jornada de trabalho. Temos diversos contatos com nossos colegas de trabalho,
alguns satisfatórios e outros não. Como pensamos que nada podemos fazer com o que vai
acontecendo nos limitamos a ocultar nossas emoções e a esperar que o dia passe o mais depressa
possível.

13
Quando acaba a jornada estamos esgotados por termos reprimidos nossos sentimentos. Talvez
nos dirijamos não muito à vontade para o bar da esquina para ficar um pouco com os amigos, comer,
beber, e ver as notícias pela televisão – uma camada a mais de estresse – confiando que nossos
sentimentos vão desaparecer. Embora seja possível que depois nos sintamos um pouco melhor, a
realidade é que os sentimentos não tenham feito nada mais do que se esconderem. Somos como
panelas de pressão humanas com as válvulas abertas, e nos custa muita energia impedir que a tampa
salte. Quando por fim chegamos em casa para nos reunirmos com nossos cônjuges e filhos e eles
querem falar sobre o dia deles, já não temos força para escutá-los.
Podemos tentar mostrar um rosto simpático até que coisas sem importâncias nos façam perder
a calma. Depois a família se distribui diante do televisor até que chega a hora de dormir. Na manhã
seguinte nos levantamos e recomeça todas as cenas de novo.
Um pouco deprimente, não? Porém, não parece familiar?
Talvez teu caso seja um pouco diferente, tomara que seja melhor do que o que foi aqui
descrito. Talvez sejas um pai ou uma mãe que fique em casa com as crianças. Talvez sejas um
empresário independente que se ocupa da maior parte dos assuntos do dia por telefone ou pela
Internet. Porém, apesar de tudo, a tendência é ser provavelmente parecido. Parece que os sulcos
pelos quais vamos passando se vão tornando cada vez mais profundos com o tempo até que
tenhamos a sensação de que não há mais escapatória.
Pois bem, não tem por que ser assim. Existe uma saída.

Soltar.

Uma das muitas maneiras que temos de gerar desencantos, infelicidades e opiniões
equivocadas é nos mantermos presos, ‘agarrados’ a pensamentos e sentimentos que nos limitem.
Não é que manter um pensamento ou sentimento seja inadequado em si mesmo. É algo perfeitamente
apropriado em muitas ocasiões. Por exemplo, não te diria para não manter o mesmo pensamento
quando estiveres dirigindo ou quando estiveres subindo ou descendo uma escada. Evidentemente as
consequências poderiam ser desagradáveis. Porém, alguma vez já te ‘agarraste’ a um ponto de vista
que não te convinha? Já te ‘agarraste’ uma emoção a pesar de não poder fazer nada para satisfazê-la,
consertá-la ou mudar a situação que parecia provocá-la? Já te ‘agarraste’ a tensão ou a ansiedade
mesmo depois de ter passado o fato inicial que a fez aparecer? Esta é a forma de ‘agarrar-se’ que
analisaremos neste livro.

Qual é o contrário de ‘agarrar-se’? É claro que é ‘soltar-se’. Tanto ‘agarrar-se’ quanto


‘soltar-se’ formam parte de um processo natural da vida. Esta ideia fundamental é a base do MS.
Quem quer sejas, se estás lendo estas palavras, te posso garantir que já experimentasses muitas vezes
o ‘soltar-se’, muitas vezes de modo inconsciente e sem que conhecesses o MS. Soltar ou libertar, é
uma capacidade natural com a qual todos nascemos, porém cujo uso vai nos condicionando à
medida que crescemos. Onde a maioria de nós fica empacada é no fato de que não sabemos devemos
soltar ou agarrar. E muitos escolhemos errado causando assim nossos sofrimentos.

Há alguns sinônimos de agarra-se e soltar-se os quais provavelmente esclarecerão bastante


este ponto: fechar e abrir, por exemplo. Quando lançamos uma bola temos de manter a mão fechada
durante boa parte do movimento que o braço faz. Porém, se não abrirmos a mão e soltarmos a bola
no momento certo, esta não chegará aonde gostaríamos que chegasse. Até poderíamos causar um
prejuízo. Outros sinônimos são contração e expansão. Para poder respirar nós contraímos os pulmões
para obrigar o ar a sair e logo os expandimos para enchê-los de novo. Não podemos nos limitar a
inspirar, para completar o processo temos de expirar. Contrair um músculo e relaxá-lo é outro
exemplo. Se não pudermos fazer as duas ações os nossos músculos não funcionam corretamente, já
que muitos deles funcionam em pares opostos. É interessante destacar o componente emocional de

14
agarrar-se e soltar-se e o grau em que nossos sentimentos afetam nosso corpo. Tens observado que
quando alguém está muito triste prende a respiração? O processo de respirar, se alguém se agarra às
emoções, não funciona bem. Pode-se inibir tanto a inspiração quanto a expiração. A maioria de nós
também mantém uma tensão residual nos nossos músculos o que impede de relaxá-los
completamente. Uma vez mais são as emoções não resolvidas ou reprimidas o que constituem a base
deste impedimento. Porém, por que nos prendemos? Quando reprimimos nossas emoções, ao invés
de experimentar plenamente nossos sentimentos no momento em que aparecem, elas persistem e
passam a nos incomodar. Ao evitar nossas emoções impedimos que fluam através de nós, e
transformando-as ou dissolvendo-as pensamos que isto é bom. Mas não é.

Repressão e expressão.

Já visse alguma vez um menino pequeno cair e logo olhar ao seu redor para ver se há um
motivo para se sentir angustiado? Quando os meninos acreditam que ninguém está vendo eles se
levantam num instante, sacode a poeira e agem como se nada tivesse acontecido. O mesmo menino,
em uma situação semelhante, ao ver a oportunidade de atrair a atenção, pode começar a chorar e
correr para os braços de seu pai. Ou já visse alguma vez um menino zangar-se com um colega ou
seus pais, e inclusive dizer algo como “te odeio e não quero mais falar contigo” e logo depois de
alguns minutos o menino se sente e se comporta como se não tivesse acontecido nada?
A maioria de nós perde esta capacidade natural de libertar nossas emoções porque quando
crianças o fazíamos de forma automática e sem um controle consciente; e nossos pais, professores,
amigos e a sociedade como um todo nos ensinaram a nos reprimir à medida que íamos crescendo.
Cada vez que nos diziam ‘não’, que nos comportássemos bem, que nos sentássemos em silêncio, que
deixássemos de nos envergonhar, que ‘meninos não choram’ ou que ‘as meninas não se zangam’ e
que amadurecêssemos e nos tornássemos responsáveis, nós aprendíamos a reprimir nossas emoções.
Além disso, nos consideravam adultos quando chegávamos ao ponto de saber reprimir nossa euforia
natural para a vida e todos os sentimentos que os demais nos fizeram crer que eram inaceitáveis.
Tornávamo-nos mais responsáveis ante as expectativas dos demais e não em relação ao nosso bem
estar emocional.
Há uma piada que ilustra este ponto: nos primeiros anos de vida de uma criança todos os que
a rodeiam desejam que ela ande e fale, mas nos anos seguintes todos desejam que ela se sente e fique
calada.
Decerto não há mal algum em disciplinar uma criança. Ela deve saber os limites para
funcionar bem na vida e às vezes temos de protegê-la dos perigos. Ocorre simplesmente que os
adultos, sem querer, podem exagerar.
O que aqui entendemos por ‘repressão’ é manter-se presas nossas emoções, empurrando-as
para baixo, negando-as, reprimindo-as e fingindo que elas não existem. Qualquer emoção que
chegue a consciência e não se solta, imediatamente se armazena numa parte da mente chamada de
subconsciente. Na maioria das vezes reprimimos nossas emoções fugindo delas. Afastamos nossa
atenção delas o suficiente para que elas retrocedam. Com certeza já ouviste que ‘o tempo cura
tudo’. Isto é algo discutível. Para a maioria de nós o que isto realmente significa é: “Dá-me tempo
suficiente e poderei reprimir qualquer sentimento ou emoção”.
Asseguro-te que há situações em que a repressão pode ser uma opção melhor do que a
expressão – por exemplo, quando estás trabalhando e teu chefe ou colega de trabalho diz algo que
não concordas, mas não é o momento adequado para discutir o assunto. O prejudicial e improdutivo
é a repressão habitual.

15
Fugimos de nossas emoções ao ver televisão, quando vamos ao cinema, dirigimos, tomamos
remédios receitados ou não, quando praticamos esportes e quando participamos de toda forma de
atividade que nos ajude a afastar a atenção da nossa dor emocional durante tempo suficiente para
poder colocá-la de novo em segundo plano. Estou certo de que concordas que a maior parte das
atividades desta lista não são inadequadas em si mesmas. Ocorre simplesmente que tendemos a
buscar estas atividades ou a tomar remédios em excesso até perdermos o controle. As utilizamos para
compensar nossa incapacidade de enfrentar nossos conflitos emocionais internos. A fuga demasiada
está tão imposta em nossa cultura que tem dado origem a muitas novas indústrias.
No momento que nos rotulamos de adultos, sabemos reprimir tão bem que o fato de
reprimirmos se torna em uma segunda natureza nossa a maior parte do tempo. Chegamos a
aprender a reprimir tão bem, tanto quanto sabíamos nos soltar. De fato temos reprimido tanto a nossa
energia emocional que somos todos como pequenas bombas relógios. Muitas vezes nem sequer
sabemos que reprimimos nossas verdadeiras reações emocionais até que já é tarde demais e nosso
corpo dá sinais de doenças relacionadas com o estresse, nos dá um nó no estômago ou explodimos e
dizemos ou fazemos algo de que logo lamentamos.
A repressão é um dos lados da oscilação desse pêndulo do que normalmente fazemos com
nossas emoções. No outro lado está a expressão. Se estivermos zangados, gritamos; se estivermos
tristes, choramos. Sempre pomos nossa emoção em ação. Soltamos assim um pouco do vapor de
nossa panela de pressão emocional interior, mas não apagamos o fogo.
Muitas vezes nos sentimos melhores com a repressão, sobretudo se tivermos bloqueado nossa
capacidade de expressão. Podemos nos sentir melhor depois com a repressão, mas também a
expressão poder ter seus inconvenientes. Toda boa terapia normalmente se baseia em ajudar a
estabelecer contato com nossas emoções e expressá-las. E não há dúvida de que umas relações
saudáveis e duradouras não poderiam existir se não expressarmos com clareza o que sentimos.
Porém, o que acontece quando expressamos de forma inadequada numa situação fora da terapia? O
que se passa com os sentimentos da pessoa sobre a qual terminamos de expressar? A expressão
inadequada pode muitas vezes levar a mais desacordos e conflitos e a uma mútua intensificação de
emoções cujo controle podemos perder.
Nem a expressão nem a repressão representam um problema por si só. Simplesmente são dois
extremos diferentes de um mesmo espectro (faixa) o qual delimita nossa forma habitual de abordar
as emoções. O problema surge quando vemos que não controlamos o expressar ou o reprimir e
muitas vezes nos vemos fazendo o contrário do que pretendíamos. É muito frequente que fiquemos
presos a um dos extremos do espectro. Nesses momentos precisamos encontrar a liberdade para
soltar o soltar.

A terceira alternativa: libertar.

O ponto de equilíbrio e a alternativa natural para a expressão e a repressão inadequadas é a


libertação de sentimentos – ou o soltar, o que chamamos de MS. É o equivalente a baixar a
intensidade do calor e começar a esvaziar de maneira segura o conteúdo da nossa panela de pressão
interna. Já que todo sentimento reprimido tentar sair, libertar nada mais é do que deter
momentaneamente a ação interna de manter preso estes sentimentos e logo verás com que facilidade
eles fazem isto com a força do seu próprio vapor. Quando usas o MS descobres que és capaz de
expressar ou reprimir livremente e no momento adequado e te darás conta que com mais frequência
optarás para o ponto de equilíbrio que é a terceira opção: soltar, libertar. E tu já sabes como fazer
isto.
Embora tenhas chegado a ser um especialista em expressar e reprimir, apesar disto, não
queres soltar. O riso autêntico é uma das maneiras que tens para soltar-te espontaneamente e os
benefícios do riso no que se refere à saúde e ao estresse já estão bem documentados. Pensa na última
vez em que desse uma gargalhada, talvez tenha sido num programa de televisão ou numa conversa

16
com um amigo quando de repente algo divertido te surpreendeu. Sentiste uma cócega interior e
ouviste uma gargalhada que vinha lá de dentro e todo o teu corpo começou a dar saltos. Enquanto ria
é provável que tenhas te sentido mais livre por dentro e progressivamente mais feliz e relaxado,
quase carinhoso e eufórico. Essa é também uma boa descrição do que podes sentir quando utilizares
o processo que este livro ensina. Embora a maior parte do tempo em que estiveres libertando não
estejas gargalhando é provável que sorrias e sintas a mesma sensação de alívio interior que sentes
numa autêntica gargalhada.
Já perdestes alguma vez as chaves e botasse a casa de pernas para o ar ao procurá-las e logo
depois as encontraste em teu bolso? Pensa na última vez em que isto te aconteceu. Com certeza
enquanto revolvias tudo tua tensão ia aumentando, e talvez, se estavas bastante desesperado,
chegaste até a esvaziar os cestos de lixo. Ficavas dando voltas nos pensamentos imaginando onde as
poderia tê-las deixado. E logo, quase quando ias desistir de procurar meteste a mão no bolso e deste
um suspiro de alívio enquanto a tensão e a ansiedade se desvaneciam ao perceberes que já tinha as
chaves. Noutra situação, depois de chamar de tudo o que se pode chamar a uma pessoa com a qual
estavas zangado, tua mente com certeza se acalmou teus ombros relaxaram e talvez sentistes que
uma onda de alívio percorria todo o teu corpo. Este é outro exemplo de como já sabias libertar tuas
emoções.
Quando fores aperfeiçoando o uso do MS verá que serás capaz de alcançar este ponto de
compreensão e relaxação inclusive em questões antigas e a cuja resolução já tenha dedicado boa
parte de tua vida. Descobrirás que as respostas já estavam há muito tempo no teu interior.
Às vezes se produz uma libertação de sentimentos espontânea no meio de uma discussão.
Pensa e alguma ocasião em que discutisses calorosamente com alguém com quem te importava,
quando ocorreu o seguinte: estavas obcecado, completamente seguro de ter razão, que teu ponto de
vista era justificado e de repente cruzasse o olhar com a outra pessoa sem querer e percebesse algo
no fundo do ser dela que te fez conectar com ela ao ponto de convertê-la numa pessoa especial para
ti. Neste instante algo relaxou em teu interior e teu ponto de vista deixou de parecer certo. Talvez
tenhas parado por um momento para reconsiderar a situação e logo encontrasse uma solução fácil e
benéfica pra ambos.
Quando dominares as ideias deste livro aprenderás a ver algo mais do que teu próprio ponto
de vista o que te libertará de todo tipo de conflitos internos inclusive de alguns que talvez tenhas
esquecido que tenhas.

