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Tecnologia de

Alimentos

Prof. Dr. Luis Henrique Garcia-Amoedo


Tecnologia de alimentos
 Tecnologia ➜ s.f. conjunto de
conhecimentos, especialmente princípios
científicos, que se aplicam a um determinado
ramo de atividade.

 Tecnologia de Alimentos ➜ conjunto de


conhecimentos que se aplicam ao manejo
dos alimentos
IFT ➾ The Institute of Food Technologists
instituição reconhecida internacionalmente pelo
contínuo trabalho desenvolvido na área de
tecnologia de alimentos

Tecnologia de Alimentos = é a aplicação da
ciência e da engenharia para a produção,
processamento, embalagem, distribuição,
preparação e usos dos alimentos
SBCTA ➾ Sociedade Brasileira de Ciência e
Tecnologia de Alimentos

Tecnologia de Alimentos = é a aplicação de
métodos e da técnica para o preparo,
armazenamento, processamento,
controle, embalagem, distribuição e
utilização dos alimentos
Disciplina de aplicação

biologia
química
física
ciências sociais
engenharia
agricultura
 Para que serve a Tecnologia de Alimentos ?

 Para que serve aplicar estes conhecimentos


ao manejo dos alimentos ?
Objetivo → apresentar ao consumidor produtos
nutritivos, apetitosos, com bom aspecto e
com maior tempo de vida útil (ou vida de
prateleira)

+
contribuição para a melhoria do estado
nutricional de coletividades
Grande desenvolvimento populacional

aumento da produção agropecuária

perecibilidade dos produtos

migração da população rural para os grandes


centros
Tecnologia de alimentos

produção  elo de ligação  coletividade

Agropecuária mais eficiente


X
População crescente
+++++++++ pessoas
desacreditam da qualidade dos produtos
processados

 não têm o sabor da “comidinha caseira”
 alimentos processados são carentes ou
mesmo isentos de vitaminas
 alimentos processados são carentes de
proteínas
Número de mulheres que trabalham fora para

reforçar o orçamento doméstico aumenta


significativamente  adesão ao uso de
alimentos processados
Indústrias

 processo de melhoria contínua da qualidade


 mais práticos
 mais baratos
 mais apresentáveis
 mais saborosos
 mais nutritivos
Situações particulares

 situações de emergência
calamidades públicas
guerras ou conflitos
enchentes
tornados
terremotos
secas, ...
 Incentivam o desenvolvimento/ aplicação da
tecnologia
 Baixa produção e necessidade de estocagem
 aproveitamento das matérias-primas
produção escassa
processos reduzidos
micro e pequenas empresas  empregos
 desenvolvimento e produção de alimentos para
fins especiais
dietéticos
fenilcetonúricos
celíacos
 concorrência comercial - lançamento de novos
produtos
Operações básicas em
tecnologia de alimentos
Físicas
 Ação mecânica
- subdivisão - moagem - indústria farinheira
- mistura - S/S, S/L ou L/L - ind. Panificação
- extração por prensagem - sementes e
frutos oleaginosos - indústria de óleos
 Cristalização
conservação de frutas - frutas cristalizadas
 Desidratação
conservação de carne, leite, coco, ...
 Emulsificação
O/A - indústria do leite
A/O - indústria de margarinas
 Evaporação
produção de sucos de frutas
leite condensado
xaropes concentrados
 Fluxo de fluidos
concentração por membrana
osmose reversa
concentração inicial de sucos de frutas
antes da evaporação
 Transmissão de calor - esterilização
frio - congelamento
Químicas
 adição de aditivos - conservantes,
aromatizantes, anti-oxidantes,
espessantes, edulcorantes,...
 extração por solventes - indústria de óleos
 emprego de substâncias coadjuvantes -
fermentos na indústria de panificação
Biológicas
 microorganismos - fermentação - produção de
vinagre, vinho, cerveja, pão, pickles,
chucrute,...
 enzimas - papaína na cerveja
Por que os alimentos degradam ?

