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FICHAMENTO

PENSAMENTO SELVAGEM
A Ciência do Concreto

Claude Lévi-Strauss

Antropologia Cultural

Lucas Cunha – 20101019083

Bacharelado em Humanidades – UFVJM

Novembro de 2010
A Ciência Do Concreto

Pg. 15 - 17

O autor abre o estudo lembrando-se de algumas observações propostas por Boas a respeito da
constituição das línguas, usa de exemplo a língua do povo chinuque. Krause é outro autor citado para
demonstrar um modo de formação de uma língua.

“Dentre as plantas e os animais, o indígena nomeia apenas as espécies úteis ou nocivas; as


outras são indistintamente classificadas como ave, erva daninha etc.” (Pg.16)

Em uma publicação dois anos mais tarde que a acima feita por Krause, Handy escreveu sobre o
tema o seguinte:

“Eu ainda me recordo da hilaridade provocada entre meus amigos das ilhas Marquesas... pelo
interesse (a seus olhos, pura tolice) demonstrado pelo botânico de nossa expedição de
1921 em relação às "ervas daninhas" sem nome ("sem utilidade") que ele coletava e
queria saber como se chamavam (Pg.16)”

Cada civilização tende a superestimar a orientação objetiva de seu pensamento; Quando


cometemos o erro de ver o selvagem como exclusivamente governado por suas necessidades orgânicas
ou econômicas, não percebemos que ele nos dirige a mesma censura e que, para ele, seu próprio desejo
de conhecimento parece melhor equilibrado que o nosso.

Pg. 18 – 19

Lévi-Strauss nessas páginas expõe várias citações de alguns autores sobre seus estudos tais
como: Handy e Pikui, Conklin, R.B. Fox e Smith.

Pg. 20 – 23

O autor destaca a importância ao meio biológico dado pelos índios Tewa, nativos do Novo
México, todas as pequenas espécies recebem nomes, a região é repleta de coníferas e cada uma das
variedades recebe um nome próprio diferente da maioria das tribos que não tem essa preocupação.

Nas paginas seguintes Lévi-Strauss cita mais alguns exemplos de povos com amplo interesse em
nomear espécies e estudá-las, faz então uma conclusão:

“De tais exemplos, que se poderiam retirar de todas as regiões do mundo, concluir-se-ia, de bom
grado, que as espécies animais e vegetais não são conhecidas porque são úteis; elas são
consideradas uteis ou interessantes porque são primeiro conhecidas” (Pg. 23)

Pg. 23 – 25

A verdadeira questão não é saber se o contato de um bico de picanço cura as dores de dente,
mas se é possível, de um determinado ponto de vista, fazer "irem juntos" o bico do picanço e o dente do
homem, e, através desses agrupamentos de coisas e de seres, introduzir um princípio de ordem no
universo. Qualquer que seja a classificação, esta possui uma virtude própria em relação à ausência de
classificação. Assim como escreve um teórico moderno da taxionomia:

“Os cientistas suportam a dúvida e o fracasso, porque não podem fazer de outra maneira. Mas a
desordem é a única coisa que não podem nem devem tolerar. Todo o objeto da ciência
pura é conduzir a seu ponto mais alto e mais consciente a redução do modo caótico de
percepção, que começou num plano inferior e provavelmente inconsciente, com a própria
origem da vida. Pode- se perguntar, em alguns casos, se o tipo de ordem elaborado é um
caráter objetivo dos fenômenos ou um artifício construído pelo cientista. Essa
questão é constantemente colocada em matéria de taxionomia animal... Entretanto, o
postulado fundamental da ciência é que a própria natureza é ordenada... Em sua parte teórica,
a ciência se limita a uma ordenação, e... se é verdade que a sistemática consiste em tal
ordenação, os termos "sistemática" e"ciência teórica" poderão ser considerados
sinônimos.” (Pg. 24-25 (Simpson))

Essa exigência de ordem constitui a base do pensamento que denominamos primitivo, mas
unicamente pelo fato de que constitui a base de todo pensamento, pois é sob o ângulo das
propriedades comuns que chegamos mais facilmente às formas de pensamento que nos parecem muito
estranhas.

