Anda di halaman 1dari 75

Instrumentação

Eduardo Costa da Motta


• Introdução

– Para que se tenha uma visão abrangente do que hoje se denomina genericamente
como Instrumentação, é necessário verificar a evolução histórica e tecnológica dos
experimentos científicos e dos processos industriais.

• Instrumentar um experimento ⇒ era entendido como colocar diversos instrumentos


capazes de indicar, medir ou registrar o comportamento das grandezas físicas de
interesse (temperatura, força, deslocamento, velocidade, aceleração, etc.).

• Revolução Industrial ⇒ passou a exigir o controle de determinadas grandezas físicas


envolvidas no processo de produção. (Medição e Controle)

• Advento da Informática ⇒ altera completamente o conceito e a abrangência da


Instrumentação. (Controle e Simulação - partes integrantes dos sistemas de
Instrumentação)

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 2


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Instrumentação

– Instrumentação
• É a ciência que estuda técnicas e métodos para a observação e o controle de
grandezas físicas de um sistema termodinâmico.

• Área do conhecimento que adentra tanto ao processo quanto aos dispositivos


e métodos oferecidos hoje pela eletrônica e pela informática.

• É multidisciplinar, envolvendo conhecimentos de:


– materiais,
– mecânica,
– termodinâmica,
– química,
– física,
– eletrônica,
– matemática
09/7/2007 – e informática. Eduardo Costa da Motta 3
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Instrumentação

– Sistema termodinâmico
• É uma porção de matéria limitada por uma superfície imaginária (superfície
termodinâmica), que é o contorno por nós escolhido para conter e delimitar o
objeto em estudo.

– Exemplos:
a) um ser vivo;
b) uma usina siderúrgica;
c) um navio;
d) um motor;
e) as partes de um motor.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 4


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Instrumentação

– Variáveis termodinâmicas
• São grandezas físicas (primárias ou derivadas) escolhidas para descrever,
monitorar ou controlar o estado de um sistema e seu comportamento.

• Para a escolha adequada dessas variáveis é fundamental:


– bons conhecimentos do processo ou sistema termodinâmico a ser estudado;
– profundos conhecimentos do sistema de medição, bem como dos procedimentos
que deverá adotar para realizar o controle do mesmo.

– Processo
• É todo um complexo de operações que se realizam ou processam dentro de
um sistema termodinâmico e que concorrem para a produção de um bem.
– pode ser dividido em diversas fases e identificadas aquelas em que a necessidade
de monitoração e controle seja mais necessária.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 5


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Instrumentação

– Sistema de medição
• É o conjunto de transdutores sensores e de todos os instrumentos
necessários para medir, processar, apresentar, analisar ou controlar as
grandezas físicas escolhidas no sistema medido.

– Instrumentação eletroeletrônica
• Torna possível o registro, a indicação e mesmo a digitalização dos sinais
provenientes de dispositivos transdutores específicos que convertem uma
grandeza em uma variável elétrica (tensão ou corrente).

• Permite que se monitore e controle praticamente todos os processos


industriais ou qualquer sistema termodinâmico.
– facilidade de tratamento matemático dos sinais elétricos
– possibilidade de transporte da informações através de técnicas adequadas

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 6


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Classificação de Sistemas Instrumentados

– Em geral, a Instrumentação pode ser classificada em três diferentes


segmentos:

• Monitoração de processos

• Controle de processos

• Análise experimental

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 7


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Monitoração de Processos

– Monitorar
• significa sensorear, avaliar e registrar, sob forma gráfica, visual ou mesmo
digital, uma ou mais variáveis de um processo.

