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Livros:
Renato Saraiva
Alice M. de Barros
Godinho Delgado
Sergio Pinto Martins
Avaliação:
1ª Prova valendo 10.
2ª Prova valendo 7 + Trabalho de até 3 pontos no 2º Bimestre, caso a turma não tenha ido
bem na 1ª prova (caso a turma tenha ido bem, a prova valerá 10 pontos sem trabalho).
05/02/09 – quinta-feira
09/02/2009 - segunda-feira
Art. 7, VI, CF (Flexibilização) – São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social: VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em
convenção ou acordo coletivo.
Irredutível: salvo acordo (empresa x sindicato) ou convenção (sindicato x
sindicato). Tem que ser observadas as regras mínimas, ou seja, não pode reduzir tudo, pode
variar as condições de trabalho, sendo analisado o mínimo garantido na CF. Permite-se a
redução salarial e de outros benefícios, mediante acordo ou convenção coletiva, que retira a
qualidade de hipossuficiente, desde que seja temporário.
Art. 503, CLT - É lícita, em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados, a
redução geral dos salários dos empregados da empresa, proporcionalmente aos salários de
cada um, não podendo, entretanto, ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), respeitado,
em qualquer caso, o salário mínimo da região. Não foi recepcionado. Pois não fala do
acordo ou convenção coletiva.
16/02/2009 - segunda-feira
2) TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADOS
Hipóteses “vedação” (exceções à regra da vedação):
a) Sem mudança de domicílio (caput/final) –
Art. 469, CLT - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para
localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não
acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.
Se trata de locais dentro do Brasil, fora do Brasil está em Lei própria. Ficção jurídica – Mas,
não se trata de mudança no mundo fático/na prática, ou seja, o que interessa é se no mundo
jurídico houve mudança/transferência, sendo que tal mudança deve obrigatoriamente ser um
local longe que faça com que ocorra a mudança de domicílio; o parâmetro a ser usado é o da
razoabilidade, que segue as seguintes regras: 1) distância e 2) forma de prestação de
serviços, ex.: se um médico só presta um plantão de 24 horas na semana, não há
necessidade de se mudar, mesmo que seja um lugar longe. Tendo que ser analisado também,
se há necessidade transferência do empregado. Domicílio no direito do trabalho (o domicílio
do empregado é o local onde ele descansa, onde ele mantém a sua família, onde seus filhos
estudam, onde ele mantém seu circo de relações sociais, onde ele administra seus
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
negócios...) ≠ Domicílio no direito civil (art. 72, CC – o domicílio pode ser o local onde ele
trabalha). Somente é utilizado o conceito de domicilio no direito do trabalho, ou seja, não é
analisado o conceito do art. 72 do CC.
b) Cargo de confiança; § 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os
empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como
condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de
serviço.
Gerente, supervisor, chefe de setor... É uma exceção à regra. Para identificar quem exerce
cargo de confiança tem que ser analisado as seguintes características (não é necessário ter
todas as características): 1) tem que receber gratificação de 40% pelos seus serviços; 2) tem
que ter efetivos poderes de mando (poder de demitir, contratar, firmar contratos, negociar...
deve possuir apenas um desses).
c) Cláusula implícita; (§1º) – não está prevista no contrato. Está implícita na natureza
sazonal da atividade da empresa. Ex.: circo; o motorista do trio elétrico de micareta, ele sabe
que vai viajar o Brasil; empresa de construção de pontes/estradas, ela não fica em um só
lugar fazendo as pontes e estradas, tem que prestar serviços em vários locais; empresas de
reflorestamento.
Diz respeito à própria necessidade da empresa de levar adiante sua atividade.
d) Cláusula explícita; (§1º) – está prevista no contrato de trabalho.
Súm. 43, TST – Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º do art. 469 da CLT,
sem comprovação da necessidade do serviço. (ou seja, só por que o empregado se encaixa
em alguns desses pontos, a transferência não pode ser abusiva e sem necessidade. Está
relacionado, principalmente à pessoas que exerçam cargo de grande importância na
empresa).
e) Extinção de “estabelecimento”; § 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção
do estabelecimento em que trabalhar o empregado.
Não se trata de extinção da empresa, deve ter outra filial. Caso o empregado não queira ser
transferido, tem que pedir demissão comum. Art. 470, CLT - As despesas resultantes da
transferência correrão por conta do empregador. (as despesas do empregado e de sua família
devem ser pagas pela empresa).
Súm. 29, TST – Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais
distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da
despesa de transporte. (os custos causados pela mudança de local de emprego, mesmo que
não seja para local muito longe. Ex.: eu moro em vila velha e trabalho em vila velha, então,
fui transferida para vitória, continua sendo perto, mas se eu tiver algum custo à mais, como
por exemplo, o pedágio, a empresa deve pagar).
f) Provisória; § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o
empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do
artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior
a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade,
enquanto durar essa situação.