Em geral podemos indicar 4 fatores principais:


 Ar

 Luz

 Reações químicas
controle
destas condições
 Microorganismos

aumento no
tempo útil do
alimento
O controle das condições pode ser
conseguido por:

 modificação do pH
 modificação da temperatura
 mudanças na atividade de água
 mudanças no potencial óxido-
redução
 destruição dos µo
 uso de embalagem
Métodos mais Métodos mais
drásticos suaves

branqueamento
esterilização
atm modificada
interação entre os
componentes combinação de 2 ou +
métodos


alteração de sabor,
aroma, ... alimento mais
parecido com o
original
Métodos mais suaves

Tendência atual

alimentos menos processados
combinação de métodos
agricultura orgânica
AR
oxigênio

 oxidação de gorduras
 oxidação de pigmentos
 oxidação de vitaminas
 desenvolvimento ou não de µo
 participando em reações
enzimáticas
LUZ
 visível ou não-visível

aceleram reações de decomposição
de vitaminas
 aceleram reações de formação de
radicais livres

REAÇÕES QUÍMICAS

enzimáticas
 não enzimáticas
MICROORGANISMOS

 deterioração
 patogenicidade

 fermentação
SENESCÊNCIA
colheita ou abate

tecidos são privados de fontes externas de C e N

continuidade dos processos bioquímicos

consumo dos próprios carboidratos, proteínas e gorduras

fontes de energia se esgotam

produtos das reações se acumulam

alimento inaceitável e susceptível ao ataque microbiano
Degradação microbiológica
µo deteriradores µo patogênicos

 Invasão do alimento  Invasão do alimento


 Produção de enzimas  Produção de toxinas

 Deterioração  Possíveis efeitos


deletérios aos
consumidores

Produção de cores, odores, sabores desagradáveis


Proliferação microbiana
 -turbidez
 -odor desagradável
 -sabor desagradável

Reações químicas
 -enzimáticas - PFO - cor/sabor
 -não enzimáticas - ENE - cor/odor/sabor
 -oxid. lipídica - odor/sabor/cor
 -oxid pigmentos - cor/valor nutricional

alterações sensoriais e físicas


Fatores que afetam a
deterioração dos alimentos
 INTRÍNSECOS
 presença de água
 pH x µo
 potencial redox

 DO AMBIENTE
 temperatura
 umidade relativa
 presença de luz
 atomosfera
Atividade de água
pH x µo

 bactérias → + exigentes
4,5 - 6,5 - 7,0 - 7,5
 leveduras → intermediária

4,0 - 4,5
 fungos → + versáteis
2,0 - 5,0 - 6,0 - 9,0
potencial redox
tensão parcial de O2 em contato com o
alimento

 µo aeróbios - maioria das bactérias,


leveduras e fungos
 µo anaeróbios - maior exemplo são os

clostrídios
 µo microaerófilos - bactérias lácticas -

estreptococos
PRINCIPAIS OPERAÇÕES E PROCESSOS
SOFRIDOS PELAS MATÉRIAS- PRIMAS

• Operação  transformações físicas de


forma, dimensão, temperatura, sem a
ocorrência de reações químicas

• Processo  durante a transformação


ocorrem reações químicas desejáveis,
enzimáticas ou não

formar novas substâncias que
não estavam presentes na matéria-prima
 Processo de fabricação
 Processo tecnológico
 Processamento


conjunto de operações e processos que
transformam uma matéria-prima específica
em produto final
MATÉRIA-PRIMA PRODUTO FINAL
Operações
Processos

Processamento

Conservação
Processamento:

Pré-tratamento  cuidados

Estabilização  conservação

Acabamento  higiene e
apresentação
Pré-tratamento

Uma série de operações que têm como principal


objetivo o cuidado com a matéria-prima.
• Colheita
• Transporte
• Limpeza
• Armazenamento
• Classificação
• Seleção
• Moagem
• Separação
• Mistura
Colheita - coletar, recolher;
é a apanha da matéria-prima
Tempo/época da colheita
Tomates - maturação: a pectina fica mais
solúvel, formando soluções mais viscosas
Ervilhas - ponto de maturação
> glicose e < amido
Carnes - relação consumo x ganho de peso

Cuidados com a integridade da matéria-prima


Morangos -coleta manual
Maçãs - evitar choques mecânicos
Transporte

grandes volumes
perecibilidade transporte especializado
fragilidade

local de produção

ferroviário, rodoviário, marítimo, aéreo, fluvial

escolha ???

 disponibilidade  custo  tempo  localização


Limpeza

remoção física de resíduos/partículas da superfície


das matéria-prima

terra areia folhas palhas


pelos insetos (inteiros ou partes)
pedras excrementos

sopro de ar
tamises
escovas
água
limpeza armazenamento

produção

Armazenamento

Silos, tanques, dornas, recipientes, armazéns,...


