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Colégio Pedro II - Unidade São Cristóvão III

Coordenação de História

Música Brasileira dos anos 80 aos anos 2000


Amanda Soares – 01
Gabriela Motta – 13
Marianne Pereira – 27
Rodrigo Gonçalves - 34
2304

Rio de Janeiro
2010
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Amanda Soares – 01
Gabriela Motta – 13
Marianne Pereira – 27
Rodrigo Gonçalves - 34

Música Brasileira dos anos 80 aos anos 2000

SUMÁRIO
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1.INTRODUÇÃO.........................................................................................................
..............4

2.A MÚSICA NOS ANOS


80.......................................................................................................5

3.SUCESSOS
MUSICAIS............................................................................................................6

4.A MÚSICA NOS ANOS


90.......................................................................................................7

5.SUCESSOS
MUSICAIS............................................................................................................8

6.A MÚSICA NOS ANOS


2000...................................................................................................9

7.ROCK NOS ANOS


80.............................................................................................................11

7.1.BANDAS QUE SE
DESTACARAM.............................................................................12

8.ROCK NOS ANOS


90............................................................................................................15

9.ROCK NOS ANOS


2000........................................................................................................15

10.FUNK NOS ANOS


80..........................................................................................................17

11.FUNK NOS ANOS


90..........................................................................................................18

12.FUNK NOS ANOS


2000.......................................................................................................19

13.SUCESSOS DO
FUNK..........................................................................................................19

14.CONSIDERAÇÕES SOBRE O
FUNK.......................................................................................20

15.MANIFESTO DO MOVIMENTO FUNK É


CULTURA................................................................21

16.ENTREVISTAS.......................................................................................................
......................22
3
17.CONCLUSÃO........................................................................................................
......................25

18.BIBLIOGRAFIA......................................................................................................
.............26

Introdução:
Este trabalho tem a finalidade de apresentar uma grande parte da história da música
brasileira entre a década de 80 e os anos 2000, visto que é um tema apreciado por todos,
independente de sua classe social.
Falaremos de alguns estilos musicais que fizeram sucesso em cada ano apresentado.
Mostraremos as mudanças que cada um sofreu e ainda sofre, além dos grupos musicais que se
destacaram e suas canções. Ou seja, desejamos mostrar alguns dos principais acontecimentos
e suas razões.
Enfatizaremos no rock e no funk, estilos que mais fizeram e fazem sucesso.
Também compartilharemos entrevistas que fizemos com dois profissionais do ramo
musical.
Essa época começou com a grande explosão da mídia nos anos 80, principalmente TV
e rádio, quando praticamente todas as residências possuíam pelo menos um receptor de rádio
e de TV, a divulgação das novas músicas tornou-se muito mais rápida e eficaz, tendo como
conseqüência grande disseminação de músicas de má qualidade; objetivos comerciais
sobrepujavam os artísticos. Passou a ser muito fácil tornar “qualquer” música, por pior
qualidade musical que tivesse, um grande sucesso de público; conjuntos de pequeno valor
artístico com dois ou três cantores e duas bailarinas semi-nuas dançando eroticamente
passaram a fazer sucesso junto ao grande público, devido à grande divulgação pela mídia.
Lamentavelmente foram rareando as músicas de boa qualidade.

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Musica Brasileira a partir dos anos 80

Os anos 80 são conhecidos também como a década da música eletrônica. Nesta época,
o New Wave e o Synthpop se tornam os gêneros musicais mais vendáveis e populares, assim
como toda a estrutura da Dance Music. Surge a MTV e o hip hop; advento da música
eletrônica nas pistas de dança e as primeiras raves.

Sabemos que nos anos 80 houve um chamado estouro do rock, que era influenciado
pelo new wave, além de trazer de volta músicas da Jovem Guarda com regravações de alguns
artistas. Temos como grande responsável para este fato o evento ocorrido em 1985 que reunia
as diversas tendências musicais do mundo, com bandas brasileiras e internacionais: o Rock in
Rio.
Paralelamente ao rock, a música sertaneja firmou-se mais ainda devido ao grande
afluxo populacional do campo para as cidades, aumentando assim o público consumidor desse
tipo de música. Foi fortemente influenciada pela música country norte americana, com os
artistas se apresentando com roupas típicas dos caubóis americanos e alterando os temas
sertanejos brasileiros para temas eminentemente românticos; as principais duplas
dessa "nova" música sertaneja são: Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé Di
Camargo e Luciano e algumas outras.

Graças à grande influência da fabulosa cantora Beth Carvalho, o pagode, praticado há


décadas, passou a ser conhecido nacionalmente; originário das festas e
comemorações populares feitas nos quintais dos subúrbios do Rio de Janeiro, eram cantadas e
tocadas músicas geralmente muito singelas. Dentre os vários grupos de pagode o mais famoso
é "Fundo de quintal" com inúmeras gravações e muito sucesso até hoje.

A MPB consagrou a posição de destaque das vozes femininas na música brasileira;


entre os fenômenos individuais destacam-se Elba Ramalho, Simone, Marina Lima, Maria
Bethânia, Zizi Possi, Fafá de Belém, Elis Regina Gal Costa, Rita Lee, Rosana e Joanna.
Dentre as vozes masculinas, Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Tom
Jobim, Guilherme Arantes, Flávio Venturini, Ivan Lins e Gilberto Gil, Tim Maia.

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Dentre outros muitos sucessos que existiam de muitos outros estilos musicais, tais
como: Dominó, Gretchem, Balão Mágico, Xuxa, Raul Seixas, Roupa Nova, etc

Veja a seguir algumas músicas de sucesso da década de 80:

Um dia de Domingo – Tim Maia


Me dê motivo – Tim Maia
Oceano – Djavan
Conselho – Almir Guineto
Brasil – Gal Costa
Você não soube me amar – Blitz
Ira - Envelheço na cidade
Faz Parte do meu show – Cazuza
Codinome Beija-Flor – Cazuza
Exagerado - Cazuza
Ideologia - Cazuza
Engenheiros do Hawaii - Infinita Highway
Kid Abelha - Grand Hotel
Capital Inicial – Passageiro
Bete Balanço – Barão Vermelho
Que País é esse ? – Legião Urbana
Será - Legião Urbana
Independência – Capital Inicial
Tarde Vazia - Ira!
Como uma onda – Lulu Santos
Menina Veneno – Ritchie
Cowboy fora da lei – Raul Seixas
Whisky a GO GO – Roupa Nova
Super Fantástico – Balão Mágico
Nós vamos invadir sua praia – Ultraje a rigor
Joga Fora no lixo – Sandra de Sá
Olhos Coloridos – Sandra de Sá

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Em 90 não existem mais os ideais políticos que nossos jovens tanto lutaram nas
décadas de 70 e 80, mas a música continua com mais alegria, mais jocosas nos sambas e nos
pagodinhos .

Mudaram os conceitos, o gosto musical e grandes ídolos da MPB quase pararam. Foi
quando ocuparam seus lugares outros ritmos como pagode, a música sertaneja, o oludum, o
axé, a lambada, etc.