Adicional de no mínimo 25%;
Necessidade de serviço;
Provisório (o empregador não quer transferir o empregado definitivamente). Deve ser
analisada a razoabilidade para saber quando que é provisório e quando não é, para os
aeronáuticos de 1 a 3 meses é provisória. Deve ser analisado a: pré-determinação (tem que
ser determinado com o empregado que ele vai, mas que ele irá voltar) e o tempo (para
alguns é a partir de 3 meses, mas se ocorrer algum imprevisto e ficar um pouco mais
continua sendo provisório, no limite de no máximo 6 meses...).
NÃO IMPORTA SE EXERCE CARGO DE CONFIANÇA OU SE ESTÁ PREVISTO NO CONTRATO – O
EMPREGADO TEM DIREITO AO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA PROVISÓRIA:
OJ 113, SDI1-TST – o fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de
previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O
pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência
provisória.
19/02/2009 - quinta-feira
DENOMINAÇÃO
Suspensão parcial = INTERRUPÇÃO Suspensão total = SUSPENSÃO
CARACTERIZAÇÃO
RELAÇÃO DE EMPREGO
Empregado Empregador
SUSPENSÃO
Artigo 60, § 3º, da Lei 8213/91 - § 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do
afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado
empregado o seu salário integral.
INTERRUPÇÃO
(Doutrina clássica)
Empregado Empregador
CLT - Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do
salário:
RELAÇÃO DE EMPREGO
(Sérgio Pinto Martins)
Empregado Empregador
DISTINÇÃO
CESSAÇÃO é diferente de SUSPENSÃO.
HIPÓTESES
a) Aborto.
CLT - Art. 395. Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a
mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito
de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento.
Requisitos: Aborto não criminoso e atestado médico oficial.
Atestado médico oficial Perito do DML, médico dos serviços de saúde Federal, Estadual ou
Municipal.
Há pagamento de BENEFÍCIO através da previdência social.
Artigo 93, § 5º, Decreto nº 3.048, de 06 de maio de 1999 - Em caso de aborto não criminoso,
comprovado mediante atestado médico, a segurada terá direito ao salário-maternidade
correspondente a duas semanas.
• Servidora Pública Federal
Art. 207. § 4º Lei Federal nº 8.112/90. No caso de aborto atestado por médico oficial, a
servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.
• Servidora Pública Estadual
Artigo 140, § 4º, LC 46/94 – 30 dias.
b) Aviso prévio.
CF – Artigo 7º, XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de
trinta dias, nos termos da lei;
• Empregado Urbano.
CLT - Art. 488. O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, E SE
A RESCISÃO TIVER SIDO PROMOVIDA PELO EMPREGADOR, será reduzido de duas horas
diárias, sem prejuízo do salário integral.
• Empregado Rural
Art. 15. da Lei 5.889/73 - Durante o prazo do aviso prévio, se a rescisão tiver sido promovida
pelo empregador, o empregado rural terá direito a um dia por semana, sem prejuízo do
salário integral, para procurar outro trabalho.
• Doméstica
c) Licença à gestante.
CF – Artigo 7º, XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a
duração de cento e vinte dias;
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CLT - Artigo 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e
vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário.
• Adoção ou Guarda Judicial
Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de
criança será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392, observado o disposto no
seu § 5º.
§ 1º No caso de adoção ou guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, o período de
licença será de 120 (cento e vinte) dias.
§ 2º No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 (um) ano até 4 (quatro)
anos de idade, o período de licença será de 60 (sessenta) dias.
§ 3º No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito)
anos de idade, o período de licença será de 30 (trinta) dias.
§ 4º A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial de
guarda à adotante ou guardiã.
• Empregada Doméstica
Art. 4º-A. É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada doméstica
gestante desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco) meses após o parto. (Artigo
acrescentado conforme determinado na Lei nº 11.324, de 19.7.2006, DOU 20.7.2006, com
efeitos em relação às contribuições patronais pagas a partir do mês de janeiro de 2006)
02/03/2009 - segunda-feira
d) Férias.
CLT Art. 129. Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias,
sem prejuízo da remuneração.
CLT, 130, § 2º. O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de
serviço.
e) Auxílio-doença.
CLT – 476 - Em caso de seguro-doença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado
em licença não remunerada, durante o prazo desse benefício.
Artigo 60, § 3º, da Lei 8213/91 - § 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do
afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado
empregado o seu salário integral.
Divergência Sérgio Pinto Martins. Art. 60, §3º, da Lei 8.213/91 – a partir do 15ª dia de
afastamento por motivo de doença nós teríamos uma hipótese de suspensão, e antes dos 15
dias seria interrupção.
Há divergência na doutrina. Sergio Pinto Martins diz que até o 6º mês enquanto perdurar a
obrigação do empregador com o empregado é considerado interrupção do contrato do
trabalho. E após os 6 meses será comutado em suspensão do contrato de trabalho.