O processo da libertação de sentimentos.

Se pensares na tua vida com certeza te lembrarás de muitos casos em que te libertaste. Em
geral nos libertamos, nos soltamos ou soltamos por acaso ou quando nos vemos encurralados sem
outra alternativa. À medida que prestes atenção em despertar de novo e fortalecer esta capacidade
natural que está em teu interior, através da prática do MS, saberás submeter ao controle consciente o
processo de libertação de sentimentos e convertê-lo numa opção mais viável em tua vida diária,
inclusive em dias como descrevemos anteriormente. O diagrama que se segue te permitirá
compreender melhor o processo de libertar-se seja a libertação de sentimentos espontânea que já
fazes, ou a consciente que farás ao praticar este livro. Também te ajudará a distinguir melhor entre
libertar, reprimir e expressar. Cada palavra no diagrama representa um processo aqui discutido.
Quando fores praticando a libertação de sentimentos observará que tenderás a passar do lado
direito para o esquerdo deste diagrama. É possível que às vezes só vejas diferenças num processo,
porém outras vezes as verás em muitos.

17
Em alguns momentos podes te obrigar a passar para o lado direito, coisa que provavelmente
já fazes. Por exemplo, podes de obrigar a tomar uma decisão para deixar de pensar em um
determinado problema. Porém, isto não é a autêntica libertação de sentimentos. Se forçares uma
decisão poderás ficar incomodado no teu interior e aumentar a tensão. Quando te obrigas a mudar tua
forma de sentir verás que em alguns dos processos tu passas para a direita, porém, noutros passarás
para a esquerda. Quando te libertes conscientemente, em todos os processos passarás sempre para a
direita.
Porém, o que entendemos por libertar, ou soltar conscientemente? Como podemos em prática
a libertação de sentimentos? Depois do diagrama explicaremos isto detalhadamente.

Diagrama do fluxo libertador

Antes da libertação de sentimentos: Depois da libertação de sentimentos:

Apatia, tristeza, medo, desejo, ira e orgulho Coragem, aceitação e paz


Tenso Relaxado
Infeliz Feliz
Confuso Compreensível
Pesado, lento Leve, ágil
Fechado Aberto
Contraído Descontraído
Improdutivo Produtivo
Ineficaz Eficaz

A prática da libertação de sentimentos.

Há três formas de abordar o processo da libertação de sentimentos e todas levam ao mesmo


resultado: liberar tua capacidade natural de soltar rapidamente qualquer emoção não desejada e
deixar que se dissolva parte da energia reprimida do teu subconsciente. A primeira maneira é
decidir libertar-se de um sentimento não desejado. A segunda é aceitar o sentimento e deixar que a
emoção simplesmente exista. A terceira é entrar no núcleo da emoção.

Exercício n° 1:

Permite-me que para esclarecer te peça para participares de um exercício específico. É


importante que faças este exercício para integrar em tua mente algo que só as palavras lidas não
podem fazê-lo.
Pega uma caneta.
Segura com força.
Imaginas que ela seja um dos teus sentimentos limitadores e que tua mão representa tua
vontade ou tua consciência.
Se segurares a caneta com força durante tempo suficiente começará a se tornar incômodo
embora familiar.
Agora abre tua mão e deixa que a caneta role em tua mão sem cair.
Observa que eras tu quem se agarrava a ela, ela não estava agarrada à tua mão.

O mesmo acontece com teus sentimentos. Eles estão tão agarrados a ti como a caneta estava
agarrada à tua mão. Muitas vezes acreditamos que um sentimento se agarra a nós. Mas não é
verdade… sempre temos o controle, o que acontece é que não sabemos que temos o controle.

18
Agora solta a caneta.
Deixa-a cair no chão.
O que aconteceu? Soltaste a caneta e ela caiu no chão.
Foi difícil?
Claro que não.
È a isto que nos referimos quando dizemos ‘soltar’, ‘libertar’…

Podes fazer o mesmo com qualquer sentimento: decidir soltá-lo e libertá-lo.

Continuando com a analogia: se fores andando com a mão aberta, não seria difícil agarrar
uma caneta? Pois, do mesmo modo, quando permites ou aceitas um sentimento estás abrindo tua
consciência e isto permite que o sentimento saia por si mesmo – como as nuvens que cruzam o céu
ou a fumaça que sobe de uma chaminé aberta. É como se removesse a tampa de uma panela de
pressão.
Se agora pegares a caneta e a imaginares ampliada o suficiente ela te parecerá cada vez
mais com um espaço vazio. Verias os espaços entre as moléculas e os átomos. Quando fizeres o
mesmo ao núcleo de um sentimento observarás um fenômeno semelhante: na realidade ali não existe
nada.
Quando fores dominando o processo da libertação de sentimentos descobrirás que até teus
sentimentos mais profundos só estão na superfície.
No núcleo está vazio, em silêncio e em paz sem dor e sem a escuridão que muitos supomos.
De fato, inclusive nossos sentimentos mais fortes não têm mais substância que uma bolha de sabão.
E já sabes o que acontece quando tocas com o dedo numa bolha de sabão: ela estoura. Isto é
exatamente o que se passa quando penetramos no núcleo de um sentimento.
Por favor, recorda estes três exemplos (ter pegado a caneta e soltá-la, tê-la ampliado e
observar os átomos e ter penetrado no núcleo de uma emoção estourando-a como se faz com uma
bolha de sabão) enquanto avançamos juntos pelo processo de libertação de sentimentos. Soltar-se te
ajudará a libertar-se de todos os padrões de conduta, pensamento e sentimento não desejados. A
única coisa que te pedimos é que estejas o mais aberto possível ao processo. A libertação de
sentimentos te deixará livre para tornar um pensamento mais claro, porém não se trata de um
processo de reflexão. Embora te ajude a atingir uma maior criatividade não precisas ser criativo
para ser eficiente na libertação de sentimentos.
Quanto mais te dediques a ver, ouvir e sentir o funcionamento do processo de libertação de
sentimentos, em vez de pensar em como ou porque ele funciona, maior aproveitamento terás. Deixa-
te levar o mais que possa pelo coração (intuição) e não pela cabeça (raciocínio). Se te encontras um
tanto preso à vontade de compreender podes usar o processo para te libertares de querer
compreender. Garanto-te que à medida que vás trabalhando com o processo o irás compreendendo
melhor pela experiência e não pela teoria.
Assim, pois, vamos adiante.

Exercício número 2:

O nome deste exercício é “Decidir soltar” e ele tem seis passos.

1. Coloca-te numa posição cômoda e ‘olha’ teu interior. Podes ficar com os olhos abertos
ou fechados.
2. Concentra-te numa questão sobre a qual gostaria de sentir-se melhor e sinta agora o que
sentias naquele momento. Não precisa ser um sentimento forte. De fato, podes pensar
como te sentes em relação a este livro e o que desejas obter dele. Limita-te a aceitar o
sentimento e deixa que seja o mais completamente possível.

19
(Pode parecer uma instrução simples, porém é assim que deve ser. Vivemos muito nos
nossos pensamentos, em nossas imagens e nas histórias sobre o passado e o futuro em
vez de ficarmos consciente em como nos sentimos neste exato momento. E o agora é o
único momento em que de verdade podemos fazer algo em relação a nossa forma de
sentir – nossa profissão e nossa vida. Não há porque esperar até que um sentimento seja
forte para soltá-lo. De fato, se te sentes chateado, cabisbaixo, confuso, só ou vazio em teu
interior, são estes sentimentos que podes soltar com a mesma facilidade dos outros mais
facilmente identificáveis. Basta que faças tudo o que puderes. Quanto mais trabalhares
co este processo mais fácil será identificar o que sentes.)
3. Faz a ti mesmo uma das três perguntas seguintes:
Eu poderia soltar este sentimento?
Eu poderia permitir que este sentimento saia daqui?
Eu poderia aceitar este sentimento?
Estas perguntas não te dirão se é possível ou não empreender tais ações. ‘Sim’ ou ‘não’
são ambas respostas aceitáveis. Muitas vezes soltarás embora digas ‘não’. Responde o
mais rápido que possas, sem pensar. Todas as perguntas utilizadas neste processo são
deliberadamente simples e não são importantes por si mesmas. Porém foram pensadas
para orientar-te na experiência da libertação de sentimentos, na experiência de deixar de
agarrar-se. Vá para o próximo passo qualquer que tenha sido tua resposta.
4. Qualquer que seja a pergunta que tenhas escolhido faz agora esta outra simples
pergunta? Estou disposto a soltar? Novamente responde rapidamente ‘sim’ ou ‘não’.
Lembra-te também que toda às vezes em que usares este processo estarás com o
objetivo de alcançar tua própria liberdade e esclarecimento. Não importa se o
sentimento é justificável, antigo ou certo. Se a resposta for ‘não’ ou não estás seguro,
faz esta outra pergunta: eu prefiro ficar com este sentimento ou eu quero ser livre? E
independente da resposta vá ao próximo passo.
5. Faz esta simples pergunta? Quando?
Significando, quando soltarei este sentimento? Esta pergunta é um convite para libertar-te
agora! Por isso responde AGORA! É possível que te vejas libertando-te com toda facilidade.
Lembra-te que o soltar é uma decisão que podes tomar em qualquer momento que queiras.
6. Repete os passos anteriores tantas vezes quantas sejam necessárias até que te sintas
livre do sentimento.

É provável que percebas que em cada repetição do processo vás soltando um pouco
mais. A princípio os resultados talvez sejam muito sutis. Porém sendo constantemente
repetido produzirá resultados mais evidentes. Talvez vejas que existem diversas camadas
de sentimentos sobre um mesmo tema. Porém a cada camada que soltes ficarás livre
dela.

Aceitar um sentimento.

É possível que tenhas observado que quando te concentrasse nos teus sentimento no passo 3
do processo de libertação de sentimentos anterior, os soltasses. Eles simplesmente desvaneceram.
Como passamos tanto tempo resistindo e reprimindo nossos sentimentos em vez de deixá-los que
fluam com liberdade em nós, aceitar a existência de um sentimento será talvez a única coisa de que
necessitamos para permitir que ele se solte.
Minha aluna Natalie aprendeu a libertar-se sem esforço reconhecendo seus sentimentos no
momento em que os sentia. Como era uma pessoa que todos os dias se desesperava no automóvel
indo ao trabalho e por sua inquietação, costumava ter muitos problemas devido aos outros veículos
na estrada. Vinham ao seu pensamento ruídos e imagens violentas de acidentes e sentia verdadeiro

20
pânico. Logo começou a escutar uma fita sobre libertação de sentimentos elaborada por um dos
nossos programas de áudio enquanto ia e vinha para o trabalho. E como falava consigo mesma:
‘estás ansiosa?’ ‘Sim’. ‘Serias capaz de deixar de sentir tanta ansiedade?’ ‘Sim’ ela descobriu que em
pouco tempo havia superado a ansiedade. Com o simples fato de permitir seu medo em vez de
enfrentá-lo, suas sensações físicas de respiração rápida e tremores desapareceram e sua mente se
tanquilizou.

Penetrar, mergulhar ou imergir.

A experiência de libertar-se mediante a imersão pode ser completamente diferente dos


processos anteriores. Em primeiro lugar não é recomendado que tentes imergir enquanto fazes outras
coisas. A imersão funciona melhor quando tens um tempo livre para concentrar-te no teu interior. E
funciona melhor quando estamos em contanto com um sentimento mais forte.

Exercício número 3:

Recebes uma notícia que te afeta. Começas a sentir uma forte sensação de medo ou tristeza,
mas tens alguns minutos livre para libertar-se. Senta-te, fecha os olhos e relaxa o melhor que possa
mesmo com o sentimento. Faz então as perguntas: o que o núcleo deste sentimento? Eu poderia me
permitir entrar conscientemente neste núcleo? Eu poderia mergulhar nele?
Provavelmente com o tempo descobrirás tua própria versão de perguntas à medida que vais
trabalhando com elas. Podes imaginar a ti mesmo realmente imergindo no centro do sentimento ou
podes te encontrar com o que sentes que há no núcleo.
Uma vez que comeces a imergir é possível que experimentes diversas imagens e sensações.
Também podes observar que o sentimento se intensifica temporariamente. Então pergunta: eu
poderia penetrar mais? Percebe-te descendo a profundidades maiores, mais além de quaisquer
imagens, sensações e história que tu possas contar sobre este sentimento.
Ao continuar este mergulho chegarás a um ponto em que algo muda no teu interior ou talvez
observes que já não podes te aprofundar mais. Saberá que chegasse ao núcleo quando ficares
tranquilo e em paz interiormente. É até possível que te vejas banhado por uma luz interior ou
rodeado de um vazio e um silêncio agradável.
Se não tens certeza, se te seguras e crês que não podes seguir adiante neste processo ou se
não te sentes preenchido e livre do sentimento passa a uma das outras formas de libertação de
sentimentos.
Lembre-se que, se o sentimento continua forte ou se intensificou é porque não chegastes ao
núcleo. Todos os sentimentos, exceto o de paz, estão na superfície. Talvez isto seja diferente do que
te disseram antes sobre mergulhar num sentimento. Muitos de nós evitamos imergir num sentimento
porque temos medo de nos perdermos ou de tudo fique pior. No entanto se realmente conseguimos
ultrapassar a superfície e chegar ao núcleo descobriremos que lá não há nada mais.
Margie chegou à aula com um profundo sentimento de tristeza que a acompanhava há mais
de dez anos desde que se sentiu traída pelas pessoas de outra organização de auto ajuda. Sem entrar
em detalhes ela concordou em submergir-se na tristeza pensando que assim seria a melhor maneira
de libertar-se. Fez as perguntas e logo sua tristeza aumentou. Quando ela começou a chorar eu me
limitei a estimulá-la a ir mais profundo nas sensações e na história. Para sua surpresa em poucos
minutos ela entrou num estado de profunda paz. Depois ele disse que havia evitado a libertação de
sentimentos porque se sentia como se estivesse diante de um mar de dor. Uma vez libertada se deu
conta de que a tristeza só estava na superfície. O que na realidade estava evitando no seu interior era
um mar de amor.

