Jean Piaget apresenta em linhas gerais os estudos e as pesquisas a respeito do
desenvolvimento humano estão contidos em três grandes concepções teóricas:
ambientalismo, inatismo e interacionismo. Essas concepções, ao postularem diferentes noções de homem, aprendizagem, e desenvolvimento, defendem diferentes posições epistemológicas em relação aos sujeitos e ao meio em que estão inseridos. Na concepção ambientalista, o desenvolvimento humano é resultado das experiências sociais do sujeito, e a criança é considerada uma tabula rasa, expressão latina que pode ser traduzida como “ausência de conhecimentos”. Nessa concepção, no ambiente escolar o professor como figura central do processo pedagógico e o aluno como sujeito passivo, receptor do conhecimento transmitido por este professor. Na concepção Inatista, o desenvolvimento psicológico humano é compreendido como determinado no sujeito, ou seja, ele já esta inscrito no individuo, as idéias são inatas, nasceram com elas, cabendo-nos apenas relembra-las quando necessária. Nesta perspectiva, cabe ao professor apenas criar oportunidades para que o saber já previamente determinado possa ser expresso pelo aluno: Na concepção Inatista podemos perceber a criança como o sujeito ativo e o professor como sujeito passivo do processo de aprendizagem. Na concepção Interacionista, o processo de desenvolvimento humano, por sua complexidade, é concebido como o resultado das interações entre fatores biológicos, ou seja, aqueles inerentes ao individuo e, também, fatores ambientais em que este individuo esta inscrito, mais especificamente a família, a escola e as demais grupos sociais em que vive. Na concepção Interacionista, é proposto um dialogo entre aquilo que a criança traz ao nascer e as condições do meio em que se encontra. Sendo assim, o conhecimento é percebido como o resultado de uma construção Interacionista, o professor como aquele que deve ser capaz de propor a criança desafios que estimulem o seu desenvolvimento. Segundo Jean Piaget, o conhecimento é construído por meio ambiente, portanto o conhecimento não é resultado nem apenas de fatores genéticos, nem apenas de fatores ambientais. Razoes fundamentais que associam a teoria piagetiana: 1° Razão -> A primeira razão, também considera clássica, diz respeito ao fato de que os profissionais da Pedagogia, assim como os de outras ciências, precisarem ler e compreender as teorias que tratam de seu objeto de trabalho para fundamentar melhor sua pratica. Nesse sentido a pedagogia, por exemplo, recorre á Psicologia para definir conceitos de aprendizagem e desenvolvimento, que influenciarão diretamente a práxis pedagógica do professor. Assim, Piaget por ter uma obra consistente e vasta, que pelo rigor cientifico, ao longo de décadas e especificamente do desenvolvimento da inteligência da criança desarticulada da educação. 2° 3Razão -> É a ênfase que a teoria piagetiana da ao processo de construção de conhecimento pela criança, representando uma forte referencia de Piaget na Pedagogia. Neste sentido, a teoria piagetiana, ao conceber a criança como um ser dinâmico, em constante processo de desenvolvimento por meio das continuas interações organismo- meio, irá apresentar uma diferente concepção a respeito da infância. Ate aproximadamente o inicio do século XX, o pensamento preponderante era de que os adultos, principalmente pais e professores, depositavam o conhecimento. Piaget, foi o autor da Teoria Cognitiva, que identifica as fases de aprendizagem do ser humano (sensório-motor, pré-operatório concreto e operatório formal). A “afirmação central” da teoria de Piaget é a de que o ser humano aprende de forma diferente em cada fase de vida, contrariando o pensamento dominante, na sua época, de que a criança raciocina e aprendia da mesma forma que os adultos. . Uma das mais conhecidas é o construtivismo, onde a criança é levado a aprender através da solução de desafios estes desafios, construindo assim o conhecimento.