Art. 133. Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: IV - tiver
percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por
mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.
CONCLUSÃO – Para Sergio Pinto Martins até 06 meses trata-se de INTERRUPÇÃO. Se for
ultrapassado o prazo de 06 meses será comutado em SUSPENSÃO DO CONTRATO DE
TRABALHO, pois na dicção do artigo acima deixa de ser computado o tempo para efeito de
férias.
f) Descanso Semanal Remunerado.
Hipótese clara de interrupção. Não há prestação de serviço, mas há pagamento.
CF, Artigo 7º, XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
CLT - Art. 67. Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de vinte e quatro
horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa
do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.
Lei 10.101/2.000 – Art. 6º Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades do
comércio em geral, observada a legislação municipal, nos termos do inciso I do caput do art.
30 da Constituição Federal.
Parágrafo único. O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos 1 (uma) vez
no período máximo de 3 (três) semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de
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proteção ao trabalho e outras a serem estipuladas em negociação coletiva. (NR) (Artigo com
redação determinada na Lei nº 11.603, de 5.12.2007, DOU 6.12.2007)
g) Acidente de trabalho
Igual o auxílio doença, a empresa realiza o pagamento do salário nos 15 primeiros dias de
trabalho.
Assim como na hipótese do AUXÍLIO DOENÇA cabe a empresa realizar o pagamento dos
salários nos 15 primeiros dias de trabalho.
Artigo 72, D 3.048/99 - § 1º Quando o acidentado não se afastar do trabalho no dia do
acidente, os quinze dias de responsabilidade da empresa pela sua remuneração integral são
contados a partir da data do afastamento.
a) Há contagem do tempo de serviço para indenização e estabilidade (artigo 4º,
parágrafo único, da CLT).
b) Computa-se o tempo para férias, exceto se exceder a seis meses contínuos ou
descontínuos (CLT 131, III).
c) Obrigação quanto ao recolhimento dos depósitos fundiários (artigo 15, § 5º da Lei nº
8.036/90)
• Face à obrigação de recolhimento do FGTS Sérgio Pinto Martins entende que
trata-se de hipótese de interrupção, enquanto perdurar a suspensão da prestação dos
serviços.
h) Aposentadoria por invalidez
Art. 475. O empregado que for aposentado por invalidez terá SUSPENSO o seu contrato de
trabalho durante o prazo fixado pelas leis de Previdência Social para a efetivação do
benefício.
O prazo é estipulado por meio do artigo 47, II, da Lei 8213/91 – 05 anos, contados da data do
início da aposentadoria por invalidez.
Se o empregado se recuperar cessa o benefício, CANCELA-SE A APOSENTADORIA, e ele
retorna ao trabalho.
Se tal fato ocorrer após os cinco anos:
Súmula TST Nº 160 - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo após cinco anos, o trabalhador terá direito
de retornar ao emprego, facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da lei.
i) Faltas ao serviço
Todas são hipóteses de interrupção do contrato de trabalho.
CLT - Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do
salário:
• Luto ou Nojo.
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,
descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência
Social, viva sob sua dependência econômica;
• Gala.
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;
São os três dias subseqüentes ao casamento.
Trata-se do casamento no civil e não no religioso (José Serson).
CF 226, § 3º - Equipara o casamento religioso ao civil.
• Licença paternidade.
III - por um dia, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana;
O item III foi tacitamente revogado pelo artigo 10, § 1º, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, que dilatou de 1 para 5 dias o prazo, até regulamentação do
texto pelo Congresso Nacional.
A convenção da OIT nº 156 (não foi ratificada pelo Brasil). Prevê o prazo de 08 dias.
Sérgio Pinto Martins e Otávio Bueno Magano sustem que face alteração promovida pela CF o
empregador não tem o dever de remunerar a ampliação, ou seja, os quatro dias.
Assim sendo, no primeiro dia, previsto no inciso III, seria de interrupção, os demais de
suspensão.
• Doação de sangue.
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de
sangue devidamente comprovada;
05/03/09 - quinta-feira
k) Atestados médicos.
Deve ser observada a seguinte ordem para que o mesmo tenha validade:
a. Médico da empresa.
b. Serviço médico credenciado da empresa.
c. Médico da Previdência Social.
Artigo 60, § 4º, Lei nº 8.213/91 - A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou
em convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao
período referido no § 3º, somente devendo encaminhar o segurado à perícia médica da
Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias.
Súmula TST Nº 15 - ATESTADO MÉDICO
A justificação da ausência do empregado motivada por doença, para a percepção do salário-
enfermidade e da remuneração do repouso semanal, deve observar a ordem preferencial dos
atestados médicos estabelecida em lei.
Súmula TST Nº 282 - ABONO DE FALTAS. SERVIÇO MÉDICO DA EMPRESA
Ao serviço médico da empresa ou ao mantido por esta última mediante convênio compete
abonar os primeiros 15 (quinze) dias de ausência ao trabalho.
l) Intervalos Intra-jornada.