21
A maioria das pessoas quando trabalha com este sistema de libertação de sentimentos
observa que cada vez é mais fácil penetrar núcleo de qualquer emoção e deixar que ela se dissolva.
Elas percebem que todo sentimento, por mais traumático que seja, tem pouca substância é apenas
um ruído.

Os sentimentos são mentiras.

Quando estiveres refletindo sobre um determinado sentimento, explicando a ti mesmo sobre


sua utilidade, justificando que estás completamente certo quando te agarras a ele é sinal de caíste
numa grande mentira. À medida que avances em tua experiência de soltar-se uma das coisas que
notarás é que os sentimentos que libertas normalmente defendem suas próprias conservações. Os
sentimentos mentem e fazem promessas vazias. Por exemplo: ‘o medo me faz sentir seguro’, ‘se me
sinto culpado não repito o que fiz’, ‘se fico com raiva critico outra pessoa ao invés de sofre sozinho’.
A única coisa que acontece é que um determinado sentimento perpetua o problema que querias
evitar. Um sentimento é uma mentira.
Duas frases que emprego em minhas aulas refletem este ponto. Talvez te recorde de um koan
(uma adivinhação aparentemente absurda e quase sem solução imediata) do Budismo Zen, algo que
não se pode entender a menos que se solte. Aqui estão: Os sentimentos só mentem. Dizem-nos que
ao soltá-los vamos obter algo que já possuímos quando estamos agarrados a eles.

A mente é como um computador.

Para compreender melhor o MS vamos dizer que a mente funciona de forma similar ao
computador. Evidentemente o funcionamento de um computador se baseia em parte no modelo da
mente humana, o que não é incompreensível. Com certeza tu sabes que o computador precisa de uma
parte mecânica (hardware) e de programas (software). Em nossa analogia o cérebro e o sistema
nervoso é o hardware enquanto que os nossos pensamentos, sentimentos, lembranças e crenças,
assim como nossa inteligência inata constituem o software.
Em que consiste o sistema operacional humano? Os programas que movem o corpo e a mente
são a inteligência oculta que permite que o sistema funcione e guarde conhecimentos. Quase tudo o
que precisamos para funcionar bem na vida é inato. As únicas exceções são as habilidades
específicas que adquirimos, as quais podem variar muito. Vão desde tocar um instrumento musical
até a realizar uma cirurgia num cérebro.
Não acontece o mesmo com o computador, que funciona mais depressa e com maior eficácia
quanto maior for sua memória, o espaço que dispõe para armazenas informações. À medida que
avançamos na vida temos experiências e acumulamos dados até que nossa memória residual se
preencha e nossa capacidade de processar se torne excessiva e comece a ficar lenta. Nos
computadores, para liberar espaço, podemos comprimir arquivos. Do mesmo modo, as experiências
cujo conteúdo emocional é neutro e parecem completas estão muito comprimidas. Enquanto que as
experiências incompletas e de muita carga emocional são como programas e arquivos que foram
deixados abertos e que seguem funcionando em nossa vida sem os percebermos. E eles utilizam uma
quantidade enorme da memória que dispomos e da nossa capacidade de processar.
Quando somos crianças os programas abertos normalmente não representam um grande
problema, mas à medida que vamos crescendo há menos memória disponível inclusive para as
funções corporais como a respiração e a digestão. A consequência é que todo o sistema trabalha em
excesso e começa a falhar. Então os programas e arquivos abertos passam a atrapalhar a nossa
capacidade básica de funcionar na vida e de aprender habilidades novas e úteis.

22
Eles criam confusão e conflitos mentais porque na maioria das vezes nos mandam mensagens
que se contradizem e interferem entre si e com nossas intenções conscientes.
Quando usamos o MS soltamos as cargas emocionais que mantêm funcionando ocultamente
os velhos programas e arquivos e nossas vidas. Deste modo aumentamos nossa memória e
aceleramos nossa capacidade de processar. A libertação de sentimentos nos permite conservar a
sabedoria adquirida com a experiência sem que nossa energia e nossa memória se desgastem como
acontece quando nos sentimos emocionalmente incompletos. Noutras palavras, quanto mais
usarmos o MS melhor funcionaremos.

A libertação de sentimentos por escrito: o que queres em tua vida?

No momento adequado serás convidado a analisar teus sentimentos por escrito. Para isto
usarás uma espécie de diário para que possas acompanhar os resultados. Quando tiveres terminado o
livro ou o trabalho em áreas íntimas podes rasgar as folhas, pois elas não precisam ser relidas.

Exercício número 4:

Antes de seguir lendo pega o teu diário e faz uma lista de tudo aquilo que gostarias de mudar ou
melhorar em tua vida. Esta lista te servirá como declaração de intenções para este auto estudo
sobre o MS. Voltaremos a ela à medida que avancemos juntos neste processo de modo que leva
tanto tempo quanto for necessário para elaborá-la e seja o mais específico possível.
Ao escrever tuas intenções lembra-te de não impor limites ao que penses que é possível obter
com a leitura deste livro. Estás descobrindo uma ferramenta que te acompanhará pelo resto de tua
vida. Diverte-te. Este livro foi projetado para ajudar-te a iniciar um processo que te pode conduzir a
possuir, ser e fazer tudo. O processo tem tanta força e funciona de maneira tão simples que muitas
das intenções de tua lista serão realizadas sem que chegues a trabalhar nelas diretamente.

Escreve também os benefícios obtidos.

À medida que vás libertando te recomendo encarecidamente que escrevas os benefícios


obtidos, na ordem em que forem chegando, para te proporcionar um descobrimento muito maior de
si mesmo. Registra estes resultados positivos em teu diário de libertação de sentimentos onde
anotarás teus pensamentos.
Veja a seguir uma curta lista dos tipos de benefícios que podes esperar ao trabalhar com o
material deste livro.
• Mudanças positivas nas condutas e atitudes.
• Maior facilidade, eficácia e alegria nas atividades cotidianas.
• Comunicações pessoais mais abertas e eficazes.
• Maior capacidade de resolver problemas.
• Mais flexibilidade.
• Estarás mais relaxado e te sentirás mais seguro em tuas atuações.
• Sucessos.
• Chegada aos topos.
• Novos inícios.
• Aquisição de novas habilidades e destrezas.
• Aumento dos sentimentos positivos.
• Diminuição dos sentimentos negativos.
• Mais amor pelos outros e dos outros.

23
Além destes benefícios, à medida que vais explorando o material deste livro, descobrirás
teus padrões de limitação e as formas concretas de poder mudar tua vida para melhor.
Recomendo-te que anotes estes descobrimentos à medida que eles forem surgindo.

Voltar à vida.

Meu objetivo nestas páginas é ajudar-te a aprender tudo o que necessitas para ter, ser e
fazer qualquer coisa que desejes. Prometo que se trabalhares fielmente com o MS ele transformará
positivamente todos os aspectos de tua vida. Quando teu estresse e tua tensão interiores se forem
diluindo com facilidade, te surpreenderás com um sorriso nos lábios e rindo às gargalhadas.

Exercício número 5:

Agora antes de começar o capítulo seguinte brinca um pouco com o que acabamos de fazer
juntos para ver o que podes descobrir por ti mesmo. Pratica a libertação de sentimentos durante
todo o dia, toda vez que perceberes um sentimento negativo (antigo ou não), e observa de que modo
já vais libertando sozinho. Quanto mais te dediques a esta maneira de abordar teus sentimentos
maiores serão os benefícios e a facilidade de libertação de sentimentos que adquirirás. Sê constante
(podes trabalhar a inconstância…). Quanto mais explores a libertação de sentimentos mais natural
ela ficará como alternativa à repressão – e te sentirás mais livre.

As perguntas básicas de libertação de sentimentos neste capítulo são:

• Qual é o sentimento agora?


• Eu poderia aceitá-lo/permiti-lo?
• Eu poderia soltá-lo?
• Eu o soltaria?
• Quando?

Capítulo 2

Tua fórmula para o sucesso.

Neste livro minha intenção é guiar-te, através da tua experiência, no aprendizado de como
soltar as reações ou os sentimentos que te impedem de render ao máximo, atingir todo teu potencial e
viver uma vida cheia de felicidade, alegria e bem estar.
Se tiveres tido a oportunidade de praticar as perguntas de libertação de sentimentos ao
menos um pouco, este capítulo te oferecerá algumas orientações detalhadas para usar o MS de
modo eficaz. (Se não praticastes, volta e pratica ou perderás teu tempo…). São sugestões que se
baseiam na experiência de mais de 25 anos de seminários e retiros sobre o MS além de formar
instrutores e de analisar as melhores formas de obter o máximo benefício da libertação de
sentimentos.
Peço-te que à medida que vás avançando estejas consciente de que o processo de libertação
de sentimentos é completamente interno. Ou seja, não tem nada a ver com nada ou com ninguém
que não sejas tu mesmo. Só pertence a tuas reações ou sentimentos interiores relacionados com as
pessoas e as circunstâncias de tua vida. Quando te liberta deles o processo é tão fácil e tão agradável
que até é possível que te faça rir. As pessoas normalmente riem muito nos meus workshops. Como o
processo de libertação de sentimentos funciona num nível básico e interior até quando o pratiques
com outra pessoa – o que vais aprender agora – descobrirás que nunca necessitarás compartilhar

24
os detalhes pessoais para obter os resultados máximos deste trabalho. Podes libertar junto com um
companheiro e continuar protegendo tua intimidade.
Ao participar das explorações que este livro contém limita-te a soltar teus sentimentos o
melhor que possas. “O melhor que possas” significa “Na medida de tua capacidade naquele
momento”. Nunca deves forçar um sentimento ou uma libertação de sentimentos que em realidade
não exista. Além disso, só podes soltar aquilo a que estás agarrado, sentindo naquele momento. Se
por exemplo trabalhas com a raiva, as perguntas de libertação de sentimentos não se referem a todos
os momentos de ira que já tivesses. Elas são, simplesmente, um convite para soltar a ira que sentes
no momento do exercício. Por favor, leva em conta que, devido ao caráter relaxante deste processo, e
em geral a natureza humana, é possível que nem sempre experimentes teus sentimentos com força.
Isto não significa que não estás fazendo um bom trabalho. Em geral, o fato de soltar é eficaz tanto
para sentimentos que se apresentam fortes quanto para sentimentos que se apresentam fracos. De
fato, se te acostumares a soltar sentimentos durante tua vida diária – até nas coisas sem importância –
no final te parecerá que tudo é de pouca importância. À medida que comeces a soltar tua tensão
interior e outros sentimentos estressantes observará que experimentas um sentimento de alívio e de
maior consciência. Este é só um dos muitos benefícios que podes conseguir com o MS.
Garanto-te que farás progressos enormes – e rápidos – e experimentarás muitos efeitos
positivos e poderosos da libertação de sentimentos, quando aplicares o que estás aprendendo. Como
já dissemos na Associação de Treinamentos, nós chamamos estas mudanças de benefícios. Sem
dúvida às vezes acontecem surpresas. São resultados agradáveis inesperados. Por exemplo, é
possível que o aspecto específico que gostarias de mudar em tua vida com o MS não se transforme
tão rapidamente quanto queiras, entretanto outro aspecto começa a mudar. Pode ocorrer que o
aspecto a que te proponhas seja realmente o último a mudar. Porém, é mais provável que as
mudanças se produzam mais depressa do que jamais tivesses sonhado.
Para explicar de outra maneira imaginemos que uma determinada pessoa recorre ao MS
objetivamente para adquirir um maior sucesso econômico. Ela lê o livro com atenção, trabalha com
esmero com o material nele contido e não vê os benefícios econômicos imediatamente. Em vez disso
é possível que sinta uma melhora na saúde e depois melhoras em suas relações pessoais. Depois disto
pode ser que se desenvolvam algumas habilidades profissionais melhores. E só então talvez consiga
alcançar o sucesso econômico que buscava inicialmente.
Por favor, não me interpretes mal. Garanto que o MS produzirá mudanças importantes em
tua vida. O que acontece é que, às vezes, é possível que estas mudanças não cheguem exatamente na
ordem que esperavas ou na ordem prevista. A mudança pode também ser gradual, lenta. Talvez teus
amigos, companheiros de trabalho e empregados (ou patrões) se deem conta das tuas mudanças antes
de ti.
À medida que incorporas a libertação de sentimentos em tua vida, de forma regular, logo te
darás conta de que vai se tornando cada vez mais fácil a percepção dos teus sentimentos. Isto é um
sinal de que estás progredindo. Significa que estás preparado para ser consciente de muitas emoções
que tens estado reprimindo ou evitando e que estás pronto para libertá-las. Segundo minha
experiência as pessoas normalmente não experimentam sentimentos que não sejam capazes de
enfrentar – embora tenha havido poucos alunos que passaram uma ou duas noites inquietos e sem
poder dormir enquanto sua resistência a determinados sentimentos ia diminuindo. Porém,
continuaram libertando e logo soltaram tudo o que lhes preocupava. A maioria das pessoas não é
afetada em absoluto quanto ao sono, a não ser de maneira positiva. O bom é que quanto mais se usa o
processo de libertação de sentimentos mais fácil fica soltar-se. E isto é o que gera a segurança para
que experimentes todos os teus sentimentos – dolorosos ou agradáveis – com maior profundidade.
Ao sentir mais plenamente todos os teus sentimentos, terás mais prazer e plenitude em tudo o que
fizeres.

25
A analogia seguinte reflete um pouco do que significa usar o MS. Alguma vez já
comesses em um restaurante onde os pratos ficam em compartimentos diferentes e o cliente escolhe
o que deseja? Se já, deves lembrar-se que após tirar o prato alguém põe outro no local. O mesmo
acontece com nossas emoções quando as soltamos. Se existirem outros sentimentos relacionados
com o mesmo tema do qual começamos a libertar irão aparecendo outros sentimentos relacionados
com aqueles até que o compartimento fique vazio. Diferentemente daqueles restaurantes, todo
sentimento que captes e libertes desaparecerão, não mais voltarão. Quando analisares os processos
deste livro, o mais provável é que comeces a soltar um sentimento de cada vez, e depois em
pequenos grupos, até que adquiras tal habilidade em libertar sentimentos que no final trabalharás a
níveis mais profundos – até que sejas capaz de libertar muitos sentimentos sobre um mesmo tem, de
uma só vez.
Acontece muitas vezes que mesmo quando não procuramos nem temos a intenção de
conseguir algo é exatamente quando a mente se relaxa o bastante para que seja possível a libertação
de sentimentos e a compreensão.
Quando por fim experimentares a libertação de sentimentos, à medida que trabalhas com o
MS, descobrirás a compreensão e os benefícios que muitas vezes chegam quando menos tu esperas.
Portanto é conveniente que observes todo dia para a possibilidade de que cheguem os
benefícios e estejas sempre aberto ao inesperado. Faz tudo o que puderes para estar sempre
relaxado e para aceitar que o controle do tempo dos teus melhores avanços e compreensões,
incluindo a definição de tua verdadeira natureza pode te escapar por completo.

