- Ojo Ìsinkú ( Dia do Funeral ) é o primeiro e mais importante dia do Ritual funerário.
Durante Ojo Isinkú, a família recebe dinheiro de parentes para comprar bebidas e os alimentos
para todos os convidados da cerimônia fúnebre. A primeira cerimônia pública é um espetáculo
de dança e jogar. Músicos são contratados para acompanhar os familiares dos falecidos em
torno cidade para cantar e dançar em honra ao seu parente falecido. Quanto mais pompa for
demonstrada no cortejo em toda a aldeia, maior terá sido a importância social do falecido.
Portanto, na concepção local, quanto maior for o status social do falecido, maior será a pompa
a ser demonstrada pelos parentes em seus ritos funerários. Este dia principal termina com a
invocação do espírito, quando então, os familiares do falecido transportam seu "tapete" para a
saída da cidade onde está localizada a grande encruzilhada, ao fazê-lo, enviam a alma do
finado para se juntar a dos outros espíritos Ancestrais. última
O Itaokú:
- Itaokú ( Itaokú ) é o terceiro dia, reservado para o banquete comunal e a festa.
O Irenokú:
- Irenokú, (Irenku) é o quarto dia, o dia em que se realiza
a consulta Orácular.
Durante o Irenku, a família e amigos realizam um cortejo pela cidade celebrando seu sucesso
no desempenho de um bom enterro, e também para pedir a aprovação do falecido. Música e
dança tem lugar durante todo o dia, em uma exibição muito mais elaborada do que o primeiro
cortejo. O cortejo pára em determinados pontos ao longo do caminho, onde se encontram os
parentes do falecido, depois segue em frente até o local onde foi previsto para ele ficar em
definitivo.
O Ijekú:
- Ijekú, (Ejeoku) é o sétimo dia, marca o fim da Ìtadógun (período de sete dias) da celebração
do ritual fúnebre. Esta semana ritual é vista como parte do sacrifício em honra ao falecido.
Sendo que é no Ejeoku da Ìtadógun, a ocasião em que os filhos do finado vão alimenta-lo com
inhame, peixe, sopa, etc. Após este sacrifício, terá lugar um outro na Igbó Oro, local onde o
Antepassado se revelará mais uma vez, porém desta vez, sendo acompanhado da música
tocada nos tambores Agba no Ritual Asipelu. A voz do Antepassado corresponderá à música
dos tambores. A Egbé Oro ( Awon Alagbalagba l'òru - Os anciãos da noite ) bem como os
parentes do sexo masculino acompanharão a voz que os "abençoará e agradecerá". Mo dukpé
awá! Espero que tenham apreciado o texto, agradeço pelos complementos que acharem
necessários, ire o!
( * ). Quando nos referimos a "custos", são os referentes ao preparo das cerimônias, afinal
serão sete dias em que uma aldeia praticamente para em honra ao falecido, não esqueçamos
também que Owo (dinheiro) é àsé. Portanto quanto maior for a pompa, e conseqüentemente
maior o custo, maior também será a homenagem a ser prestada pela descendência ao seu
futuro Ancestral. Quando o texto acima, que se refere a custos, referia-se a despesas gerais
mesmo, ou seja, os alimentos, bebidas e etc. Tudo será fornecido e custeado pela família, por
causa disso é que eles tem um período de um mês para se preparar, más este prazo pode
chegar até a um ano, para que então se execute o Ritual de Ìsínkú. Quanto a cobrança pelos
Etutu, não são cobrados, porém há uma consciêntização de que o sacerdote tem família
também e que este precisa viver, e é esta a concepção africana. Pelo que compreendo, Ifá nos
diz que, a soma a ser paga deve agradar a ambas as partes, claro que não me refiro ao Etutu
em si, más sim aos diversos procedimentos Oráculares, Festins, Cortejos Fúnebres, Músicos,
toda a parafernália necessária, bem como um determinado valor para as Egbés envolvidas
nesse suntuoso ritual. Diga-se de passagem, que a família vê este esforço feito, como uma
forma de demonstrar o valor e também a honra que depositam no finado. Permitam-me uma
pequena observação, jamais devemos olhar estes costumes sob o ponto de vista ocidental, pois
a forma de pensar africana difere em muito da nossa. Ire aikú Bàbá wá!