UNICERP
2010
Thomaz José Marra de Aquino Página |1
Foto de Maquiavel
pelo novo Príncipe e assim pudesse reconquistar uma posição que lhe
permitisse voltar a vida política ativa.
Nesta obra, Maquiavel procura analisar os acontecimentos ocorridos ao
longo da história e compará-los aos ocorridos à sua época, o qual coloca as
suas experiências, reflexões e proposições sempre com o intuito da obtenção e
manutenção do poder pelos Príncipes (Soberanos). Ensina táticas eficazes ao
governante absoluto, para que se mantenha no poder, independe da forma
como o alcançou, seja por hereditariedade ou por conquista (seja ela por força,
virtude ou fortuna), discorrendo minuciosamente sobre as particularidades de
cada uma dessas formas. Neste ínterim defende ideias que foram
questionadas ao longo do tempo, como o consentimento da prática da violência
e de crueldades, para obter o resultado desejado, a necessidade de eliminação
dos nobres e inimigos no Estado dominado, a fim de diminuir a chance de
retomada do poder, o direito do Príncipe de não honrar a sua palavra, quando
isto incorresse em perigo para si ou para seus súditos. Tais princípios levou a
Maquiavel a ser identificado com o postulado de que “os fins justificam os
meios”. Analisou também a composição das forças militares do Principado,
onde defendia que as milícias auxiliares ou mercenárias de nada valiam e
somente com as próprias armas se conseguia uma vitória plena e que era
dever do Príncipe exercitar o seu exército, defendendo a importância da guerra
para o desenvolvimento do espírito patriótico e nacionalista que une os
cidadãos e torna forte o Estado.
Sobre a conduta dos príncipes, defendeu mais uma vez condutas
polêmicas, como a que o Príncipe devia ser generoso mas não muito para não
gerar o ódio entre aqueles que não foram beneficiados pela sua generosidade.
Que não devia reunir todas as qualidades boas, mas apenas aquelas que o
ajudassem na manutenção do Estado. Que na impossibilidade de ser temido e
amado ao mesmo tempo devia preferir ser temido, já que trair a quem se teme
é mais difícil do que a quem se ama. No entanto, não sendo amado, devia
evitar de todas as maneiras o ódio e o desprezo dos seus súditos. Ao contrário,
devia ter uma boa imagem junto aos súditos e aos Estados estrangeiros,
demonstrando coragem, força e certeza, o que inibiria possíveis conspirações.
Por fim dita uma série de considerações sobre diversos assuntos como a
necessidade ou não de se ter uma fortaleza, a escolha de um bom secretário,
Thomaz José Marra de Aquino Página |3
Referências:
Thomaz José Marra de Aquino Página |4