Perguntas freqüentes.

Os alunos que assistem aos cursos do MS normalmente fazem as seguintes perguntas.


Repasse-as quantas vezes necessites enquanto trabalhas com o processo de libertação de sentimentos.

1. Com que frequência devo libertar?

Libertar é algo bom, por isso nunca se pode exagerar. Quanto maior for a frequência com
que apliques o MS durante o dia, mais benefícios obterás dele. Podes libertar em qualquer
momento para se sentir melhor, com as ideias mais claras, mais seguro de si mesmo e mais
dinâmico. Simplesmente deixa que teu interior se abra e que saiam os sentimentos que te
envolvem. Pensa que cada problema de tua vida é uma oportunidade de maior liberdade.
Lembra também que deves te divertir. Evita transformar a libertação de sentimentos em um
dever a mais. À medida que adquiras o costume de soltar os sentimentos nos momentos em
que eles afloram, desenvolverás uma força magnífica que te servirá de ajuda quando
surgirem sentimentos mais profundos. Alem disso, será cada vez mais fácil soltá-los.

2. Quanto tempo se leva para aprender a soltar?

Depende de ti. No capítulo 1 aprendeste (?) algumas ideias básicas da técnica de libertação de
sentimentos. a rapidez com que podes observar resultados apreciáveis depende de quanto as
aplique em tua vida diária. Soltar se torna mais fácil quanto mais se pratica. É possível, além
disso, que sintas ou não grandes mudanças imediatamente. Os resultados podem aparecer de
repente ou podem acontecer a níveis muito profundos e só aparecerem depois.

3. Como algo tão simples pode ter tanta força?

As ferramentas mais úteis e de maior poder são normalmente as mais simples. Quando os
processos são fáceis fica mais fácil lembrá-los e repeti-los. Ninguém precisa te convencer

26
sobre a importância de respirar, por exemplo. Se quiseres dar-te instruções para respirar terias
que dizer ‘inspira, expira’ e repetir quantas vezes fossem necessárias. Há algo mais simples
que respirar? E poucas coisas são tão importantes para a vida.
À medida que fores usando o MS descobrirás que é muito fácil, que pode se transformar
numa segunda natureza e que, como a respiração, te exige pouca ou nenhuma atenção.
Lembra do capítulo 1 quando comparamos os sentimentos reprimidos com uma panela de
pressão emocional? Quando libertares muitas vezes, descobrirás também que levantar a
‘tampa’ dos teus sentimentos e deixar que saiam é mais natural que tentar mantê-los presos
no teu interior.

4. O que se sente ao libertar?

A experiência de soltar é muito pessoal. A maioria das pessoas tem uma sensação imediata
de relaxação e tranquilidade ao usar este processo. Outras sentem que uma energia percorre
seus corpos como se voltassem à vida. Com o tempo as mudanças se podem tornar-se mais
evidentes. Além de sensações físicas, observarás que tua mente irá se acalmando
progressivamente e que os pensamentos que nelas permanecerem vão se tornando mais
claros. Começarás a perceber mais soluções que problemas. À medida que avances no
processo, sentirás melhor a experiência da libertação de sentimentos.

5. Como sei que estou fazendo certo?

Se, ao libertar, observas qualquer mudança positiva em teu sentimento, tua atitude ou tua
conduta, estás fazendo certo. No entanto cada tema em que trabalhes pode requerer
quantidades diferentes de libertação de sentimentos. Se no início não mudar completamente,
continue soltando até chegar ao resultado que desejes.

6. O que devo fazer se me vejo preso de novo aos antigos modelos de conduta ou
simplesmente me esqueço de libertar?

Em primeiro lugar é importante compreender que é algo que deves esperar e que isto não
importa. Tua capacidade de libertar de forma espontânea e no momento e que for
necessário aumentará com a repetição do processo. Logo saberá libertar na hora certa.
Logo logo quando te surpreenderes no meio de um velho padrão de conduta, saberás te
libertar mesmo com este velho padrão em marcha, e interrompê-lo. Ao fazê-lo, te darás
conta de que era capaz de mudar o padrão. Em pouco tempo aprenderás a prever teu
comportamento antes de cair em velhos costumes, te libertarás e não mais os seguirás. Por
fim, já não precisarás libertar o mesmo sentimento, pois ele já foi libertado
completamente. Se fores constante, tua atitude e eficácia mudarão para melhor, inclusive
diante de problemas antigos. Até é possível que chegues a um ponto em que apenas te
lembre que já tivesses certo problema quando alguém ou algo te faça lembrar. Pode ser
útil programar períodos curtos de libertação de sentimentos durante o dia e praticar.

7. Que devo fazer se já sigo uma terapia ou outro sistema de crescimento pessoal?

Como soltar é a essência de qualquer terapia boa e uma ferramenta muito eficaz para o
crescimento pessoal, descobrirás que o uso do MS é uma ajuda ideal para outros sistemas. E
isto se aplica aos sistemas que podes estar usando ou a outros que vás utilizar. Se combinas a
libertação de sentimentos com outras formas de autoanálise, os resultados se produzirão com
mais rapidez e facilidade. Com o MS te será mais fácil perseverá em qualquer processo, pois

27
poderás compreender e aplicar de forma mais coerente as ideias que estiveres aprendendo.
Quando aprenderes o MS possivelmente dirás que ele é a peça que faltava e que o estavas
procurando em tudo o que antes havias feito para ajudar-te a ti mesmo.

Nota: se estás seguindo algum tratamento psicológico ou médico, por favor, não pare sem antes
consultar teu médico.

Aproveita a força de teus diferentes modos de sentir.

A maioria de nós tem uma forma dominante de sentir fisicamente: visual, auditiva ou
cinestésica. Se não estás certo de qual é o teu principal modo de sentir, ao fazer as perguntas de
libertação de sentimentos procura incorporar os três modos ao processo. Depois fica usando aquele
que te faz sentir melhor.

O sentir visual.

Se fores mais visual deixa que apareçam imagens enquanto te fazes as perguntas de libertação
de sentimentos. Para começar aqui tens algumas sugestões:

• Visualiza um nó na tensão ou sensação que sentes em teu corpo e vê-lo se


desmanchando enquanto vais libertando.
• Ou imagina que há uma tampa em tua panela de pressão interior e aceita que a única
coisa que tens de fazer é levantar a tampa para que o sentimento saia. Observa como a
abres enquanto a pressão vai cedendo.
• Ou imagine apertando com força um sentimento em tua mão e depois olha como ela
vai se abrindo até que o sentimento se vá. Se quiseres usar também o modo
cinestésico podes fechar e apertar fisicamente tua mão enquanto te agarras ao
sentimento e abri-la quando o fores soltando.
• Ou imagina que teus sentimentos são sacolas de energia não desejada presas em teu
corpo, que fazes furos nelas e assiste como sai esta energia negativa.
• Ou podes experimentar teus sentimentos limitadores como uma sensação de
escuridão. Neste caso imagina como eles desaparecem quando os ilumina.

O sentir cinestésico.

Se fores predominantemente cinestésico presta atenção às sensações físicas. Permite


inicialmente experimentar um sentimento em teu corpo tão plenamente quanto possas e em seguida o
relaxas enquanto vás soltando o sentimento. Talvez prefiras reforçar a experiência de libertação de
sentimentos com algum movimento corporal. Experimenta com as seguintes sugestões:

• Coloca as palmas das mãos sobre o tórax. Enquanto soltas um sentimento levanta um
pouco as mãos criando um espaço imaginário por onde o sentimento possa sair e
subir.
• Ou fecha tua mão sobre o tórax e depois a abre quando soltares um sentimento.
• Ou combina a ação física de abrir os braços com a mesma sensação interior que tens
quando estás ao ponto de abraçar alguém a quem queres muito bem. Primeiro, junta as
mãos como se fosses rezar e deixa que vás adquirindo consciência de tudo o que te
rodeia. Depois abre lentamente os braços e ao mesmo tempo te sintas carinhoso.
Continua abrindo-te interiormente o mais que possas enquanto moves as mãos para os

28
lados até que elas estejam o mais separado possível sem forçar. Se realizares todo o
processo sem prestares muita atenção provavelmente o farás mais rapidamente.
• Ou coloca a mão naquele ponto do corpo onde sentes um sentimento – normalmente
está no tórax ou no ventre. Utiliza esta ação para que te lembres que deves concentrar-
te no sentir o próprio sentimento e não nos pensamentos sobre ele.

O sentir auditivo.

Se és mais auditivo as perguntas do capítulo 1 são suficientes para ti. Também podes
entabular uma conversação interior curta, positiva e estimulante para reafirmares o que fazes. Evita o
debate. Talvez até te surpreendas com o que ouvires. Uma aluna minha ouviu as palavras ‘mal, mal,
mal’ repetidas com sua própria voz como se fosse um cachorro zangado. Isto lhe causou risos e veio
a libertação de sentimentos.
Não importa o modo de sentir que adotes. Todos podem se beneficiar aplicando as sugestões
anteriores. Lembra-te do exercício de segurar a caneta? Podes usar este exercício também.

Exercício número 6:

Para melhorar tua capacidade natural de soltar-se, pratica um simples jogo várias vezes ao
dia. O objetivo é ensaiar em sentir um sentimento e logo soltá-lo. Porém, mantém a pressão baixa e
brinca só com transtornos e sentimentos ocasionais. Sempre que estiveres sentindo um sentimento
permite-se continuar sentindo. Em seguida analisa para determinar se estás disposto a dar uma
oportunidade ao processo de libertação de sentimentos. Se estiveres, faz as perguntas: o que estou
sentindo? Eu poderia me permitir sentir este sentimento? Eu poderia soltá-lo? Eu o soltaria?
Quando? E ao responder agora! Pergunte-se: e agora como me sinto? Eu poderia soltá-lo? Eu o
soltaria? Quando? E ao responder agora! Pergunte-se: e agora como me sinto? E assim
sucessivamente. Este jogo melhora a fluidez emocional.

Quando duas pessoas se unem com o mesmo objetivo.

É possível que tenhas ouvido uma versão de história que se segue. É uma das minhas
preferidas. “Um homem chega ao céu e se encontra com Deus às portas do paraíso. Deus lhe
pergunta: filho, tens algum último desejo antes de passares toda a eternidade no céu? Sim, responde
o homem. Eu queria ver como é o inferno. Deus disse: de acordo. Estalou os dedos e eles entraram
no inferno no mesmo instante. Diante deles, até onde a vista alcançava havia uma mesa repleta de
bons alimentos. Em ambos os lados da mesa estavam milhões de pessoas todas morrendo de fome. O
homem pergunta a Deus: por que elas estão morrendo de fome? Deus responde: todos devem comer
com talheres que têm três metros de comprimento. O homem disse: isto é impossível! Deus então
estala os dedos e eles voltam ao céu. Quando eles entram diante deles, até onde a vista alcançava
havia também uma mesa repleta de bons alimentos. Em ambos os lados da mesa estavam também
milhões de pessoas, porém todas estavam felizes e bem alimentadas. O homem pergunta: como são
os talheres aqui? Deus responde: também têm três metros de comprimento. Não entendo, diz o
homem. Como é possível? E Deus explica: é que aqui cada pessoa alimenta a outra que está ao seu
lado…

Os processos que se analisam neste livro são dos programas de áudio do MS, assim como
dos Cursos Básicos e Avançados que ministramos na Associação de Treinamento Sedona. Foram
idealizados para que possas praticar sozinho ou com um amigo, um familiar ou outra pessoa
querida. Quando as pessoas se juntam para praticarem como libertar surge uma força
impressionante. Esta é a razão pela qual fazemos seminários onde todos podem obter benefícios ao

29
partilhar este material com outras pessoas. Na terra como no céu, quando nos preocupamos com as
necessidades dos outros, ninguém fica sem ‘comer’.

Exercício número 7:

Se decidires realizar os exercícios deste livro com outra pessoa, vocês podem fazer as
perguntas um ao outro durante as explorações. A única coisa que deves fazer é compartilhar com o
outro e lerem o livro. Demonstra ao teu companheiro que tu tens confiança nos teus conhecimentos,
mas deixa que ele tenha as próprias experiências.
Quando ajudares a libertação de sentimentos de teu companheiro esforça-te para libertar a
ti também. Será algo que se produzirá de forma natural se mantiveres a mente aberta. Deixa que teu
colega se aprofunde no processo o quanto queira. Evita dirigir o processo, evita julgar tuas
respostas ou as de teu companheiro. Não é tua missão corrigi-lo.
Evita falar das explorações até que tu e teu companheiro tenham completado a sessão e
estejam de acordo a falar sobre ela. Aceitas o ponto de vista dele mesmo que não coincida com o
teu.
É possível que ele te diga: “estou triste”, e que tu penses que em realidade ele esteja
cansado, por exemplo. Portanto ajuda-o a libertar-se da tristeza. Aceita sem vacilar tudo o que ela
diga durante a sessão. Um desacordo habitual entre companheiros é normal ou não há liberação
plena. Tu podes pensar que ele deve seguir libertando um tema embora ele te diga “me sinto bem”,
“terminou”. Uma vez mais, por mais forte que seja a tua tentação, não é adequando impor teus
sentimentos ao teu companheiro de sessão.
Evita representar o papel de conselheiro ou terapeuta a menos que esta seja tua profissão e
que teu companheiro te peça especificamente que o ajudes. Além disso, se teu companheiro precisar
de ajuda profissional sugere, depois da sessão, que a busque.

Kenneth: soltar seu apego a uma história.