– Exemplos típicos de intrumentos usados em monitoração:


a) termômetros;
b) anemômetros;
c) barômetros;
d) medidores de gás;
e) medidores de água;
f) medidores de energia elétrica.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 8


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Monitoração de Processos

– Diagrama em blocos

Variável “1”
Sensor “1” Indicador
PROCESSO ou
Registrador
Sensor “n”
Variável “n”

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 9


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Controle de Processos

– Controlar
• significa sensorear, avaliar e modificar ou manter, uma ou mais variáveis
dentro de limites programados, de forma que o andamento do processo seja
perfeitamente conduzido a um ponto de operação desejado.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 10


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Controle de Processos

– Diagrama em blocos

Variável “1”
Sensor “1” Processador Indicador
PROCESSO ou ou
Sensor “n” Controlador Registrador
Variável “n”

Atuador

Parâmetros
de
controle

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 11


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Análise Experimental

– É a aplicação de métodos experimentais e teóricos para resolver


problemas que estão relacionados com a fronteira do conhecimento
atual, onde ainda não há teorias ou modelos completamente
desenvolvidos.

• Essas atividades são desenvolvidas em:


– centros de pesquisa,
– universidades e
– algumas indústrias.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 12


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Análise Experimental

– Diagrama em blocos

Indicador
EXPERIMENTO Sensor Processador ou
Registrador

Controlador
Sensor das Parâmetros
condições de
Atuador do Controle
experimento

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 13


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Transdutores

– Transdutor
• É um dispositivo que converte um estímulo (sinal de entrada) em uma
resposta (sinal de saída) proporcional, adequada à transferência de energia,
medição ou processamento da informação.

– Em geral, o sinal de saída é uma grandeza física de natureza diferente do sinal de


entrada.

– Qualquer dispositivo ou componente que se enquadre nessa definição pode ser


visto como um transdutor.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 14


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Transdutores

– Respresentação esquemática

E Transdutor R
S
Estímulo Resposta

• O que relaciona o "estímulo" a "resposta" é uma função matemática


(Função de Transferência), representada, simbolicamente, pela letra S.
R
R = S⋅ E ⇒ S =
E

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 15


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Transdutores

• A função de transferência S pode ser expressa:


– de modo analítico,
– de modo gráfico,
– ou por meio de tabela

Estímulo Resposta
0 0
10 1
20 2 R y=ax+b
30 3 Resposta
40 4 S
50 5
60 6
70 7
80 8 E
Estímulo

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 16


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Transdutores
– Exemplos

Nº Transdutor Entrada/Saída Relação Princípio de Operação


I Bateria SB EE = SB.EQ Eletroquímico
E EE
Q
II Alternador SA EE = SA .EM Eletromecânico
E EE
M
SR
III Resistor EE ET ET = SR .EE Efeito Joule

ST
IV Termômetro T L L = ST.T Dilatação Térmica
STP
(T1-T2) V
V Termopar V = STP.(T1-T2) Efeito Seebeck
SS
ε G ∆R/R
VI Extensômetro ∆R/R = SSG.ε Efeito Kelvin
SS
I F
VII Solenóide F= SS.I Eletromecânico
S
IP M θ

VIII Motor de passo θ = SM.IP Eletromecânico


09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 17
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Transdutores Conversores e Transdutores para Instrumentação

– Transdutores conversores
• Dispositivos para converter e transferir energia entre dois sistemas (I, II e III).

– Transdutores sensores
• Dispositivos para sensorear ou medir grandezas físicas (IV, V e VI).

– Transdutores atuadores
• Dispositivos para controlar variáveis que interferem num processo (III, VII e VIII).

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 18


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Transdutores Sensores

– Neste tipo de transdutor deseja-se:

• que sua interação com o processo não introduza perturbações (no sentido de extrair ou
introduzir energia no mesmo) que possam alterar as grandezas a serem medidas.

• que a conversão da informação seja feita de forma fiel, repetitiva e monotônica, com o
objetivo de se obter na saída do transdutor sinais sempre proporcionais ao valor da
grandeza física correspondente ao estímulo aplicado à entrada.