Pg. 26 – 29

Este trecho traz a relação da ciência com a filosofia e as antigas crenças q davam ao então não
explicável nome de bruxaria, Lévi-Strauss mostra como o avanço da química, por exemplo, fez com que
hoje qualquer combinação de perfumes se baseie em apenas cinco elementos e em suas diversas
combinações, presença ou ausência de elementos, a quantidades de tais posta em uma tabela permite
um numero inimaginável de combinações e essências. Hoje não se preocupa em remontar certos pontos
da historia a ciência se consolidou há poucos séculos e também recente é o domínio do homem sobre o
ambiente, foi no período neolítico que se confirmou o domínio do homem sobre as grandes artes da
civilização: cerâmica, tecelagem, agricultura e domesticação de animais.

Pg. 30 – 36

Toda classificação é superior ao caos, e mesmo uma classificação no nível das propriedades
sensíveis é unia etapa em direção a uma ordem racional, ao correr dos tempos, muitas palavras mudam
de significado, se transformam, e comparações são feitas e acabam por dar sentido a estas alterações. O
autor cita como exemplo a origem do termo bricolagem, de algo brilhante a descrição de serviços
manuais em jardins. Existe um intermediário entre a imagem e o conceito: é o signo, desde que sempre
se pode defini-lo da forma inaugurada por Saussure a respeito dessa categoria particular que formam os
signos lingüísticos, como um elo entre uma imagem e um conceito, que, na união assim estabelecida,
desempenham respectivamente os papéis de significante e significado. A imagem não pode ser a idéia,
mas ela pode desempenhar o papel de signo ou, mais exatamente, coabitar com a idéia no interior de
um signo.
Pg. 37 – 43

Ainda tratando de signos imagens, Lévi-Strauss dirige outra vez seu ensaio em direção as artes
citando Clouet, diz:

“O exemplo de Clouet não vem por acaso, pois se sabe que ele gostava de pintar em proporções
menores que as da natureza; seus quadros são, portanto, como os jardins japoneses...
em linguagem de bricoleur, denomina-se "modelos reduzidos". Ora, a questão que se coloca
é saber se o modelo reduzido, que é também a "obra-prima" do companheiro, não oferece,
sempre e por toda parte, o tipo exato de obra de arte. Pois parece que todo modelo
reduzido tem vocação estética; inversamente, a imensa maioria das obras de arte é formada
de modelos reduzidos. Poder-se-ia crer que essa característica se prende, de início, a uma
preocupação com a economia relacionada com meios e materiais e invocar como apoio a essa
interpretação obras incontestavelmente artísticas ainda que monumentais. É
necessário, ainda, que nos detenhamos nas definições: as pinturas da Capela Sixtina são um
modelo reduzido, a despeito de suas dimensões imponentes, pois o tema que ilustram é o
do fim dos tempos. (Pg. 38)

Pg. 44 - 46

A arte moderna tem como vocação a exteriorização de ocasiões, de outro lado, a arte primitiva
trazia a interiorização das ocasiões. É preciso acrescentar, enfim, que o equilíbrio entre estrutura e fato,
necessidade e contingência, interioridade e exterioridade é um equilíbrio precário, constantemente
ameaçado pelas trações exercidas, o impressionismo e o cubismo aparecem menos como duas etapas
sucessivas do desenvolvimento da pintura do que como dois empreendimentos cúmplices, ainda que
não surgidos no mesmo momento, agindo em conivência para prolongar, através de deformações
complementares, um modo de expressão cuja própria existência estava gravemente ameaçada. A voga
intermitente das "colagens", nascida no momento em que o artesanato expirava, poderia ser, por seu
lado, apenas uma transposição do bricolage para o terreno dos fins contemplativos. Enfim, a ênfase
sobre o aspecto factual pode também dissociar-se, conforme o momento, destacando melhor, à custa
da estrutura, tanto a temporalidade social (com Greuze ou com o realismo socialista) quanto a
temporalidade natural e mesmo meteorológica (no impressionismo).

Pg. 46 – 49

Lévi-Strauss neste ultimo trecho explica suas analogias e coloca a relação de ciência com artes e
plano prático como um jogo, logo, este tem suas regras.

O jogo aparece, portanto, como disjuntivo: ele resulta na criação de uma divisão diferencial
entre os jogadores individuais ou das equipes, que nada indicaria, previamente, como desiguais.
Entretanto, no fim da partida, eles se distinguirão em ganhadores e perdedores.
LUCAS EVANDRO FERREIRA CUNHA - 20101019083

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