Nos anos 90, as bandas de rock, mais do que nunca, regravaram o repertório da Jovem
Guarda: o Barão vermelho foi de Pode Vir Quente Que Eu Estou Fervendo, os Engenheiros
do Hawaii de Era um Garoto que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones, o Skank de
É Proibido Fumar e Paulo Ricardo de Você Não Serve Para Mim.

No início da década, a MTV chegava oficialmente ao nosso país trazendo clipes e


shows de astros da música estrangeira e veiculando clipes de artistas brasileiros já
consagrados como Caetano Veloso, Marina, Ed Mota e das grandes bandas sobreviventes dos
anos 80.

Quando pensamos em década de 90, logo nos vem na mente o movimento que a
música sertaneja romântica formatou no início da década, no Axé baiano que invadiu as
rádios de todo o país e no pagode que pegou carona nas rádios populares até o fim dos anos.

Foi nessa década que o dance realmente surgiu para hoje ser o sucesso estrondoso que
é em qualquer rádio. Todo o sucesso se deve ao poderio da rádio Jovem Pan que se destacou
nos anos 90 com as coleções de CDs “As Sete Melhores”. Foi graças a este ritmo que a
música dance, ganhou o estilo eletrônico de hoje!

Por aqui surgiu o mangue beat com o Chico Science e o reggae brasileiro com Cidade
Negra. Rock novinho com Jota Quest, Pato Fu e Raimundos.

Inicialmente inspirado pela música dos guetos negros norte-americanos, o hip hop só
chegou a se estabelecer nesses anos, a fim de expressar os problemas das camadas
sociais desfavorecidas.

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Surgiu, também, uma divisão no pagode: um é a continuação do trabalho desses
músicos e compositores que Beth Carvalho trouxe para a mídia; o outro é o resultado de
certos grupos, que, na década de 90, imitaram os conjuntos vocais norte-americanos como os
Temptations sob uma base rítmica próxima ao pagode dos anos 80.

Esse pagode dos anos 90 difere, principalmente, do pagode de cantores-compositores


como Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Jorge Aragão e Bezerra da Silva na construção das
letras e na harmonia mais "adocicada" e adaptada pelos constantes acordes sintetizados dos
teclados eletrônicos, os quais dão a música um som muito mais próximo do pop que do
samba.

Os músicos do pagode desse novo pagode introduziram os instrumentos eletrônicos


afim de viabilizar os grandes shows e com isso competir com os sertanejos. A inovação no
pagode neste caso veio a reboque das necessidades comerciais.
Não se pode esquecer de mencionar o sucesso que se tornou o funk brasileiro, que
começou com as músicas falando do cotidiano dos freqüentadores dos bailes, abordando
a violência e a pobreza das favelas. Dj Malboro, Mc Claudinho e Buchecha, Mc Marcinho
eram os principais artistas do cenário do funk na época.

O Axé passou a fazer mais sucesso com alguns grupos como Gera Samba, É O
Tchan!, Terra Samba, Ara ketu, Banda Eva e as cantoras Ivete Sangalo, que seguiu carreira
solo ao deixar a banda e Daniela Mercury.

E quem não se lembra do grupo que parodiava do heavy metal ao sertanejo? O grupo
que em pouco tempo fez um dos maiores sucessos da década, os Mamonas Assassinas. Além
da dupla-sensação Sandy & Junior, que atraia de crianças à adultos.

Veja a seguir algumas músicas de sucesso da década de 90:

Vira Vira – Mamonas Assassinas


Pelados em Santos – Mamonas Assassinas
Maria Chiquinha – Sandy & Junior
Dig-Dig-Joy – Sandy & Junior
É proibido fumar – Skank
É Uma Partida De Futebol – Skank
Garota Nacional - Skank
Mulher de Fases – Raimundos
Fácil – Jota Quest
Sempre Assim – Jota Quest
O Canto da cidade – Daniela Mercury
Rapunzel – Daniela Mercury
Eva – Banda Eva
Carro Velho – Banda Eva
Ralando o Tchan – É o Tchan!
Pega no Bumbum – É o Tchan!
A Nova loira do Tchan – É o Tchan!
O Erê – Cidade Negra
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Aonde você mora? – Cidade Negra
Malandragem – Cássia Eller
Bem Querer – Mauricio Manieri
Rap do Silva – Bob Rum
Rap do Salgueiro – Mc Claudinho e Buchecha
Nosso Sonho – Mc Claudinho e Buchecha
Rap da Felicidade – Mc Cidinho e Doca
Endereço dos Bailes – Mc Junior e Mc Leonardo
Florentina – Tiririca

Nos anos 2000, ao contrário da década de 1990, em que a sociedade se manteve fiel
aos mesmos gêneros músicais, os ritmos músicais e a forma de se ouvir música mudaram
bastante durante a década e ainda continuam a evoluir. O CD acabou perdendo a popularidade
com o lançamento dos MP3 players como o Ipod, tornando-se cada vez mais popular se
adquirir músicar apartir de downloads e redes sociais.

No começo da década artistas pop como Kelly Key, Rouge, Br'oz e Latino e Luka
atingiram seu auge, perdendo posteriormente popularidade no meio para o fim da década.
Também no começo da década, Marisa Monte lançou poucos trabalhos 3 discos de
estúdio que atigiram a marca de 1,800 milhão no Brasil e fez parte do grupo Tribalistas junto
com Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown.

Os ritmos de sucesso no país no fim da década de 1990 como o axé e o pagode deram
espaço as novas tendências como o funk carioca e o forró eletrônico.

Surgem novas bandas de sucesso no fim da década no cenário pop-reggae como


Chimarruts e Natiruts.

Antigas bandas de pop, pop rock, reggae e hardcore voltam/continuam a fazer sucesso
como O Rappa, Skank, Jota Quest e Charlie Brown Jr.

No início e meio da década artistas de rock alternativo e pop rock faziam imenso
sucesso no Brasil, como Detonautas, Pitty, CPM 22 e Angra, posteriormente, bandas
formadas no início dos anos 2000 e final dos anos 1990 surgiram no final da década no topo
das paradas brasileiras como Fresno, NX Zero e Strike.

Outras bandas de Rock e do Pop dos anos 80 também voltam a ter força como Capital
Inicial, Ira!, Roupa Nova e Biquini Cavadão.

No fim da década com a popularização das raves, o psy trance e o tecno torna-se muito
popular entre adolescentes.

A chamada nova geração da MPB também fez muito sucesso em toda a década, nomes
como Jorge Vercilo, Ana Carolina, Vanessa da Mata, Lenine e Maria Rita. Alguns nomes

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consagrados consiguiram continuar a fazer sucesso como Zeca Pagodinho, Seu Jorge e
Alcione.

A música Sertaneja continuou a representar uma grande parte da música nacional,


principalmente nas duplas como Zezé di Camargo e Luciano, Bruno e Marrone e a já antiga
mas que só conseguiram explodir quase no final da década Victor & Léo.

