Ayeska P. Barbosa
Guilherme Cardoso
Mariana Gabriela
Mariana Myriam
Localização
Os Estados Unidos da América estão localizados no centro da América do
Norte, entre Canadá e México. O país é banhado pelo oceano Atlântico, a leste; e
pelo oceano Pacífico, a oeste.
Possui um território de, aproximadamente, 9.372.614 km² e uma população
de 314,7 milhões (estimativa 2009). Portanto, possui densidade demográfica igual
a 31 hab./km². Apresenta um crescimento demográfico de 0,8% ao ano (1995 a
2000).
A moeda oficial do país é o dólar americano, uma das mais fortes do
mundo.
O idioma oficial é o inglês e o país é laico, ou seja, não possui religião
oficial.
O país apresenta clima temperado continental (L), subtropical (SE), de
montanha (centro e Montanhas Rochosas), árido tropical (SO), mediterrâneo
(costa O), árido frio (NO); e está a -2horas em relação à Brasília.
As principais cidades são: Nova Iorque, Los Angeles; Chicago, Houston,
Filadélfia, Washington DC (capital), São Francisco, Miami, Detroit, San Diego,
Boston, Orlando, Dallas, Atlanta e New Orleans.
- > Desenvolvimento:
O primeiro processo de industrialização fora da Europa ocorreu nas
colônias britânicas que se tornaram os Estados Unidos. Quando ainda era colônia,
iniciou-se uma significativa fixação de imigrantes britânicos no Norte território
norte-americano. Esses imigrantes, fugindo de perseguições políticas e religiosas
ou das más condições de vida vigentes na Europa, foram para a faixa litorânea,
num trecho conhecido como Nova Inglaterra.
Desenvolviam uma agricultura diversificada (policultura) em pequenas
propriedades nas quais predominava o trabalho familiar.
Essas pequenas propriedades camponesas estavam voltadas para o
abastecimento de um mercado em expansão, inclusive para as cidades que
estavam surgindo e crescendo num ritmo muito rápido. Nessas cidades, muitas
delas portuárias, teve início uma atividade manufatureira, pois vários imigrantes
que eram artesãos no Reino Unido trouxeram consigo suas habilidades e
ferramentas. Gradativamente, foi se estruturando um mercado interno, com o
predomínio do trabalhado familiar livre, no campo, e do trabalho assalariado, nas
cidades. Isso criou as condições para a crescente expansão das manufaturas, das
casas de comércio e dos bancos. Ao mesmo tempo, as colônias do Norte
realizavam um comércio externo com as colônias do Sul, com a África e com as
Antilhas.
Nas colônias do Norte, encontrou-se uma colonização de povoamento.
Enquanto isso, nas colônias do Sul, imperava a colonização de exploração,
estrutura em uma sociedade rigidamente estratificada, que se apoiava na
exploração do trabalho escravo. A economia sulista era baseada nas plantations,
monoculturas especializadas que cultivavam principalmente o algodão, com a base
no trabalho escravo de negros africanos. Praticamente toda a produção era
destinada à exportação para o Reino Unido. A riqueza estava fortemente
concentrada nas mãos dos fazendeiros escravagistas e, dessa maneira, o
mercado interno prosperava muito lentamente, os capitais se concentravam nas
mãos da nascente burguesia industrial e comercial local. A burguesia nortista
tendia cada vez mais a desenvolver interesses próprios que, com o tempo,
passaram a se chocar com os interesses britânicos. O resultado disso é
conhecido: a independência de 1776, que fez dos Estados Unidos o primeiro país
livre da América.
A história encarregou-se de lançar as primeiras sementes que, com o
tempo, possibilitaram o florescimento da industrialização no Nordeste dos Estados
Unidos. A fixação da população permitiu a concentração de mão-de-obra e o
surgimento de um mercado consumidor interno. Com o passar do tempo houve um
acúmulo de capitais e o desenvolvimento de um sentimento separatista. É aqui
que se torna fundamental falar de um importante fator que colaborou ativamente
nesse processo.
A presença de imigrantes seguidores de religiões protestantes, como os
puritanos e presbiterianos, era maciça da mesma forma que a burguesia
emergente. Essas religiões favoreciam o desenvolvimento capitalista, à medida
que não condenavam normalmente a riqueza, não criavam empecilhos para o
enriquecimento pessoal, para a acumulação de capitais. Ao contrário, acreditavam
que a riqueza era bem-vinda porque era fruto do trabalho, de uma vida austera.
Assim, enriqueceria quem trabalhasse pesado, quem levasse uma vida frugal,
quem poupasse; logo, ficaria rico quem se afastasse do pecado, aproximando-se,
como conseqüência, de Deus, da salvação.
O nordeste dos Estados Unidos também dispunha de grandes jazidas de
carvão nas bacias sedimentares próximas aos Apalaches, nos estados da
Pensilvânia e de Ohio, e de grandes jazidas de minérios de ferro nos escudos
próximos ao lago Superior, nos estados de Minnesota e de Wisconsis; outro fator
que realizou grande influência no processo de industrialização norte-americano.