TA ou TM ( > casos = refrigeração )
Tempo x Temperatura

Deterioráveis Perecíveis
 
perda parcial perda total
ataque de pragas ataque de µos

 pouco perecíveis
TºC médias - embalagens grandes - batatas
 medianamente perecíveis
refrigeração - embalagens menores - pêssegos
 altamente perecíveis
congelamento - embalagens individuais - carnes
Classificação

Sub-divisão em lotes, de acordo com características


peso
ovos tipo A → 56 a 60 g
tipo B → 51 a 55 g
tipo C → 46 a 50 g
tipo D → 41 a 45 g
tamanho - banana
diâmetro - laranjas
- maçãs
Seleção

Subdivisão por critérios


organolépticos, químicos, microbiológicos
(cor, maturação, manchas)
> parte dos casos ocorre após a classificação

ººººººººººº saladas
ervilhas NaCl 1%
 sopas
leite A - até 10.000 µo antes da pasteurização
até 500 depois

B- até 500.000 antes


até 40.000 depois

C- até 150.000 depois


Moagem

grãos → farinha
moinhos de martelos, discos, pedras, bolas

Separação

tamisação - passagem da matéria-prima por crivos


de telas sob a ação da gravidade

centrifugação
separação
liq - liq - separação de gorduras
liq - sol - separação de material
particulado em fermentações
Filtração
separação de sólidos e líquidos

torta
elemento filtrante fluxo
filtrado
estabelecido por gravidade, vácuo
ou pressão

sucos de frutas,
vinhos,
cerveja,
tratamento de água
Extração

separação de fases

Prensagem solventes - percoladores


hexano

extração de óleo de sementes


extração de óleo ou suco de frutos
descafeinização do café
Adsorção

por materiais sólidos de grande superfície de


contato...
⇒finalidade clarificante

...os adsorventes mais comuns: carvão ativo,


sílicas, combinações entre adsorventes

óleos - eliminar pigmentos


vinhos - eliminar turbidez
MISTURA
É a dispersão íntima de um componente no seio
do outro !!!
Provavelmente a operação mais empregada em
tecnologia de alimentos
empaste ou amassamento
mistura entre sólido e líquido

massa viscosa e aderente
requer equipamentos potentes
gde força → aquecimento do material
camisa de resfriamento
preparo de massas de bolos, tortas, macarrão...
Emulsionamento
mistura entre líquido e líquido - imiscíveis

emulsionante
pode ser adicionado artificialmente ou estar
naturalmente presente em um dos
componentes da formulação

(O/A) - creme de leite, sorvetes, maionese


(A/O) - margarinas, manteigas
Homogeneização

 desintegração de partículas

 uso de ultra-som, agitação vigorosa

 grande exemplo: cremeação do leite


Por hoje
é só
pessoal!!!
Conservação por frio

Talvez seja o método pioneiro de


conservação de alimentos

cavernas - água fresca e sombra
1850 França - primeiro uso industrial do frio
1876 - câmara frigorífica em navio permitiu o
transporte de carne da América para Europa
progresso das técnicas de produção de frio
OPERAÇÕES

 Pré – refrigeração

 Refrigeração

 Congelamento

 Liofilização
Calor x Frio

Irradia de um corpo Não irradia


a outro é uma graduação
do calor

conservar pelo uso
do frio

retirar calor
Retirar calor  $$$ alto custo
5 a 6 vezes maior que fornecer calor

Processo caro

muito usado

Os lucros da comercialização dos produtos são


compensatórios
safra x entre-safra
Cuidado !!!
A redução de temperatura diminui a taxa de
degradação do alimento, ou atrasa sua
instalação

