Grandes Lábios É o órgão que delimita a vulva. No parto eles se abrem para
facilitar a passagem do feto, placenta e anexos.
Pequenos Lábios Como nos grandes lábios, eles se abrem para a passagem do
feto, placenta e anexos.
Vestíbulo:
Meato Uretral É a porção terminal do sistema urinário. Para ser localizado
deve-se partir do Intróito Vaginal para o clitóris; o primeiro
orifício é o meato uretral.
Intróito Vaginal Nas mulheres virgens, ele é recoberto por uma membrana
denominada hímen. Esta membrana deve ser perfurada para a
passagem do fluxo menstrual.
Útero Este órgão mede aproximadamente 7 cm. Ele é constituído pelos seguintes
tecidos a saber: perimétrio, miométrio e endométrio. O seu formato é semelhante a uma
pêra invertida. Nele ocorre a nidação.
Nidação É o implante do ovo ou zigoto na parte anterior ou posaterior, mas na parte
superior do útero (fisiológica).
ILUSTRAÇÃO
Mamas: Este órgão é constituído de tecido adiposo e conjuntivo, assemelha-se
internamente, a cachos de uvas. Sua função é secretar alimentos para o recém-nascido.
Elas são bastante inervadas e vascularizadas, daí os mamilos ficarem eréteis na
gravidez, menstruação e excitação sexual (principalmente).
FIGURA
FECUNDAÇÃO
GRAVIDEZ MÚLTIPLA
1. Gêmeos univitelinos (verdadeiros ou homozigóticos)
É a penetração de um espermatozóide num óvulo, posteriormente ocorre a divisão.
Surgindo dois embriões idênticos, sendo, necessariamente, do mesmo sexo.
FIGURA
MENSTRUAÇÃO
É a perda sangüínea vaginal periódica cíclica. Dura aproximadamente de 2 a 6 dias.
Perde cerca de 60 a 180ml.
É a eliminação pela vagina de secreções uterinas, descamação do endométrio e
sangue. Dura aproximadamente de 2 a 6 dias.
Ocorrências:
• Náuseas
• Vômitos
• Anorexia
• Irritabilidade
• Espinhas
• Acnes
• Lentidão Mental
• Sonolência
• Debilidade
• Baixa do Sistema Imunológico
• Cólicas
Técnica:
• A mulher deverá ficar de pé em frente ao espelho. Nesta posição deverá verificar
se existe assimetria, secreções, descamação da pele das mamas;
• Permanecendo de pé deve colocar as duas mãos na parte posterior da cabeça.
Deverá observar as mesmas anormalidades do item anterior;
• Permanecendo de pé, diante do espelho, deverá colocar as mãos no quadril e
flexionar levemente os ombros para frente e observar as mesmas anormalidades
do 1º item;
• Continuando de pé deverá levantar o braço esquerdo e com as pontas dos dedos
indicador e médio da mão direita, deverá apalpar da periferia para o mamilo
esquerdo detectando possíveis nódulos. Com os dedos indicador e médio da mão
direita, apertar levemente o mamilo esquerdo detectando possíveis secreções;
• Repetir a técnica do item anterior para examinar a mama direita;
• Após examinar a mama direita, a mulher deverá deitar em uma superfície rígida
e colocar sob o ombro esquerdo uma toalha dobrada e repetir a técnica descrita
no tem anterior;
• A mulher deverá utilizar a técnica descrita no item anterior para examinar a
mama direita.
Observação: Caso ocorra assimetria, secreções,descamação da pele ou nódulos, a
mulher deverá procurar urgentemente um ginecologista.
PLANEJAMENTO FAMILIAR
Não significa não ter filhos, mas tê-los no momento oportuno em que as condições
sociais, econômicas, familiares e culturais forem favoráveis.
Para se fazer o planejamento familiar podemos lançar mão de métodos
anticoncepcionais.
Métodos Anticoncepcionais:
- Naturais: Tabelinha (evitar relações do 10º ao 18º dia do ciclo menstrual)
Temperatura Basal (controle de temperatura)
Muco Cervical
- Hormonais: Pílula (1951)
Injeção
Implante
Anel Vaginal
- Cirúrgico: Ligadura das Trompas de Falópio
Vasectomia
- Tradicional: Coito Interrompido (não pode ser considerado método)
- Barreiras Químicas: Preservativo
DIU
Espermicida
Diafragma
Tabelinha:
DIA
1º ao 10º 10º ao 14º 14º ao 18º 18º ao 28º
pode ter relação margem de margem de pode ter
sexual segurança segurança relação sexual
Tabelinha:
Este método consiste na abstenção sexual do 10º ao 18º dia do ciclo menstrual.