Os Grandes Lagos favoreceram imensamente os transportes e,
gradativamente, todos foram interligados através de obras de engenharia, como
canais artificiais. Interligam-se com o oceano pelo rio São Lourenço, que
desemboca no Atlântico, já no Canadá, e pelo rio Hudson, que é interligado ao
lago Erie por meio de um canal artificial construído no século passado. O rio
Hudson desemboca no Atlântico, onde se localiza o porto de Nova Iorque. Aliás,
esse é um dos motivos fundamentais por que esse se tornou principal porto dos
Estados unidos e, com o tempo, também a cidade, o seu principal centro
financeiro, comercial e cultural. Há muito tempo Nova Iorque polariza a interligação
entre o Atlântico e a região dos Grandes Lagos, no interior.
Os desníveis existentes entre os rios e lagos da região, com o passar do
tempo ajudaram o desenvolvimento. Com os avanços tecnológicos, grandes
barragens foram construídas para a produção de energia elétrica. Ao lado das
turbinas geradoras de energia, foram construídos sistemas de transposição desses
desníveis conhecidos como eclusas. Todas essas obras, além de ampliar
significativamente a rede de hidrovias, possibilitaram a geração de energia,
fundamental para a expansão do parque industrial já em fins do século XIX, época
em que ocorria a Segunda Revolução Industrial.
Após a independência, as diferenças econômicas, sociais e culturais entre a
sociedade nortista, nascida das colônias de povoamento, e a sociedade sulista,
oriunda das colônias de exploração, vão aflorar, arrastando-se até a Segunda
metade do século XIX, quando redundando em um conflito armado. Os estados
escravistas do sul, ou melhor, suas elites aristocráticas em franca decadência
política e econômica, tentando manter o poder e, ao mesmo tempo, a escravidão,
criaram os Estados Confederados da América. Declararam a secessão, ou seja,
sua separação de federação norte-americana, dominada pela burguesia
industrial e comercial nortista. Essa atitude resultou na Guerra de Secessão ou
Guerra Civil Americana, que se estendeu de 1861 a 1865.
A grande expansão da industrialização norte-americana ocorreu após o final
da Guerra de Secessão. A vitória da burguesia nortista trouxe como resultado
geopolítico mais importante a manutenção da unidade territorial do país, que já
estendia do Atlântico ao Pacífico. Interessada em aumentar o mercado consumidor
para os bens produzidos em escalas cada vez maiores por sua indústria, a
burguesia do Norte passou a estimular a imigração. Em 1862, foi
elaborada a lei Lincoln ou Homestead Act. Segundo essa lei, as famílias que
migrassem para o Oeste receberiam 65 hectares de terra para se fixarem e, caso
permanecessem cultivando-os por pelo menos cinco anos, teriam a sua posse
definitiva. Essa lei provocou um verdadeiro “boom” na imigração, garantindo uma
rápida ocupação das terras do Oeste, principalmente nos férteis solos das
planícies.
A imigração, ao mesmo tempo em que garantiu a ocupação de novos
territórios
conquistados aos índios e aos mexicanos (à custa de um grande genocídio),
possibilitou uma enorme expansão do mercado interno. Outra medida nesse
âmbito foi a decretação, em 1863, do fim da escravidão. A relação escravista de
trabalho estava condenada à extinção, por ser incompatível com a expansão do
mercado: pelo fato de não Ter renda, o escravo não consumia. A partir de então,
foi se disseminando nos Estados Unidos a mais tipicamente capitalista das
relações de trabalho: o trabalho assalariado. Assim, gradativamente, foi-se
estruturando pela primeira vez na história uma ampla sociedade de consumo, que
iria se consolidar. Isso foi possibilitado pelo desenvolvimento de produtos novos:
exemplos, máquina de escrever (1867), arame farpado (1874), telefone (1876),
fonógrafo (1877), a luz elétrica (1879), e os automóveis a gasolina (1885). Destes,
o automóvel teve o maior impacto sobre a economia da nação. No início de 1900,
Ransom Eli Olds e Henry Ford começaram a transformar os carros de produção
em massa. Os preços dos automóveis caíram e as vendas dispararam. O número
de automóveis de propriedade de norte-americanos saltou de 8.000 em 1900 para
quase 3,5 milhões em 1916.
Os recursos naturais ricos e variados América tiveram um papel
fundamental no surgimento de grandes negócios. O abastecimento abundante de
água ajudou o potencial das máquinas industriais. O grande número de florestas
influenciou no aparecimento e aumento de produtos de madeira para construção
civil. Os mineiros exploraram grandes quantidades de carvão e minério de ferro do
solo, que foi usado para construir máquinas, trilhos, pontes, automóveis e arranha-
céus. Outros minerais industrialmente valiosos incluídos foram o cobre, prata e
petróleo. Petróleo - a matéria-prima da gasolina - tornou-se particularmente
importante depois que o automóvel entrou em uso generalizado no início de 1900.