• Repouso e alimentação:
Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de seis horas, é obrigatória a
concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de uma
hora e, salvo acordo escrito ou convenção coletiva em contrário, não poderá exceder de duas
horas. (É caso de Suspensão do contrato de trabalho, pois o horário de almoço não é pago,
nem entra como horário de almoço)
§ 1º Não excedendo de seis horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de
quinze minutos quando a duração ultrapassar quatro horas. (neste caso é Interrupção do
contrato de trabalho, pois são 15 minutos pagos pelo empregador, ou seja, é computado na
duração do trabalho).
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
§ 2º Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do
Ministro do Trabalho e Previdência Social quando, ouvido o Departamento Nacional de
Segurança e Higiene do Trabalho; se verificar que o estabelecimento atende integralmente às
exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando os respectivos empregados
não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.
§ 4º Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido
pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um
acréscimo de no mínimo cinqüenta por cento sobre o valor da remuneração da hora normal
de trabalho. (Parágrafo acrescentado conforme determinado na Lei nº 8.923, de 27.7.1994,
DOU 28.7.1994)
• Mecanografia: (para evitar doenças e lesões como ler e etc. – é uma hipótese de
suspensão do CT).
CLT - Art. 72. Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou
cálculo), a cada período de noventa minutos de trabalho consecutivo corresponderá um
repouso de dez minutos NÃO DEDUZIDOS DA DURAÇÃO NORMAL DO TRABALHO.
• Câmaras frigoríficas: (interrupção do CT)
Art. 253. Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os
que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois
de uma hora e quarenta minutos de trabalho contínuo será assegurado um período de vinte
minutos de repouso, COMPUTADO ESSE INTERVALO COMO DE TRABALHO EFETIVO.
• Subsolo e Minas: (hipótese de interrupção)
Art. 298. Em cada período de três horas consecutivas de trabalho, será obrigatória uma
pausa de quinze minutos para repouso, A QUAL SERÁ COMPUTADA NA DURAÇÃO
NORMAL DE TRABALHO EFETIVO.
m) Serviço Militar.
Hipótese de suspensão ou interrupção, conforme o autor.
- Segundo Sérgio Pinto Martins: INTERRUPÇÃO
Posto que conta-se o tempo. Art. 4º, § único da CLT. Recolhe-se o FGTS. Art. 15, § 5º, da Lei.
Conta-se o tempo anterior p/ férias. Art. 132 da CLT. Mesmo estando suspenso o contrato
produz alguns efeitos.
- Segundo Arnaldo Sussekind: SUSPENSÃO. Não há pagamento de salário.
n) Suspensão disciplinar. (é o chamado “balão” – pessoa que “morcega”, não está nem aí
pro serviço, faz tudo devagar e mal feito).
CLT – 474 – Fala do período máximo de suspensão. Poder disciplinar do empregador. O
empregador suspende o serviço do funcionário, se for uma penalidade grave pode ser
suspenso até 30 dias (sem receber), mas se for uma penalidade gravíssima, pode configurar
justa causa. Nem sempre vai configurar a justa causa, por isso aplica-se a punição disciplinar.
É causa de suspensão.
Não pode ser anotado na carteira de trabalho, tendo em vista o art. 29, §4º, CLT – É vedado
ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira
de Trabalho e Previdência Social.
o) Encargo público.
Aplicação/exemplo: deputado, ministro, senador, vereador,
CLT - 472. O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar ou de
outro encargo público, não constituirá motivo para a alteração ou rescisão do contrato de
trabalho por parte do empregador.
Seja durante a suspensão ou interrupção não só o vínculo continua, ou seja, não há rescisão,
bem como o empregador não pode promover qualquer alteração no contrato.
§ 1º Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em
virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o
empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de
trinta dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do
encargo a que estava obrigado.
§ 2º Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as
partes interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva
terminação.
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p) Lockout. (greve)
Lei nº 7.783 – Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do
empregador, com o objetivo de frustar negociação ou dificultar o atendimento de
reivindicações dos respectivos empregados ("lokout").
09/03/09 - segunda-feira
16/03/2009 - segunda-feira
o Requisitos fundamentais (não são hipóteses – é o que tem que ser observado
para a aplicação da justa causa):
Proporcionalidade entre o ato faltoso e a pena – tem que ser feito um juízo
de razoabilidade para a aplicação da justa causa. Não pode ser aplicada a
justa causa, por causa de um simples deslize do empregado. Antes, existe
a advertência e a suspensão para um caso menos grave. O que não é o
caso de um furto, por exemplo, não é necessário advertir, pode aplicar
direta a justa causa. Não há lógica em exigir que o empregador espere o
empregado furtar outras vezes para depois dispensar com justa causa
(mesmo se for algo irrisório, pois o empregador perde a confiança).