Considera-se o 1º dia do ciclo menstrual, o 1º dia da menstruação. Sabendo-se que a
ovulação, no ciclo de 28 dias, ocorre no 14º dia (dia fértil), mas por questões de segurança,
deve-se evitar ter relações sexuais 4 dias antes e 4 dias depois. (Índice de fracasso: 47%).
Temperatura Basal:
Dia Temperatura
26/07 36,6ºC
27/07 36,6ºC
28/07 36,5ºC
29/07 36,3ºC
30/07 36,7ºC
09/08 35,8ºC
10/08 37,0ºC Abstenção Sexual
24/08 37,0ºC
Temperatura Basal:
Este método consiste em a mulher verificar diariamente a partir do 1º dia do ciclo
menstrual, pela manhã, antes de levantar da cama sua temperatura corporal. Ela deverá
fazer as respectivas anotações e quando a temperatura baixar repentinamente e subir
também de forma repentina, é sinal que ela está ovulando. Portanto, nestes dois dias ela não
deverá ter relações sexuais. Convém lembrar que a temperatura corporal após a ovulação se
manterá elevada até o final do ciclo menstrual.
Este método não é muito seguro, pois durante o ciclo menstrual a mulher poderá ter
um processo infeccioso comprometendo inapelavelmente este método.
Muco Cervical:
A mulher deve diariamente, a partir do 1º dia do ciclocmenstrual, pela manhã, antes
de levantar da cama fazer toques vaginais. Quando a secreção vaginal estiver espessa,
densa semelhante a uma clara de ovo, é sinal que a mulher está ovulando. Portanto, deve
evitar ter relações sexuais nas próximas 48 horas.
Pílulas:
Este método é anovulatório, ou seja, ela evita o desprendimento do óvulo do ovário.
Para ser seguro a usuária deverá tomar diariamente o comprimido, preferencialmente à
noite antes de dormir, sempre na mesma hora. Eventualmente, se ela esquecer de tomar o
comprimido do dia anterior, deverá tomar na manhã seguinte, e tomar o comprimido do dia,
à noite, sempre na mesma hora. As pílulas vem numa cartela com 21 comprimidoS. O 1º
deverá ser ingerido no 1º dia do ciclo menstrual. Após o 21º comprimido, a usuária deverá
fazer uma pausa de uma semana, reiniciando uma nova cartela após este lapso de tempo.
Este método é uma combinação de estrógeno e progesterona.(Eficácia de 99%,
quando usado corretamente).
Contra-indicações:
• Obesidade
• Cardiopatia
• Hipertensão
• Diabetes
• Neoplasia
• Complicações vasculares
• Dores de cabeça
• Nervosismo
Injeção:
A exemplo da pílula, é uma combinação de estrógeno e progesterona. Porém em
quantidade superior. Ela pode ser administrada mensalmente, bimensalmente ou
trimestralmente. Por ter uma quantidade maior de hormônios, os efeitos colaterais
são os mesmos da pílula, porém exarcebados.
FIGURA
Vasectomia:
Consiste na secção dos canais deferentes. É uma cirurgia mais simples que a
ligadura, pois pode ser realizada até em ambulatório. Outrora era irreversível, mas
com o avanço da microcirurgia em alguns casos, já é possível a reversão.
Coito Interrompido:
Este método é tradicional porque já era utilizado na Antigüidade, consiste em ter
relação sexual e , antes do homem ejacular, retira-se o pênis. A segurança deste
método depende do controle emocional do parceiro sexual.
Deve-se ressaltar que este método depende do controle emocional do parceiro, pois
na hora do prazer sexual, a relação tem que ser abruptamente interrompida. Este
método não é aprovado pela igreja católica.
FIGURA
Preservativo:
É uma barreira mecânica, que consiste em proteger o pênis com um invólucro de
borracha, desta maneira evita-se o contato direto do pênis com a vagina. Com isso,
previne-se as principais DST, e uma gravidez indesejada. A técnica correta consiste
em colocar o preservativo com o pênis ereto, deixando aproximadamente 1cm de
espaço no bico do preservativo. Deve-se, também, retirar o ar deste reservatório. O
usuário deverá preferir os preservativos com o selo INMETRO, pois estes são de
melhor qualidade. Ao retirar o pênis da vagina, ele deverá estar ainda erétil.
Segurando pelas bordas do preservativo.
Preservativo Feminino:
Consiste num dispositivo que possui dois anéis de silicone. Um anel possui um
fundo cego, que deve ser colocado, com técnica, no colo do útero e o outro deve
recobrir a vulva. Protege o casal contra a maioria das DST (Doenças Sexualmente
Transmissíveis).