– Fiel ⇒ que respeite as relações de correspondência dos valores de estímulo e resposta dentro de
sua faixa de operação.
– Repetitiva ⇒ que haja concordância entre os resultados de medições sucessivas efetuadas sob
as mesmas condições de medição.
– Monotônica ⇒ que se repita continuamente de maneira invariável e uniforme.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 19


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Transdutores Sensores

– A parte do transdutor que interage diretamente com o sistema a ser


medido é chamada elemento sensor. Em geral, é o maior responsável
pela perturbação ou carregamento.

– Por mais perfeito que seja o transdutor e por mais cuidados com que se
realize uma medida, sempre o transdutor introduz alguma perturbação
no sistema a ser medido.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 20


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Classificação de Transdutores para Instrumentação

Simples
– Transdutor ou
Composto

Ativo
ou
Passivo
– Transdutor

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 21


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Classificação de Transdutores para Instrumentação

– Simples
• Possui apenas um estágio de transdução entre a entrada e a saída.

Trasdutor
E S R

• Exemplos:
a) Termopar;
b) Termistor;
c) Extensômetro de resistência elétrica

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 22


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Classificação de Transdutores para Instrumentação

– Composto
• Possui mais de um estágio de transdução entre a entrada e a saída.

SA SB SC
E R G O

R = SA ⋅ E
G = SB ⋅ R ⇒ G = SB ⋅ S A ⋅ E
• Exemplo: •
O = S C ⋅ G ⇒ O = S C ⋅ SB ⋅ S A ⋅ E
a) Célula de carga
O = S⋅ E
S = S A ⋅ SB ⋅ S C

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 23


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Classificação de Transdutores para Instrumentação

– Ativo
• Quando a sua resposta é gerada espontaneamente em função do próprio
estímulo.
Trasdutor
E S R

• Exemplos:
a) Termopar
b) Light Dependent Resistor (LDR)

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 24


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Classificação de Transdutores para Instrumentação

– Passivo
• Quando for necessário ser excitado por uma fonte de energia externa.

Trasdutor
E S R

Excitação

• Exemplos:
a) Célula de carga;
b) Linear Variable Differential Transformer (LVDT)

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 25


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Classificação de Transdutores para Instrumentação

– Exemplo 1
Régua

Haste

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 26


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Classificação de Transdutores para Instrumentação

– Exemplo 2
Núcleo
ferromagnético
v(t)

Haste

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 27


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Classificação de Transdutores para Instrumentação

– Exemplo 3

R R Strain gage
+
+ v(t) −
V

R R +∆R

Elemento mola
Ponte de Wheatstone

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 28


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Função de Transferência e Sensibilidade de um Transdutor

– A função de transferência de um transdutor é um operador S que,


aplicado a qualquer valor do estímulo, fornece o valor correspondente da
saída dentro de sua faixa de operação usual.

– A sensibilidade s de um transdutor para um dado valor de estímulo é o


valor numérico de sua função de transferência.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 29


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Função de Transferência e Sensibilidade de um Transdutor

– Exemplo:
• Representação gráfica de duas funções de transferências de transdutores
sensores de temperatura

R
ra 2V V
Resposta SA sa = = = 0,1
e a 20° C °C
2V
a
SB
1V
b rb 1V V
sb = = = 0,05
e b 20° C °C
20°C E
Estímulo

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 30


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Função de Transferência e Sensibilidade de um Transdutor

– De um modo geral, a função de transferência ou a sensibilidade depende:


• do valor de estímulo E,
• da excitação (se o transdutor é passivo) Exc,
• da natureza do transdutor ou dos princípios físicos de operação F,
• do projeto P e dos materiais usados na sua construção e
• de outros fatores D, incluindo perturbações diversas (temperatura, umidade,
posição, etc.)

– Toda informação necessária para caracterizar um transdutor está contida


em sua função de transferência
• S = f (E,Exc,F,P,D)

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 31


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Funções de Transferência de um Transdutor

– Função de Transferência Teórica

– Função de Transferência Real (Função de Transferência Medida, Curva


de Aferição ou Curva de Calibração)

– Função de Transferência Experimental

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 32


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Funções de Transferência de um Transdutor

– Função de Transferência Teórica

• Baseando-se em modelos físicos, que descrevem o funcionamento do


transdutor (ou algum estágio de transdução), muitas vezes, é possível colocar
esta função de transferência em forma de equação matemática ou conjunto
de equações matemáticas.

