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Universidade do Estado de Mato Grosso

Campus de Nova Xavantina


Departamento de Agronomia – Agricultura de Precisão

Agricultura de Precisão

Elizandro Leite Souza

Nova Xavantina
Julho/2010
Agricultura de precisão:

Para um produtor, por exemplo, não é suficiente saber que sua lavoura não produziu o
esperado, pois apenas com essa informação ele não consegue combater a causa da baixa
produtividade, ou se conseguir, será a um alto custo. A diferença está em saber em qual
parte de sua propriedade o problema é mais crítico e neste local efetuar uma correção
adequada, sem comprometimento do restante da área, do seu orçamento, e mais, do
meio ambiente.

Um produtor de sucesso sabe que isso faz a diferença: reduzir custos, aumentar
produtividade e preservar o meio ambiente.

E é neste contexto que a Agricultura de Precisão se apresenta como uma ferramenta


extremamente importante para o gerenciamento de todo o processo produtivo, passo a
passo, ou mais precisamente, metro a metro.(UNIGEO, 2009).

Agricultura de precisão é uma prática agrícola na qual utiliza-se tecnologia de


informação baseada no princípio da variabilidade do solo e clima. A partir de dados
específicos de áreas geograficamente referenciadas, implanta-se o processo de
automação agrícola, dosando-se adubos e defensivos.

Agricultura de Precisão, é toda prática de interferência a fim de estabelecer condições


ideais as espécies cultivadas na agricultura, seja ela química, física ou biológica,
utilizando-se da Geoestatística, que é a analise de dados de amostras georreferenciadas.
Método este, que parte da premissa onde cada ponto de amostra é único e que procura a
correlação entre as amostras vizinhas, Esse tipo de estatística elimina o pensamento de
blocos ao acaso e o estabelecimento de média, utilizado pela estatística clássica.

A Agricultura de Precisão (AP) tem por objetivo a redução dos custos de produção, a
diminuição da contaminação da natureza pelos defensivos utilizados e logicamente o
aumento da produtividade.

As ferramentas que possibilitaram o desenvolvimento deste tipo de agricultura foram os


microprocessadores e os aparelhos de posicionamento global por satélite GPS, que
acoplados a colheitadeiras, semeadorass e outros implementos agrícolas, permitem o
levantamento de dados, sua tabulação cumulativa e a aplicação dosada e localizada de
insumos.

Outro tipo de ferramenta fundamental para a agricultura de precisão são os softwares de


SIG - Sistema de Informação Geográfica. Inicialmente utilizaram-se sistemas SIG
genéricos. Nos anos 1990 surgiram softwares SIG especializados no uso agrícola. Hoje
existe grande gama de opções, comerciais e acadêmicas, destinadas a diferentes perfis
de usuários, com diferentes níveis de funcionalidades e complexidade de uso.