O Axé que na década anterior dominava as rádios de todo país, entrou em declínio, se
restringindo a Salvador, muitas vezes sendo substituído pela suingueira. Poucos artistas e
bandas antigas como Ivete Sangalo, Chiclete com Banana, Daniela Mercury e Asa de Águia
com uma vertente voltada mais pro Pop, ainda desfrutaram do sucesso nacional. Cláudia
Leitte que fazia parte do grupo Babado Novo, foi a única grande revelação do axé nesta
década.
O forró e o calipso sofreram um enorme renovação trazendo letras com um conteúdo
que atrai principalmente os jovens e substituindo-se a tradicional sanfona por guitarras. O
celeiro do forró continua sendo o Ceará. Já no norte do país o destaque ficou com o estouro
do calípso,que se separou estilisticamente da lambada e tomou seu próprio rumo na voz da
cantora Joelma.As príncipais bandas foram Banda Calypso(calípso), Cavaleiros do
Forró(forró), Calcinha Preta(forró),e Aviões do Forró(forró).

A música religiosa tornou-se popular também principalmente entre os cristãos como a


música gospel com artistas como Aline Barros,Kléber Lucas, Toque no altar, Regis Danese,
Oficina G3, e Diante do Trono e a música católica popular com artistas como Adriana, os
Padres Marcelo Rossi e Fábio de Melo, e além de bandas como Anjos de Resgate e Rosa de
Saron.

O Funk carioca volta a ser popular durante toda a década, com artistas que fizeram
sucesso no começo da década como Bonde do Tigrão, Mc Serginho e DJ Marlboro, passando
depois por MC Leozinho e Tati Quebra-Barraco e mais recentemente com MC Créu, Gaiola
das Popozudas e as chamadas Mulheres Fruta.

Além daquele rock feito há 2 décadas atrás, há novas representações, as chamadas


bandinhas emos e o estilo hard core, um novo estilo de rock. Hori, Fresno, Strike, Forfun,
Darvin e Restart são exemplos desse estilo atual.

A seguir, mostraremos melhor o processo de dois estilos musicais durante esses 20


anos: o funk e o rock.

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Rock
A década de 80 é um marco na produção musical brasileira. Em tempos anteriores, o
rock era muito mais uma influência do que era feito pelo resto do mundo. É nessa década que
surge o rock brasileiro, o rock feito no Brasil.

Mas nem tudo, no inicio, eram “flores”.

O que dominava era a MPB de FM, e apesar da relativa abertura política, a sombra da
repressão e a censura desanimavam que tentava ser mais ousados.
O "som jovem" que rolava era o pop-rock de gente como Guilherme Arantes, Marina, Ney
Matogrosso, 14 Bis, Eduardo Dusek, Baby Consuelo, Pepeu Gomes, A Cor do Som e Rádio
Táxi.

O rock foi caracterizado por influências variadas, indo do new wave, passando pelo
punk e o pop emergente do final da década de 70. Suas letras falam na maioria das vezes
sobre amores perdidos ou bem sucedidos, não deixando de abordar é claro algumas temáticas
sociais. O grande diferencial das bandas deste período era a capacidade de falar sobre estes
assuntos sem deixar a música tomar um peso emocional ou político exagerados. Fora a
capacidade que seus integrantes tinham de falar a respeito de quase tudo com um tom de
ironia, outra característica marcante do movimento. Com o rock básico e os cabelos curtos e
espetados da new wave, o Rock Brasil começa a se renovar no início da década.

Anos 80
B.Rock foi o nome dado por Nelson Motta, para o movimento de novas bandas
surgido no principio da década de 80, sob a influência das grandes bandas de rock brasileiras
e estrangeiras dos anos 70, e a apatia que freqüentava os primeiros anos da década perdida e a
abertura política foi o palco ideal para o ressurgimento do rock, a grande maioria dos
integrantes destas bandas eram adolescentes ou crianças durante os anos 70 e nos anos 80.

Nessa onda surgiram: Blitz, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Titãs, Ultraje a
Rigor, RPM, Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, Ira!, Kid Abelha, Capital Inicial entre
outros.

Tudo começou com Evandro Mesquita que trouxe a linguagem teatral à sua banda
Blitz, suas apresentações em palco e suas canções, a partir de “Você não soube me amar” que,
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em 1982, abriu as portas para o denominado BRock. Faziam parte da banda Lobão e a carioca
Fernanda Abreu. Marina Lima, Ritchie e Lulu Santos chegaram sozinhos.

Imunes à dominação total da tecnologia, em microcomputador, internet, telefone


celular, CD e MP3, a informação era menos acessível. A televisão acabava de entrar na era
dos vídeo-clips e as bandas de sucesso tocavam na rádio Fluminense e no Circo Voador,
ambos no Rio de Janeiro, e apresentavam-se em programas de auditório como o Cassino do
Chacrinha, da Rede Globo.
Com um certo impedimento da liberdade na época anterior, houve uma conseqüência
na formação intelectual das pessoas nos anos 80, chamada então de geração perdida, aliens
alienados, fruto de tudo o que a década anterior gerou.

Graças ao Plano Cruzado e a explosão de consumo que ele causou, as gravadoras


contratavam qualquer banda que cheirasse a rock. A coletânea "Rock Grande do Sul", só com
bandas de Porto Alegre revelou os Engenheiros do Hawaii, que no mesmo ano lançou seu
disco de estréia com o irônico título "Longe Demais das Capitais". E com a música "Surfista
Calhorda", Os Replicantes com influência punk-hardcore, lançaram seu disco: "O Futuro é
Vortex". Também estrearam naquele ano os cariocas do Biquíni Cavadão ("Cidades em
Torrente"), a Plebe Rude ("O Concreto Já Rachou"), Capital Inicial ("Capital Inicial") e os
Inocentes ("Pânico em SP", primeiro disco do punk brasileiro a sair por uma grande
gravadora).

As bandas cada vez mais apareciam em programas de auditório na TV e até no


cinema, com o filme "Bete Balanço", com música-tema do Barão Vermelho.

Se até então o Rock Brasil tinha uma cara romântica e idealista, iria mudar a partir de
janeiro de 1985, graças a um evento: o Rock In Rio. O maior concerto de rock de todos os
tempos, com um público aproximado de 1 milhão e meio de pessoas. O evento ajudou a
consolidar o B.Rock como algo rentável para as gravadoras e, por conseqüência, a disseminar
o surgimento de bandas que apareciam por todos os lugares, de qualidade ou não.

Ao lado de grandes nomes da música mundial da época, como Queen, Iron Maiden,
Ozzy Osbourne, Scorpions, Yes, AC/DC, entre outros, estavam artistas consgrados da MPB e
a nova rapaziada: Blitz, Barão Vermelho, Os Paralamas do Sucesso, Lulu Santos e Kid
Abelha. No maior palco de suas carreiras iniciantes, as bandas não tremeram na base. O
resultado foi que o rock entrou de vez na música brasileira, as bandas internacionais incluíram
o Brasil em suas turnês e os nossos roqueiros aprenderam muito com verdadeiros
profissionais da música. O jovem público viu as bandas nacionais fazerem bonito junto aos
ídolos estrangeiros.