• Os modelos físicos sempre descrevem a natureza de forma aproximada, uma


vez que é impossível inter-relacionar todos os parâmetros físicos
responsáveis pelo funcionamento e pelo desempenho de um transdutor.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 33


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Funções de Transferência de um Transdutor

– Função de Transferência Real (Função de Transferência Medida, Curva


de Aferição ou Curva de Calibração)

• O levantamento da função de transferência de um transdutor, operando em


condições reais, é necessário para a sua utilização e estudo.

• São empregadas unidades padronizadas como estímulo e as respostas


fornecidas, anotadas em tabela, para serem apresentadas através de um
gráfico.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 34


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Funções de Transferência de um Transdutor

– Função de Transferência Experimental

• Muitas vezes, busca-se, escolhe-se ou ajusta-se uma função matemática que


melhor se adapta à função de transferência real.

• Normalmente, esta função matemática é escolhida de forma a ser adequada a


interpolação ou extrapolação dos resultados para posterior processamento de
sinais.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 35


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Funções de Transferência de um Transdutor

– Representação das três caracterizações numa mesma escala gráfica

R
Resposta

Função de Transferência Teórica


Função de Transferência Real
Função de Transferência Experimental
E
Estímulo

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 36


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Princípios Físicos de Operação de um Transdutor

– Efeitos Mecânicos

– Efeitos Elétricos

– Efeitos de Deslocamento e Deformações Mecânicas Relativas

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 37


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Princípios Físicos de Operação de um Transdutor

– Efeitos Mecânicos

• Parâmetros usados para extrair informações de um sistema mecânico:


– deslocamento mecânico e
– velocidade.

• Exemplos de dispositivos mecânicos sensores mais comuns:


a) molas ⇒ convertem força ou torque em deslocamento
b) diafragmas ⇒ convertem pressão em deslocamento
c) tubo de boudon ⇒ convertem pressão em deslocamento
d) bimetais ⇒ convertem “temperaturas” em deslocamento
e) sistemas massa-mola-amortecedor ⇒ medem acelerações, velocidades ou
deslocamentos

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 38


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Princípios Físicos de Operação de um Transdutor

– Efeitos Elétricos

• Transdutores elétricos (ou com saída elétrica) podem aceitar uma entre as
cinco seguintes “energias” (estímulos) na entrada:
– mecânica,
– térmica,
– massa,
– química e
– eletromagnética.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 39


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Princípios Físicos de Operação de um Transdutor

– Efeitos Elétricos

ρ
• Variação da Resistência R= ⋅l
A

A
C= ⋅e
d
• Variação da Capacitância


L= N
di
• Variação da Indutância
09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 40
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Princípios Físicos de Operação de um Transdutor

– Efeitos Elétricos

• Efeitos termoresistivos
• Efeitos mecanoresistivos
• Efeitos eletroresistivos
• Princípio de gerador elétrico
• Efeitos termoelétricos (Seebeck, Peltier e Thompson)
• Princípio do pirômetro de radiação
• Efeito piezelétrico
• ….

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 41


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Princípios Físicos de Operação de um Transdutor

– Efeitos de Deslocamento e Deformações Mecânicas Relativas

• Categoria que inclui todo deslocamento e mudanças dimensionais em


elementos ou dispositivos resultantes da aplicação de vários tipos de
grandezas mecânicas (pressão, torque, aceleração, velocidade, quantidade
de movimento e energia cinética).

• Alguns princípios que governam a operação de transdutores mecânicos:


– o deslocamento ou mudança na dimensão de um corpo como uma função da
temperatura,
– a mudança na pressão de um gás confinado ou de um vapor como uma função da
temperatura,
– princípio de Arquimedes,
– ….