FIGURA DIU
Diafragma:
Consiste em inserir um dispositivo de silicone com um aro de metal no colo do
útero. A usuária, previamente, deverá tirar a medida do colo do útero. Isso é feito
pelo enfermeiro ou pelo ginecologista. Portanto, ela irá utilizar o diafragma
específico para o tamanho do seu colo do útero. A usuária deverá retirar o diafragma
após 6 horas do ato sexual. Jamais deverá ficar com o diafragma por mais de 24
horas. Pois isso propicia o crescimento de colônias de bactérias. A usuária deverá
fazer nova medição do colo do útero após: parto, cirurgias ginecológicas ou após
ganhar ou perder 10kg. Pode ser reutilizado.
Probabilidade: Amenorréia
Aumento das Mamas
Aumento da Tireóide
Aumento do Abdome
Diagnóstico - sangue/urina
Sistema Digestório:
• Náuseas (ocorre devido ao aumento da progesterona)
• Vômitos
• Constipação
Sistema Urinário:
• Polaciúria (devido a compressão do útero sobre a bexiga) – aumento da
freqüência urinária
Sistema Nervoso:
• Alteração do humor
• Astenia (fraqueza e sonolência)
Aparelho Sensitivo:
• Aversão a certos odores. Por exemplo: a alimentos, ao odor do marido, etc.
• Amenorréia: é a cessação da menstruação.
• Abdome: ocorre o aumento do abdome e o surgimento de estrias.
• Mamas: há o aumento das mamas. Ocorre, também, o surgimento de uma
segunda auréola. Surgem os tubérculos de Montgomery. Estes tubérculos são
protuberâncias que ocorrem nos mamilos.
• Tireóide: esta glândula tem seu tamanho aumentado.
• Diagnóstico: ele pode ser realizado através de exame de urina ou de sangue.
• O exame de urina é o Pregnostricon. Este exame visa detectar o HCG (hormônio
da gonadotrofina coriônica). Este hormônio é detectado a partir do 15º dia da
gestação até os dois meses e meio de gravidez.
• O exame de sangue é denominado BHCC. Este exame confere uma maior
segurança, pois pesquisa a gonadotrofina coriônica no sangue.
• Sinais e sintomas de certeza: são aqueles que emanam do próprio feto.
• Rebote: são movimentos realizados pelo feto no interior do útero (cambalhotas).
Ele surge a partir do terceiro mês de gestação.
• Auscuta dos BCF: ela pode ser realizada através do estetoscópio de pinard ou
através do sonar. Em trabalho de parto, os BCF devem ficar entre 120 e 160
freqüências por minuto.
• Visualização dos contornos fetais: utilizamos o RX ou a USG (ultrassonografia).
O RX deve ser evitado nos três primeiros meses de gestação, pois suas radiações
podem provocar má formação congênita. Já a USG pode ser realizada em
qualquer fase gestacional.
PRÉ-NATAL:
Referência: É o período que antecede o parto. Consiste em visitas mensais ao
serviço de saúde. A partir do 7º mês, as visitas deverão ser quinzenais, ou com
maior freqüência se a gravidez for de alto risco. Neste caso, a gestante poderá ser
até internada.
Riscos:
• Gestante menor de 18 anos;
• Gestante maior de 40 anos;
• Mulheres com antecedência de aborto;
• Incompatibilidade de RH;
• Gestantes com patologias, por exemplo: hipertensão, moléstias cárdio-
vasculares, diabetes, distúrbios renais, etc.
• Gravidez múltipla.
No Pré-Natal o médico obstetra irá examinar os antecedentes patológicos e
obstétricos da gestante. Irá orientar quanto a alimentação. Pesquisará exames
laboratoriais: urina I: cultura de urina, pregnosticon, BHCG, hemograma, tipagem:
VDRL; USG, entre outros. Fará toques vaginais. O médico obstetra ou enfermeiro
dará orientações à gestante. Verificará a sua pressão arterial e peso. Fará também a
auscuta dos BCF e verificará a altura uterina.
ORIENTAÇÃO À GESTANTE
Higiene:
O banho deverá ser morno. Deve-se lavar com maior freqüência o couro cabeludo,
pois as glândulas sudoríparas tem o seu trabalho aumentado.
Vestuário:
As roupas deverão ser largas e o sapato deverá ser baixo e confortável.
Atividade sexual:
A gestante poderá ter relações sexuais. Para isso deverá procurar posições
confortáveis. Por exemplo: o parceiro em decúbito dorsal e a gestante por cima ou
ambos e decúbito lateral esquerdo.