Aplicação imediata da sanção – para que o empregado não se torne um
eterno refém do empregador. O empregador deve aplicar a sanção (seja a
advertência, suspensão ou justa causa), no momento que souber do ato. E
deve ser feito de forma que não humilhe o empregado.
Deve ser observada a regra do non bis in idem – para cada falta só pode
ter uma sansão. Não se pode advertir e aplicar a justa causa para o
mesmo caso, salvo se for para beneficiar o empregado. Ex.: aplicou a justa
causa, e depois mudou de idéia e quis aplicar a suspensão. Neste caso
pode.
O ato deve guardar EM REGRA conexão com o serviço – ex.: o empregador
dá uma “fechada” no empregado no trânsito. O empregado não sabia que
o motorista era o empregador dele, por isso, ele fala mal e xinga o
empregador. Não há como configurar justa causa neste caso, pois o
empregado não sabia quem era, ou seja, não quis ofender o patrão.
• Forma:
o Não existe forma prevista na CLT no tocante à comunicação – tem que indicar
um dispositivo legal, a data, qual o ato... Pode ser aplicada de forma verbal, mas
não é aconselhável. Se fizer de forma escrita e o empregado não assina, pode
19/03/2009 - quinta-feira
23/03/2009 - segunda-feira
• Verbas rescisórias
o Saldo de salários e férias vencidas se o empregado tiver mais de um ano. (se
tiver menos de 1 ano, o empregado não tem direito à férias, nem proporcional –
o art. 482 é subjetivo).
o Súmula nº 171 do TST.
Férias proporcionais. Contrato de trabalho. Extinção. Salvo na hipótese de
dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de
trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias
proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze)
meses (art. 147 da CLT).
o O 13º salário é indevido.
LEI Nº 4.090, DE 13 DE JULHO DE 1962 - DOU 26/7/1962 – Art. 3º
Ocorrendo rescisão, sem justa causa, do contrato de trabalho, o
empregado receberá a gratificação devida nos termos dos parágrafos 1º e
2º, do art. 1º desta lei, calculada sobre a remuneração do mês da
rescisão.
b.1) Pedido de Dispensa – Iniciativa do empregado.
• Trata-se de mera comunicação que independe de aceite. (O empregado tem o direito
potestativo de sair do emprego, que independe da manifestação do empregador).
30/03/2009 - segunda-feira
02/04/2009 – quinta-feira
Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação
do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de
06/04/2009 - segunda-feira
AVISO PRÉVIO
Previsão Legal
CLT – 487 e seguintes.
Conceito
Aviso prévio é a comunicação que uma parte do contrato deve fazer a outra que pretende
rescindir o Contrato de Trabalho sem justa causa, de acordo com o prazo previsto em lei, sob
pena de pagar uma indenização substitutiva.
Prazo
Art. 487, CLT - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser
rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
I - 8 (oito) dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; (revogado
tacitamente)
II - 30 (trinta) dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12
(doze) meses de serviço na empresa.
Art. 7º, XXI, CF - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta
dias, nos termos da lei; (essa proporcionalidade não possui aplicação. SEMPRE, o aviso prévio
será de 30 dias).
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Forma de concessão
Art. 488, CLT - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a
rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias,
sem prejuízo do salário integral.
Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas
diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário
integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do
inciso lI do art. 487 desta Consolidação. (parte final revogada, pois menciona o inciso I,
também revogado).
(As empresas em geral querem que o empregado escolha ficar sem trabalhar os 7 dias
corridos. A Lei não diz o horário, o empregado pode escolher a redução de 2 horas quando
quiser, mas tudo deve ser previamente estipulado).
Art. 132, CC. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos,
excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento. (começa a contagem do prazo no 1º
dia subseqüente à ciência do empregado).
Característica
Tem natureza de direito potestativo (não precisa dizer o porquê).
É direito irrenunciável.
Súmula 276 do TST – O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de
dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo
comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego; (aplica-se quando o
empregado pede dispensa e o empregador o dispensar do aviso prévio, esse fato, por si só,
não vai exonerar o empregador de pagar o aviso prévio, salvo se o empregador tiver prova de
que o empregado está em um novo emprego).
Cabimento
É cabível nos contratos por prazo indeterminado.
Descabe, portanto:
Face a pré-determinação do término do Contrato de Trabalho nos contratos:
a) Contrato por prazo determinado (latu senso – o contrato de experiência é uma
modalidade).
b) Contrato de experiência.
c) Trabalhadores temporários (regidos pela Lei 6.019, empregados com contrato de 3
meses podendo ser prorrogado por mais 3 – aumento excepcional de serviço).
Face a ausência de culpa do empregador:
a) Justa causa.
Hipóteses excepcionais:
- Extinção da empresa:
Súmula 44 do TST – AVISO PRÉVIO. A cessação da atividade da empresa, com o pagamento
da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso
prévio.
- Falência da empresa:
Art. 2º, CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os
riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
- Força maior e factum principis:
Art. 487, CLT – Justo Motivo - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo,
quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência
mínima de (...).