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 42


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Métodos e Sistemas de Medição

– Métodos Fundamentais de Medição

• Medir é o ato de comparar quantitativamente um valor desconhecido de uma


grandeza com um padrão pré-definido de mesma natureza da grandeza que
se quer mensurar.

• Padrão
– medida materializada, instrumento de medição, material de referência ou sistema de
medição destinado a definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou
mais valores de uma grandeza para servir como referência. (Vocabulário
Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia – VIM)
» Exemplos:
a) massa padrão de 1 kg;
b) resistor padrão de 100 Ω;
c) amperímetro padrão;
d) padrão de freqüência de césio;
e) solução de referência de cortisol no soro humano, tendo uma concentração certificada.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 43


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Métodos e Sistemas de Medição

– Métodos Fundamentais de Medição

• Padrão primário
– Padrão que é designado ou amplamente reconhecido como tendo as mais altas
qualidades metrológicas e cujo valor é aceito sem referência a outros padrões de
mesma grandeza. (VIM)

• Padrão secundário
– Padrão cujo valor é estabelecido por comparação a um padrão primário da mesma
grandeza. (VIM)

• Padrão de referência
– Padrão, geralmente tendo a mais alta qualidade metrológica disponível em um dado
local ou em uma dada organização, a partir do qual as medições lá executadas são
derivadas. (VIM)
09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 44
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Métodos e Sistemas de Medição

– Métodos Fundamentais de Medição

• Padrão de trabalho
– Padrão utilizado rotineiramente para calibrar ou controlar medidas materializadas,
instrumentos de medição ou materiais de referência. (VIM)
» Observações:
1) é geralmente calibrado por comparação a um padrão de referência.
2) quando utilizado rotineiramente para assegurar que as medições estão sendo executadas corretamente é
chamado padrão de controle.

• Padrão de transferência
– Padrão utilizado como intermediário para comparar padrões. (VIM)

• Padrão itinerante
– Padrão, algumas vezes de construção especial, para ser transportado
entre locais diferentes. (VIM)
» Exemplo:
- Padrão de freqüência de césio, portátil, operado por bateria.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 45


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Métodos e Sistemas de Medição

– Existem dois métodos fundamentais de medição:

• comparação direta com um padrão primário ou secundário.


– Exemplo:

Balança mecânica

• comparação indireta com um padrão através de um sistema pré-calibrado.


– Exemplo:
Balança eletrônica

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 46


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Métodos e Sistemas de Medição

– Sistema de Medição

• A maioria dos sistemas de medição pode ser entendida a partir de um esquema


geral constituído de três estágios:

– transdutor ⇒ será sempre do tipo sensor, simples ou composto, ativo ou passivo.

– condicionador ⇒ recebe o sinal elétrico proveniente do transdutor e o condiciona,


apresentando um sinal adequado ao estágio indicador. Pode realizar:
» amplificação,
» eliminação de ruídos e
» operações matemáticas (integração, diferenciação, logaritmação, adição, subtração, divisão, etc.).

– indicador ⇒ apresenta o resultado da medida na forma visual. Exemplos:


» um indicador analógico do tipo voltímetro ou amperímetro;
» um registrador gráfico do tipo XT ou XY;
» um indicador digital em dígitos de sete segmentos.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 47


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Métodos e Sistemas de Medição

– Sistema de Medição (esquema geral de três estágios)

Trasdutor Condicionador
Indicador
Mensurando sensor de sinais

– Um sistema de medição nem sempre possui o condicionador. Às vezes,


a saída do sensor tem energia suficiente para dispensar esse estágio.
• Exemplo:
– termopares ⇒ a saída elétrica é capaz de acionar diretamente um milivoltímetro.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 48


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– A precisão de um instrumento de medição é a sua aptidão para dar


respostas próximas ao valor médio de várias medidas.

– Para um conjunto de medidas efetuadas com o sistema, tomando-se por


referência um determinado padrão, calcula-se a média aritmética e o
desvio padrão.