De modo geral, quanto menor é a temperatura,


maior é o tempo de conservação

Mas a diminuição da temperatura não diminui a


carga microbiana dos produtos.
TÉCNICAS DE MANIPULAÇÃO

contribuir com a mínima carga microbiana


possível

aplicação das BPF aos alimentos é de grande
importância
TRANSMISSÃO DE CALOR

alimento

calor

ambiente / superfície
Transmissão
CONDUÇÃO CONVECÇÃO
Sólidos
líquidos , pastosos
o frio progride para o
interior do alimento correntes frias se
movimentam em
direção ao fundo do
o calor é dissipado recipiente / frasco
para o ambiente
ocorre mais
periferia atinge o rapidamente em
equilibrio mais líquidos viscosos
rapidamente
PRÉ – RESFRIAMENTO

abaixamento rápido da temperatura



pouco tempo

até temperaturas próximas à de conservação
Usa-se:
 gelo picado
 gelo seco
 nitrogênio líquido
 gotejamento de água fria
 câmaras frias
 túneis
Usa-se:

para vegetais
para carnes
não recomendado para alguns tipos de frutas

frutas de alto teor hídrico
podem sofrer congelamento
e a formação de cristais
perfuram as células, ocasionando
alterações na textura
Câmara fria de fluxo contínuo

ar frio
Câmara fria de batelada
Túnel de resfriamento com leito fluidizado
REFRIGERAÇÃO
 cada vez mais usada
 alimentos de alto valor agregado
(carnes, frutas, laticínios, confeitarias, refeições prontas)
 produtos de safra
possibilidade de disponibilizar o produto na entre-safra
atividade lucrativa - maior preço praticado na entre-safra
 semelhança com o produto fresco
 facilidade e rapidez de preparo
 Refrigeração = estocagem Temp.  15ºC
 Também usa-se: Estocagem refrigerada
 Conservação do alimento por período
relativamente curto
  TºC
 desenvolvimento microbiano
 atividade metabólica de tecidos/órgãos
 reações químicas
 reações enzimáticas
 alterações de cor, odor, sabor...
 degradação de nutrientes
Refrigeração
 Leite
resfriamento no local da ordenha
durante o processo no beneficiamento

 Carne
refrigeração rápida
câmaras frias
gelo picado
(pescado eviscerado)
facilitar o corte
Vegetais

 mantêm processos vitais


- respiram
- produzem calor
- prosseguem o ciclo de maturação
- produzem gases
 carga frigorífica maior que a necessária para
tecidos mortos
  alface, espinafre, ervilha e milho
 batata, cebola, uva
Vegetais

 gases produzidos devem ser extraídos


 vapor de água
 manuseio cuidadoso
 evitar esmagamento
liberação de meio intra-celular
proliferação microbiana
 integridade previne o ataque de µo
Monitoração da refrigeração

 Temperatura
 oscilação de temperatura na câmara
 não uniformidade - diferentes
temperaturas
 diferentes respostas para o mesmo lote
 nos pontos frios pode ocorrer a queima por
gelo
 nos pontos quentes maior taxa metabólica
 diferença ideal entre 0,5 e 1,0ºC
Câmara fria de batelada
Umidade relativa

 umidade controlada aumenta o tempo de


estocagem, evita a desidratação
 carnes - desidratação é desejável
48 h perde cerca de 2,5% em peso
 circulação / purificação de ar
 temperatura homogênea
 composição do ar fica constante
Congelação /mento

 temperaturas muito mais baixas que na


refrigeração
 inibição do desenvolvimento microbiano e
dos processos metabólicos ou
degradativos

 $$$ “cadeia do frio”


Temperatura:

 dependente do alimento (-10 e -20ºC)


 ponto de congelamento
temperatura na qual o líquido está em
equilíbrio com o sólido
existem cristais e solução
maioria dos alimentos entre 0 e -4ºC
 congelamento
lento maior lesão celular
rápido menor lesão celular
Equipamentos

 Congeladores por ar
câmaras frigoríficas
túneis de refrigeração
 Congeladores por contato indireto
congelador de placas (purês)
 Congeladores por imersão
imersão no meio refrigerante
pulverização sobre o produto
solução a 23,3% de NaCl em H2O  -21ºC
Embalagens

 diminuem ou evitam a “queima por gelo”


 papel
 vidro
 plásticos
 metais
 madeira
Descongelamento

 pouco tempo antes do uso / consumo


 alterações muito rápidas
 água aquecida
 fritura direta
 fornos convencionais
 fornos de microondas
 ao ambiente
Liofilização
 Liofilização = freeze drying

método de conservação

armazenamento por longo tempo

1o. Produto  vírus da raiva - 1911


 Muito utilizada na preservação de produtos
biológicos diversos

 vacinas
 microorganismos
 medicamentos
 plasma
 tecidos humanos e animais
procedimento misto