Uma parte da doutrina entende que quando há um justo motivo (força maior e etc.) e no caso
do factum principis, não existe um justo motivo, e por conta disso o aviso prévio não é
devido. Mas a maioria da doutrina entende que justo motivo são os casos do artigo 482, CLT,
sendo assim, teria aviso prévio normalmente (alteridade).
- Despedida indireta
Art. 487, § 4º, CLT – É devido o aviso prévio na despedida indireta.
- Culpa Recíproca
Súmula 14 do TST – CULPA RECÍPROCA. Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do
contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento)
do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.
23/04/2009 - quinta-feira
Correção da prova.
27/04/2009 - segunda-feira
GARANTIA NO EMPREGO
Conceito:
É o direito que o empregado tem de permanecer no emprego enquanto não houver uma
causa relevante para a sua dispensa.
Mitigação do direito potestativo do empregador – o empregador tem uma redução
desta esfera, deste arbítrio para levar a cessação do contrato à hora que ele bem entender.
Modalidades de garantia no emprego (existem outras, mas estas são as principais)
1) Dirigente sindical
Fundamento legal:
CF - Art. 8º. É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: (...)
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a
cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após
o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
CLT - Art. 543. § 3º. Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a
partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de
entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu
mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave
devidamente apurada nos termos desta Consolidação.
Entendimento jurisprudencial:
Súmula nº 369 DO TST - DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.
I - É indispensável a comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do § 5º
do art. 543 da CLT. (o sindicato deve fazer a comunicação do registro da candidatura, pois
afrontaria a liberdade sindical. Todos os candidatos têm estabilidade, depois da eleição só
quem ganhou possui a estabilidade, quem era candidato e não foi eleito perde a estabilidade
e o sindicato deve avisar quem ainda tem ou não estabilidade, ou seja, quem foi eleito e
quem não foi);
II - O art. 522 da CLT, que limita a sete o número de dirigentes sindicais, foi recepcionado pela
Constituição Federal de 1988.
Art. 522, CLT - A administração dos Sindicatos será exercida por uma diretoria
constituída, no máximo, de 7 (sete) e, no mínimo, de 3 (três) membros e de um
Conselho Fiscal composto de 3 (três) membros, eleitos esses órgãos pela Assembléia
Geral. (o entendimento dos Tribunais é de que os membros do conselho fiscal não
exercem a atividade sindical propriamente dita, executam atividades de fiscalização de
contas, das atas, publicações dos balanços dos sindicatos, e desta maneira não entram
em choque com os patrões, ou seja, não têm direito à estabilidade) – OJ 365.
OJ (Orientação Jurisprudencial – é uma unificação da jurisprudência, mas
somente estará pacífica e totalmente unificada quando virar súmula, ou seja,
a OJ antecede a Súmula) nº 365 da SDI I DO TST – ESTABILIDADE PROVISÓRIA.
MEMBRO DE CONSELHO FISCAL DE SINDICATO. INEXISTÊNCIA.
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos arts.
543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa de
direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização da
gestão financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT). A CF diz que os suplentes
também possuem estabilidade – art. 8º, VIII – ou seja, possuem 14 funcionários estáveis
por serem do sindicato.
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se
exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi
eleito dirigente. (deve haver correlação do sindicato que ele representa e da função que
exerce na empresa para ter a estabilidade);
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não
há razão para subsistir a estabilidade. (os tribunais entendem que sendo extinta a empresa,
acaba a estabilidade. Todavia, há divergência, pois “extinção da atividade” quer dizer que
não haverá mais qualquer empresa desempenhando aquela atividade, naquele local, nem
daquela categoria – este último entendimento é minoritário);
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período
de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a
regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
28/04/2009 - terça-feira
Exemplos:
- Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo
exercício do trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte
ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
- Doença profissional.
- A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua
atividade.
- O acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho na execução
de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa.
- Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras
necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado
no exercício do trabalho.
Entendimento jurisprudencial:
Súmula Nº 378 DO TST - ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118
DA LEI Nº 8213/1991. CONSTITUCIONALIDADE. PRESSUPOSTOS.
I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade
provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado
acidentado.
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a
conseqüente percepção do auxílio doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida,
doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de
emprego. (no caso da doença só aparecer depois da despedida, ele é reintegrado e afastado
imediatamente para recebimento do benefício do INSS).
04/05/2009 - segunda-feira
4) GESTANTE
Fundamento legal:
ADCT - CRFB - Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o artigo
7º, I, da Constituição: (...)
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
(...)
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. (é
da concepção da gravidez. Só pode ser mandada embora em caso de justa causa. É um caso
de mitigação do poder do empregador).