Kenneth foi testemunha dos atentados contra o World Trade Center de Nova Iorque em 11 de
setembro de 2001. A pesar de naquela época já estar praticado libertação de sentimentos todos os
dias ele estava, há um mês, num estado de muita ansiedade quando chegou ao Retiro de sete dias em
Sedona aquele mês de outubro. Ele nos contou esta história dramática:
Eu estava atrasado para uma reunião com um cliente às nove horas da manhã no outro lado da
Rua da Zona Centro. Ao sair do metrô as escadas rolantes estavam congestionadas pela multidão que
mostravam a agitação própria dos nova-iorquinos. Quando cheguei à rua me voltei para a direita e vi
muitas pessoas paradas olhando para cima para a Torre Norte que já estava queimando. Neste
momento nenhum de nós sabia o que havia acontecido. Parecia simplesmente um incêndio nos dois
andares. Enquanto me apressava tudo que eu pensava era: que cheguem logo os bombeiros!
Ao entrar no edifício de meu cliente subi de elevador até o 14° andar. Porém, não havia
ninguém e o escritório estava fechado. Desci, saí do edifício e fiquei em pé durante pouco tempo
vendo o fogo. Depois de 5 a 10 minutos houve uma nova explosão na outra Torre – um som parecido
ao que faz uma estufa de gás. Primeiro foi como um rugido, mas aumentado milhões de vezes. Por
estranho que pareça eu não sabia que havia o choque de um avião até mais tarde quando cheguei em
casa e falei por telefone com minha noiva que estava assistindo o que acontecia pela CNN. Naquele
momento parecia que explodia uma bomba. Foi então que eu e as pessoas da rua nos demos conta de
que se tratava de algo mais que um simples incêndio.

30
Ao acontecer a explosão começou a chover sobre nós uma quantidade enorme de papéis. As
pessoas presas de pânico começaram a correr pela Rua Day. Nas suas pressas para se distanciarem o
quanto pudessem quase me atropelaram. Naquele momento eu não estava libertando
conscientemente. Mas do que medo eu sentia curiosidade. Tentei ligar pelo celular para contar à
minha noiva, porém não funcionava, pois o transmissor era em cima das Torres. Depois de alguns
minutos começou o barulho das sirenes dos bombeiros e da polícia que se dirigiam até onde nós
estávamos. Continuava caindo papéis, porém não havia poeira. Era algo surrealista. Lembro que caiu
um papel aos meus pés onde havia o nome de um banco alemão. Emocionei-me, pois sou alemão.
Um segundo momento dramático que observei foi quando começou a pular pessoas dos
andares superiores da Torre Norte. Era uma manhã clara, assim tudo me parecia irreal. Era uma
imagem perfeita em tela panorâmica e me parecia que eu estava assistindo a um filme. Cores
perfeitas e fotos panorâmicas. Houve uma imagem que ficou gravada em minha mente: um homem
de negócios saltando com sua valise nas mãos. Em um dia tão claro aquele homem de pernas para
cima e mãos para baixo, a gravata no ar volteando enquanto ele descia parecendo que estava voando.
As Torres eram muito altas por isso demorou que ele chegasse ao chão. Felizmente não vi o impacto
dos corpos, pois os edifícios me impediram.
Então eu soube que estava se passando algo muito grave. As pessoas choravam pelas ruas e
cada vez que alguém se atirava todo mundo gritava: AAAAAh! Prendendo a respiração. Senti-me
obrigado a olhar apesar de ser algo horrível. Eu me dizia: tens de sair daqui, agora! É possível que
aconteça algo mais. Não sabemos o que provocou o estouro. Talvez haja mais bombas. Sai daqui e
vai para casa! Foi assim que abri espaço como pude entre a multidão até chegar à estação do metrô
da Ponte Brooklyn alguns quarteirões ao norte de onde eu estava. Para chegar até ali eu passei junto
a um parque. Havia milhares de pessoas no parque as quais contemplavam como as coisas
aconteciam. Uma ou duas vezes estive ao ponto de dar a volta e olhar por cima dos ombros. Mas eu
decidi ir-me. Por sorte o metrô funcionava, mas eu era quase a única pessoa que viajava e logo ele
parou.
Cheguei em casa e liguei para minha noiva. Ela me explicou o que viu. Compartilhei com ela
meus sentimentos e o impacto que aquilo me causara. Logo entrei num estado de choque. Não pude
ligar o televisor imediatamente porque ele estava num armário. Retirei-o e liguei. A imagem estava
muito ruim porque as antenas haviam se desconectado. Eu sentia a sensação de que o atentado não
era verdadeiro, era um terrível sentimento de incredibilidade, apesar de eu ter sido testemunha do
que aconteceu. O drama se repetia diante de mim.
Enquanto Kenneth recordava a história eu o guiava no processo de libertação de sentimentos
dos pedaços da experiência: os sons, as imagens, os sentimentos, os pensamentos, as sensações.
Libertou parte do medo e da ansiedade. Porém oferecia muita resistência e normalmente respondia
‘não’ quando eu lhe perguntava “poderias soltar isto?” Eu sabia que todos no grupo nos
beneficiaríamos com o processo de libertação de sentimentos de Kenneth já que a todos havia
afetado profundamente a grandeza da tragédia. Até que Kenneth não foi capaz de reconhecer que no
fundo ele estava orgulhoso de haver vivido uma situação tão única e de haver desenvolvido uma
história tão completa. Uma vez que ele viu realmente seu orgulho ele o libertou e a ansiedade que
estava sentindo também se foi e não voltou mais.
Como disse Kenneth: o orgulho é um sentimento de muita força, penso que finalmente
consegui soltá-lo. A persistência teve sua recompensa. No final me senti alheio ao grupo. Eu estava
só, curtindo a vitória da libertação de sentimentos. Não agradecia a ajuda de Hale nem tentava
conseguir a aprovação de ninguém, só de mim mesmo. Depois da libertação de sentimentos me senti
bem. O 11 de setembro estava ainda muito presente no sentir das pessoas e não deixavam de falar
nele, mas nunca mais me senti fixado ao tema de novo durante todo o tempo em que estive em
Sedona. E melhor ainda, eu estava desinteressado dele.

31
Armadilhas habituais as quais convém evitar.

Muitas pessoas tropeçam em armadilhas habituais ao empreender o caminho do


desenvolvimento pessoa, qualquer que seja sua direção. Aqui tens alguns conselhos para evitá-las:

• “Sofro logo existo”. Por estranho que pareça esta afirmação reflete uma forma na qual muito
de nós vivemos. Identificamo-nos com nossos problemas pensando que somos os únicos que
os temos. É quase como se acreditamos que justificamos nossa existência pelo fato de ter
algum obstáculo a superar, uns problemas para resolver e pela quantidade de sofrimento que
somos capazes de suportar. Identificamo-nos também com o sofrimento que criamos para nós
mesmos. Acostumamo-nos tanto a ser uma pessoa com um determinado problema que muitas
vezes temos medo de saber quem seríamos sem ele. Quando nos detemos um momento a
refletir sobre ‘nossos’ problemas, podemos chegar inclusive a descobrir que chegamos a nos
agarramos tanto a estes padrões de pensamento e conduta, que é difícil nos imaginarmos sem
eles. Em vez de estarmos abertos à incerteza que vem com o soltar, nos agarramos à sensação
artificial de segurança que nos proporciona saber o que podemos esperar, embora se trate de
expectativas nada agradáveis. Não tem por que ser assim.

Exercício número 8:

Pensa em um problema que acreditas que tenhas e te pergunta: “Eu preferiria ter esta falsa
sensação de segurança por saber tudo sobre este problema ou prefiro ser livre?”. Se
preferires ser livre, te soltarás espontaneamente de teu apego a este problema ou começarás
a descobrir soluções naturais, em vez de justificar o problema ou continuar agarrado a ele.

• “Mas, de que vou falar?”. Muitos de nós baseamos uma quantidade enorme de nossas
comunicações interpessoais tentando fazer com que os outros compreendam nossos
problemas ou em sentir pena dos outros. Muitas vezes adquirimos tanta habilidade em expor
nossos problemas aos demais que não queremos abandonar nossa experiência. Não é que
compartilhar problemas seja algo ruim. De fato, a liberdade em compartilhar o que te
preocupa com outras pessoas normalmente pode ser o primeiro passo do processo de soltar e
avançar. Além disso, saber estar à disposição de amigos e companheiros quando eles estão
emocionalmente necessitados demonstra que a pessoa é um bom amigo. Quando nos
agarramos em compartilhar continuamente o mesmo problema não temos alívio algum.
Se tu observas que contas a mesma história mais de uma vez, isto comprova que estás
buscando a concordância ou a aprovação daquele problema.

Exercício número 9:

Se isto acontece pergunta-te: “eu poderia libertar-me de querer que os outros concordem
comigo de que eu tenho este problema?” “Eu poderia me libertar de querer aprovação para
este problema?”.

• “É meu, esta é a razão”. O orgulho é um sentimento interessante. Não nos sentimos


orgulhosos de nossas falhas, mas realmente nos entusiasmamos ao nos sentirmos orgulhosos
dos nossos problemas. Até nos sentimos muito especiais. Este obstáculo no caminho para a
liberdade pode adquirir a forma de sentir-se orgulhos por ter-se superado o problema, por
haver suportado durante tanto tempo ou por ter um problema que nos é exclusivo.

32
Exercício número 10:

Vigia o orgulho. Presta atenção aos teus problemas quando fores tentando libertá-los e
comprova se eles te fazem sentir especial. Se descobrires algum grau de orgulho que podes
admitir honradamente e soltá-lo, te encontrarás com a liberdade necessária para libertar-te
também do problema.

• “Não é sensato perguntar por quê.” Querer compreender ou averiguar o porquê ou de onde
surgem os problemas pode ser também um obstáculo poderoso para soltá-los. Porque temos
de nos agarrar ao nosso problema se quisemos entendê-lo.

Exercício número 11:

Se há algo que te parece importante compreender, soltar o desejo de entender muitas vezes
te proporcionará, com muito menos esforço, a compreensão que estás buscando. Se isto está
ocorrendo pergunta-te: “Eu prefiro compreender meus problemas ou simplesmente gostaria
de me ver livre deles?” se preferires livrar-se deles, te recomendo encarecidamente que
soltes antes o desejo de compreendê-los.
A razão para que isto seja tão importante é que para compreender um problema temos de
abandonar o momento presente que é o único lugar em que na verdade podemos solucionar
qualquer coisa. Além disso, só precisamos realmente compreender um problema se
pensarmos que ele vai acontecer de novo ou que de algum modo ele persista.
Há anos enquanto dava um curso do MS sugeri aos meus alunos que se eles soltassem o
desejo de compreender seus problemas às respostas apareceriam. Havia um homem em
particular ao qual era difícil aceitar esta ideia. Era um engenheiro elétrico e ‘sabia’ sem
sombra de dúvida que necessitava o desejo de compreender as coisas de sua profissão, do
contrário não poderia exercer sua profissão. Não me opus ao seu ponto de vista; limitei-me
apenas a sugerir que ficasse aberto ao menos à possibilidade de que o fato de soltar o desejo
de compreender poderia lhe servir.
Durante as duas semanas do Curso, o engenheiro teve uma experiência que mudou por
completo sua forma de ver as coisas. Ele trabalhava em criar uma apresentação de um
circuito e precisava de uma determinada peça para terminá-lo. Quando foi buscá-la no
depósito a caixa onde supunha está a peça estava vazia. Pensou: estou certo de que se eu
soltar o desejo de querer compreender o que está acontecendo com certeza não funcionará
com este tipo de problema, porém, de qualquer modo, vou tentar. Assim que parou ali, de pé,
alguns minutos e soltou seu desejo de averiguar onde estaria a peça logo se encontrou
dobrando a esquina em direção a outra fileira de prateleiras e, quem diria! Ali estava a peça
que estava procurando. Parou atônito porque havia feito a libertação de sentimentos por pura
diversão, certo de que não ia funcionar, porém funcionou.
Sugiro-te que estejas aberto a possibilidade de que podes obter as respostas que necessitas
em tua vida mediante este processo de soltar o desejo de compreender.

• “Deixa de buscar o passado”. Aborda tua nova vida como se estivesses sempre no presente.
Vivemos em um mundo que segue a um passo incrivelmente rápido, onde nos obrigamos, sem
cessar, a nos mover numa velocidade maior, para que não paremos, para que não fiquemos
por último. Com a pressa de atingir nossas metas, inclusive no âmbito da melhora de nós
mesmos, muitas vezes nós perdemos o momento exato que nos oferece a melhor
oportunidade para nos descobrirmos e nos conhecermos: o agora.

33
A exploração: buscar a liberdade que existe aqui e agora.

Qualquer que seja o ponto passado em que se tenha parado tua consciência, ao liberar-se
diretamente desta questão, desenvolves o costume de evitar voltar a ele. A maioria de nós sabe
perfeitamente encontrar problemas e limitações. Somos especialistas na busca da limitação devido ao
nosso costume de encontrar problemas quando eles não existem.
A liberdade que temos naturalmente sempre está mais próxima do que nosso pensamento
seguinte. A razão porque perdemos nossa liberdade é que saltamos de pensamento em pensamento,
de uma percepção familiar a outra esquecendo-nos do que realmente ocorre aqui e agora.
Inclusive quando trabalhares sobre um determinado problema permite-te verificar onde existe
o problema. Observa que até teu pior problema nem sempre está contigo no momento atual, no
agora. Quando começares a ser consciente da liberdade sem limites a qual é própria da tua natureza
essencial descobrirás que tal consciência contém todos os supostos problemas numa perspectiva real
e te permite viver teu estado natural de liberdade no agora.
O processo a seguir te ajudará a avançar nesta direção. É uma forma de experimentar o que há
mais além de teus problemas aparentes e de te pôr em contato com a segunda forma de libertação de
sentimentos: a aceitação.

Exercício número 12:

Toma consciência de tuas percepções sensoriais começando pelo ouvir. Pergunta-te: “Eu
saberia limitar-me a ouvir, escutar ou aceitar qualquer coisa que possa ouvir neste momento?” e
enquanto te concentras no que ouves pergunta-te: “Eu saberia também aceitar o silêncio que me
rodeia e me deixar impregnar com tudo o que ouço agora?”
Durante alguns minutos passa suavemente do escutar o que ouves ao escutar o que não
ouves, incluindo teus pensamentos.

Exercício número 13:

Quando te sentires preparado começa a concentrar-te no que vês e pergunta-te: “Eu saberia
limitar-me, da melhor maneira possível, simplesmente a ver, tudo o que vejo agora?” e enquanto te
concentras no que vês te pergunta: “Eu saberia também aceitar ou observar o espaço que rodeia
todas as imagem e todos os objetos, (inclusive o espaço em branco entre as linhas desta página?)”
Alterna de novo suavemente entre as duas percepções (o que vês e o que não vês) durante alguns
minutos.