congelamento + desidratação

métodos de frio

 emprego do frio para que ocorra

 não assegura o frio durante o período de


conservação
Alimento preparado


congelamento

liofilização

diminuição de volume e peso
Pressão
LÍQUIDO

fusão
ã o
SÓLIDO i z aç
p or
va

ã o
a ç
li m
u b VAPOR
s

Temperatura
Liofilização - mecanismo

Fonte
câmara fria condensador de
de
vapores
calor

superfície fria
Liofilização  dividida em fases

 congelamento
 separação da água - cristais de gelo
 sublimação
 sublimação da água - alto vácuo
 dessecação
 remoção de umidade residual
equipamentos especiais


$$$

clientes especiais
forças armadas
exceção - café solúvel
 extratos de carnes
 sopas
 frutas
 sucos de frutas
 alho e cebola
 ovos (gema e/ou clara)
 alimentos preparados
Vantagens:

 ligadas à estrutura do produto


 estrutura esponjosa e enrijecida mais
resistente a choques mecânicos
 reidratação é muito fácil (velocidade e
quantidade
 os produtos dessecados diminuem
significantemente de volume, podendo
ser armazenados em embalagens
menores
 10 kg cebola  1 kg
32 kg espinafre  1 kg
 ligadas à baixa temperatura de
operação e à baixa quantidade de
água residual do produto
 menor perda vitamínica
 menor atividade enzimática
 menor velocidade das reações químicas
 menor peso
 menor custo de transporte
 não necessidade de refrigeração
 longo tempo de estocagem
Desvantagens:

 $$$
 tempo de processamento é gde
 porosidade  grande superfície
 maior susceptibilidade à oxidação
 carnes e alimentos protéicos
 hidratação : eficiência < esponja
CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS POR
TRATAMENTO TÉRMICO

Aplicação do tratamento térmico:


• inativação enzimática
• diminuição da carga microbiana
• destruição de bactérias patogênicas
• promoção de propriedades organolépticas
desejáveis ou agradáveis
Intensidade do tratamento térmico

binômio Tempo x Temperatura

• valor do pH (alimentos ácidos)


• composição do alimento (Aw, teor glicídico)
• características físicas do alimento (grau de
divisão, dimensões da peça)
Conservação de alimentos por calor não é
prática recente...
1795 Nicholas Appert

concurso: conservação de sopas em jarros
de boca larga, hermeticamente fechados

vencedor - nasce a apertização

século XIX aparecimento das latas e
autoclaves a pressão
BRANQUEAMENTO
Principal objetivo é a inativação de enzimas
(polifenol oxidase, clorofilase)

em: legumes, verduras e frutas

Processo auxiliar
 
congelamento desidratação
aquecimento rápido até temperatura
apropriada e por tempo pré-estabelecido


resfriamento rápido até temperatura
próxima da temperatura ambiente

 Importante:
deve-se evitar a sobre-exposição do
alimento ao processo (cozimento)
Processo
os 2 métodos mais empregados:
 
vapor água quente
manter o alimento submergir em
uma atmosfera de água quente
vapor.
Resfriamento
por ar frio, ducha de água fria ou submersão em
corrente de água fria
Branqueamento por vapor

método de eleição para alimentos de grande


superfície

diminui a perda de nutrientes hidrossolúveis
por lavagem da peça
Esquema ilustrativo de um equipamento
branqueador por vapor
Branqueamento por água quente

alimento é mergulhado em água quente


(70 a 100ºC) por ∆t

excesso de água é escorrido

resfriamento
(duchas de ar ou água fria ou
corrente de água fria)
Esquema ilustrativo de um equipamento
branqueador por água quente
Branqueadores
a vapor água quente
Vantagens: Vantagens:
• menor perda de componentes • maior eficácia energética
hidrossolúveis
• maior capacidade limpadora
• menor volume de efluentes
Desvantagens:
• fáceis de limpar e esterilizar
• perda elevada de minerais,
Desvantagens: vit. hidrossolúveis e
• menor capacidade limpadora carboidratos
• resultado menos homogêneo • gasto maior pelo maior
consumo de água
• perda de peso
• gasto maior - maior
• eficácia energética menor produção de efluentes
Pasteurização
tratamento térmico relativamente suave

inativa enzimas e promove morte de
microorganismos termo-sensíveis

• prolonga a vida útil dos alimentos por
dias (leite) ou por meses (frutas envasadas)
• mínimo de alterações no valor nutritivo e nas
características organolépticas
• Pasteurização com finalidade higiênica
visa única e exclusivamente a destruição de
microorganismos eventualmente presentes nos
alimentos que tem pH superior a 4,5 (leite, sorvete,
ovos)