O Rock Brasil emergiu desde então, com um jeito ousado, contestador e


geograficamente disperso. De São Paulo apareceu dois dos maiores êxitos comerciais do ano.
Um deles, "Nós Vamos Invadir Sua Praia", álbum de estréia do Ultraje a Rigor, que tinha a
música "Inútil", que foi tocada pelos Paralamas no Rock In Rio e comentada pelo senhor
Diretas Já Ulysses Guimarães, causou um certo comentário sobre sua letra. Quase todas as
músicas foram sucesso no rádio.

Conheça, então, as bandas de maior sucesso na década:

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Blitz
Um dos maiores fenômenos de venda de discos do início da década de 1980, foi o primeiro
grande estouro, que com apenas quatro anos de existência (1982-1986) e três discos, mudou o
cenário da música popular brasileira, abrindo os caminhos que em seguida seriam percorridos
por toda uma geração de bandas brasileiras, todas elas fortemente ligados ao gênero rock.
Suas músicas leves e dançantes contavam verdadeiras crônicas da juventude dourada da Zona
Sul do Rio de Janeiro, que eram apresentadas nos seus shows, sempre superlotados, com a
característica teatralidade do grupo, do qual faziam parte alguns dos maiores nomes do grupo
Asdrúbal Trouxe o Trombone, que dominou a cena teatral carioca na década de 1970. Entre
os seus integrantes, figuravam Evandro Mesquita(sua música Você não soube me amar, de
1982, é sucesso nacional.), Fernanda Abreu e Lobão, que posteriormente iniciaram bem-
sucedidas carreiras solos.
Titãs
Apareceu no cenário com oito integrantes: Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer, Antônio Carlos
Liberati Belotto, Paulo Roberto de Souza Miklos, José Fernando Gomes dos Reis , Ciro
Pessoa, Sérgio de Britto Álvares Affonso, Joaquim Cláudio Correia de Mello Júnior e André
Jungman, formada em São Paulo, o nome de Titãs do Iê-iê-iê e uma estética muito
influenciada pela chamada new wave, com muita mise-en-scène, roupas coloridas e letras
leves como a de Sonífera ilha. Ciro Pessoa sai da banda em 1984 e forma o grupo Cabine C.
No ano seguinte o baterista André Jung transfere-se para a banda Ira!, dando lugar a Charles
Gavin. Arnaldo Antunes desliga-se em 1992 para seguir carreira solo.
Em 1984 lançam o primeiro disco pela Warner, já com o nome definitivo Titãs. Ao
longo de sua trajetória a sonoridade do grupo alternou entre o rock básico, o som mais pesado
da década de 80 e o flerte com o pop na década de 90.
O segundo disco da banda, Televisão, foi apenas um prenúncio da contundente postura
que seus integrantes iriam adotar a partir do vigoroso Cabeça dinossauro, no qual começaram
a utilizar guitarras distorcidas, beats tribais e eletrônicos e letras de uma contundência poucas
vezes vista na história da MPB, nas quais fazem ácidas críticas a todas as instituições da
sociedade burguesa. O disco seguinte, de 1986, acrescenta peso às composições e aos
arranjos. Vieram, em seguida, Jesus não tem dentes no país dos banguelas, Go back, Õ blésq
blom, Tudo ao mesmo tempo agora e Titanomaquia, nos quais foram radicalizando cada vez
mais tal postura, chegando a um ponto de cansar o seu até então fiel público. Em 1994,
resolveram rever o trabalho que vinham fazendo até então, lançando Um dois. O sucesso
maior foi em 1997, com o lançamento do Acústico MTV, um álbum com releituras dos
maiores êxitos em quinze anos de carreira (com algumas inéditas), que atingiu quase dois
milhões de cópias vendidas. Volume II, lançado no ano seguinte, repete a fórmula do
Acústico, incluindo sucessos que não entraram no disco anterior, mas não alcança o mesmo
resultado. As Dez Mais (1999) é o último álbum lançado pela Warner, com repertório
composto por versões para músicas de outros autores. Voltam a se reunir em junho de 2001
para a gravação de um novo disco, mas dias antes um acidente vitima fatalmente o guitarrista
Marcelo Fromer. Outro fato marcante foi a saída de Nando Reis no final de 2002.

BarãoVermelho
Cazuza é considerado o principal letrista da geração anos 80 do rock brasileiro. Integra o
grupo Barão Vermelho, responsável por sucessos como Bete balanço, Maior abandonado e
Codinome beija-flor. Seu principal parceiro é Roberto Frejat, guitarrista que permanece à
frente do Barão Vermelho. Descobre ter Aids em 1987, mas não se deixa abater pela doença,
prosseguindo suas atividades artísticas. A maneira como resiste, até morrer, contribui em

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muito para derrubar os preconceitos que envolvem portadores de HIV. O Tempo não pára, seu
último sucesso, foi gravado ao vivo em 1988.
O Barão Vermelho interrompeu o trabalho de composição e fez o disco Álbum, no
qual visitou velhos sucessos de Rita Lee, Luís Melodia e Ângela Ro Ro, entre outros grandes
nomes de um passado recente da MPB.

Paralamas do Sucesso
Paralamas do Sucesso, grupo de rock brasileiro formado pelo guitarrista e vocalista
Herbert Vianna, pelo baixista Bi Ribeiro e pelo baterista João Barone. Surgiu em 1982 com a
despretensiosa Vital e sua moto, executada com freqüência na hoje extinta Rádio Fluminense
FM do Rio de Janeiro, um dos principais berços da geração de bandas de rock. Chamaram a
atenção da gravadora EMI, pela qual lançaram Cinema mudo (1983) e Passo do Lui (1984). A
consagração só veio com Selvagem, em 1986, a partir do qual começou a tomar forma a
eclética sonoridade do grupo, que mescla os ricos ritmos brasileiros como o ska, o reggae e o
rock. O sucesso desse trabalho levou a banda para o festival de Montreux, onde gravou ao
vivo o álbum D, que, no entanto, não foi lançado comercialmente.
Em 1989, foi realizado Big-bang, considerado pela crítica o melhor trabalho da banda.
Nele, gravaram obras-primas como Lanterna dos afogados ("Uma noite longa pra uma vida
curta"). A partir de 1991, começaram a trabalhar o público latino-americano e o sucesso foi
tão grande que justificou a versão para o espanhol de dez sucessos da banda em um CD que
chegou a vender mais de 1 milhão de cópias em dez países.

