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RESENHA
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geral, elaborada ³sem referência a problemas empíricos particulares ou a
domínios específicos´ (p. 1).
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e as leis gerais explicativas, quanto sobre os supostos fundamentais, os quais
restam visíveis e, por isso, a discussão geral se torna parte integrante do
debate nas ciências sociais (p. 4).
As razões desse dissenso não são contingentes. Isso faz com que as
categorias sociológicas sejam não apenas explicativas ou descritivas, mas
também interpretativas ou avaliativas. Isto leva Alexander a afirmar que o
desacordo empírico e teórico que na ciência social é endêmico e, por causa
disso, ela se divide em tradições e escolas. Esse desacordo não é apenas
manifestado no curso do trabalho científico, mas também promovido e mantido,
podendo atestar o caráter saudável de uma disciplina (p. 4).
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na pesquisa. A respeito disso, o autor cita alguns exemplos. ³Como resultado, a
ciência social é essencialmente contestável, tanto em suas declarações
factuais [sic] mais específicas, como em suas generalizações mais abstratas´
(p. 7).
Fica, então, mais claro para mim que fazer pesquisa e produzir teoria em
ciência social significa participar dos debates e controvérsias que se situam em
nível discursivo e não explicativo, como aponta o autor. Assumir tal debate não
representa uma adesão ao simples relativismo, mas o en gajamento com o
caráter aberto e discursivo da ciência social, a partir da aceitação da
independência entre o nível discursivo e os testes empíricos comuns. Entendo
que as controvérsias acima referidas dizem respeito, principalmente, aos
pressupostos da sociologia definidos por Alexander como ³as suposições mais
gerais que os sociólogos fazem quando se defrontam com a realidade´ (p. 9).
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sobre a construção do ³supereu´ a partir da relação com pais, professores e
outras figuras de autoridade) expõem o quanto o indivíduo é dependente da
estrutura, ao mesmo tempo em que guarda e efetivamente exerce alguma
liberdade diante dos padrões normativos com os quais se defronta. A própria
noção de indivíduo não é, de fato, apropriada, na medida em que Freud
trabalha como a noção de uma psique não unificada, mas dividida em
instâncias conflitantes (³eu´, ³supereu´ e ³isso´), o que indica o grau de
complexidade de sua teorização. Talvez, a apreensão do autor da teoria
freudiana esteja condicionada ao modo como a psicanálise foi, de modo geral,
apropriada no seio da cultura americana.
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