SEMINÁRIO PRESBITERIANO DE BRASÍLIA – SPB/DF

TEOLOGIA E VISÃO SOCIAL CALVINISTA

(disciplina por acompanhamento)
Prof. Junio Cezar da Rocha Souza
Aluno: Daniel Deusdete Araújo Barreto

Comentários.

Texto: O CONCEITO DO CALVINISMO

Li e gostei do texto. A minha cosmovisão já mesmo antes de ouvir e ler sobre Calvino
já era calvinista, por causa de meu contato com as Escrituras. Enquanto era comum meus
irmãos crerem e defenderem a unhas e dentes a perda da salvação, por exemplo, eu cria
diferentemente.
Imaginava como seria absurdo uma salvação que não é salvação. Era como se
alguém chegasse diante do Senhor e o confessasse e em seguida o Senhor, o amando,
dissesse para ele: - Filho, esforça-te por morrer antes do natal do ano que vem, pois depois
disso, tu irás cair em pecado e morrerá nele, perdento a minha salvação. Para mim, isso era
ridículo.
Também me lembro que quando fui orar por minha sobrinha que tinha um bebe
novinho e estava às portas da morte eu lhe trouxe uma palavra sobre a soberania, a
sabedoria e a bondade de Deus para ela. Eu ainda não tinha tido contato com a teologia
reformada e calvinista, mas eu dizia a ela que devido a soberania de Deus tudo lhe era
possível e que portanto a ninguém Deus deveria justificativas de sua conduta. Ainda dizia
que pela sua sabedoria, eu lhe afirmava que o que tivesse de acontecer, embora não o
compreendêssemos, seria sábio e, finalmente, que pela sua bondade, eu lhe afirmava, que
nenhum dos atos de Deus, quer ativos ou passivos, são destituídos de sua bondade.
Com relação ao Reino de Deus, embora tivesse recebido diversas influências
tendentes a um pensamento dicotomista ou helenista, eu jamais imaginava, devido a
soberania de Deus, que Deus não fosse único, soberano e rei. Na minha concepção, há um
único reino e um único trono e um único Senhor, soberano sobre todos. Assim, não existe,
para mim, forças do mal co-iguais com Deus que são capazes de se lhe oporem, antes, tudo
lhe está sujeito e para agirem, precisam de autorização. Este é o caso de satanás e de seus
anjos (visão do reino parasita) que em certo sentido são instrumentos de Deus para os seus
propósitos soberanos, sábios e infinitamente bons.
Conhecer primeiramente, Paulo, depois Augustinho, Calvino, Abraham Kuyper,
Herman Dooyeweerd, Gerard Van Groningen, Herman Ridderbos está sendo, para mim, um
tesouro de inestimável valor que me ajudam na formação de um pensamento teológico
calvinista profundo e alicerçado na Palavra de Deus.
 SEMINÁRIO PRESBITERIANO DE BRASÍLIA – SPB/DF
TEOLOGIA E VISÃO SOCIAL CALVINISTA
(disciplina por acompanhamento)
Prof. Junio Cezar da Rocha Souza
Aluno: Daniel Deusdete Araújo Barreto

Abraham Kuyper, por exemplo, iniciando sua discussão sobre o termo calvinismo
comentando alguns problemas relacionados ao termo, como a estigmatização, causando
separações; e a necessidade de certos cuidados com a identificação confessional,
denominacional e, em certa forma, com o aspecto científico. Depois, fala que o calvinismo
vai além do que se propõe, inclusive formando uma cosmovisão bem abrangente e que
deveria ser imediatamente adotada por todos os homens, na política, na cultura, no social,
na igreja e no próprio governo.
A minha visão de vida e minha pregação estão centradas nessa cosmovisão
abrangente que devolve o mundo para Deus (já não mais trato as coisas como sacras e
profanas, ou como as de Deus e as do mundo) e tira do mundo (de Deus, do Reino de
Deus) o que não é o reino de Deus, ou seja, a mentira, a falsidade, a injustiça, a impiedade
e coisas tais semelhantes.
É somente lamentável que o mundo ainda não tenha se despertado para essa
realidade do Reino de Deus abrangente, total, único. O meu consolo é que tudo isso terá um
fim e a nossa expectativa não será jamais frustrada. Maranata!