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CONCURSO BETIM

-EDUCAÇÃO

2011
Constituição Federal
  Com maior ou menor abrangência e marcadas pela
ideologia de sua época, todas as Constituições
brasileiras dispensaram tratamento ao tema da
educação.
 A Constituição Imperial de 1824 estabeleceu
entre os direitos civis e políticos a gratuidade da
instrução primária para todos os cidadãos e previu a
criação de colégios e universidades.

   A Constituição Republicana de 1891, adotando o
modelo federal, preocupou-se em discriminar a
competência legislativa da União e dos Estados em
matéria educacional.

 A Constituição de 1934 define a educação é como
direito de todos, correspondendo a dever da família
e dos poderes públicos, voltada para consecução de
 O retrocesso na Constituição de 1937 é patente. O
texto constitucional vincula a educação a valores
cívicos e econômicos. Não se registra preocupação
com o ensino público, sendo o primeiro dispositivo
no trato da matéria dedicado a estabelecer a livre
iniciativa.

  A Constituição de 1946 retoma os princípios das
Constituições de 1891 e 1934. A competência
legislativa da União circunscreve-se às diretrizes e
bases da educação nacional. A competência dos
Estados é garantida pela competência residual, como
também pela previsão dos respectivos sistemas de
ensino.

 A Constituição de 1967 mantém a estrutura
organizacional da educação nacional, preservando os
 Todavia, percebemos retrocessos no enfoque de
matérias relevantes: fortalecimento do ensino
particular, inclusive mediante previsão de meios de
substituição do ensino oficial gratuito por bolsas de
estudo; necessidade de bom desempenho para
garantia da gratuidade do ensino médio e superior
aos que comprovarem insuficiência de recursos;
limitação da liberdade acadêmica pela fobia
subversiva; diminuição do percentual de receitas
vinculadas para a manutenção e desenvolvimento
do ensino.

   A Constituição de 1969 não alterou o modelo


educacional da Constituição de 1967. Não obstante,
limitou a vinculação de receitas para manutenção e
desenvolvimento do ensino apenas para os
municípios.
Constituição 1988-
Constituição Cidadã
 A Constituição Federal de 1988 enuncia o direito
à educação como um direito social no artigo 6º;
especifica a competência legislativa nos artigos 22,
XXIV e 24, IX; dedica toda uma parte do título da
Ordem Social para responsabilizar o Estado e a
família, tratar do acesso e da qualidade, organizar o
sistema educacional, vincular o financiamento e
distribuir encargos e competências para os entes da
federação.

 Além do regramento minucioso, a grande inovação


do modelo constitucional de 1988 em relação ao
direito à educação decorre de seu caráter
democrático, especialmente pela preocupação em
prever instrumentos voltados para sua efetividade
(Ranieri, 2000, p. 78).

Livro : A criança e o Medo
de Aprender- Serge
Boimare (2007)
1 -Capítulo: A constatação Aflitiva do fracasso

escolar

 Que força misteriosa é capaz de levar crianças


inteligentes e curiosas a não empregar no ambiente
escolar os talentos e meios de que dispõem? "Por
trás e na raiz do fracasso escolar e de várias
dificuldades de aprendizado pode estar o medo,
entendido como uma resistência inconsciente de a
criança colocar em questão seu universo mental." É o
que nos mostra o professor e psicólogo Serge
Bomaire, há mais de trinta anos trabalhando com
crianças e adolescentes que têm em comum a recusa
à aprendizagem.
 “O verbo é um imbecil por obedecer ao sujeito”, diz
Juliano, dez anos, querendo mostrar com isso que
 Julgando-se bom professor primário e capaz de
enfrentar qualquer desafio, Serge Boimare pediu
transferência para uma classe especial de crianças
que tinham em comum o fato de não suportarem a
estrutura escolar, com suas regras, leis e pessoas.
Apesar da pouca idade, a maioria já havia sido
expulsa de várias escolas de bairro em razão de
violência e indisciplina marcantes.

 A autoconfiança durou pouco. Em quinze dias


praticamente não tinha mais alunos. Cabia a Bomaire
distrair e manter ocupados os poucos que ainda
restavam em sala - ou eles engrossariam as fileiras
dos que zombavam dele sob as janelas. Um dia, no
auge do desespero, encontrou na estante um livro de
contos de Grimm e decidiu lê-lo para os três ou
quatro presentes. Como por encanto, os que estavam
fora voltaram, um atrás do outro, para também ouvir
 Nem assim, Serge sentiu-se orgulhoso - até então,
leitura de histórias era "recompensa" para os alunos
depois de um dia inteiro de trabalho e dedicação. Se
substituía a leitura por algum livro de matemática ou
gramática, iam embora. Serge tentou recorrer a livros
com textos menos fortes, mas os alunos os
desprezavam. Aquela classe jogou por terra todos seus
parâmetros de pedagogo. Cerca de seis semanas
depois, Serge começou a perceber sinais encorajadores
de mudança.

 Não confundir falência(insucesso) em aprender com


dificuldade em aprender: a falência não poderá ser
tratada como apenas uma insuficiência de aporte
inicial ou de um treinamento precário.
Fracasso Escolar- Distúrbios de comportamento-

déficits.
 O fracasso escolar não deve ser definido apenas
em termos de insuficiência, trata –se também de
uma organização psíquica singular, de uma
organização que, no ato de evitar pensar, está em
jogo a busca pelo seu equilíbrio.