A relação sexual deverá ser evitada se a gestante não quiser ou se houver
sangramento vaginal.
De uma maneira geral a atividade sexual é benéfica, pois a gestante se sente amada
e o feto percebe que o relacionamento é amoroso.
Fumo:
Ele deve ser evitado, pois a nicotina e o alcatrão provocam vasoconstrição
placentária, diminuindo a quantidade de nutrientes e de oxigênio para o feto. Isso
poderá tornar o feto PIG (Pequeno para a idade gestacional).
Álccol:
Ele deve ser evitado pelos mesmos motivos do fumo, ou seja, provoca
vasoconstrição placentária.
Nutrição:
A alimentação deve ser rica em: proteínas, carboidratos, vitaminas e sais minerais.
Viagens:
As viagens devem ser curtas em razão da polaciúria. As viagens longas são contra-
indicadas. Do mesmo modo as viagens após o 7º mês não são recomendadas.
Inclusive as companhias aéreas se recusam a embarcar gestantes com mais de 7
meses de gestação, pois ela poderá entrar em trabalho de parto em vôo.
Drogas:
Os medicamentos, de maneira geral, devem ser evitados no primeiro trimestre da
gestação, pois podem provocar má formação congênita. Os medicamentos, neste
período, só podem ser ingeridos com orientação do médico obstetra.
Sistema Circulatório:
• Edema dos MMII: a gestante deverá deitar em DLE
• Varizes: a gestante deverá deambular e usar meias elásticas próprias para varizes
• Hipertensão: ieta hipossódica e DLE
• Hemorróidas: dieta rica em fibras
Sistema Urinário:
• Polaciúria: a gestante quando for viajar deverá fazer uma restrição hídrica
Sistema Ósseo-Muscular:
• Para se prevenir a lombargia, deve-se utilizar sapatos baixos e uma cinta própria.
• Para as cãibras são indicados alimentos ricos em cálcio: leite, queijo, ovos;
potássio: laranja e banana. Por exemplo: quando as câimbras ocorrem deve-se
fazer massagens. Elas devem ser da panturrilha para a coxa.
O 11/02/96 (menstruação)
+10/+09/96
21/11/96
Causas:
1. Sugestionamento: por questões culturais, a mulher, desde criança é induzida
por seus familiares e amigas que o parto é algo extremamente doloroso.
Psicologicamente, a mulher fica traumatizada.
2. Ignorância: em regra, a gestante não tem noções de anatomia e fisiologia do
seu sistema reprodutor. Deve-se orientá-la para o intervalo de uma contração
e outra, respirar profundamente. E na hora da contração fazer força embaixo,
como se fosse evacuar.
3. Falta de preparo psicológico: normalmente, a gestante não é
psicologicamente para o parto, inclusive, alguns obstetras sugestionam a
gestante, ao mencionarem que na hora do parto ocorrem dores, quando o
correto seria mencionar que ocorrem contrações.
No pré-natal e no centro obstétrico a gestante deveria contar com o apoio
psicológico do marido/companheiro.
PARTO DE EMERGÊNCIA:
• Quando as contrações surgirem, osocorrista deverá pedir a alguém que vá
chamar um médico;
• Quando as contrações, num lapso de 10 minutos, ocorrerem 3 freqüências de
aproximadamente 40 segundos cada é sinal que o feto está prestes a nascer;
• Pedir a parturiente para urinar e evacuar;
• Posicionar a parturiente em posição ginecológica e diminuir a luz ambiente;
• Quando surgir a cabeça do RN, providenciar um pano limpo e com uma das
mãos tapar o ânus da parturiente. Com a outra mão, de posse de um pano limpo,
amparar o RN (Não puxar o RN pela cabeça);
• Em seguida o RN descreverá um leve giro e livrará os ombros, membros
superiores, tórax e abdome e MMII. Se ao invés de surgir a cabeça, surgir
qualquer outra parte do corpo, não fazer nada, pois trata-se de uma urgência
obstétrica, deverá aguardar o médico;
• Em seguida, pegar o RN pelos membros inferiores para que haja a eliminação de
secreções gástricas e pulmonares;
• Nesta posição o RN deverá chorar;
• Se porventura o RN não chorar, o socorrista deverá dar leves palmadas nas
costas ou nas nádegas do RN. Se mesmo assim o RN não chorar, o socorrista
deverá iniciar respiração boca a boca, da seguinte maneira:
• Colocar o RN em decúbito dorsal numa superfície rígida;
• Fazer a hiperextensão da cabeça com uma das mãos e com a bochecha tapar as
narinas do RN, soprando levemente na boca do RN;
• Após o RN respirar, o socorrista deverá colocar em decúbito lateral,
providenciar um pano limpo e medir 4 dedos do cordão umbilical no sentido
RN- mãe e fazer um nó. Em seguida, medir mais 4 dedos em direção RN –mãe e
fazer outro nó;
• Providenciar um objeto cortante, por exemplo: faca, tesoura, canivete, etc e
fazer uma flambagem. Em seguida, fazer uma secção entre os dois nós;
• Após, aproximadamente, quinze minutos a mãe irá expulsar a placenta e anexos.
