Divertimentos
As distracções da Nobreza
1
Os torneios e as justas
Nas justas, lutavam também dois cavaleiros entre si com lanças. Para isso cada um
colocava-se em cada extremo do recinto e quando era dado o sinal avançavam com os
cavalos na direcção um do outro com o objectivo de derrubar o adversário. Se não o
conseguiam e as lanças se partiam, continuavam o combate com as espadas. Nestes
torneios , havia cavaleiros que ficavam muito feridos e outros que chegavam mesmo a
morrer.
Alimentação
As refeições de um
nobre
As
duas
principais
refeições
eram o
2
jantar e a ceia. O jantar era a refeição mais forte do dia e acontecia entre as
10 e as 11 horas da manhã. A ceia dava-se pelas seis ou sete horas da tarde.
Durante muito tempo não se usaram pratos na Idade Média. Comia-se a carne
e o peixe sobre grandes metades de pão, de forma arredondada, postas em frente de cada
conviva.
Habitação
A Casa do Nobre
3
A casa do senhor, nessa época, não era um palácio requintado.
Dispunha, em geral, de dois pisos e de várias divisões. Mesmo nas casas
dos grandes senhores, havia poucos móveis. A cama era uma peça de
mobiliário rara e por isso para dormir também se utilizavam as arcas.
Tapetes e almofadas no Chão serviam de assento, principalmente para
as mulheres. As cadeiras eram raras. Os bancos eram corridos e a mesa
constava apenas de uma tábua montada sobre cavaletes. Daí a expressão,
ainda hoje empregue, de pôr e levantar a mesa.
O mobiliário reduzia-se assim a uma mesa, que podia ser levada de
um lado para outro, arcas onde se guardava a roupa e objectos domésticos,
poucas cadeiras e alguns bancos chamados escanos.
De noite, a iluminação fazia-se com lamparinas de azeite ou tochas e
velas de cera e sebo. Nos dias frios acendia-se a lareira, o que tornava o
ambiente menos soturno.
O vestuário da nobreza
O nobre do século XIII usava um saio curto e de mangas justas. Por cima do saio
vestia o pelote apertado ao corpo e com mangas curtas, deixando ver as do saio. Em
dias de cerimónia punha um tabardo (manto) e quando saía usava coifas (toucas) de
pano ou sombreiros (chapéus). Vestia umas calças muito justas, que pareciam meias, e
calçava sapatos bicudos de cabedal ou de pano, se estava em casa.
4
A dama e a donzela, sobre a camisa de linho, vestiam o brial, uma espécie de
túnica comprida e larga que se ajustava ao corpo na cinta e nas ancas. Por cima, usavam
um vestido muito comprido, com cauda, chamado pelote, sobre o qual punham o manto.
A crespina, espécie de touca com um véu que passava por baixo do queixo, cobria por
completo os cabelos. Calçavam sapatos semelhantes aos dos homens.
A JUVENTUDE
Por volta dos sete anos, o futuro cavaleiro era enviado pelo seu pai, um
nobre, para o castelo de outro nobre onde iria começar a sua aprendizagem.
O jovem fidalgo começava por ser pajem de outro cavaleiro e entre os 14 e
os 21 anos tornava-se escudeiro. Durante todo esse período ia aprendendo a
arte de guerrear até que, por volta dos 21 anos de idade, era armado
cavaleiro.
Ser cavaleiro, era para a maioria dos jovens fidalgos, o momento mais
importante das suas vidas.
Na Guerra
O Cavaleiro ocupava grande parte do seu tempo a lutar pelo rei quando
isso era necessário. Por isso uma boa parte da sua vida era passada em
batalhas combatendo os inimigos do seu senhor.
O cavaleiro tinha uma armadura muito pesada que demorava cerca de uma hora a ser
vestida. Tinha um Pajem às suas ordens que o ajudava a vestir-se e ainda um escudeiro
que lhe preparava as armas e as mantinha em boas condições.
A VIDA DE UM CAVALEIRO