Exercício número 14:

Em seguida te concentra em qualquer sensação física que surja neste momento e pergunta-
te: “Eu saberia limitar-me a perceber qualquer sensação que surja neste momento?” e enquanto te
concentras em todas as sensações te pergunta: “Eu saberia aceitar também a ausência de sensação
que rodeia qualquer sensação?” Alterna de novo suavemente entre as duas percepções (o que entes
e o que não sentes) durante alguns minutos.
Depois te pergunta: “Eu saberia me concentrar no problema específico e aceitar esta
lembrança com todas as imagens, sons, sensações, pensamentos e sentimentos associados a este
problema específico?” e “Eu poderia depois observar que a maior parte de minha experiência se

34
produz fora do problema específico?” e “Eu saberia aceitar pelo menos a possibilidade de que este
problema não seja tão absorvente quanto parecia?”
Alterna de novo suavemente da aceitação do problema e suas percepções associadas à
observação e aceitação do que realmente há aqui e agora, durante alguns minutos.
Ao fazer tudo o que foi descrito verás que progressivamente irás adquirindo uma nova
sensação de claridade referente ao teu suposto problema, além de perceber a diferença entre ele e o
que existe aqui e agora.

Crescer pode ser divertido.

Rogo-te que participes ativamente do processo de liberação. Quanto mais o pratiques mais
terás proveito do que irás obtendo. Porém deixa de lado qualquer idéia desagradável que tenhas sobre
o trabalho. Muitas pessoas acreditam que “nada se consegue sem dor”. O que é errado. À medida que
pratiques o soltar-se, estou certo de que descobrirás que simplesmente não tem porque isto teria que
ser verdade. Em vez de ‘trabalhar’ com este processo permite a ti mesmo entrar nele como num jogo
explorador de tudo o que é possível ser verdade para ti. Como se, o crescimento e a cura pessoais –
chegassem a ser um todo – podessem ser algo lúdico e divertido.
Tenha a coragem de introduzir grandes mudanças para melhor em tua vida. Concede-te a
felicidade, o sucesso e o bem estar que mereces. Quero que tenhas tudo isso e o MS foi desenvolvido
para ajudar-te a consegui-lo. Quando deixares que a facilidade, a simplicidade e o poder
surpreendente do MS se te manifestem através das tuas explorações pessoais, obterás uma ferramenta
que te acompanhará para sempre. Durante 30 anos pessoas como tu, estão se utilizando desta
incrível técnica para melhorar de forma radical todos os aspectos de suas vidas.

Capítulo 3

Teu mapa para chegares à liberdade emocional

Por favor, leia este capítulo com a mente e o coração abertos. Ele foi elaborado para ajudar-te
a analisar e libertar através dos nove estados emocionais fundamentais que todos nós
experimentamos durante o dia: apatia, tristeza, medo, desejo, ira e orgulho (estados emocionais
limitadores) mais coragem, aceitação e paz (estados positivos).
Esta informação vai te ajudar não só a ver com maior clareza teus sentimentos e os
sentimentos dos demais, senão também a incorporar à tua vida o processo de libertação de
sentimentos consciente.

Liberdade e imperturbabilidade.

A liberdade ou imperturbabilidade é a meta final do MS: a liberdade de decidir ter, ser ou


fazer ou não ter, não ser ou não fazer. Este é o estado natural de ser quando nada acontece em
nossa vida que possa perturbar. Tua liberdade já está aqui e agora repousando exatamente debaixo
da superfície de tuas emoções e à medida que domines a libertação de sentimentos te descobrirás.
Então nada nem ninguém te poderá perturbar. Estarás consciente de tudo o que estiver acontecendo
e de tudo desfrutarás sem te sentir apegado a nenhum resultado específico nem preocupado por ele.
Permanecerás tranquilo e em paz.
É possível que agora mesmo estejas dizendo: “Não sei se desejo soltar todas as minhas
emoções. Elas dão cores à minha vida. Elas me fazem sentir vivo”. Asseguro-te que a libertação de
sentimentos de modo algum leva a uma vida sem emoções. O que ocorre é exatamente o contrário.
Dado que em geral nos reprimimos tanto em realidade não nos permitimos sentir o suficiente. Este
atordoamento nos separa da bondade e da riqueza natural da vida muito mais do que nos separa das

35
chamadas emoções negativas. Quando compreenderes que podes soltar teus sentimentos e
começares a fazê-lo serás capaz de sentir tudo em maior grau e de forma muito positiva.
Descansarás seguro no conhecimento de que nenhum sentimento tem poder sobre ti a menos que
decidas permiti-lo.
Descobre tua intuição.

Outra razão de que muitas pessoas hesitem quando começam a soltar os sentimentos é a
crença de que isto proporciona informação e intuição importantes. Minha experiência me diz
exatamente o contrário. Embora possa parecer que os sentimentos restritivos surjam do mesmo lugar
situado debaixo da consciência, como ocorre com a intuição, esta é de fato o conhecimento natural
de nossa autêntica natureza que as emoções bloqueiam. Quando libertamos descobrimos a intuição.

Lester Levenson (o criador do MS) normalmente dizia: “A intuição só acerta 100% das suas
informações”. É algo que talvez seja difícil de aceitar enquanto não descubras a diferença entre tua
intuição e tuas reações emocionais. Portanto utiliza o processo de soltar para poderes distinguir
melhor. Basta que libertes no momento exato e prestes atenção. Logo descobrirás que à medida que
libertas um sentimento limitante ele diminui ou desaparece enquanto que a intuição simplesmente se
torna mais clara e tranquila quando libertas os sentimentos limitantes. Não podes libertar tua
intuição. Em realidade quanto mais libertares teus sentimentos limitantes, mais intuitivo serás, sem
nem sequer precisar soltar no momento em que ela surge.

Os nove estados emocionais.

Inerente a todos nós existem nove estado emocionais: apatia, tristeza, medo, desejo, ira e
orgulho (estados emocionais limitadores) mais coragem, aceitação e paz (estados positivos). Eles se
situam em uma escala de energia e de ação. Na apatia quase não dispomos de energia e
empreendemos pouca ou nenhuma ação externa. Temos mais energia e realizamos mais atividade
exterior quando subimos ao estado de tristeza. Cada emoção sucessiva nessa escala até chegar à paz,
tem mais energia e nos dá capacidade para a ação exterior.
Talvez seja útil a seguinte analogia. Imagina que tuas emoções sejam como se experimentasse
um mar de energia que se canalizara por uma mangueira que representa teu corpo e tua mente.
Quando te encontras na apatia a mangueira está quase completamente enrolada e dobrada deixando
passar muito pouca energia. Na tristeza ela está um pouco mais aberta. Quando chegas à coragem ela
está muito aberta de modo que podes concentrar tua energia em criar o que decidas. Na paz já não há
mais constrição alguma: O mar de energia e tu sois um só. Entre outras coisas, pensar nas emoções
desta forma te ajudará a deixar de julgar-te por aqueles sentimentos que tenhas ou não tenhas. Afinal
as emoções não são nada mais que energias.
Rogo-te que revises este capítulo para que isto te ajude a identificar qual estado emocional
estás experimentando num dado momento. Volta à lista de palavras e frases que descrevem cada um
dos nove estados emocionais sempre que tenhas dificuldades para conectar com o que estiveres
sentindo. Por exemplo, se observas que muitas vezes tens sentimentos negativos sobre ti mesmo ou
sobre as outras pessoas ou simplesmente é difícil soltar, é possível que estejas experimentando um
estado de apatia. Talvez te veja pensando: “Não sou como os outros. Eu tenho razão. Eu sou mais
inteligente que os outros”, ou que te sintas satisfeito contigo mesmo e melhor que Fulano… Os
pensamentos e sentimentos desta natureza indicam que seguramente estás experimentando um estado
de orgulho.
À medida que vais te divertindo com este material é provável que descubras que te podes
relacionar com maior facilidade com determinadas emoções do que com outras e que tendes a
dedicar mais tempo a experimentar uns estados emocionais que a outros. Entretanto é importante

36
‘trabalhar’ com a libertação de sentimentos de tuas emoções no momento em que sentes cada um dos
nove estados emocionais para que possas alcançar a verdadeira imutabilidade e a liberdade na vida.

As nove categorias emocionais são uma forma de entender a grande parte de nossa mente que
se situa debaixo de nossa consciência. Esta parte da mente é como uma cesta de lixo: onde lançamos
tudo o que não sabemos o que fazer com ele ou ela. Alguns de nós temos um depósito ou um sótão
ou uma garagem para isto.
À medida que o tempo vai passando teremos lançado naquela parte da mente tudo aquilo que
não sabíamos manejar ou não soubemos resolver. Como eu disse antes, todo sentimento que não se
solta fica armazenado na mente subconsciente a qual se enche de escombros emocionais e de
pensamentos e sentimentos restritivos. Devido à acumulação de perguntas sem respostas que a
maioria de nós desenvolve fica muito difícil lembrar o que é importante e demasiado fácil lembrar o
que desejaríamos esquecer.
Não sei qual será o teu caso, porém quando eu normalmente utilizava uma cesta de lixo eu
sempre me frustrava ao tentar encontrar algo nela. No final eu esvaziava e organizava seu conteúdo.
Com o MS também podes fazer o mesmo com a mente. Quando fores dedicando tempo a ‘trabalhar’
com os nove estados emocionais e a libertá-los verás que todas as emoções se relacionam entre si de
forma muito organizada. Isto te ajudará a peneirar o que estiver acumulado, descartar o que não
necessitas e descobrir o que é importante para ti. Quando libertares, observarás que tua mente irá se
tornando mais ágil e tua memória se clareará progressivamente. Não só verás com maior clareza o
que sentes em cada momento como também começarás a compreender melhor as emoções das outras
pessoas.
Quando visualizares a escala de energia e ação ou quando releres as palavras que descrevem
os sentimentos imagina que a coragem, a aceitação e a paz estão ocultas debaixo das outras emoções.
Quando soltares apatia, a sofrimento, o medo, o desejo, a ira e o orgulho irás descobrindo
as três emoções de energias mais fortes as quais constituem o que realmente és e que sempre
estiveram ali. O resultado será que toda a tua vida mudará por completo. Tudo será mais fácil.
Deves levar em conta que é possível que esta completa mudança pode não se dar de maneira
imediata. Pode ser um processo gradual. Entretanto cada vez que participas de uma libertação de
sentimentos, sem importar por qual estado de emoção comeces, descobrirás que tendes a ir de
forma gradual até a coragem, a aceitação e a paz. Reconhecer assim tuas virtudes ocultas pode
significar grande diferença em tua de sentir e agir e na tua percepção da vida.
Ao ler os nove anexos que se seguem procura estar o mais aberto possível a qualquer
sentimento, pensamento ou imagem que surjam. Peço-te que pares sempre que desejes libertar
alguma coisa que apareça. E no final de cada anexo pára durante algum tempo para libertar tudo o
que esteja em teu consciente.

37
Anexo 1: a apatia.

Quando sentimos apatia nos parece que o desejo está morto e que não serve de nada. Não
somos capazes de fazer nada e ninguém pode nos ajudar. Sentimo-nos inchados e pesados e não
vemos escapatória possível. A mente pode se encher de tantos pensamentos que cheguemos a ficar
entorpecidos. As imagens que vemos são limitantes e destruidoras. Só pensamos no fracasso e que
nada podemos fazer ou que ninguém pode fazer nada também. Temos muito pouca ou nenhuma
força para atuar sobre estas imagens e estes pensamentos porque em nosso interior nos vemos para
muitas direções opostas.
Cheryl estava aposentada e vivia na mesma casa há 30 anos, um período a que se dedicara a
recolher todos os tipos de objetos e coisas abandonadas. Na realidade sua casa parecia um depósito
de lixo como aquele que de que falávamos quando nos referimos à mente subconsciente. Quando
decidiu assistir o Curso Básico do MS ela dizia que se sentia muito pesada e apática a respeito da
situação ao seu redor. O interessante foi que durante o curso ela nunca se libertou diretamente de
toda a sua vontade de acumular coisas abandonadas ou de sua apatia. Ela se limitava a fixar seu
objetivo em sua falta de determinação. Porém quando ela chegou para iniciar a segunda semana do
curso, já chegou com um aspecto de maior vitalidade e contou entusiasmada que ao ir libertando
sentimentos durante a semana ela se pegou limpando e varrendo a sua casa. Quando tudo o que a
rodeava estava em melhor estado suas forças e sua autoconfiança aumentaram de forma sistemática.
Dizia que levara anos se obrigando a limpar sua casa, porém nunca conseguira fazê-lo. Quando se
relaxou com a libertação de sentimentos de sentimentos ela se descobriu fazendo essas tarefas.

Agora leia as palavras e expressões que descrevem a apatia.

Estarás sentindo apatia, quando estiveres sentindo que estás abandonado ou oprimido ou
chateado ou sonolento ou esgotado ou isolado ou letárgico ou imobilizado ou condenado ao
fracasso ou cansado demais ou deprimido ou derrotado ou triste ou desconcentrado ou descuidado
ou apático ou desesperado ou desiludido ou desmoralizado ou desolado ou disperso ou
desvalorizado ou distraído ou radical ou entorpecido ou que é tarde demais para agir ou fracassado
ou frio ou impotente ou impreciso ou incorrigível ou indeciso ou indiferente ou insensível ou inútil
ou invisível ou morto ou negativo ou sem se importar com as coisas ou dizendo-sentindo ‘eu não
ligo’ ou ‘eu não me importo’ ou ‘não posso vencer’ ou esquecido pelos outros ou perdedor ou
perdido ou preguiçoso ou pensando-sentindo ‘por que tentar?’ ou ‘que sentido tem?’ ou resignado
ou um choque nervoso ou sem graça ou pensando-sentindo ‘vamos esperar’ ou vão (vã).

Exercício número 15:

Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou
alguém que conheces sentísseis apatia numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando. No
momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de
sentimentos.
Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que
eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não.
Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA!
Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento.

38
Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas
vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa
para outro sentimento relacionado com a apatia.

