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Alteridade

Alteridade (ou outridade) é a concepção que parte do pressuposto básico de que todo o
homem social interage e interdepende de outros indivíduos. Assim, como muitos antropólogos
e cientistas sociais afirmam, a existência do "eu - individual" só é permitida mediante um
contato com o outro (que em uma visão expandida se torna o Outro - a própria sociedade
diferente do indivíduo).

Dessa forma eu apenas existo a partir do outro, da visão do outro, o que me permite também
compreender o mundo a partir de um olhar diferenciado, partindo tanto do diferente quanto de
mim mesmo, sensibilizado que estou pela experiência do contato.

A “noção de outro ressalta que a diferença constitui a vida social, à medida que esta efetiva-se
através das dinâmicas das relações sociais. Assim sendo, a diferença é, simultaneamente, a
base da vida social e fonte permanente de tensão e conflito” (G. Velho, 1996:10)

“A experiência da alteridade (e a elaboração dessa experiência) leva-nos a ver aquilo que nem
teríamos conseguido imaginar, dada a nossa dificuldade em fixar nossa atenção no que nos é
habitual, familiar, cotidiano, e que consideramos ‘evidente’. Aos poucos, notamos que o menor
dos nossos comportamentos (gestos, mímicas, posturas, reações afetivas) não tem realmente
nada de ‘natural’. Começamos, então, a nos surpreender com aquilo que diz respeito a nós
mesmos, a nos espiar. O conhecimento (antropológico) da nossa cultura passa inevitavelmente
pelo conhecimento das outras culturas; e devemos especialmente reconhecer que somos uma
cultura possível entre tantas outras, mas não a única.” (F. Laplantine, 2000:21

A visão Européia sobre o Índio

A primeira impressão deixada pelos nativos na visão dos viajantes era de que estes homens
gentios não possuíam qualquer vínculo religioso, ou seja, não adoravam nenhum tipo de Deus,
nenhuma santidade, ou até mesmo um ídolo. No entanto, não demoraria muito tempo para que
este conceito elaborado pelos portugueses caíssem por terra.
O foco cai sobre o momento inicial da aproximação dos portugueses e o seu olhar
sobre o homem, para eles, primitivos, que habitava a região denominada Brasil. Buscam-se
novas leituras daquele encontro e novas descobertas em relação a aceitação ou recusa do
colonizador ao colonizado.
Os indígenas representavam a estranheza, o diferente para o estrangeiro, cuja presença
incomodava também aos nativos. Dentre as inúmeras diferenças entre os povos habitantes no
território brasileiro as que mais incomodavam aos estrangeiros de acordo com relatos históricos
são de que: “os tupis não prestavam culto organizado a deuses e heróis” enquanto que os
portugueses estavam presos a ideologia cristã , respaldados pelo cristianismo e com o apoio
dos padres e dos jesuítas, além disso o modo de vida indígena também não era aceito pelo
colonizador que se escandalizavam ao observar o ritual antropofágico, que eles interpretavam
como ato de canibalismo, ou mesmo a forma de transmissão cultural indígena a partir da
narração de mitos que eram passados de geração em geração, já que os índios eram ágrafos,
todas essas diferenças ameaçavam a paz portuguesa e amedrontavam os tripulantes, pois o
nativo representava o desconhecido, não existia neles o desejo pela troca de conhecimentos
ou pela aceitação.
Os portugueses enxergavam está relação amistosa entre índios e franceses como negação
a identidade do povo europeu e se escandalizavam por achar que os índios viviam sem lei,
sem rei e sem fé. Porém este estranhamento estrangeiro encontrou resposta, pois o homem
indígena também se sentia incomodado com a presença de outros povos em suas terras,
povos que queriam lhe impor regras e costumes impróprios ao seu meio de vida.

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