Legião Urbana
Em meados de 1980, Renato Russo formou uma banda chamada Aborto Elétrico,
começou no baixo e logo passou para a guitarra. Com o fim do Aborto Elétrico, Renato
intitulou-se O Trovador Solitário e, com um violão, tocava abrindo shows de outros grupos
locais e apresentando novas composições, como "Faroeste Caboclo". Mas Renato não queria
seguir sozinho. Ele achava que era importante ter uma banda no mundo do rock. Nesse
mesmo ano Renato formou a Legião Urbana.
As primeiras formações do Legião contam ainda com Paulo Paulista (teclados),
Eduardo Paraná (guitarra), substituído por Ico Ouro-Preto, e Marcelo Bonfá, na bateria. Em
1983, o guitarrista Dado Villa-Lobos entra no lugar de Ouro-Preto e cristaliza com um trio
(Dado, Bonfá e Russo) a formação clássica da banda. O baixista Renato Rocha "Negrete"
participa de shows e da gravação dos três primeiros discos. Já em 1983 o grupo se apresenta
fora de Brasília, com grande sucesso graças ao compacto Será (1984). Ao longo da década
consolida-se como uma das mais importantes bandas no cenário do rock brasileiro, e acumula
sucessos como Eduardo e Mônica, Que País É Este, Pais e Filhos, Meninos e Meninas,
Faroeste Caboclo e Quando o Sol Bater na Janela do Seu Quarto. A banda termina em 1996,
com a morte do vocalista e principal compositor, Renato Russo, em decorrência de Aids.
Marcelo Bonfá segue carreira solo e Dado Villa-Lobos é dono de uma gravadora, a RockIt.

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Anos 90
A década começou com apenas uma novidade: a MTV Brasil, em 1990. E o primeiro
“grande grupo” da década foram os mineiros Skank, que misturavam rock e reggae. Ao longo
da década, outros grupos mineiros surgiriam, como Pato Fu, Jota Quest e Tianastacia.

Porém durante esta mesma década, o pop rock nacional continuou efervescendo sua
criatividade, apesar de um mercado mais escasso em comparação às três décadas anteriores.
Em 1992, o grupo “Skank” lançou um disco, o qual era tão bom que a Sony relançou o disco;
em 1995, o segundo trabalho da banda, Calango, atingiu 1,2 milhão de cópias vendidas com
músicas Te Ver, Jackie Tequila, Pacato Cidadão, Esmola, Amola e a regravação do rei É
Proibido Fumar; em 1996, a banda bateu recorde de vendas com o cd “Samba Poconé”,
atingindo 1,8 milhão de cópias vendidas, e a música Garota Nacional estourou no país inteiro.

Em 1994, surgiu em Recife o movimento Mangue beat, liderados por Chico Science &
Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. O movimento misturava percussão nordestina a guitarras
pesadas, conquistando a crítica.

Entre 94 e 95 surgiram dois grupos bem-sucedidos pelo humor: os brasilienses


Raimundos (94), com o ritmo forrócore" (forró+hardcore) e os guarulhenses Mamonas
Assassinas (95), parodiando do heavy metal ao sertanejo, que chegaram a fazer 3 shows por
dia e venderam 1,5 milhão de cópias antes de morrerem em um acidente de avião, em 96
(chegaram a 2,6 milhões).

Alguns rappers tiveram ligação íntima com o rock, como Gabriel o Pensador e o Planet
Hemp (que pedia a legalização da maconha).

Seguindo o caminho do Sepultura, o Angra gravou em inglês, alcançando considerável


sucesso no exterior.

Outros destaques são O Rappa, também reggae/rock; Charlie Brown Jr., um "skate
rock" com vocais rap; Cássia Eller, com um repertório de Cazuza e Renato Russo; e Los
Hermanos, que surgiram com "Anna Júlia", canção pop que não combinava com a imagem
intelectual da banda.

Outro fato da década é que todas as bandas do "quarteto sagrado" (exceto a Legião)
tiveram de se reinventar para reconquistar audiência: os Paralamas, depois de uma fase
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experimental, voltaram às paradas com Vamo Batê Lata (95); o Barão Vermelho, com o semi-
eletrônico Puro Êxtase(98); e os Titãs, com seu Acústico MTV (97).

Anos 2000
Nos anos 2000, algumas bandas passaram por muitas mudanças: o Skank ficou mais
britpop e cheio de experimentalismo nas músicas o que foi visto nos discos Cosmotron (2003)
e Carrosel (2006); o líder dos Raimundos, Rodolfo, converteu-se a um culto evangélico e saiu
da banda para formar o Rodox (que também acabaria algum tempo depois); A banda Los
Hermanos, lançada com o sucesso "Anna Júlia", mudou seu estilo a partir do segundo,
polêmico, experimental e aclamado disco Bloco do eu sozinho (2001), e conseguiram
continuar essa nova identidade com Ventura (2003) e 4 (2005); e três dos quatro integrantes
do Charlie Brown Jr. abandonaram o grupo.

O ano 2001 foi um ano "trágico" para o rock brasileiro. Herbert Vianna, dos
Paralamas, sofreu acidente de ultraleve e ficou paraplégico (mas voltou a tocar); Marcelo
Frommer, dos Titãs, morreu atropelado; Marcelo Yuka, d'O Rappa, foi baleado e ficou
paraplégico (saiu da banda); e Cássia Eller morre.

Duas origens alavancaram sucessos: a MTV, com seu Acústico, "ressuscitou" alguns
grupos dos 80, como Capital Inicial e Ira!; e o produtor dos Mamonas, Rick Bonadio, que
revelou entre outros, Charlie Brown Jr., Tihuana, Leela, O Surto, CPM 22 (com hardcore
melódico) e Detonautas Roque Clube (com a mistura hardcore melódico/electro/pop) .

O Brasil tem hoje um rock sem essência, que veio não se sabe de onde (e também
nem por que ou pra que veio) e o que é ainda pior: não se sabe para onde vai. Daquela geração
que revelava sua identidade, sua verdade, os sucessores parecem não ter aprendido tanto
quanto deveriam. A geração atual é apática, que tem pouco (ou quase nada) a dizer e que
atinge um público cada vez mais restrito – o dos que acreditam que rock é barulho e dos que
acreditam que o rock deve ser a forma mais fácil de se expressar sentimentos líricos.

Desvirtuam sua natureza; só se divulga o que é vendável. E é nessa alteração de forma


e de conteúdo que se tem como produto de consumo um rock cada vez mais despolitizado,
descaracterizado de suas origens, sem uma identidade reveladora de um caráter definido.

Com isso, vivemos em uma nação onde o rock, a linguagem musical universal, que é
produzido atualmente passa por um período de indefinição, incertezas. Essa geração
contemporânea que se propõe a fazer um rock atual “original” perde-se no meio de tantos
outros gêneros musicais com os quais dialoga. Talvez seja nessa fusão que o rock se perca.

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Funk

O funk carioca é um estilo musical que sofreu influência do funk oriundo dos Estados
Unidos. Tal influência foi possível, pois a partir do ano de 1970 foram realizados bailes
Black, soul, shaft ou funk que tinham uma batida mais pronunciada e algumas influências do
R&B, rock e da música psicodélica. De fato, a principal característica desse estilo musical é
uma “batida” marcante e dançante.
No Brasil, o funk surgiu no Rio de Janeiro, no começo dos anos 70 em festas
realizadas em uma das principais casas de shows do Rio naquele período (conhecida como
'Canecão'). Inicialmente o movimento teve conotação mais estética do que o movimento
norte-americano, onde se destacavam preocupações com as roupas, sapatos, hábitos,
costumes, etc.