Anexo 2: o sofrimento

Quando sentimos um sofrimento ou uma dor queremos que alguém nos ajude porque
pensamos que sozinhos nada podemos fazer. Cremos que talvez outra pessoa possa fazer algo.
Imploramos que alguém aja por nós. Nosso corpo tem um pouco mais de energia que no estado de
apatia, porém está tão contraído que dói. Temos a mente um pouco menos abarrotada do que na
apatia, porém continua sendo ‘ruidosa’ e opaca. Imaginamos nossa dor e nossas carências e muitas
vezes nos perdemos nestas imagens. Só pensamos no muito em que sofremos, no que perdemos e se
podemos encontrar alguém que nos ajude.
Quando a mãe idosa de Sarah sofreu um derrame cerebral, Sarah se deu conta de que suas
vidas haviam mudado. Ela se sentia profundamente triste por perder a relação que normalmente
desfrutava quando sua mãe estava saudável. Devido à ajuda que sua mãe agora precisava era como
se Sarah assumisse o papel de mãe e sua mãe o papel de filha ao menos parte do tempo. Chegou o
dia em que Sarah decidiu penetrar em seu sofrimento e encontrou certa paz. Compreendeu que, com
ouso do MS podia permitir-se sofrer de forma adequada em vez de ficar parada num estado
permanente de sofrimento. Embora existisse a tristeza e a incerteza, também havia um sentimento de
grande alívio e de movimento. A libertação de sentimentos lhe facilitou aceitar as mudanças que iam
se produzindo em sua mãe.

Agora leia as palavras e expressões que descrevem a sofrimento.

Estarás sentindo sofrimento, quando estiveres sentindo que não tens importância para
ninguém ou abandonado ou abatido ou acusado ou esgotado ou angustiado ou saudade ou
autopiedade ou atormentado ou consternado ou culpado ou decepcionado ou ignorado ou
desconsolado ou desesperado ou dor física ou moral ou enganado ou ferido ou isolado ou impotente
ou incompreendido ou inconsciente ou incapaz ou infeliz ou com lástima ou de luto ou choroso ou
maltratado ou marginalizado ou melancólico ou pensando-sentindo ninguém me quer ou não
desejado ou não tenho o direito ou não sou querido ou nostalgia ou esquecido ou sofrimento ou
perdido ou pesar ou pensando pobre de mim ou por que eu? ou rechaçado ou agredido ou relegado
ou remorso ou pensando ‘se ao menos…’ ou torturado ou triste ou tristeza ou que és vulnerável.

Exercício número 16:

Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou
alguém que conheces sentísseis sofrimento numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando.
No momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de
sentimentos.
Para tua comodidade aqui está repetido o processo de libertação de sentimentos:
Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que
eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não.
Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA!
Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento.
Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas vezes
quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa para
outro sentimento relacionado com o sofrimento.

39
Anexo 3: o medo

Quando sentimos medo queremos atacar, porém não o fazemos porque pensamos que o risco
é demasiado grande. Cremos que seguramente receberemos mais golpes do que aplicaremos. Nosso
corpo tem um pouco mais de energia que no sofrimento, porém continua tão contraído que resulta
em dor. Os sentimentos sobem e baixam com rapidez como quando se joga água fria numa panela de
água quente. A mente está um pouco menos abarrotada que no sofrimento, porém continua ruidosa e
opaca. Nossas imagens e pensamentos giram sobre a fatalidade e a destruição. A única coisa que nos
ocorre e a única coisa que vemos, é o que nos pode prejudicar, o que podemos perder e que devemos
nos proteger e a quem nos rodeia.
A libertação de sentimentos é uma ferramenta magnífica para abordar o medo como
descobriu Judy numa viagem por Marrocos e Kenia. Em uma estrada isolada e em muito mal estado
das montanhas Atlas ela e 11 pessoas foram de repente derrubadas e começaram rolarem umas sobre
as outras. Durante alguns momentos todos pensaram que iam morrer até que o veículo parou no meio
de um penhasco. Com os corações acelerados todos saíram do ônibus com cuidado e ficaram
entregues à sorte durante toda a noite, em condições lamentáveis. Fazia frio e o vento soprava.
Tinham poucas provisões, algumas pessoas sofriam de diarreia, e um que estava ferido teve uma
crise nervosa. Entretanto no meio de todo aquilo Judy não parou de libertar seu medo. O resultado
foi que estava tranquila inclusive fascinada, perguntando-se se poderiam sair daquele apuro e
pensando que era uma aventura incrível que por fim terminou. E o melhor de tudo é que viveu para
contá-la sem ficar com nenhum sentimento traumático pelo que tinha acontecido.

Agora leia as palavras e expressões que descrevem o medo.

Estarás sentindo medo, quando estiveres te sentindo ameaçado ou apreensivo ou assustado


ou aterrorizado ou preso ou envergonhado ou cuidadoso ou covardia ou impedido ou desconfiado
ou desejo de fugir ou desesperado ou dúvida ou cético ou evasivo ou histérico ou horrorizado ou
tímido ou incerto ou inquieto ou inseguro ou irracional ou com mau pressentimento ou medo sem
motivo aparente ou tontura ou nervosismo ou obcecado ou pânico ou paralisado ou paranóico
(perseguido) ou precavido ou preocupado ou receoso ou reservado ou supersticioso ou suspeitas ou
trêmulo ou tenso ou terror ou timidez ou vacilante ou vulnerável.

Exercício número 17:

Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou
alguém que conheces sentísseis medo numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando. No
momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de
sentimentos.
Para tua comodidade aqui está repetido o processo de libertação de sentimentos:
Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que
eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não.
Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA!
Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento.

40
Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas
vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa
para outro sentimento relacionado com o medo.

Anexo 4: o desejo

Quando sentimos desejo, nós queremos possuir. Queremos. Ansiamos dinheiro, poder, sexo,
pessoas, lugares, coisas, porém hesitamos. Pode ser que os alcancemos e pode ser que não. Temos
um sentimento oculto de que não podemos ou não devemos ter o que desejamos. Nosso corpo tem
um pouco mais de energia que no medo. Mas continua ainda bastante contraído, porém agora as
sensações às vezes são agradáveis, sobretudo quando se comparam com as emoções anteriores. Os
sentimentos podem ser muito intensos. Nossa mente está um pouco menos abarrotada que no medo,
porém continua com os ruídos e as obsessões. Podemos tentar aliviar nossas imagens com fantasias
positivas, porém no fundo elas são apenas imagens do que não temos. Nossos pensamentos se
ocupam do que necessitamos conseguir e não temos. Por mais que consigamos nunca nos sentimos
satisfeitos e raramente desfrutamos do que possuímos.
Ron é um fã de basquete, que vive em Seattle, e sente paixão pelos Sonics. No ano em que
este time este nas finais contra o Chicago Bulls ele se sentia num intenso estado de desejo. Ela
lembrava que desde menino perdia o controle emocional quando se preocupava com um jogo –
literalmente se agitava com o esforço de sentir o desejo de que seu time vencesse. Assim, nas poucas
vezes que teve oportunidade de assistir a uma final entre os Sonics e o Chicago Bulls ele passava o
tempo nos terraços libertando-se do desejo que sentia de controlar o resultado. Isto fazia com que se
sentisse muito melhor. Desfrutava muito mais com o jogo e, o mais divertido, lhe parecia que se
libertava como fizeram as dez mil pessoas. Ron não aplaudia mecanicamente o time e no final do
jogo, já calmo, sentia a mesma euforia. Hoje sua esposa ri porque Ron vai a todos os jogos e o
Sonics sempre ganha quando Ron assiste ao jogo dos terraços.

Agora leia as palavras e expressões que descrevem o desejo.

Estarás sentindo desejo, quando estiveres sentindo que estás aproveitador ou alheio ao que
te rodeia ou ansioso ou compulsivo ou permissivo em excesso ou desenfreado ou impiedoso ou
egoísta ou invejoso ou exigente ou explosivo ou frenético ou frustrado ou glutão ou fome ou
impaciente ou impulsivo ou insaciável ou insensível ou lascivo (luxurioso) ou libidinoso ou libertino
ou manipulador ou ‘maquinador’ ou mesquinho ou achando que não pode esperar ou que algo
nunca é suficiente ou obcecado ou obsessivo ou perverso ou possessivo ou prepotente ou prevendo
ou querendo ou voraz ou sempre insatisfeito ou manhoso ou dengoso ou imprudente ou pensando
‘tenho de possuir isto’.

Exercício número 18:

Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou
alguém que conheces sentísseis desejo numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando. No
momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de
sentimentos.
Para tua comodidade aqui está repetido o processo de libertação de sentimentos:
Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que
eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não.

41
Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA!
Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento.
Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas
vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa
para outro sentimento relacionado com o desejo.

Anexo 5: a raiva

Quando sentimos raiva desejamos investir para ferir e deter os demais, porém hesitamos.
Podemos investir ou não. Nosso corpo tem um pouco mais de energia que no desejo. Está menos
contraído e muitas vezes as emoções podem ser muito intensas e explosivas. Nossa mente está menos
abarrotada que no desejo, porém continua com ruídos, teimosia e obsessão. Nossas imagens se
referem à destruição e ao que pretendemos fazer aos demais. Nossos pensamentos se ocupam de com
conseguir que se nos façam justiça e que os outros paguem por algum sofrimento que nos
impuseram. Esta força pode nos assustar e pode ser que nos obriguemos a voltar à experiência com
um menor grau de energia. Inclusive até pode nos causar dano. As ações que praticamos são em sua
maioria destrutivas para nós mesmos e para quem esteja ao nosso redor.
Paige tinha um sentimento contra sua ex-noiva a qual em sua opinião o havia traído. Embora
sua relação tivesse terminado dois anos antes sempre que pensava nela observava que sentia tanta ira
que praticamente se paralisava. Quando isto ocorria ele se permitia imaginar formas de vingar-se.
Como não deixava de alimentar a recordação a dor da experiência continuava viva. E o que era mais
importante, a ira que sentia o impedia de iniciar uma nova relação que fosse satisfatória.
Quando Paige fez o Curso do MS um dos seus objetivos era libertar-se da sua ira tão antiga e
perdoar sua ex-noiva. Na aula ele ficou surpreso ao descobrir como foi fácil soltar as feridas e
decepções que ainda lhe incomodavam e que desapareceram com apenas algumas sessões de
perguntas. Quase de imediato começou abrir-se à possibilidade de uma nova relação. Assim que
surgiam sentimentos negativos ele se limitava a libertar e se sentia mais ágil, feliz e otimista diante
da vida.

Agora leia as palavras e expressões que descrevem a raiva.

Estarás sentindo raiva (ira), quando estiveres te sentindo acalorado ou agressivo ou com
raiva ou a ponto de explodir ou amargurado ou ardente ou beligerante ou brusco ou cáustico ou
ciumento ou colérico ou desafiante ou impiedoso ou destrutivo ou irascível ou discutidor ou duro ou
inflamado ou raivoso ou exigente ou explosivo ou frustrado ou furioso ou hostil ou tímido ou
impaciente ou indignado ou impiedoso ou irascível ou irritado ou louco ou mal educado ou
malicioso ou mesquinho ou obstinado ou com ódio ou perverso ou petulante ou prepotente ou
rebelde ou com ressentimento ou rigoroso ou selvagem ou severo ou mexido ou teimoso ou vingativo
ou repetitivo ou violento ou como um vulcão ou com instintos assassinos.

Exercício número 19:

Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou
alguém que conheces sentísseis raiva numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando. No
momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de
sentimentos.
Para tua comodidade aqui está repetido o processo de libertação de sentimentos:
Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que
eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não.

42
Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA!
Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento.
Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas
vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa
para outro sentimento relacionado com a raiva.

Anexo 6: o orgulho

Quando sentimos orgulho queremos conservar nossos status. Não estamos dispostos a mudar
nem a nos movermos; por isso impedimos que os demais se movam para evitar que eles nos
ultrapassem. Nosso corpo tem um pouco mais de energia que na ira, porém muitas vezes não
podemos dispor dela. Embora estejamos menos contraídos normalmente ‘estamos apagados e menos
visíveis’. Nossa mente está um pouco menos abarrotada que na ira, porém continua sendo ruidosa,
rígida e concentrada em si mesma. Nossas imagens e nossos pensamentos se referem ao que temos
feito e ao que sabemos. Se de algum modo estivermos conscientes dos demais, esperamos que eles
não vejam quão bem ocultamos nossas dúvidas fastidiosas.
Martin era o que a maioria consideraria um executivo dinâmico. Em sua carreira profissional
muito cedo foi progredindo na empresa sem preocupar-se muito quem ia pisando pelo caminho.
Entretanto quando comprou as fitas do MS foi porque havia encontrado uma dificuldade em sua
profissão. Pensava que estava fazendo o certo, porém já não obtinha os resultados que desejava.
Várias promoções lhe haviam escapado e não entendia porque seus chefes não viam que ele era
muito melhor do que as pessoas a quem promoviam.
Ao escutar as fitas, Martin descobriu que havia caído no orgulho, que não desejava ver seus
defeitos e que se impedia de aproveitar o apoio que estava à sua disposição por não ficar aberto a
recebê-lo. Quando soltou seus sentimentos limitantes começou a apreciar aos seus companheiros de
trabalho de forma mais espontânea e se sentiu mais disposto a trabalhar em equipe sem se manter
distante deles como fazia antes. Depois de fazer esta mudança promoveram-no. Hoje Martin sabe
que pode continuar a progredir sem necessidade de pisar em ninguém pelo caminho.

Agora leia as palavras e expressões que descrevem o orgulho.

Estarás sentindo orgulho, quando estiveres sentindo que estás absorto em ti mesmo ou chato
ou agarrado às tuas idéias ou isolado ou altivo ou arrogante ou autoritário ou fechado ou
acreditando em algo ou crítico ou sentindo desdém ou depreciativo ou displicente ou distante ou
dogmático ou egoísta ou vaidoso ou esnobe ou especial ou estóico ou herói ou com falsa dignidade
ou com falsa humildade ou com falsa virtude ou fanfarrão ou frio ou hipócrita ou impassível ou
implacável ou inexorável ou inflexível ou insensível ou inteligente ou intolerante ou irrepreensível
ou cheio de preconceitos ou malcriado ou se sentindo melhor que os outros ou achando que nunca
erra ou obcecado ou paternalista ou petulante ou presunçoso ou certo ou com direito ou reto ou
vangloriando-se ou rígido ou como um sabe tudo ou protetor ou exibido ou satisfeito consigo mesmo
ou sentencioso ou superior ou teimoso ou vão (vã).