Portanto, o cordão umbilical não deverá ser puxado;
• Em seguida, colocar o RN em decúbito lateral direito sobre o abdome da mãe;
• Em seguida, a mãe, o RN e a placenta deverão ser encaminhados ao hospital
para serem examinados pelo médico.
PARTO
Definição: É o processo que leva a expulsão do feto, placenta e anexos (bolsa
amniótica, membranas e cordão umbilical).
Tipos:
Normal: É o parto fisiológico. Não há a administração de anestesias, apenas é
utilizada a anestesia local, por ocasião da episiotomia, se necessário, para aumentar
o canal de parto.
Indicações: - Quando o parto precisa ser rápido;
- Quando o feto é GIG;
- Gravidez múltipla (parto gemelar).
Observação: Após a passagem do feto ,da placenta e anexos é feita a episiorrafia,
que é a sutura da episiotomia. Os pontos da episiorrafia são absorvíveis, portanto
não há a necessidade de retirá-los.
Tipos: - Lateral: não é recomendada, pois podem lesionar as glândulas de Bartholin;
- Medial: não é recomendada, pois pode provocar uma fístula retal;
- Média lateral: esta é mais indicada, pois não lesiona as glândulas de
Bartholin nem prvoca fístula retal.
Tipos:
• Rubros – avermelhados, vermelho vivo;
• Fuscas – achocolatados;
• Flavas – amarelados;
Tipos de puerpério:
Imediato: elevai do fim da dequitação até as 12 primeiras horas após o parto.
Mediato: vai das 12 primeiras horas até o 10º dia.
Tardio: vai do 10º dia até a volta do organismo ao seu estado normal.
Aproximadamente 6 semanas +ou- 45 dias.
NEONATOLOGIA:
É a ciência que trata do recém-nascido.
CREDÊ
Definição: consiste em instilar uma gota de nitrato de prata a 1% ou argirol em cada
olho do RN. Seu objetivo é prevenir a conjuntivite gonocócica que podde levar a
cegueira. É um procedimento internacional orientado pela OMS.
Tipos:
- Obrigatório: a puérpera não tem direito de escolha;
- Opcional: a puérpera tem o direito de escolher se quer ter o RN junto de si;
- Diurno: a puérpera tem o RN consigo durante o dia e a noite o RN é levado para o
berçário.
Objetivo do AC
• Troca de afeto entre mãe e RN;
• Planejamento familiar, orientar a puérpera a cuidar do RN, incentivar o
aleitamento materno;
Contra-indicação:
• Quando a puérpera rejeita o RN;
• Quando a puérpera for toxicômana;
• Quando a puérpera possui uma patologia grave;
• Quando o RN possuir uma patologia grave;
• Quando o RN for prematuro;
• Quando o RN for PIG;
• Quando a puérpera for portadora de doença mental.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO AC
• Verificar os sinais vitais, mormente PA e temperatura;
• Verificar o nível de consciência;
• Observar a higienização da puérpera, banho com auxílio;
• Verificar as mamas. Identificando possíveis fissuras ou mastite, se elas estão
túrgidas ou flácidas (ideal). Se elas estiverem túrgidas orientar a puérpera para
fazer ordenha manual debaixo do chuveiro com água morna;
• Verificar a altura uterina;
• Verificar a incisão cirúrgica ou epsiorrafia;
• Verificar os lóquios;
• Verificar a aceitação da dieta;
• Verificar as eliminações;
• Incentivar aleitamento materno;
• Orientar quanto ao planejamento familiar;
• Orientar para retornar ao hospital após 7 dias para retirada dos pontos, caso o
parto tenha sido operatório:
• Colher o PKU (exame do pezinho);
• Orientar a puérpera para retornar ao hospital dentro de 45 dias para saber o
resultado do PKU;
• Verificar a temperatura do RN (temperatura axilar);
• Pesar o RN diariamente;
• Dar o banho de imersão no RN;
• Fazer curativo no coto umbilical da seguinte forma: providenciar um cotonete e
molhar numa solução de álcool a 70% e passar em volta do coto umbilical. Com
a outra ponta do cotonete deve-se secar o coto;
• Trocar a fralda do RN e vestí-lo.