Anos 80
A partir do ano de 1980 os bailes funks do Rio de Janeiro sofreram a influência de um
ritmo famoso na Florida o Miami Bass que tinha músicas mais erotizadas e batidas mais
rápidas.

Durante a nacionalização do funk, os bailes eram realizados nos clubes dos bairros do
subúrbio da capital, expandiram-se a céu aberto, nas ruas, onde as equipes rivais se
enfrentavam disputando quem tinha a aparelhagem mais potente, o grupo mais fiel e o melhor
DJ. Neste meio surge DJ Marlboro, um dos protagonistas do movimento funk.

Em 3 de agosto de 1989, DJ Marlboro lança o disco intitulado “Funk Brasil”, que é


considerado o marco zero do funk carioca. O álbum deu as primeiras letras em português ao
funk que se escutava nos bailes do Rio de Janeiro, que era uma música 100% estrangeira,
oriunda de discos importados, principalmente de Miami Bass.

"O "Funk Brasil" foi um marco do gênero. É o disco que começou a mostrar como o
som gringo que tocava nos bailes passou a ser substituído por criações locais", diz Ronaldo
Lemos, colunista da Folha.

Um ano antes de "Funk Brasil", Marlboro lançou "Melô da Mulher Feia", que faria
parte do disco. Considerado o primeiro sucesso do funk carioca, a música é uma versão da

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americana "Do Wah Diddy" com letra em português. "Aportuguesar as músicas é uma coisa
antiga, da origem dos bailes", afirma Marlboro.

Com o tempo, o funk ganhou grande apelo entre moradores de comunidades carentes,
as músicas tratavam do cotidiano dos freqüentadores dos bailes: abordavam a violência e a
pobreza das favelas.

A partir do disco, o funk carioca começou a se distanciar de seu referencial


estrangeiro. Se em "Funk Brasil" ainda temos uma influência grande das músicas negras
americanas que dão origem ao gênero nos anos 70, após o disco vimos crescer no funk a
mistura com ritmos brasileiros.

"Quando o funk foi expulso do asfalto e empurrado para o morro, ele encontrou uma
cultura negra e nordestina muito forte. O funk foi se transformando", afirma o DJ de funk
carioca Sany Pitbull, sobre as restrições à realização de bailes em clubes do Rio de Janeiro,
depois de diversos episódios de violência que levarem o ritmo às páginas policiais, no começo
da década de 90.

A criação do "tamborzão”, a batida do tambor usada repetidamente como base para as


músicas, é uma das grandes mudanças do gênero. "O funk carioca é outra música. É
completamente samba, herdeiro da música afro-brasileira, dos terreiros, mas feito de forma
eletrônica." afirma Silvio Essinger autor de "Batidão - Uma História do Funk" que também
diz que “a importância do disco foi mostrar aos ‘moleques do baile’ que eles podiam deixar
de ser público para serem artistas.”.

Anos 90
Com o aumento do número de “raps/melôs” gravadas em português, apesar de quase
sempre utilizar a batida do Miami Bass, o funk carioca começa a década de 1990 formando a
sua identidade própria. As letras refletem o dia-a-dia das comunidades, ou fazem exaltação a
elas (muitos desses raps surgiram de concursos de rap promovidos dentro das comunidades).
Em consequência, o ritmo fica cada vez mais popular e os bailes se multiplicam. Ao mesmo
tempo o funk começou a ser alvo de ataques e preconceito. Não só por ter se popularizado
entre as camadas mais carentes da sociedade, mas também porque vários destes bailes funk
eram os chamados bailes de corredor, onde as galeras de diversas comunidades se dividiam
em dois grupos, os lados A e B, e com alguma frequência terminavam em brigas entre si
(resultando em alguns casos em vítimas fatais) que, acabavam repercutindo negativamente
para o movimento funk.

Com isso havia uma constante ameaça de proibição dos bailes, o que acabou por
causar uma conscientização maior, através de raps que frequentemente pediam paz entre as
galeras, como a música "Som de preto". Em meio a isso surgiu uma nova vertente do funk
carioca, o funk melody, com músicas mais melódicas e com temas mais românticos,
alcançando sucesso nacional, destacando-se nesta primeira fase Latino, MC Marcinho, entre
outros.

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A partir de 1995 os raps, que até então eram executados apenas em algumas rádios,
passaram a ser tocados inclusive em algumas emissoras AM. O que parecia ser um modismo
"desceu os morros", chegando às áreas nobres do Rio de Janeiro. O programa da Furacão
2000 na CNT fazia sucesso, trazendo os destaques do funk, deixando de ser exibido apenas no
Rio de Janeiro, ganhando uma edição nacional. Artistas como Claudinho e Buchecha,
tornaram-se referência nessa fase

Em 1997, Mestre Jorjão da bateria da Viradouro introduz a "paradinha funk" no


desfile de Carnaval.

Simultaneamente, outra corrente do funk ganhava espaço junto às populações


carentes: o "proibidão". Normalmente com temas vinculados ao tráfico, os raps eram muitas
vezes exaltações a grupos criminosos locais e provocações a grupos rivais. Normalmente as
músicas eram cantadas apenas em bailes realizados dentro das comunidades e divulgados em
algumas rádios comunitárias.

Ao final da década, surgiram músicas com conotação erótica. Essa temática,


caracterizada por músicas de letras sensuais, por vezes vulgares, que denegriam a imagem
feminina, começou no final da década, ganhou força e teria seu principal momento ao longo
dos anos 2000.

.
Anos 2000
Seu ritmo hipnótico e sua batida repetitiva denominada "pancadão" ou "tamborzão"
(muitas vezes confundido com atabaques de Candomblé, na realidade é inspirado em batidas
do Miami Bass e do Rap) também contribuíram para que mais pessoas se tornassem adeptas
dessa música. Algumas letras eróticas e de duplo sentido normalmente desvalorizando o
gênero feminino também revelam uma não originalidade em copiar de outros estilos musicais
populares no Brasil como o Axé music e o forró.

O funk ganhou espaço fora do Rio de Janeiro e ganhou conhecimento internacional


quando foi eleito umas das grandes sensações do verão europeu de 2005 e ser base para um
sucesso da cantora inglesa MIA, "Bucky Done Gun".Lotudo, Thiago (Outubro de 2005).
"Rosinha, Bronx e Trenchtown". Revista Trip: 138. Trip Editora e Propaganda SA.

Um dos destaques desta fase, e que foi objeto até de um documentário europeu sobre o
tema é a cantora Tati Quebra-Barraco que se tornou uma figura das mulheres que demonstram
resistência à dominação masculina em suas letras, geralmente de nível duvidoso, pondo a
mulher no controle das situações e as alienando.

Em 2008 o funk continuou a se espalhar por todo o Brasil, ainda sendo sinônimo de
brigas e drogas como antigamente. Hoje é bastante comum em festas tocar músicas de funk de
todos os estilos, desde os chamados "proibidões" até os funks melody.

Sucessos do funk:
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Os Hawaianos dizem: “Mina cheia de marra de bam se eu te pego eu te
escangalho, na hora do prazer sou eu que faço o trabalho” reafirmando seu poder masculino
enquanto elas, para se mostrarem livres dessa dominação querem decidir quando e com quem
vão fazer sexo.