A população cresceu consideravelmente. Mais de 25 milhões de imigrantes
entraram nos Estados Unidos entre 1870 e 1916. O crescimento da população
ajudou no “boom” econômico de duas maneiras: aumentou o número de
consumidores e, assim, ampliou o mercado para os produtos e aumentou a mão-
de-obra economicamente ativa.
O sistema ferroviário americano tornou-se uma rede de transportes
nacional. O sistema construído nos Estados Unidos interligava o território por via
férrea de costa a costa.
As novas ferrovias estimularam o crescimento econômico industrial. As
empresas de mineração usaram o unificado sistema de transporte para enviar as
matérias-primas para as fábricas em longas distâncias rapidamente. Fabricantes
distribuíram seus produtos por via ferroviária para pontos em todo o país.
O desenvolvimento dos meios de comunicação contribuiu significativamente para o
crescimento econômico e, consequentemente para o processo de industrialização.
O governo fez pouco para regular as empresas. Sem restrições, executivos
de empresas nos Estados Unidos, lutaram para acabar com a concorrência e
ganhar o controle completo de suas indústrias. Eles formaram monopólios, que -
para a maior parte - é ilegal, hoje. Alguns proprietários de empresas do mesmo
setor se fundiram a fim de reduzir ou eliminar a concorrência. Os monopólios
surtiram grandes efeitos “favoráveis” sobre a economia. Eles ajudaram a tornar
possível o surgimento de grandes corporações que contribuíram para o
crescimento econômico. Os monopólios também permitiram que as empresas
evitassem oscilações bruscas de preço e produção e, assim, mantinham as
vendas estáveis. A partir dessas grandes corporações, que detêm o monopólio,
surgiram as multinacionais e transnacionais, originárias principalmente dos
Estados Unidos, que detêm grande parte do capital mundial circulante atualmente
e exercem grande influência econômica sobre todo o mundo, em especial os
países “subdesenvolvidos”.
Considerações finais
Desde sua independência, os EUA foram alargando cada vez mais as suas
terras, a partir das treze colônias. Algumas dessas terras foram conquistadas
depois da conquista em guerras, como o território que se estende dos Apalaches
até o Mississipi. Vários outros territórios foram anexados através de outras guerras
e compras, como o estado da Flórida que foi comprado da França em 1819 e o
Alasca, comprado da Rússia.
Uma combinação de fatores de resolução política, social, econômica e
cultural ilustra o desenvolvimento dos Estados Unidos, reunido primeiramente na
região nordeste do país. A supremacia política e econômica do exemplo de
sociedade originado das colônias de povoamento, a superioridade dos burgueses
nortista após a Guerra de Secessão, leis que beneficiaram a entrada de
imigrantes, que fizeram parte de uma grande reserva de mão-de-obra e um vasto
comércio, a abissal disponibilidade de minérios e combustíveis não renováveis, a
facilidade de saída da produção pelos Grandes Lagos, conectados com o mar
através de rios e outros fatores.
O caso de o norte das treze colônias ter surgido sem “valor” para o
Inglaterra fez com que essa metrópole desempenhasse uma influência pouco
rigorosa sobre a região, em comparação ao que exercia em suas demais colônias,
como a Índia ou as do continente africano e do Caribe, muito mais importantes no
aspecto econômico. Isso aconteceu porque o norte das treze colônias não possuía
muita coisa preciosa a proporcionar aos colonizadores: não tinha clima tropical
para a iniciação de plantations, metais valiosos, nem era estratégico do ponto de
vista militar, assim, o controle foi flexível. Isso foi de extrema importância para os
Estados Unidos, pois criou as condições para a separação e, logo após, para a
industrialização dessa região, que veio a tornar-se a mais importante no país.
A vitória nortista na Guerra de Secessão determinou a hegemonia da classe
burguesa urbano-industrial sobre a aristocracia rural-agrária do sul, vindo a impor
seu padrão de sociedade e suas vontades ao resto do Estado. Então, a burguesia
começou a “dominar” os EUA e, preocupada em aumentar o mercado consumidor
para seus produtos, aboliu a escravidão, criou uma política de doação de terras no
Oeste e de modernização do campo. Assim, essas medidas promoveram a
industrialização do país.
As maiores e principais concentrações de indústrias estão localizadas no
nordeste do país, desde o litoral até o sul dos Grandes Lagos, porque essa região
amontoou os fatores mais importantes para o começo da industrialização
mantendo até a atualidade esta supremacia.
Os custos gerais de produção cresceram de forma desordenada pela
formação das megalópoles no nordeste do país e para que ocorresse uma queda
dos preços foi necessária uma descentralização no período pós-guerra,
beneficiando mais o Sul e o Oeste.
Próximo aos grandes centros e conseqüentemente às universidades e
centros de pesquisa, concentram-se as indústrias de alta tecnologia, como a
exemplo o sul de São Francisco.
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