CARACTERÍSTICAS NORMAIS DO RN
Estatura: menina - 48 a 50cm
menino - 50 a 52cm
Cabeça: maior do que o tronco
Face: pequena, bem menor do que o crânio
Crânio: bem maior que a face
Fontanela: é o local no crânio de junção de três ossos
Tipos:
Anterior ou bregmática: é a junção dos ossos parietais e frontal. Assemelha-se em
sua forma a um losango, fecha entre 9 e 18 meses.
Posterior: é a junção dos ossos parietais e occipital. Em sua forma, assemelha-se a
um triângulo, fecha entre a 3ª e 4ª semana.
ICTERÍCIA
Definição: é o excesso de bilirrubina na pele dando uma coloração amarelada. Se
não tratada pode atingir os músculos, os rins e até o cérebro.
Causas:
- hemólise (destruição das hemácias)
- imaturidade do fígado
Tipos:
- icterícia fisiológica: após às 24/48 horas
- icterícia patológica: antes das 24/48 horas
Tratamento:
Fototerapia: ela transforma a bilirrubina indireta em direta, pois o nosso organismo
só consegue eliminar a bilirrubina direta (BD).
Classificação:
0 – 3,9 intensamente deprimido
4 – 6,9 deprimido
7 – 10 vigoroso
Fatores predisponentes:
• Gestantes jovens;
• Multiparidade;
• Diabetes;
• Doenças cárdio-vasculares;
• Hipertensão;
• Doenças renais;
• Distúrbios emocionais.
Classificação:
• Pré-eclâmpsia – forma mais leve da doença. Apressão arterial sistólica varia de
140 à 160mmHg;
• Eclâmpsia – forma mais grave da doença cuja pressão arterial sistólica é
superior a 160mmHg.
Quadro Clínico:
• Tríade – edema, hipertensão, proteinúria;
• No caso de eclampsia – convulsões, coma, edema pulmonar;
• Albuminúria: albumina na urina;
• Piúria: pus na urina;
• Edemas;
• Cefaléia frontal, vertigem, náuseas e vômitos;
• Comprometimento neurológico;
• Dor epigástrica.
Fatores predisponentes:
• Aumento da progesterona;
• Pressão que o útero exerce sobre os ureteres provocando estase da urina.
Quadro Clínico:
• Hipertemia;
• Polaciúria;
• Disúria;
• Lombalgia;
• Náuseas e vômitos.
Tratamento:
• Antipirético: Tylenol;
• Antiespasmódico: Buscopan, Baralgin;
• Antimicrobiano: Keflex.
HIPEREMESE GRAVÍDICA
Definição: são náuseas e vômitos exacerbados que podem ocorrer durante o
primeiro trimestre da gestação.
Incidência: 1/300
Causas:
• Aumento da gonadotrofina coriônica;
• Aumento da progesterona;
• Fatores psicológicos (principalmente);
• Rejeição da gravidez;
• Rejeição do marido;
• Rejeição a copulação;
• Medo do parto.
ABORTAMENTO
Definição: É a expulsão do embrião ou do feto antes da 22ª semana de gravidez.
Após a 22ª semana, trata-se de parto prematuro.
Aspecto legal:
O nosso ordenamento jurídico, no seu artigo 124 e seguintes do código penal, proíbe
que a gestante e/ou terceiros interrompam a gravidez.
A lei autoriza o abortamento para salvar a vida da gestante ou para interromper uma
gestação fruto de um estupro.
Há no Congresso Nacional um projeto de lei que destipifica o aborto. Entretanto, é
um projeto polêmico que está ainda em fase de discussão.
Aspecto ético:
A resolução 160/93 do COFEN, que aprovou o código de ética profissional, estatui
que o profissional de enfermagem não deve participar de aborto. Entretanto,
autoriza o profissional de enfermagem a participar de aborto, nos casos permitidos
por lei. Ou seja, para salvar a vida da gestante ou para interromper uma gestação
resultante de estupro. Mesmo o aborto legal, o código de ética respeita as
convicções culturais, religiosas, filosóficas e pessoais do profissional de
enfermagem. Portanto, o código de ética autoriza o profissional a se recusar de
participar de um aborto por questões pessoais, mesmo sendo um aborto legal.
Classificação:
Quanto a evolução clínica:
• Evitável: ocorre quando o feto ou embrião está vivo e o colo do útero não está
totalmente dilatado.
• Inevitável: ocorre quando o feto ou embrião está morto e o colo do útero está
dilatado.