O nome Gaiola das Popozudas é um exemplo da necessidade de exibição, estão


expostas entre grades para serem vistas, consumidas. Deise “tigrona” incorporou a seu nome o
apelido de animal sensual, embora sua postura e aparência nem sejam compatíveis com esse
estereótipo. Talvez Deise nem mesmo se sinta uma tigrona, ou uma tigresa, mas aprendeu que
há uma necessidade de mercado que a impede de ser somente MC Deise (como ela se
apresentava anos atrás).

Considerações sobre o funk:

Cabe ressaltar que o surgimento do funk, desde o seu início, foi marcado por uma
forma de contestação, até mesmo agressiva. Provavelmente o movimento tem raízes fortes
como resistência à marginalização da sociedade capitalista e racista; ao processo de exclusão
do mercado de trabalho que impossibilitava os jovens de ter completo acesso aos direitos de
comprar, consumir e oferecer sua força de trabalho.

Apesar do crescimento do funk no país, as músicas tendem a ser substituídas


rapidamente por outras. As músicas mais famosas fazem sucesso, são executadas à exaustão,
porém rapidamente perdem força e caem no esquecimento. Esse fenômeno é o resultado da
exploração do mercado da indústria fonográfica, à aceitação conquistada pelo estilo junto aos
jovens.

O estilo musical, embora em expansão no mercado, continua sendo alvo de muita


resistência e preconceito, sendo bastante criticado por intelectuais e parte da população.

O funk carioca é geralmente criticado por ser pobre em criatividade, por muitas vezes
apresentar uma linguagem obscena e vulgar apelando para letras obscenas, com apologia
ao crime, drogas e tráfico, e à sexualidade exacerbada, para fazer sucesso. Denegrindo a
imagem da mulher, reduzindo-a a um mero objeto sexual, tratando-a como submissa ao
homem.

Os DJs, que até a década de 1990 tocavam de costas para o público nos bailes, são
apontados como os principais responsáveis pelas inovações musicais e vêm diversificando
suas funções --seja apresentando programas de rádio, seja atuando como empresários de MCs,
com quem costumam ter uma relação mais harmoniosa do que com as equipes de som.

Segundo o estudo, a informalidade que rege cachês e contratos gera uma série de
atritos e acusações entre os agentes. Há dois anos, porém, vêm surgindo associações que
pleiteiam a formalização das relações econômicas e de trabalho.

As equipes de som promovem uma média de 878 bailes por mês no Estado do Rio de
Janeiro. Para realizar mais de uma festa por noite, dividem-se em subequipes e recorrem a
aluguel de equipamentos.
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Apesar de faturarem mais nos bailes em clubes (do que naqueles promovidos dentro
das chamadas comunidades, as equipes não deixam estas últimas de lado. Entre as razões,
estão a "gratidão" pelo fato de as comunidades terem abrigado o funk quando ele foi
reprimido pelas autoridades do Rio, nos anos 90, e o fato de elas ainda serem plataformas para
lançamento de artistas e sucessos.

Grande parte das criticas vem também da associação do ritmo ao tráfico, pois bailes
funk são geralmente realizados por traficantes, para atrair consumidores de drogas aos
morros.

Manifesto do Movimento Funk é Cultura

O funk é hoje uma das maiores manifestações culturais de massa do nosso país e esta
diretamente relacionado aos estilos de vida e experiências da juventude de periferias e favelas.
Para esta, além de diversão, o funk é também perspectiva de vida, pois assegura empregos
direta e indiretamente, assim como o sonho de se ter um trabalho significativo e prazeiroso.
Além disso, o funk promove algo raro em nossa sociedade atualmente que é a aproximação
entre classes sociais diferentes, entre asfalto e favela, estabelecendo vínculos culturais muito
importantes, sobretudo em tempos de criminalização da pobreza.

No entanto, apesar da indústria do funk movimentar grandes cifras e atingir milhões de


pessoas, seus artistas e trabalhadores passam por uma série de dificuldades para reivindicarem
seus direitos, são superexplorados, submetidos a contratos abusivos e, muitas vezes, roubados.
O mais grave é que, sob o comando monopolizado de poucos empresários, a indústria
funkeira tem uma dinâmica que suprime a diversidade das composições, estabelecendo uma
espécie de censura no que diz respeito aos temas das músicas. Assim, no lugar da crítica
social, a mesmice da chamada “putaria”, letras que têm como temática quase exclusiva a
pornografia. Essa espécie de censura velada também vem de fora do movimento, com leis que
criminalizam os bailes e impedimentos de realização de shows por ordens judiciais ou por
vontade dos donos das casas de espetáculos.

A despeito disso, MCs e Djs continuam a compor a poesia da favela. Uma produção
ampla e diversificada que hoje, por não ter espaço na grande mídia e nem nos bailes, vê seu
potencial como meio de comunicação popular muito reduzido.

Para transformar essa realidade, é necessário que os profissionais do funk organizem


uma associação que lute por seus direitos e também construa alternativas para a produção e
difusão das músicas, contribuindo para sua profissionalização. Bailes comunitários em
espaços diversos e mesmo nas ruas, redes de rádios e TVs comunitárias com programas
voltados para o funk, produção e distribuição alternativa de CDs e DVDs dos artistas,
concursos de rap são algumas das iniciativas que os profissionais do funk, fortalecidos e
unidos, podem realizar. Com isso, será possível ampliar a diversidade da produção musical
funkeira, fornecer alternativas para quem quiser entrar no mercado, além de assessoria
jurídica e de imprensa, importantes para proteger os direitos e a imagem dos funkeiros.

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O primeiro passo nesse processo é a união de todos, funkeiros e apoiadores, pela
aprovação de uma lei federal que defina o funk como movimento cultural e musical de caráter
popular. Reivindicar politicamente o funk como cultura nos fortalecerá enquanto coletivo para
combatermos a estigmatização que sofremos e o poder arbitrário que, pela força do dinheiro
ou da lei, busca silenciar a nossa voz.
Tamos juntos!
(Manifesto aprovado em encontro de MCs e DJs realizado em 26/07/2008.)

Mostraremos duas entrevistas que fizemos com profissionais da música:

A primeira foi feita com a Professora de música do Colégio Pedro II, Maria Lucia.

Sabe nos dizer o porque do estouro do rock nos anos 80?


O rock – desde muitos anos antes dos anos 80 – sempre foi um estilo musical
muito consumido pelos jovens. No Brasil, o gênero conheceu uma época profícua nos anos
80, com o surgimento de inúmeras bandas, algumas das quais se mantêm ativas até hoje. É
possível que a efervescência do rock no Brasil da década de 80 tenha a ver com o movimento
de “despolitização” que costuma alcançar a música após períodos de grande centralização
ou conturbação política. O rock – até pela sua extrema simplicidade musical – é um veículo
que parece se prestar ao anseio da juventude em manifestar-se musicalmente – especialmente
depois de períodos de censura e repressão. Note-se porém que uma das características do
movimento rock Brasil anos 80 é o descompromisso ou o desengajamento das letras com
maiores intenções políticas; a crítica social – propondo um questionamento político – é
assunto pouco ou nada desenvolvido na temática das canções das bandas de rock de então.