• Pasteurização c/ finalidade de conservação


realizada em alimentos com pH inferior a 4,5 para
inativação de enzimas e destruição de
microorganismos
(cerveja, sucos de frutas)
Pasteurização
• suco de frutas - conservação - inativação da
pectinesterase 66ºC/30 min
• cerveja - conservação - destruição de leveduras

65,7ºC/20 min
• leites - higienização - destruição de patogênicos
63ºC/30min
• sorvete - higienização - destruição de patogê-
nicos - 65ºC/30 min
Esquema ilustrativo de um equipamento
pasteurizador para leite
Efeitos sobre os alimentos:

• modificações nas características organo-


lépticas e nutricionais são mínimas
• perda de componentes aromáticos voláteis em
sucos de frutas (cheiro de produto cozido)
• no leite → perda da fosfatase alcalina
• no ovo → perda da α-amilase
(eficiência do processo)
ESTERILIZAÇÃO

conceito único:

Operação pela qual se promove o aquecimento de


alimentos com pH maior que 4,5 (alimentos pouco
ácidos ou não ácidos) por temperatura
suficientemente elevada e maior que 100ºC pelo
tempo necessário para destruir microrganismos e
enzimas.
Determinação do binômio
tempo x temperatura

• resistência natural dos microorganismos e
enzimas
• condições de aquecimento
• valor de pH do alimento
• dimensão e forma da embalagem
• estado físico do alimento
pH = 4,5 ⇒ parâmetro

Clostridium botulinum

meios não ácidos e anaerobiose

exotoxina


Clostridium botulinum

• um µo muito resistente ao calor


• esporulado
• particularmente importante em:
alimentos cárneos → sopas infantis
vegetais de baixa acidez → palmitos
pH
pasteurização < 4,5 > pasteurização

conservação higiênica
TºC < 100
∆t

esterilização
TºC > 100
∆t
Esterilização comercial:

estado pós tratamento térmico no qual ocorre


destruição dos µo patogênicos, dos µo
formadores de toxinas e dos µo promotores de
decomposições, além da inativação de enzimas.

alimentos esterilizados podem conter µo
Vantagens:
• baixa carga microbiana - segurança
• longo tempo de vida de prateleira
> que 6 meses a 1 ou 2 anos
• modificações organolépticas

Desvantagens:
• modificações organolépticas
• diminuição da qualidade nutricional
Equipamentos:
autoclave
FRITURA
FRITURA
Operação

• modificar as características organolépticas do
alimento
• efeito secundário = conservação por destruição
térmica dos:
• microorganismos
• enzimas
• redução da atividade de água
• superfície
• interior (fatias finas)
Emprego de temperaturas altas por
∆t relativamente prolongado

Método drástico na redução de microorganismos

vida útil do produto final ???
Vida útil variável com relação à quantidade de água residual
no interior do alimento
 
residual alto residual baixo
(donuts, peixes, (batatas fritas,
empanados, frangos,...) snacks de milho,...)
⇓ ⇓
vida útil menor vida útil maior

migração da água desde o baixa Aw


interior da peça para a
superfície *
* associação de processos de conservação como
por exemplo a refrigeração

• empanados de frango
• salgadinhos
• coxinhas
• quibes
• croquetes
Óleo quente

temperatura na superfície do alimento aumenta
bruscamente

água é eliminada em forma de vapor

a superfície é desidratada, e forma-se uma
camada endurecida (“casca” ou “crosta”)

o calor vai sendo transmitido ao interior do
alimento

• na superfície = temperatura do óleo
• no interior = temperatura chega a 100ºC
Crosta superficial

estrutura porosa

canais capilares que se formam para permitir a
saída de vapor do interior do alimento

• responsável pela textura do alimento
• responsável pela umidade no interior do alimento
crocante por fora e macio por dentro
Tempo de fritura é determinado por:

• tipo de alimento (carne, vegetal, ovos,...)
• temperatura do óleo
• sistema de fritura (superficial ou imersão)
• espessura da peça
• o que se pretende do processo
(carne frita ou rosbife)
2 mecanismos de fritura:
• Fritura por contato
transmissão do calor ocorre por condução desde a
superfície da chapa, através de uma fina camada
de óleo, à superfície do alimento

crosta é formada somente nas partes que entram
em contato com a chapa

aquecimento desigual da superfície

falta de uniformidade no produto final
Fritura por contato

mais empregada nos alimentos nos quais a
relação superfície/volume é favorável

grande superfície / pequeno volume


• hambúrgueres
• ovos
• fatias de bacon
• Fritura por imersão
com o aquecimento ocorre uma combinação entre:
condução convecção
no interior do alimento do óleo à superfície
alimento mergulhado no óleo quente

toda a superfície recebe o mesmo tratamento
térmico

cor e aspecto uniformes
aplica-se a qualquer formato de alimento
(com baixa ou alta superfície)
Instalações:
equipamentos por batelada
Equipamentos contínuos
Efeitos sobre os alimentos:
• formação de crosta (cor, odor, sabor
característicos e agradáveis)
> crosta quanto > temperatura
• na crosta < valor nutricional = degradação de
nutrientes por ação do calor
• no interior o valor nutricional é menos
prejudicado
• aumento do teor lipídico dos alimentos
características organolépticas desejáveis
• aumento da vida de prateleira do produto final
ASSAMENTO
ASSAMENTO
uso do ar quente

1. modificar características organolépticas dos
alimentos
2. conservar os alimentos
temperatura alta:
• elimina microorganismos
• inativa enzimas
• diminui atividade de água
irradiação - parede dos fornos

calor convecção - ar quente

condução - bandeja sobre a qual


repousa

Assamento = Forneamento
carnes frutas, verduras e
alimentos farinhosos
Primeiro momento - aquecimento por convecção

aquecimento da superfície do alimento

condução do calor ao interior do alimento

água aquece e evapora

forma-se uma camada de ar sobre o alimento impedindo a
propagação do calor

espessura da camada de ar está relacionada com a
velocidade do ar no forno e características da superfície do
alimento
(sup. menos complexas facilitam a propagação do calor)
Remoção da camada superficial

fornos com ventilação

• diminui a camada superficial de vapor


• aumenta a propagação de calor
• diminui o tempo de processo
Calor

alimento

água evapora

ar a arrasta para fora do forno

baixa umidade relativa dentro do forno

forma um gradiente de pressão de vapor

água no interior do alimento move-se em direção à
superfície


alimento vai perdendo umidade, e ao mesmo
tempo ganhando característica organolépticas
distintas das iniciais

a velocidade de evaporação da água é dependente
da composição do alimento e do calor empregado

quando a velocidade de evaporação da água da
superfície é maior que a velocidade com que a
água passa do interior do alimento para a
superfície

superfície resseca e sua temperatura se iguala à
do forno (100 a 250ºC) e forma-se uma crosta
Efeitos sobre os alimentos:

• formação de crosta (cor, odor, sabor


característicos e agradáveis)
> crosta quanto > temperatura
• na crosta < valor nutricional = degradação de
nutrientes por ação do calor
• no interior o valor nutricional é menos
prejudicado
• aumento da vida de prateleira do produto final
Equipamentos:

• fornos
• estufas
• fornos contínuos
COZIMENTO POR EXTRUSÃO
Extrusão = processo que envolve várias
operações:

•mistura
• cozimento
• empaste
• moldagem
• desidratação
Extrusão

processo importante na fabricação de alimentos,
que vem se desenvolvendo
e aprimorando a cada dia

vários motivos  popularidade crescente do uso


da extrusão
Versatilidade
• a extrusão é um processo flexível
• modificações nos componentes
minoritários da formulação
ou
• modificações nas condições do
equipamento (ex.: temperatura)

grande variedade de produtos
(atender a demanda de novos produtos)
competitividade comercial
Custo

• o processo de extrusão é mais barato que outros


que levam a resultados semelhantes
• economiza em média:
15 % de matéria-prima
35 % de mão de obra
40 % de instalação
Capacidade de produção
• equipamentos com alta produtividade
315 Kg de snacks / hora
9.000 Kg de ração para animais / hora
• equipamentos automatizados

Não gera efluentes


• contribuição ambiental
As operações são realizadas por um equipamento
relativamente compacto, que gasta pouca
energia, automatizado

o extrusor

Extrusão de materiais alimentícios


particularmente grãos, leguminosas e sementes
O processo de extrusão consiste basicamente em:
um aparelho gerador de pressão

faz com que o alimento se mova como um líquido
(em fluxo); sendo comprimido e trabalhado

resistência natural e produção de calor

formação de uma massa semi-sólida que é
comprimida por um pequeno orifício
Esquema de um extrusor
O fluxo do alimento no interior do aparelho pode
ser dado por :
• pistões
• parafusos (roscas sem fim)
Parafusos são preferíveis:

• geram pressão
• promovem a mistura mais
eficiente do produto
• facilitam a geração e transferência do calor
• fornecem produtos mais homogêneos
O parafuso é montado em um eixo
que corre em um corpo de resistência que pode
ser liso ou com ranhuras


trabalhar o fluxo e a produção de calor

O corpo pode ser único ou dividido em


segmentos (neste caso são unidos entre si com
braçadeiras)
Equipamento em parafuso:
• alimentador
recebe o alimento e o introduz no cilindro
• primeira seção = asas profundas
o alimento é aceito e trabalhado
continuamente
• segunda seção = corpo
aumenta a compressão e cisalhamento
aumenta a temperatura
• terceira seção = asas rasas
altas taxas de compressão e cisalhamento
alta temperatura
• molde = dar forma ao produto
TEORIA
pela zona de alimentação o alimento entra no
equipamento

as asas profundas promovem a mistura

a mistura segue para o corpo do aparelho, que é
a segunda seção do parafuso

a mistura é trabalhada e desprende calor, ocorre
cozimento e empaste

a massa formada segue para a terceira seção

o calor e a pressão aumentam dramaticamente
máxima dissipação de energia mecânica
máxima dissipação de calor

a massa segue para o descarregamento
∆t médio 5 segundos

a massa passa pelo molde = moldagem


ocorre rápida diminuição da pressão

a água superaquecida e entranhada evapora
rapidamente
desidratação

formam-se canais e vacúolos entre a estrutura
protéica

material expande e solidifica  estrutura porosa
Efeitos sobre os alimentos:

• desidratação
• modificação do aspecto / textura
• produto de baixa densidade
• pouca perda vitamínica
∆t em alto calor é pequeno
Extrusora para produção de snacks de cereais
USO DE
ADITIVOS EM
ALIMENTOS
aditivo

alimento

conservação

Substâncias conhecidas

quimicamente toxicologicamente
aditivos:

• evitar a deterioração microbiana


• ação anti-oxidante
• incrementar ou modificar características organolépticas
Aditivos divididos por grupos

• acidulantes (H) comunicam ou intensificam


gosto ácido dos alimentos
• antiumectantes (AU) diminuem as
características higroscópicas dos produtos
• espessantes (EP) elevam a viscosidade de
soluções, suspensões e emulsões
• estabilizantes (ET) favorecem e mantém as
características físicas das emulsões e
suspensões
•antioxidantes (A) retardam o surgimento de
processos oxidativos
•conservantes (P) impossibilitam ou atrasam
a deterioração microbiana ou enzimática dos
alimentos
•edulcorantes (D) substâncias não glicídicas
que conferem sabor doce aos alimentos
•corantes (C) conferem ou intensificam a cor
dos produtos
•aromatizantes/flavorizantes (F) conferem e
intensificam o sabor e o aroma originais
Acidulantes

• ác. Adípico → sabor suave / favorece geleificação


gelatina
• ác. Cítrico → + usados / higroscópicos / sorvetes e
sucos de frutas, geléias
• ác. Fumárico → + cítrico / não higroscópico / pós
para gelatinas e sucos
• ác. Lático → produtos fermentados
• ác. Málico → ác. da maçã / aromatizante bebidas
• ác. Tartárico → + ác. ~ fumárico
• ác. Fosfórico → refrigerantes “cola” e fermentos
Umectantes

substâncias que capturam H2O do alimento

ambiente com  umidade


|
alimento
|
umectante
|
alimento
|
ambiente com  umidade
Polióis

carboidratos sem carbonila só OH


• polietilenoglicol  o + usado
• glicerol
• sorbitol

bases para óleos essenciais


doces de confeitaria
pães
Anti-umectantes
 características higroscópicas dos produtos
absorvem água sem se tornarem úmidas, mantendo o fluxo livre dos produtos -
exemplo clássico = sal
• silicatos - dióxido de silício
•fosfatos - fosfato tricálcico
• carbonatos - CaCO3 ou MgCO3

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