Exercício número 20:

Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou
alguém que conheces sentísseis orgulho numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando.
No momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de
sentimentos.
Para tua comodidade aqui está repetido o processo de libertação de sentimentos:

43
Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que
eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não.
Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA!
Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento.
Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas
vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa
para outro sentimento relacionado com o orgulho.
Anexo 7: a coragem

Quando sentimos coragem estamos dispostos a agir sem vacilar. Podemos fazer. Podemos
mudar qualquer coisa sempre que seja necessário. Temos a vontade de soltar e de avançar. Nosso
corpo tem muito mais energia que no orgulho e podemos dispor dela para a ação exterior e
construtiva. A energia que temos à nossa disposição é abundante e clara. A mente está menos
abarrotada do que no orgulho e é muito menos ruidosa. Somos flexíveis, capazes de nos
recuperarmos e de manter uma atitude aberta. Nossas imagens e nossos pensamentos se referem ao
que podemos fazer e aprender e a como podemos ajudas aos outros da mesma forma. Estamos
motivados e não dependemos mais do que de nós mesmos sem por isso deixar de desejar que os
outros também tenham sucesso. Sabemos rir a gargalhadas inclusive de nossos próprios erros. A vida
é divertida.
Cada vez que dizemos ‘sim’ às perguntas de libertação dos sentimentos, aproveitamos a
energia da coragem. E como este é nosso estado natural, podemos ter acesso à coragem em qualquer
momento por mais escondida que pareça estar devido ao predomínio dos outros sentimentos.
Além de instrutor do MS David é um exímio profissional e sempre representa um espetáculo
de 40 minutos sobre os perigos das drogas aos alunos de escolas públicas de Nova Iorque. Todos os
anos pelo menos 20 mil crianças desde a educação infantil até o fim do ensino fundamental veem sua
palestra e hoje David os ‘enfrenta’ com um ânimo constante de coragem e aceitação. Porém nem
sempre foi assim. Durante 5 ou 6 anos normalmente tinha medo de perder o controle ou de não ser
capaz de realizar seu trabalho ou de não saber ‘dominar’ os alunos. Na escola onde atuava muitas
vezes havia mais de 500 alunos rebeldes. Sentia um temos impreciso de que algo lhe faltava, de que
eles pudessem brigar entre si ou que não fizessem silêncio e que sua palestra fosse um fracasso.
Agora graças aos exercícios de libertação dos sentimentos que faz antes de suas palestras e
mesmo durante elas, David não sente medo algum e muitas vezes já viveu as situações que antes
temia. Pode acontecer que o diretor de uma escola lhe entregue um grupo de alunos que não parem
de gritar ou que entre eles haja um típico comum que faz perguntas só para aparecer. David se limita
a deixar que se liberte a tensão do seu estômago e com toda a tranqüilidade olha diretamente os
alunos e diz; “Estou desejando fazer o que vim fazer para vocês e, dentro de alguns instantes vou
continuar se eu não for interrompido. Porém não poderei fazer isto se vocês também mostrarem seus
próprios espetáculos enquanto eu trabalho.” Assim ele ganha os alunos. Seu compromisso com a
liberdade lhe tem permitido influir positivamente com sua mensagem vital diante dos alunos em
situação de risco. Disse David: “Quando atuo com um estado de coragem e aceitação, trago
harmonia ao mundo. Somente posso ter sucesso quando deixo que os sentimentos se soltem em meu
interior. Então meus atos são automaticamente mais afetuosos e compassivos.

Estarás sentindo coragem, quando estiveres te sentindo aberto ou acessível ou afetuoso ou


alegre ou apaixonado ou atrevido ou autosuficiente ou capaz de superar-se ou centrado ou claro ou
com compaixão ou competente ou com visão de futuro ou consciente ou criativo ou decidido ou
desperto ou dinâmico ou disposto ou entusiasmado ou esplêndido ou espontâneo ou estável ou
estudioso ou eufórico ou feliz ou firme ou flexível ou forte ou honorável ou com bom humor ou
impaciente ou incansável ou independente ou engenhoso ou com iniciativa ou íntegro ou intrépido
ou invencível ou lúcido motivado ou otimista ou com perspectiva ou positivo ou pensando ‘eu posso’

44
ou receptivo ou resoluto ou seguro ou sensível ou solícito ou vigoroso ou vivo ou com objetivos
claros.

Exercício número 21:

Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou
alguém que conheces sentísseis coragem numa das formas descritas. E liberta-te! Já sabes como…
Anexo 8: a aceitação

Quando experimentamos a aceitação temos e desfrutamos de tudo como tudo é. Não temos
necessidade de mudar nada. As coisas são assim e assim estão bem. São belas como estão. Nosso
corpo dispõe de muito mais energia do que na coragem. A maior parte desta energia está em repouso,
porém à nossa disposição se a necessitamos. É uma energia ligeira, morna e aberta, a mente está
menos abarrotada do que na coragem e quase em silêncio e satisfeita. Nossas imagens e nossos
pensamentos estão enamorados do requinte das coisas. A vida é alegre.
Ralph e sua esposa assistiam comigo a um Retiro de Sete Dias em Sedona. Todas as manhãs,
antes de começar a aula, davam um passeio. Certo dia eles chegaram a um lugar conhecido como
Rocha Bell, onde Ralph dedicou um tempo para libertar-se com um objetivo. Quando lhe chegou um
sentimento familiar: “Nunca vai acontecer”, imediatamente reconheceu a mensagem, era só um
sentimento. Nem sequer teve de se agarrar a ele. O que fez com que a experiência fosse tão especial
foram as imagens que apareceram. Enquanto estava ali de pé podia ver um torvelinho de sentimentos
surgirem de seu interior e observou que se limitava a aceitá-los sem ter de agarrar-se a eles. A
imagem do torvelinho se repetiu várias vezes sempre com menor força até que por fim desapareceu.
Embora toda esta visão não tenha durado mais que um minuto foi de uma força grandiosa.
Disse Ralph: “Era como um cachorro de rua que chegasse à minha porta, eu sabia que se eu
alimentasse o sentimento ele voltaria. Porém se eu não o fizesse ele se iria”. De volta à classe contou
quão bem e quanto livre havia se sentido.

Agora leia as palavras e expressões que descrevem a aceitação.

Estarás sentindo aceitação, quando estiveres te sentindo aberto ou com abundância ou


afetuoso ou agradecido ou alegre ou ardente ou em harmonia ou surpreso ou bem estar ou afetuoso
ou compassível ou compenetrado ou com consideração pelos outros ou cortês ou agradável ou
educado ou enriquecido ou equilibrado ou eufórico ou belo ou indulgente ou ingênuo ou integrado
ou intuitivo ou brincalhão ou magnânimo ou sem nada para mudar ou com naturalidade ou
participante ou com plenitude ou radiante ou seguro ou sensível ou simpático ou sossegado ou
pensando ‘eu tenho’ ou terno ou que tudo vai bem ou com empatia.

Exercício número 22:

Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou
alguém que conheces sentísseis aceitação numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando.
No momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de
sentimentos.
Para tua comodidade aqui está repetido o processo de libertação de sentimentos:
Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que
eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não.
Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA!
Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento.

45
Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas
vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa
para outro sentimento relacionado com a aceitação.

Anexo 9: a paz

Quando experimentamos a paz sentimos: “Sou um todo, algo completo em mim mesmo.
Todos e tudo fazem parte de mim. Tudo é perfeito”. O corpo tem muito mais energia do que na
aceitação, porém ela está em repouso total, tranqüila. A energia está calma e em silêncio. A mente
está clara e vazia, porém estamos cheios de consciência. Não há necessidade de imagens nem de
pensamentos. Ávida é como é e tudo está bem.
Minha corretora Stephane me contou um momento de paz e de plenitude pessoal que havia
experimentado há pouco tempo enquanto segurava um bebê de seis semanas de seus amigos. Quando
o bebê se enrodilhou inocentemente sobre seu peito Stephane se deixou levar pela experiência da
confiança que o bebê demonstrava. Libertou por completo todas as suas expectativas e preocupações.
Não havia planos para o futuro nem se preocupava com o passado, só descansava no agora com
aquela pequena criatura. Nada a impedia de amar e ser amada. Tudo o que ela necessitava era um
coração. E no se referia à paz não tinha mais nada para ser.

Agora leia as palavras e expressões que descrevem a paz

Estarás sentindo paz, quando estiveres sentindo que estás alheio ao tempo ou calmo ou
consciente ou interessado ou com espaço ou eternamente jovem ou eterno ou identificado ou
ilimitado ou livre ou ligeiro ou com perfeição ou pleno ou puro ou realizado ou resplandecente ou
com serenidade ou pensando ‘eu sou’ ou unido com o todo ou tranquilo.

Exercício número 23:

Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou
alguém que conheces sentísseis paz numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando. No
momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de
sentimentos.
Para tua comodidade aqui está repetido o processo de libertação de sentimentos:
Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que
eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não.
Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA!
Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento.
Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas
vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa
para outro sentimento relacionado com a paz.

46
Não somos nossos pensamentos.

Observa como te sentes depois de tua viagem ao redor dos nove estados emocionais. Se te
permitiste sentir a importância do que estás lendo (o melhor que pudestes) possivelmente já te sentes
um pouco mais relaxado, aberto às tuas emoções e em contato com elas. Se não estás certo ou não
observastes mudança alguma, evita preocupar-te. Lembra que estás aprendendo uma habilidade nova
e que pode demorar um pouco dominá-la. Tens muito mais experiência em reprimir e expressar teus
sentimentos do que em soltá-los. Logo estarás mais em contato com eles e te será mais fácil
identificá-los e soltá-los.
Para concluir nossa viagem pelos nove estados de energia dediquemos uns minutos a analisar
a seguinte afirmação: “Os sentimentos não são mais do que sentimentos. Não são nós mesmos. Não
são fatos e nós podemos soltá-los”. Estas simples palavras resumem o conteúdo do MS. Porém o que
realmente significam?
A primeira parte (Os sentimentos não são mais do que sentimento.) pode parecer evidente.
Entretanto não é assim como a maioria de nós vive. Vivemos em uma cultura que se ocupa,
sobretudo dos sentimentos situados num dos extremos de um espectro. Em um dos extremos nós
negamos nossos sentimentos e o efeito que eles têm sobre nossos processos de pensamento racional,
nossa saúde ou nossa experiência de vida. Em outro extremo os deificamos (lhe damos o valor de
deuses), lhe damos uma importância exagerada às supostas mensagens que transmitem e ao que elas
significam acerca do que somos.
A ideia de agir racionalmente e a de negar nossas emoções têm, ambas, seu ponto de verdade.
Entretanto a maioria de nós se perde e perdemos a capacidade de decidir em cada uma destas ideias.
Em função de como nossa mente racional interpreta o que captamos pelos sentidos em um
determinado momento, muitas vezes podemos oscilar entre uma ideia ou outra.
A maioria tende a identificar nossas emoções como se elas fossem quem somos. Como dizia
na introdução do capítulo 1 essa identificação se encontra inclusive em nossa forma de falar, quando,
por exemplo, dizemos que ‘estamos cansados’ e vez de dizer ‘nos sentimos cansados’. É nossa
identificação com os sentimentos o que torna mais difícil o fato de soltarmos. Normalmente nos
agarramos a nossa identificação com um sentimento, porque pensamos: “É assim que eu sou”.
Acreditamos erroneamente que “Sinto, logo existo”.
Na perspectiva da libertação as coisas não são assim.
A segunda parte da afirmação (não são nós mesmos) nos lembra que se trata de uma falsa
identificação. Recomendo-te que examines está ideia sozinho. Pensa se é mais exato observar que
teus sentimentos vão e vêm enquanto que tu sempre permaneces.

Se não está certo de que és mais do que teus sentimentos ou emoções deixa as coisas como
estão no momento. À medida que analises o MS e comeces a praticar a libertação dos sentimentos
durante o dia, descobrirás esta tua verdadeira natureza a qual está por trás das limitações auto-
impostas e criadas pelos teus sentimentos.
Quando te vires perdido em tua identificação com um sentimento, pergunta: “Sou este
sentimento ou simplesmente tenho um sentimento?”. Esta simples pergunta te pode ajudar a
diferenciar uma falsa identificação. Também podes usar a primeira pergunta do primeiro passo do

47
MS: “O que estou sentindo?” para que te ajude a reconhecer que não és o sentimento. Acontece
simplesmente que tens um sentimento. Reconhecer isto abre a oportunidade de soltá-lo.

Ao avançar na análise da afirmação chegamos a (não são fatos). Não te correu alguma vez
que pensavas que estavas certo – por exemplo, que gostavas de alguém – para depois descobrires que
estavas errado? Ou não tivesse alguma vez certo de que algo sairia mal e logo saiu bem? São só dois
exemplos de como nos relacionamos com a percepção que recebemos dos nossos sentimentos.
Vivemos em um mundo de coisas e de ideias que são suposições, crendo que nos relacionamos com
fatos. De certo modo nossos sentimentos não são mais do que histórias que elaboramos sobre um
determinado conjunto de sensações. Muitas vezes, se não sempre, estas histórias chegam quando o
sentimento já surgiu em nossa consciência. Logo as utilizamos para explicar porque nos sentimos
como nos sentimos.
Tratar os sentimentos como fatos pode ser um problema porque muitas vezes nos damos
conta de que acreditamos que algo fosse verdadeiro até que já seja demasiado tarde. Em seguida já
temos tomado uma decisão que nos parecia razoável, porém logo vemos que ela se baseava em uma
reação emocional automática.
A última parte da afirmação se concentra no tema deste livro (nós podemos soltar). Quanto
mais aceitares e utilizes tua capacidade natural para libertar sentimentos, mais se transformará cada
uma das partes de tua experiência.

Compromete-te com teu crescimento.

Exercício número 24:

Antes de passar ao capítulo seguinte te sugiro que pratiques muitas vezes a libertação de
sentimentos com os nove estados emocionais. Cada vez que releias este capítulo o compreenderás
melhor, terás melhor aproveitamento e te aprofundarás mais no uso do MS.

Aproveita a oportunidade de examinar tua vida de uma nova perspectiva, do ponto de vista de
muita ou pouca energia e permites observar como os diferentes estados emocionais afetam a tua vida.
Além disso, faz todo o possível para incorporar de forma mais completa o processo de libertação dos
sentimentos em tua vida. Só assim começarás a ver os resultados profundos que este livro trará à tua
vida.
Só após aprenderes bem, na prática do dia a dia, os exercícios desta primeira parte é que
poderás aprender os dos próximos capítulos:

Como aprofundar a libertação


Como soltar as quatro necessidades básicas
Como focar e atingir teus objetivos
Como libertar-se dos apegos e das aversões
Como tomar decisões
Como fazer uma limpeza emocional
Como libertar profundamente o medo e a ansiedade
Como rir da culpa e da vergonha
Como acabar com os maus hábitos
Como construir tua própria riqueza

48
Como melhorar tuas relações pessoais
Como obter saúde
Como organizar uma empresa lucrativa
Como construir um grupo de estudos do MS
Como ajudar o mundo a libertar

Vale a pena praticar o MS todos os dias.

49

Anda mungkin juga menyukai