 A escola e sua dinâmica de funcionamento, com
regras e leis: violência, o mutismo e a inibição.
 Tornar o fracasso escolar como uma questão
relacional seria de novo livrar-se facilmente do
problema e evitar a reflexão que ele nos impõe.

 Teimosos em aprender: ameaça a uma organização


psicológica, muitas vezes construída por essas
crianças desde os primeiros meses de vida para se
preservarem em meio a um quadro educativo ao qual
faltou coerência ou que não as iniciou à prova da
O Equilíbrio Precário sustenta-se em 3
pontos:

 Furta-se do encontro com sua carências;


 Evitar submeter-se à regra;
 Esquiva-se do confronto com a incerteza.

 Aprendizagem: questionamento excessivo, um ataque


pessoal.
 A desestabilização que vai despertar os medos, ora
primitivos, ora relacionados às primeiras experiências
educativas.
 Para sinalizar que não se trata apenas de um limite
dos instrumentos, há um sinalizador facilmente
observado pelo professor: A fuga a todo custo do tempo
de elaboração.

EM RESUMO: o medo de aprender segue um roteiro em


quatro etapas:
1- Ameaça ao equilíbrio pessoal gerada pelas exigências do

processo de aprendizagem

2-
 Aproximação de sentimentos excessivos
3- Medos profundos, primitivos, frequentemente
alimentados por preocupações com a identidade, e até
mesmo por perturbações primárias.
4- Distúrbios de comportamentos consideráveis, seja
para diminuir medos ou impedirem de chegar.

Serge pontua a importância de criar uma ambiente


em que essas crianças encontrem liberdade de
pensamento: Suporte simbólico para representações.
Passagem do Imaginário ao Simbólico: O imaginário se

funda no semelhante e que o simbólico se insere numa


cadeia de significantes (Cultura/metáfora) .
CULTURA: mediação entre representações desses
medos e aprendizagem

Objetivos da mediação:

 Dar significado e proporcionar interesse.


 Desempenhar o papel de corta-fogo (FIREWALL),
apresentando-lhes possibilidades de representações
compatíveis ao trabalho do pensamento.
 O medo de ensinar não deve alimentar o medo de
aprender.
 Prática do autor: a ausência de limites externos
despertava sua desordem interna. Pulsão de vida e
morte.
 Déficit instrumental: passar do registro perceptivo
ao registro representativo.

Dificuldade Instrumental x Falha Psicológica


 Fracasso escolar: origina ao redor de dois eixos
 ORDEM INSTRUMENTAL: limite da própria ferramenta
intelectual( instabilidade psicomotora, déficit de
parâmetros de identidade, carência de estratégias
 ORDEM PSICOLÓGICA: Comportamentos diante da
aprendizagem ( limite a tolerância à frustração,
objeção a encontrar uma boa distância relacional com
a pessoa que ocupa o lugar de autoridade, Desejo de
aprender preso às preocupações pessoais.

 Casos do Centro Médico Psicopedagógico: os
casos( estudos com alunos e famílias) revelam em
quase todos uma Falha Educativa Precoce.
 A Falha Educativa Precoce aparece a partir de duas
circunstâncias: a criança sendo submetida , a partir
das primeiras semanas de vida, a um quadro de
insegurança, desorganização e dispersão. A segunda
circunstancia relaciona-se à incapacidade de certos
pais apontar ou impor ao filho a prova da frustração.
 Aqueles que conheceram essas circunstâncias
precisarão se proteger do exercício de pensar para
manter o equilíbrio de pensar.

 Processo de aprendizagem: ambiente feito de regras,


ATENUAR O MEDO DE APRENDER

 Por uma mediação cultural : mediação literária,


científica ou artística.
 Função da mediação:
 1- Permitir que as inquietações pessoais sejam
reconhecidas, através da metáfora que lhe dará
forma e irá atenuá-la.
 2- Oferecer ao mesmo tempo o vínculo e o
distanciamento necessário para a passagem à
abstração e à regra se torne possível.

 CASOS:
 GUILHERME
 GERALDO

 DANILO

 JORGE

 ALBERTO


Conclusão:
 As diferentes teorias para o entendimento do
fracasso escolar: psicanálise, neurologia,
psiquiatria, neuropsicologia, etc.

 A Leitura: Ler o mundo. Se para ler precisa-se ter


memória, ouvir, boa coordenação olho-cerébro,
também é essencial conseguir suportar o
questionamento pessoal que acompanha essa
transição do mundo perceptivo ao mundo
representativo. Segurança identitária traz um
suporte para essa aventura.

 Livros especializados : reação contrária, criando
comportamento de rejeição e oposição.
 Soletração, Adivinhação, Derivação sonora, Deriva
visual, Passagem ao corpo Rigidez
Mental
Finalizando
 São necessárias 3 etapas para propiciar –lhes
entrar, sem risco excessivo de desarranjo, no tempo
de suspensão indispensável à construção do
sentido:

1- Aplicação a seus temores primitivos
imagens com palavras.

2- Reforçar os pontos de apoio de identidade


que lhes faltam.


3- Recuperar a possibilidade
 nova, de
servirem de suas representações.

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