Quanto a etiologia:
• Espontâneo – é aquele que não há o concurso da gestante e/ou de terceiros
• Terapêutico – é aquele que visa salvar a vida da gestante
• Provocado – é aquele que conta com o concurso da gestante e/ou terceiros. Hoje,
no Brasil, é crime.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Aborto evitável:
• Verificar sangramento vaginal: identificando sangue, coágulos e membranas;
• Repouso absoluto;
• Preparo psicológico;
• Verificar sinais vitais, mormente PA;
• Administrar a medicação prescrita: antiespasmódicos e analgésicos.
Aborto inevitável:
• Apoio psicológico;
• Verificar sangramento vaginal: identificando sangue, coágulos e membranas;
• Tipagem sanguínea;
• Puncionar veia calibrosa para venóclise;
• Verificar sinais vitais, mormente PA;
• Preparar a gestante para a curetagem:
- Pré-anestésico;
- Tricotomia;
- Enteroclisma;
- Esvaziar a bexiga.
GRAVIDEZ ECTÓPICA
Definição: é aquela cuja a nidação ocorreu fora do útero.
Causas:
• Má formação tubária (estreitamento);
• Abortamentos;
• Curetagens.
Classificação:
• Tubária: é aquela em que a nidação ocorre nas trompas da Falópio. Em se
tratando de gravidez ectópica é a mais comum, ocorre em 95% dos casos.
• Ovariana: é aquela cuja nidação ocorre no ovário.
• Abdominal: é aquela cuja nidação ocorre na cavidade abdominal.
Quadro clínico:
• Dor abdominal intensa;
• Náuseas e vômitos;
• Sangramentos;
• Choque.
Diagnóstico: USG
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Preparo psicológico;
• Verificar sinais vitais, mormente PA;
• Colocar a gestante em venóclise;
• Administrar a medicação prescrita. Por exemplo: antiespasmódico e analgésicos;
• Preparar a gestante para ultrassonografia, no mínimo 06 copos de água;
• Preparar a gestante para a laparotomia ou salpingectomia;
• Jejum;
• Tricotomia;
• Pré-anestésico;
• Enteroclisma;
• Esvaziar a bexiga.
Causas:
• Indução muito rápida do parto;
• DHEG;
• Traumatismos.
Quadro Clínico:
• Dor abdominal intensa;
• Pré-anestésico;
• Enteroclisma;
• Esvaziar a bexiga.
Causas:
• Indução muito rápida do parto;
• DHEG;
• Traumatismos.
Quadro Clínico:
• Dor abdominal intensa;
• Sangramento;
• Sinais de choque (hipotensão, sudorese, palidez, taquisfigmia)
Tratamento: cesária.
Quadro Clínico:
• Hemorragia (sangue vermelho vivo), via de regra, indolor.
Fatores predisponentes:
• Multiparidade;
• Gravidez múltipla;
• Cicatriz uterina;
• Má formação uterina.
Classificação:
• Lateral – a placenta não obstrui o colo do útero;
• Centro lateral – a placenta obstrui parcialmente o colo do útero;
• Centro total – a placenta obstrui completamente o colo do útero. É a forma mais
grave da doença.
Figura pág 41
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Preparo psicológico;
• Verificar sinais vitais (PA e P);
• Colher tipagem sangüínea;
• Observar sangramento: se ocorre a presença de coágulos, membranas, etc;
• Repouso absoluto;
• Preparar a parturiente para cesária:
- Jejum;
- Tricotomia;
- Enteroclisma;
- Esvaziar bexiga.
* E no pós-operatório manter a puérpera em decúbito horizontal por 12 horas.
Rotura Uterina
Definição: é a ruptura da parede uterina durante a gestação ou trabalho de parto.
Trata-se de uma urgência obstétrica.
Causas:
• Cicatrizes uterinas;
• Traumatismos.
Quadro Clínico:
• Dor abdominal intensa;
• Hemorragia;
• Choque.
ASSITÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Preparo psicológico;
• Tipagem sangüínea;
• Puncionar veia calibrosa;
• Observar sangramentos;
• Verificar sinais vitais;
• Observar sinais de choque. Por exemplo: hipotensão, palidez; sudorese,
taquisfigmia;
• Preparar a parturiente para a histerectomia:
- Jejum;
- Tricotomia;
- Enteroclisma;
- Esvaziar a bexiga.
Incompetência Cervical
Definição: é um defeito do colo do útero caracterizado pela incapacidade de segurar
a gestação.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Apoio psicológico;
• Repouso absoluto no leito;
• Tipagem sangüínea;
• Puncionar veia calibrosa;
• Esvaziar a bexiga;
• Jejum;
• Enteroclisma;
• Não realizar duchas vaginais;
• Abstenção sexual por 15 dias;
• Retornar ao ambulatório obstétrico no prazo de 15 dias.
