Impossível deixar de lembrar... tantos lugares! Escavando no
labirinto da memória, caminhando com olhar atônito e brilhante em corredores que me dão conforto, encontro a fonte de onde jorra o objeto subjetivo que procuro... Me queixo por ter descoberto o universo das letras com pouca idade: afinal, tem conhecimentos que considero melhor não tê-los atualmente – dada minha curiosidade! A ânsia pela busca é equivalente (ou até maior!) que a do menino das obras célebres de sua “Biblioteca Verde”... pois há muitos anos já o ultrapassei em volumes... O incentivo partiu de dentro... dentro do meio familiar e de um outro lugar que só eu tenho acesso! Arrasto-me por entre prateleiras empoeiradas desde quando descobri as letras... Por vezes me perdi no obscuro, mesmo buscando a Luz... Ah... o alimento da alma! O cheiro do tempero que cada um coloca durante o cozimento das ideias lidas é tão impressionante quanto o despertar de um novo dia... Nas bibliotecas da vida, e foram diversas, me sinto sempre à vontade. O som das pisadas nos assoalhos antigos e o silêncio dos ambientes me revigoram. O tempo – esse – procuro transcender, deixando que o objeto de minha busca defina se devo parar ou não... Nada importa nesse momento, somente as sensações...