Entendimento jurisprudencial:
Súmula Nº 244 do TST - GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao
pagamento da indenização decorrente da estabilidade; (art. 10, II, "b" do ADCT). (se estiver
de aviso prévio, ou qualquer contrato por prazo determinado não adquire estabilidade, se a
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
concepção ocorrer após o contrato se tornar por prazo determinado. No contrato por prazo
determinado vai ter estabilidade até o fim do contrato de trabalho. Não interessa se a mãe
agiu de má-fé, e quis engravidar por querer, para não ser mandada embora – no contrato por
prazo indeterminado. Todavia, se a empregada espera passar o prazo de 9 meses da gravidez
+ os 5 de estabilidade, para requer indenização, pois ela estaria infringindo a boa-fé
processual, dormentibus non sucurril jus – o direito não socorre os que dormem, e ainda, por
causa do enriquecimento ilícito da empregada e por ser proibido a torpeza em benefício
próprio).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o
período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos
correspondentes ao período de estabilidade. (confirmação da gravidez, neste caso, é a
apresentação de um atestado que comprove sua condição ao empregador).
III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão
mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do
término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa.
Licença maternidade – 120 dias;
Estabilidade – desde a concepção até 150 dias após o parto;
Sempre que terminados os 120 dias ainda tem mais 30 dias e acaba a estabilidade? Não. Por
causa do marco inicial. Para a licença pode ser a partir do 28º dia antes do parto. O prazo de
150 dias da estabilidade começa a contar do parto. Pode sobrar 30, 60, 90 dias... vai
depender de quando a mãe saiu de licença, e de quando foi o parto.
Origem
Foi criado em 1966 como substitutivo da estabilidade decenal prevista no artigo 492 da CLT.
Quem fazia esta opção era o empregado, à partir de 88 a estabilidade decenal foi abolida, e
todos passaram a ter direito ao FGTS, que é proporcional.
Legislação aplicável à matéria
CRFB - Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: (...)
III - fundo de garantia do tempo de serviço; (...)
Lei 8.036/90 de 11 de maio de 1990 - Dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço e dá outras providências.
Conceito
Depósito bancário destinado a formar uma poupança para o trabalhador, que poderá ser
sacada nas hipóteses previstas em lei, principalmente quando o empregado é demitido sem
justa causa. Outrossim, servem os depósitos como forma de financiamento para aquisição de
moradia pelo Sistema Financeiro de Habitação.
Natureza jurídica
a) Teoria do tributo – tributo é algo que paga para o Estado para ter a prestação de um
serviço. Não é o caso, pois não é para o Estado.
b) Teoria da Contribuição Previdenciária – a finalidade é outra, INSS. Não é o caso.
c) Teoria da indenização – não é, pois o FGTS não tem natureza indenizatória.
d) Teoria do salário diferido – majoritária. É salário por conta da periodicidade, e ele é
diferido, ou seja, é algo que tem direito agora, mas só vai utilizar futuramente.
Beneficiários
Artigo 15, § 2º, da Lei 8.036/90.
Considera-se trabalhador toda pessoa física que prestar serviços a empregador, a locador ou
tomador de mão-de-obra, excluídos os eventuais, os autônomos e os servidores públicos
civis (todos servidores públicos) e militares sujeitos a regime jurídico próprio.
Lei n° 5859/72 - Art. 3º-A.
É facultada a inclusão do empregado doméstico no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço -
FGTS, de que trata a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, mediante requerimento do
empregador, na forma do regulamento.
(uma vez incluso, não pode mais tara, é direito adquirido; o empregado que é incluído como
segurado do FGTS, caso demitido, tem direito ao seguro desemprego, que não está incluído
como segurado do FGTS não possui direito ao seguro desemprego).
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
TRABALHO PARA O 2º BI – VALOR 2 PONTOS (PROVA VALENDO 8)
MANUSCRITO
CONTEÚDO DO 2º BIMESTRE + SEGURO DESEMPREGO + VALE-TRANSPORTE
Entrega no dia da prova – vai colocar no blog no mais tardar na próxima semana, o
que deve ser abordado, algumas perguntas e etc. Envolve o conteúdo de sala, e
conteúdo que não faz parte da matéria
11/05/2009 - segunda-feira
Os depósitos
- Trabalhadores em geral - Alíquota - Art. 15 da Lei 8.036/90.
Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar,
até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a
8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador,
incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a
gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as
modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.
Art. 457, CLT - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos
legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação
do serviço, as gorjetas que receber.
Art. 458, CLT - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os
efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a
empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em
caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
- Correção – Art. 13 da Lei 8.036/90.
Art. 13. Os depósitos efetuados nas contas vinculadas serão corrigidos monetariamente com
base nos parâmetros fixados para atualização dos saldos dos depósitos de poupança e
capitalização juros de (três) por cento ao ano.
- Prazo para efetivação dos depósitos - Art. 15 da Lei 8.036/90.