Como a música em geral se caracterizava ? Expressava, falava o que ?


A pergunta tem uma amplitude que excede os parâmetros de uma simples
entrevista. Se é certo que o rock no Brasil da década de 80 foi muito consumido, note-se que
os demais criadores (não roqueiros) da música brasileira igualmente produziram bastante na
década, nos diversos gêneros que compõem a nossa música popular, com uma infinidade de
temas, de estéticas, de ritmos, harmonias, letras e melodias.

Por que há uma mudança musical a cada década ?


A música, como qualquer manifestação artística, é influenciada pelos fatores
sociais, políticos, culturais, econômicos e tecnológicos da sociedade. As mudanças nesses
vetores ocorridas em cada período repercutem indefectivelmente sobre os criadores
musicais, modificando conseqüentemente o resultado de sua obra – a música.

Como era o funk nos anos 90 ? Muito diferente do de hoje em dia ?


O funk aqui no Brasil e em especial no Rio de Janeiro surgiu como uma válida
manifestação de protesto, em que comunidades excluídas denunciavam as difíceis condições
de sua vida diária, ao mesmo tempo em que buscavam a afirmar sua própria importância e

22
cidadania. Lamentavelmente, interesses de ordem de mercado em muito adulteraram essa
essência, criando e expandindo a vertente pornográfica do funk.

Como você vivenciou essa "revolução" musical nos anos 80 ? Qual foi sua
experiência?
Evidentemente que, como profissional do ensino de música, acompanhei
atentamente todas as modificações havidas no panorama musical, procurando no entanto
trazer para os alunos também o contato com formas de música pouco ou nada divulgadas
pela mídia, até para que, através da vivência e do conhecimento de outros ritmos, melodias,
harmonias e letras, eles pudessem desenvolver o seu próprio senso de crítica e avaliação
musical.

E a MPB ? Por que há uma espécia de decadência nesse estilo musical, visto que
muitos jovens hoje em dia não são muito adeptos a esse tipo de música ?
Não creio que haja decadência da MPB. Os grandes criadores – tais como
Chico Buarque, Gilberto Gil, Djavan e tantos outros – continuam a criar e a fazer shows
para milhares de pessoas, pelo Brasil e pelo mundo. De outra parte, gêneros como o samba e
o choro atravessam uma fase excepcional em termos do aparecimento de novos artistas, de
consumo pelo público e de criação de novas obras. A parcela da juventude que mais se
identifica com o rock tende a ter uma visão que esse universo abrangeria a quase totalidade
do mercado, mas essa não é rigorosamente a conclusão a que uma observação mais
globalizada da atividade musical em nosso país – em suas inúmeras regiões – poderá
acarretar.

Por que o gosto pela música ?


Gostar de música é instintivo – não creio que se deva buscar maiores
explicações para isso. A música me proporciona prazer e alegria e muito me alegra
compartilhar a minha experiência musical com a dos meus próprios alunos.

E a outra foi feita com o músico que se apresenta em bares e em pequenos shows,
Flavio Rocca:

Sabe nos dizer o porque do estouro do rock nos anos 80?


No início dessa década, faltava a liberdade. Com o fim da política, não havia mais
censura. A juventude aproveitou e falou tudo o que queria. E diante desse cenário surgiram
as bandas de rock. Houve, também, o evento do Rock in Rio, que coincidiu com o tal
surgimento e fez ainda mais que o rock brasileiro crescesse. O Plano Cruzado, também foi
um fator a favor, pois dava uma euforia de consumo e fazia as pessoas comprarem cada vez
mais os discos das bandas.

Como a música em geral se caracterizava ? Expressava, falava o que ?


Não era mais preciso lutar contra uma repressão. Como eu disse, não havia mais a
censura, podia-se falar sobre tudo. Passou-se, então, a escrever música com coisas banais.
Havia até uma música chamada “Ursinho Blau Blau”.
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Por que há uma mudança musical a cada década ?
Porque as gerações se renovam. Tendo um objetivo novo a cada época que se passa.
Nos anos 80, se falava em viver a liberdade. Já nos anos 90, era baseado na realidade da
época, das preocupações, assim como o surgimento de alguns grupos de funk e pagode que
eram de classe menos favorecida. E os anos 2000,a era da tecnologia.

Como era o funk nos anos 90 ? Muito diferente do de hoje em dia ?


O Funk era uma influência do RAP. Forma de expressão de quem não tem acesso à
música. Cantava-se sobre a realidade do cotidiano de quem morava na favela. E hoje
abrange vários assuntos, mas principalmente apologia ao tráfico e apelação sexual.

Como você vivenciou essa "revolução" musical nos anos 80 ? Qual foi sua
experiência?
A década de 80, pela própria idade, época que eu aproveitava mais. Até porque eu
também queria a liberdade.

E a MPB ? Por que há uma espécia de decadência nesse estilo musical, visto que
muitos jovens hoje em dia não são muito adeptos a esse tipo de música ?
Há sempre uma renovação de talentos. Não que haja uma decadência, mas sim um
sinal de desgaste. Não há muita novidade.

Por que o gosto pela música ?


Eu acho que tenho uma vocação. Desde mais novo sou compositor, sempre gostei de
escrever músicas. E eu tenho uma forte influência familiar, meu tio que era baterista e tocava
violão, Edgard Rocca e meu primo que sempre tocava violão comigo, principalmente em
reuniões familiares. Então, desde pequeno eu vivo nesse meio.

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Conclusão:

Vimos, então, toda a mudança no cenário musical. Grupos, bandas e ritmos que
deixaram de fazer sucesso ou continuam no ápice até hoje. Podemos concluir que essas
mudanças não acabam por aqui. Durante décadas e mais décadas surgirão novos sucessos ou
desaparecerão.

A partir dessa breve passagem, percebemos que, nesses caminhos por onde o rock
brasileiro passou, ele tem perdido mais do que ganhado. Resultado: uma juventude órfã de um
rock com qualquer ideologia que seja; jovens que consomem um rock de qualidade duvidosa,
sem ter ao certo a origem de sua procedência.

Concluímos, também, que o funk brasileiro pode se dividir em duas épocas. Em seu
início, o funk retratava a realidade das favelas e o cotidiano daqueles nascidos e criados lá.
Era forma de expressão, de poder reivindicar seus direitos e denunciar o preconceito pela
sociedade.
Mas atualmente vivemos uma realidade bem diferente, em um mundo capitalista, num
país em desenvolvimento ( e as conseqüências que isso traz) o funk virou objeto de
capitalização, em que é feito de tudo para se obter o lucro e se manter na mídia. A apelação
sexual, tanto nas letras, quanto nos “pedaços” de roupa que as mulheres desse meio usam, é o
que faz vender o funk dos dias de hoje. O funk se tornou mais influente para a juventude
carioca, além de ser mais ouvido e disseminado.

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