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Alberto B.

Sousa
Educação pela arte e artes na educação
1º Volume: Bases psicopedagógicas
Colecção: Horizontes pedagógicos

Capitulo 1- artes e educação

Platão: artes espirituais e transcendentes

Muitos dos princípios básicos que orientam a educação de hoje, já eram,


surpreendentemente, referidos há cerca de 2300 anos, por Platão (427-346 a.c). a ideia de que
a educação não é algo que se aprende, absorvendo-a do exterior, mas algo que é intrínseco à
própria pessoa, uma capacidade interna e inata que é necessário ajudar a desenvolver, num
sentido moral de evolução espiritual, é bem expressão por Platão, na sua Republica (Liv. VII):

“ Cada um possui a faculdade de apreender e o órgão destinado a esse uso, semelhante a olhos que só
poderiam voltar-se com toda a alma para o que há de mais luminoso no ser, aquilo a que chamamos o
bem.
A educação é a arte que se propõem este objectivo. Não em dar vista ao órgão, que já a tem, mas
encaminhá-la na boa direcção.”

A ideia de que a educação infantil é da maior importância, constituindo o alicerce de toda a


informação e de toda a vida da pessoa, devendo-lhe por isso ser dispensados os maiores
cuidados, dado que quaisquer irresponsabilidades educacionais neste nível se podem
facilmente traduzir em problemas psicológicos irreversíveis está presente em Platão, que a
este propósito refere explicitamente que “a primeira educação será dada na infância durante o
período intermédio que vai do nascimento à educação propriamente dita – tarefa que parece ser a
mais difícil de todas” (in República, Liv. V).

Acerca da Arte, Platão concebia-a como algo inatingível e infinitamente superior ao homem
algo luminoso que é o reflexo do homem tende e através da qual se aproxima da sua via
espiritual, que é motivada pela contemplação de obras que despertam esse sentimento
espiritual que é o Belo.
Aristóteles segue esta mesma concepção mas considerando a arte como imanente, própria do
homem e não dos deuses, possuindo uma dimensão psicológica. Para ele também não há uma
beleza das formas físicas, mas uma beleza de natureza emocional, que essas formas físicas
despertam na pessoa que as contempla. Durante muitos séculos, parece terem-se esquecido
estas posições espirituais e psicológicas da arte, para se concentrarem as atenções sobre as
obras de arte em si, nas suas produções reais (obras musicais, bailados, peças teatrais
arquitectura, esculturas, pintura, etc.), procurando-se nelas uma beleza das suas formas e não
beleza espiritual ou psíquica. A arte moderna porém, com as suas criações antibelas, deitaram
abaixo todos estes conceitos materialistas de beleza, deixando completamente desorientados
os críticos e os teóricos de estética das formas dos objectos.
Apenas a psicologia de até, sobretudo com Vigotsky (1970) é que parece chamado a atenção
para o significado psicológico da arte ao conceber as obras de arte apenas como estímulos
desencadeadores de alteração afectivo – emocionais – sentimentais sucedidas no interior de
“psique” (alma) da pessoa que as contempla ou quem as crias: o melhor caminho para esta
ascensão moral – espiritual - estética, é segundo Platão, a arte, ou seja, exactamente o reflexo
daquela luminosidade espiritual que advêm da substancia divina (ao homem enquanto espírito
encarnado, só é possível ver o reflexo – arte – e não a própria luz, que o ___________).
“Uma educação é a única que dá harmonia ao corpo e enobrece a alma… devemos fazer educação
com base na arte logo desde muito cedo, porque ele pode operar na infância durante o sono da razão.
Enquanto a razão, a arte terá preparado o caminho para ela. Então ela será bem-vinda, como um
amigo cujas feições essenciais tem sido há muito familiares” (in “Fedro”).

“ A educação artística porque tem no mais alto grau o poder de penetrar na alma e toca-la
fortemente, levando consigo a graça e cotejando-a quando se foi bem educando …
Louva-as coisas belas, recebe-as alegremente na alma, para fazer delas o seu alimento e torna-se
assim nobre e bom; censura pelo contrário, justamente, as coisas feias, odeia-as logo na infância,
antes de estar na posse e na razão e quando adquirem esta, acolhe-a com ternura e reconhece-a
como um parente, tanto melhor quanto mais tiver sido preparado para isso pela educação.
A arte e a educação, ambas tendem para o amor ao belo (espiritual) ” (in “ A Republica” Liv.III).

SCHILLER: arte e jogo

Medico, historiador, poeta, dramaturgo, publicista e filósofo, Chiristopn Fredrich Schiller, teve
ainda oportunidade de se debruçar sobre uma reflexão pedagógica acerca da importância da
arte na educação. Nas suas “cartas sobre a educação estética”, escritos entre 1789 e 1793, ele
refere, pela primeira vez a importância de uma educação estética na formação do homem e
sugere a actividade lúdica como forma metodológica.
Concebendo a formação estética de forma evolutiva, embora não sistematize as etapas dessa
evolução, Schiller refere que so por esta via poderá haver um enobrecimento humano, que se
sobreponha à “luta das forças elementares” e às concepções utilitárias e mercantilistas da
arte, de modo a que a “necessidade dos espíritos” se liberte do jugo e da “precocidade da
matéria”.
A sua concepção de estética, relaciona-se, portanto também com a elevação espiritual,
embora quando procede ao estudo da arte não se aborde por esta perspectiva nem pela
contemplação, para se posicionar na perspectiva do artista que é o criador da obra de arte.
A obra de arte em si ou sua contemplação, não proporciona quaisquer resultados directos em
termos educacionais, sejam eles intelectuais ou morais. Através da criação da obra de arte,
porem o homem pode auferir da possibilidade de evoluir estética e moralmente, evoluindo,
portanto, espiritualmente.
Para Schiller o belo é a vida, própria vida, toda a forma viva. Por meio da beleza e sobretudo
por meio da criação da beleza, o homem é conduzido na sua elevação espiritual.

“através da beleza, o homem sensível vê-se conduzido

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