- Incidência - Art. 15 da Lei 8.036/90 457 e 458 da CLT.
a) Remuneração ajustada.
b) Gorjetas.
c) Comissões.
d) Percentagens.
e) Gratificações ajustadas.
f) Diária de viagem (se excederem 50% do salário).
g) Abonos.
h) Salário in natura.
Recolhimento na hipótese de suspensão do contrato de trabalho
Artigo 15, § 5º, da Lei 8036/90:
§ 5º O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para
prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho.
a) Serviço militar.
b) Acidente de trabalho.
Contrato de aprendizagem:
Artigo 15, § 7º, da Lei nº 8.036/90.
§ 7º Os contratos de aprendizagem terão a alíquota a que se refere o caput deste artigo
reduzida para dois por cento.
Hipóteses de movimentação da conta vinculada:
Estão prevista no artigo 20 da Lei 8036/90.
Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes
situações:
I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior;
18/05/2009 - segunda-feira
MULTA RESCISÓRIA
- Se a cessação do contrato de trabalho se der sem justa causa – Artigo 18, § 1º, da Lei
8.036/90.
- Se a cessação do contrato de trabalho por culpa recíproca - Artigo 18, § 2º, da Lei 8.036/90.
- Incidência da multa sobre os valores levantados na constância do vínculo – Artigo 18, § 1º,
da Lei 8.036/90.
- Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta
vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de
todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho,
atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
Códigos de saque
São estabelecidos pela CEF através da circular nº 296/2003:
a) Cessação do contrato de trabalho sem justa causa - Código 01.
b) Cessação do contrato de trabalho culpa recíproca - Código 02.
c) Extinção da empresa - Código 03.
d) Cessação do contrato de trabalho por morte do empregado - Código 04.
e) Aposentadoria - Código 05.
Contrato nulo. Efeitos - nova redação
Súmula 363 do TST - A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia
aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe
conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de
horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos
depósitos do FGTS.
25/05/2009 - segunda-feira
Categoria profissional
Categoria é o conjunto de pessoas que têm interesses profissionais ou econômicos em
comum, decorrentes de identidade de condições ligadas ao trabalho. (Sergio Pinto Martins)
• Empregadores
CLT, Art. 511, § 1º. A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem
atividades idênticas (Ex.: professor...), similares (Ex.: coordenação e professores,
auxiliares...) ou conexas (umas nãos funcionam sem as outras. Ex.: engenharia civil,
01/05/2009 - segunda-feira
1) Definição
• Convenção coletiva
CLT - Art. 611. Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo
qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais
estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações,
às relações individuais de trabalho.
SINDICATO X SINDICATO
CATEGORIA PROFISSIONAL X CATEGORIA ECONÔMICA
• Acordo coletivo
CLT – Art. 611, § 1º. É facultado aos Sindicatos representativos de categorias
profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente
categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da
empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho.
SINDICATO X EMPRESA
CATEGORIA PROFISSIONAL X EMPRESAS
2) Legitimidade para a realização
Ordinariamente – Sindicatos - CLT – Art. 611, caput, § 1º.
Supletivamente – Federações e Confederações – CLT - Art. 611, caput, § 2º e Art. 617, parte
inicial. Inexistência de representação/omissão
Excepcionalmente – Os próprios empregados – CLT – Art. 617, parte final.
3) Requisitos
CLT - Art. 613. As Convenções e os Acordos deverão conter obrigatoriamente:
I - Designação dos Sindicatos convenientes ou dos Sindicatos e empresas acordantes;
II - Prazo de vigência;
III - Categorias ou classes de trabalhadores abrangidas pelos respectivos dispositivos;
IV - Condições ajustadas para reger as relações individuais de trabalho durante sua vigência;
V - Normas para a conciliação das divergências sugeridas entre os convenientes por motivos
da aplicação de seus dispositivos;
VI - Disposições sobre o processo de sua prorrogação e de revisão total ou parcial de seus
dispositivos;
VII - Direitos e deveres dos empregados e empresas;
VIII - Penalidades para os Sindicatos convenientes, os empregados e as empresas em caso de
violação de seus dispositivos.
Parágrafo único. As convenções e os Acordos serão celebrados por escrito, sem emendas
nem rasuras, em tantas vias quantos forem os Sindicatos convenientes ou as empresas
acordantes, além de uma destinada a registro.
4) Depósito
CLT - Art. 614. Os Sindicatos convenientes ou as empresas acordantes promoverão,
conjunta ou separadamente, dentro de 8 (oito) dias da assinatura da Convenção ou Acordo, o
depósito de uma via do mesmo, para fins de registro e arquivo, no Departamento Nacional do
Trabalho, em se tratando de instrumento de caráter nacional ou interestadual, ou nos órgãos
regionais do Ministério do Trabalho e Previdência Social, nos demais casos.
5) Início da vigência
CLT – Art. 614, §1º. As Convenções e os Acordos entrarão em vigor 3 (três) dias após a data
da entrega dos mesmos no órgão referido neste artigo.
6) Prazo de vigência