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A impossiblidade de captar a fé com imagens, a concepção de que não existem

mediadores entre o ser humano e o Sobrenatural e o temor de, com a representação,


desafiar a Criação divina, são critérios que inibem um tipo de arte enquanto favorecem
outros.
No Islã, a caligrafia é a forma artística privilegiada. Por veicular a mensagem religiosa e
satisfazer necessidades estéticas, os diversos estilos caligráficos podem ser aplicados na
decoração de edificações assim como em objetos de uso cotidiano. A estilização das
formas da natureza, aliada à busca da perfeição como modo de se aproximar de Deus,
conduz à elaboração de padrões geométricos abstratos que se tornam elementos
recorrentes na ornamentação. Porém, o contexto proibitivo com relação às imagens não
foi um consenso: o Islã conta entre suas manifestações artísticas com as iluminuras que
ilustram diversos episódios da história e da literatura da época e que foram muito
populares em algumas regiões.

No âmbito sagrado evitou-se a arte figurativa, concentrando-se no geométrico e abstrato, mais simbólico
do que transcendental. A representação figurativa era considerada uma má imitação de uma realidade
fugaz e fictícia. Daí o emprego de formas como os arabescos, resultado da combinação de traços
ornamentais com caligrafia, que desempenham duas funções: lembrar o verbo divino e alegrar a vista. As
letras lavradas na parede lembram o neófito, que contempla uma obra feita para deus.

As artes visuais islâmicas estão geralmente desprovidas de expressões figurativas,


constituídas em grande parte por elementos geométricos e arabescos – esmerados
entrelaçamentos de figuras geométricas, folhas, plantas, homens e animais, elaborados à
maneira árabe. Mas também é possível encontrar diversas expressões de imagens
animais e humanas, que prevalecem especialmente em contextos profanos. O que o
Alcorão condena, na verdade, é o culto de imagens. A partir do século IX, porém, tem
início uma fase de censura das formas figuradas, atribuída por alguns pesquisadores à
influência de judeus convertidos ao islamismo. Deste momento em diante, representar
um ser concreto é usurpar o poder divino, que detém o monopólio da criação.

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