Com a globalização da economia e a competitividade de preço dos produtos


agrícolas, surgiu a necessidade de se obter níveis de competitividade internacionais.
Além disto, a busca pela conservação dos recursos naturais, impõe à atividade agrícola
novos métodos e técnicas de produção, aliados à eficiência e maior controle dos
resultados obtidos no campo, em relação ao que se pratica hoje. Além disso, a
agricultura moderna está relacionada ao plantio de extensas áreas de monocultura, e
um dos principais problemas que reflete diretamente na produtividade agrícola de
extensas áreas é a distribuição inadequada de calcário, semente, adubo, herbicida e
inseticida no terreno. Este fato tem acarretado zonas de baixa produção de grãos e
cereais dentro da área cultivada.
Como uma resposta para minimizar estes problemas e com o avanço da tecnologia,
foi possível que satélites, computadores e sensores auxiliassem a agricultura. Surgiu,
então um novo sistema de produção que, há alguns anos já é utilizada pelos
agricultores de países de tecnologia avançada, chamado de Precision Agriculture,
Precision Farming, e no Brasil de Agricultura de Precisão. Este sistema vem resgatar a
capacidade de conhecer cada metro quadrado da lavoura, que foi perdido à medida que
as áreas cultivadas foram crescendo.
Conceitos sobre Agricultura de Precisão
A AP é uma tecnologia que utiliza em conjunto sinais de satélite e softwares para
interpretação de dados geoprocessados, isto é, recolhe e reuni informações da área
cultivada, sempre com a localização precisa.
O uso racional dessas tecnologias, utilizadas como ferramentas de acompanhamento,
controle e análise, permitem verificar as variações espaciais e temporais dos fatores
limitantes à produção, orientando no processo de tomada de decisão na aplicação
localizada de insumos e no manejo diferenciado das culturas no campo de produção.
Assim, pode-se determinar "qual, quando e onde" o insumo deve ser aplicado e
"como" fazê-lo, permitindo identificar locais específicos com diferentes potenciais de
produtividade, podendo-se determinar ou não, desde que econômica e tecnicamente
viáveis, investimentos em insumos ou na correção de fatores limitantes à produção,
visando a maximização da produtividade e minimização dos impactos ambientais. O
principal conceito é aplicar no local correto, no momento adequado, as quantidades de
insumos necessários à produção agrícola, para áreas cada vez menores e mais
homogêneas, tanto quanto a tecnologia e os custos envolvidos permitirem.
Entre algumas vantagens do sistema, estão:
- uso racional de insumos agrícolas;
- minimização dos impactos ambientais;
- maximização da qualidade, produtividade e do retorno financeiro.
Como vimos, os objetivos da AP são principalmente a diminuição de custos de
produção, aumento da produtividade e diminuição de impacto ambiental. Isso só é
possível porque qualquer operação é sempre localizada e nas proporções necessárias.
O processo
As etapas básicas do sistema de agricultura de precisão são: a coleta de dados, o
planejamento do gerenciamento, e a aplicação localizada dos insumos.
Na primeira etapa o objetivo é identificar a variabilidade existente em campo dos
diversos fatores de produção (solo, pragas, ervas daninhas, etc.) e da própria produção
da cultura. Para isso, primeiramente deve ser feito o mapa de produtividade na
colheita. Isto é feito com equipamentos instalados nas colheitadeiras, que marcam cada
posição geográfica no campo através de sinais de satélite recebidos com o GPS. Além
disso informam, através de sensores de rendimento e umidade, a quantidade e
condições físicas dos grãos colhidos em cada trecho percorrido.
As informações recebidas são processadas por programas de computador, que fazem
os mapas com a quantidade produzida em cada trecho colhido. Os mapas de
produtividade permitem individualizar a produção da lavoura. Exemplo.: uma lavoura
de produção média é de 100 sc/ha poderá ter áreas que produzem 60 e outras 130
sc/ha. Com os mapas, estas áreas podem ser visualizadas.
A segunda etapa consiste em se processar esses dados (dos mapas de produtividade
da colheita) para avaliar e quantificar a variabilidade medida, tentar relacionar a
variabilidade da produção com a dos fatores de produção, propor estratégias de
gerenciamento agrícola que levem em conta esse cenário de variabilidade,
consolidados na forma de mapas de aplicação dos insumos.
Após as analises das amostras do solo coletado, das plantas daninhas o agricultor terá
mapas que traduzem a fertilidade da área, a ocupação das plantas daninhas e muitos
outros mapas como, umidade, pH, estrutura e drenagem do solo, densidade de plantas
e estagio de crescimento e área em metros quadrados e não em hectares como vem
sendo feito até agora.
O mapa de produtividade é interpretado para obter o diagnóstico correto
( concentração de nutrientes, umidade, ocorrência de doenças, etc...) da situação de
cada parte da lavoura (essa análise exige conhecimentos de agronomia).
Também é necessários fazer o mapa de fertilidade do solo, conseguido através da
coleta (registrada por GPS) e análise de uma ou mais amostras do solo. Este mapa
indica o teor da cada nutriente no solo em cada ponto da área cultivada, permitindo
identificar onde existe ausência ou excesso de nutrientes necessários ao
desenvolvimento das plantas.
Depois da análise e interpretação dos mapas de produtividade e fertilidade, além de
outras informações, confecciona-se os mapas para aplicação localizada dos insumos.
Estes mapas indicam qual insumo, quantidade, e posição exata para aplicação. A
grande vantagem é que ao invés de calcular, por uma média, o quanto a área a ser
cultivada necessita de sementes, calcário, adubo, herbicida e inseticida, o agricultor vai
poder aplicar apenas a quantidade necessária para cada diferente zona do terreno.
Todos estes dados são armazenados num cartão magnético, que será lido por
computadores instalados nos tratores e máquinas de aplicação localizada.
Na terceira etapa serão utilizadas máquinas agrícolas com a capacidade aplicar os
insumos em taxa variável ao longo do talhão, de forma automática, e levando em conta
a sua posição no campo. Estas máquinas contam com controladores de aplicação
inteligentes conectados ao GPS, que seguem as instruções estabelecidas nos mapas
confeccionados com a recomendação da aplicação detalhada para cada ponto do
terreno gerados na etapa anterior, e e informa à semeadora ou adubadora a quantidade
e momento exato em que ela deve despejar os insumos no solo. Por exemplo no caso
da semeadora quanto mais fértil for aquele trecho do terreno, menos sementes serão
lançadas e vice-versa. Diversas máquinas com essa capacidade já estão disponíveis no
mercado e estão em franca evolução tecnológica.Os insumos aplicados podem ser
sementes, pesticidas, fertilizantes, corretivos, defensivos e outros.
Resumindo o processo, um ciclo completo pode ser descrito assim:
1ª - colheita feita com máquina equipada com sensores e receptor GPS para
localização;
2ª - análise e confecção do mapa de produtividade;
3ª - análise de solo e outros fatores em busca das causas da variação de
produtividade;
4ª - geração do mapa de aplicação localizada de acordo com o resultado das análises
e aplicação de fertilizantes e micronutrientes em taxas variáveis;
5ª - plantio em taxas variáveis conforme o potencial produtivo de cada região
analisada em cada parte da área, conforme o mapa de aplicação;
6ª - mapeamento de invasoras, doenças, insetos, etc da lavoura;
7ª - aplicação localizada a taxas variáveis de produtos químicos, conforme a
intensidade de invasoras, insetos e doenças em cada ponto da lavoura;
8ª - nova colheita iniciando um novo ciclo da AP.
A cada novo ciclo, haverá mais informações sobre a lavoura, o que se tornará as
análises cada vez mais confiáveis, gerando um histórico da lavoura.
Referências Bibliográficas

http://www.agservice.com.br/ acesso em: 06/07/10.


http://www.unigeo.com.br/site/index.php acesso em; 06/07/10.
J. P. AMORIN, Tendências da agricultura de precisão no brasil. Congresso brasileiro
de agricultura de presição, Esalq/USP. SP. Junho de 2009.
http://www.webrural.com.br/webrural/artigos/tecnologia/ap/ap.htm. acesso em:
07/07/10.

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