Observação:
Os pontos da cerclagem deverão ser retirados nas seguintes hipóteses:
- Amadurecimento do feto;
- Trabalho de parto;
- Infecção local.
PATOLOGIAS GINECOLÓGICAS
Bartholinite: já descrita.
Mioma
Definição: é também denominada fibromioma. É um tumor benigno que se localiza
no miométrio crescendo em forma de nódulos.
Incidência:
• Maior na raça negra;
• Maior em idade entre 35 a 45 anos;
• Menor na menopausa ou involução.
Quadro Clínico:
• Mioma pequeno e assimétrico;
• Maior – hipermenorréia;
• Ou diminuição do fluxo (oligomenorréia);
• Anemia;
• Dor no baixo ventre;
• Febrícula;
• Infertilidade;
• Aumento do abdome.
Diagnóstico:
• Quadro clínico;
• Ultrassom.
Tratamento:
• Mioma pequeno não requer tratamento;
• Cirúrgico – miomectomia ou histerectomia.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Apoio psicológico;
• Colher tipagem sangüínea;
• Verificar sinais vitais mormente PA, T, P;
• Observar sangramentos;
• Puncionar veia calibrosa para venóclise;
• Colher hemograma;
• Tricotomia;
• Jejum;
• Enteroclisma;
• Esvaziar a bexiga.
Salpingite
Definição: é a infecção das trompas de Falópio. Pode ocorrer em uma trompa, em
ambas ou espraiar para órgãos anexos. Por exemplo: ovários e cavidade abdominal.
É uma das causas de infertilidade feminina.
Quadro Clínico:
• Hipertemia;
• Tumefação;
• Dor abdominal.
Tratamento:
Clínico: - Antimicrobianos;
- Antipiréticos;
- Analgésicos;
- Compressa com água morna no local.
Cirúrgico: Salpingectomia.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Verificar sinais vitais mormente PA, T , P;
• Apoio psicológico;
• Aplicação de bolsa com água morna no local;
• Administrar a medicação prescrita no horário, antipiréticos, antimicrobianos,
analgésicos.
Cisto de Ovário
Definição: é um tumor contendo material líquido, semi-líquido ou pastoso.
Normalmente o tumor é benigno, mas pode ocorrer malignidade. Pode ocorrer em
um ou em ambos os ovários.
Quadro Clínico:
• Aumento do abdome;
• Hipermenorréia ou oligomenorréia;
• Infertilidade feminina.
Tratamento:
• Clínico – administração de hormônios. Por exemplo: clomifeno e analgésicos.
• Cirúrgicos – ressecção cuneiforme.
Diagnóstico:
• Quadro clínico;
• Ultrassonografia.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Apoio psicológico;
• Administrar a medicação prescrita. Por exemplo: analgésicos e hormônios.
Prevenção:
• A.E.M.;
• Educação para a saúde;
• Visitas semestrais ou anuais ao ginecologista.
Incidência:
• Maior – após os 35 anos de idade;
• Em Porto Alegre – 1º lugar em CA de mamas;
• Em São Paulo – 2º lugar;
• 3º lugar – Fortaleza.
Quadro Clínico:
• Assimetria das mamas;
• Secreção;
• Descamação
• Inversão do mamilo;
• Nódulos.
Diagnóstico:
• Exame clinico;
• Biópsia;
• Mamografia;
• Ultrassom.
Tratamento:
- Cirúrgico:
• mastectomia parcial ou total;
• quadrantectomia;
• mastectomia radical (retirada da mama); vasos e sobretudo os glânglios;
• tumorectomia.
- Quimioterapia;
- Radioterapia;
- Hormonoterapia;
- Uso de raio laser.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
- Apoio psicológico;
- Solicitar a presença de uma mulher que já tenha se submetido a esta cirurgia,
estando ajustada;
- Administrar analgésico;
- Tricotomia;
- Manter o braço que foi feita a cirurgia nas primeiras horas sobre o tórax;
- Já no 3º P.O. estimular a movimentação do braço de maneira paulatina;
- Não verificar PA no braço em que foi feita cirurgia;
- Não administrar medicação IM, SC, EV e ID no membro afetado;
- Orientar quanto a perda de sensibilidade no membro afetado;
- Orientar para não pegar peso com o membro afetado;
- Não manipular substância quente com aquele membro;
- Usar dedal ao costurar;
- Orientar a P. para periodicamente consultar o ginecologista e o oncologista;
- Verificar sinais de infecção;
- Orientá-la quanto a prótese mais indicada.
Referências Bibliográficas: