• Bilateralidade: essa característica tem relação com a própria estrutura da norma, pois,
normalmente, a norma é dirigida a duas partes, sendo que uma parte tem o dever jurídico, ou
seja, deverá exercer determinada conduta em favor de outra, enquanto que, essa outra, tem o
direito subjetivo, ou seja, a norma concede a possibilidade de agir diante da outra parte. Uma
parte, então, teria um direito fixado pela norma e a outra uma obrigação, decorrente do direito
que foi concedido.
• Generalidade: é a característica relacionada ao fato da norma valer para qualquer um, sem
distinção de qualquer natureza, para os indivíduos, também iguais entre si, que se encontram
na mesma situação. A norma não foi criada para um ou outro, mas para todos. Essa
característica consagra um dos princípios basilares do Direito: igualdade de todos perante a lei.
• Abstratividade: a norma não foi criada para regular uma situação concreta ocorrida, mas para
regular, de forma abstrata, abrangendo o maior número possível de casos semelhantes, que,
normalmente, ocorrem de uma forma. A norma não pode disciplinar situações concretas, mas
tão somente formular os modelos de situação, com as características fundamentais, sem
mencionar as particularidades de cada situação, pois é impossível ao legislador prevê todas as
possibilidades que podem ocorrer nas relações sociais.
• Imperatividade: a norma, para ser cumprida e observada por todos, deverá ser imperativa, ou
seja, impor aos destinatários a obrigação de obedecer. Não depende da vontade dos
indivíduos, pois a norma não é conselho, mas ordem a ser seguida.
• Coercibilidade: pode ser explicada como a possibilidade do uso da força para combater
aqueles que não observam as normas. Essa força pode se dar mediante coação, que atua na
esfera psicológica, desestimulando o indivíduo de descumprir a norma, ou por sanção
(penalidade), que é o resultado do efetivo descumprimento. Pode-se dizer que a Ordem
Jurídica também estimula o cumprimento da norma, que se dá pelas sanções premiais. Essas
sanções seriam a concessão de um benefício ao indivíduo que respeitou determinada norma.
Direito uniforme: quando dois ou mais países adotam as mesmas leis, que são
usadas nos dois territórios.