– A relação entre o desvio padrão e a média é definida como índice de


precisão ou, simplesmente, precisão da medida, expressada na forma
percentual.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 49


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– A exatidão de um instrumento de medição é a sua aptidão para dar


respostas próximas a um valor verdadeiro.

– Valores verdadeiros são, por natureza, indeterminados. Na prática, é


usado um valor verdadeiro convencional.

– A indicação de classe de exatidão é baseada num índice percentual


referido ao valor de fundo de escala, que traduz diretamente a incerteza
de qualquer medida efetuada com o instrumento na escala selecionada.
• Exemplo:
– Um voltímetro tem classe de exatidão de 1,5% FS (Full Scale – fundo de escala) na
escala de 0-300 Volts. Assim, uma incerteza de ± 4,5 V deverá ser atribuída a
qualquer leitura efetuada com este voltímetro nesta escala.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 50


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Precisão x Exatidão

Alvo 1 Alvo 2 Alvo 3

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 51


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Análise da Curva de Calibração

• A curva de calibração (ou curva de aferição) é obtida pela verificação da


resposta em função do estímulo aplicado à entrada. Esta curva é o registro
gráfico da função de transferência real do transdutor obtida sob determinadas
condições de ensaio.

• Essa curva pode ser traçada:


– a partir de um único conjunto ou bateria de medidas (um valor da resposta para
cada valor do estímulo) ou
– pela medida das respostas para diversas aplicações de cada estímulo.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 52


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Análise da Curva de Calibração

• Quando se realiza este último procedimento tem-se a idéia de repetibilidade


(ou repetitividade). Este parâmetro define a capacidade de um transdutor de
indicar respostas muito próximas para repetidas aplicações do mesmo
estímulo na sua entrada, sob as mesmas condições de ensaio.

• Ao realizar o ensaio de calibração, a linearidade pode ser facilmente aferida.


Define-se como linearidade a medida do desvio da curva de calibração em
relação a uma reta chamada reta de referência.

• A resolução define a capacidade com que o transdutor pode discernir,


quantitativamente, mínimas variações do sinal de entrada (estímulo) quando
se observa apenas o sinal de saída (resposta). É muitas vezes confundida
com a sensibilidade do transdutor.
09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 53
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Tipos de Calibração

• Calibração estática

• Calibração dinâmica

• Calibração automática

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 54


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática

• Faz-se o levantamento de, no mínimo, onze pontos da curva do dispositivo


entre seus limites de operação, procurando cobrir cada 10% do valor de fundo
de escala.

• A leitura de cada um dos onze valores do estímulo deve ser realizada com um
dispositivo de referência (padrão) cujas características (precisão, linearidade,
histerese, etc.) sejam perfeitamente conhecidas. Assim, é possível traçar uma
curva de calibração referida a um padrão secundário.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 55


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Caracterização de um transdutor, instrumento ou sistema de medição
– Faixa de operação
– Sensibilidade
– Resolução
– Erro
– Linearidade
– Conformidade
– Histerese
– Precisão ou repetibilidade
– Tolerância
– Confiabilidade

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 56


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Faixa de operação (Fundo de Escala)

Fundo de escala de
saída (FSs) R A amplitude da faixa de
operação (span) é a diferença,
em módulo, entre os dois
limites da faixa de operação.
Faixa de operação
(saída)

Faixa de operação Fundo de escala de


(entrada) entrada (FSe)

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 57


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Sensibilidade (Ganho)

– Função de transferência linear


» sensibilidade constante

– Função de transferência não linear


» a sensibilidade varia em função do valor das variáveis

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 58


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Resolução de entrada (threshold)
– Menor variação do mensurando para a qual o sistema de medição responderá (dxmín).

dx mín
Re solução de Entrada = ⋅ 100%
FSe

• Resolução de saída
– Maior salto da medida em resposta a uma variação infinitesimal do mensurando (dymáx).
dy máx
Re solução de Saída = ⋅ 100%
FSs

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 59


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Resolução

dymax

dxmin
R

E
09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 60
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Erro
– Diferença entre a medida e o valor ideal da medida (causado pela influência das
variáveis espúrias).
Variáveis Espúrias

Medida Real

Mensurando Função de Transferência Real + Erro


-

Medida Ideal

Função de Transferência Ideal

Instrumento Ideal
09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 61
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Erro

– Variáveis espúrias

» Variáveis Ambientais

- Armazenamento
- Transporte
- Manuseio
- Instalação
» Variáveis Operacionais

- Operação exposta à temperatura, aceleração,


09/7/2007 vibração, pressão, umidade,
Eduardo Costa da Motta corrosão, campos 62
ecmotta@cefetrs.tche.br
eletromagnéticos, radiação nuclear, atmosfera
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Linearidade
– Quantifica o quão linear é a função de transferência.
– Máximo desvio da função de transferência do instrumento de uma reta de referência.
– Aplica-se a sistemas de medição projetados para serem lineares.
– Na verdade expressa a não linearidade.
Diferença máxima

dif máx R
Linearidade = ± ⋅ 100%
FSs FSs

Reta de referência

E
09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 63
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Linearidade

– Linearidade teórica
» Reta unindo a saída teórica mínima e máxima

– Linearidade terminal
» Reta unindo os pontos de zero e fundo de escala de entrada e saída

– Linearidade independente
» Linha média entre linhas paralelas o mais próximas uma da outra englobando todos os
valores obtidos durante o procedimento de calibração

– Linearidade mínima quadrática


» Linha para a qual a soma dos quadrados das diferenças entre os valores lidos e a reta de
referência é mínima
09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 64
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Conformidade
– Quantifica o quão a função de transferência do instrumento se conforma à função de
transferência prevista teoricamente.
– Máximo desvio da função de transferência do instrumento em relação a uma curva
de referência.
– Aplica-se a sistemas de medição não lineares.

dif máx
Conformidade = ± ⋅ 100%
FSs

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 65


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Histerese
– Quantifica a máxima diferença entre leituras para um mesmo mensurando, quando
este é aplicado a partir de um incremento ou decremento do estímulo.

Hist máx
Histerese = ⋅ 100%
FSs Histerese máxima
R

E
09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 66
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Precisão ou Repetibilidade
– Quantifica a variação nas medidas fornecidas pelo instrumento em resposta ao
mesmo valor de mensurando, quando este é aplicado sob as mesmas condições e
na mesma direção.
– Quantifica os erros não sistemáticos ou a incerteza.
– Na verdade expressa a imprecisão ou incerteza.
∆ymáx
R
Δy máx
Precisão = ± ⋅ 100% X Curva média
FSs X
X
X
X
x

E
09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 67
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Exatidão
– Quantifica a concordância entre o valor da medida e o valor ideal da medida quando
o instrumento é estimulado com um padrão de comparação
– Quantifica erros sistemáticos e não sistemáticos (todos os erros).
– Estabelece o conceito de “Banda de Erro”.

Erro máx Erromáx


Extidão = ± ⋅ 100% R
FSs
X Curva ideal
X
X
X Banda de erro
X
x

E
09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 68
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Tolerância
– Quantifica as diferenças que existem em uma determinada característica de um
dispositivo do sistema de medição, de um dispositivo para outro (do mesmo tipo ou
dentro de uma linha de dispositivos), em função do processo de fabricação.

– Pode ser considerada como resultante de variáveis espúrias de fabricação.

– Deve entrar na composição do erro esperado para a medida, se for considerada a


substituição do dispositivo no instrumento sem efetuar procedimentos de calibração
e ajuste.

– Determinada pelo fabricante por amostragem na linha de produção dos dispositivos.

– Representada na forma de incerteza.


09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 69
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração estática
• Confiabilidade
– Procura quantificar o período de tempo em que o instrumento fica livre de falhas.
» Sobrecarga

- Valor em que o mensurando pode ultrapassar


“FSe” sem afetar permanentemente as
características do instrumento.

» Tempo de Vida

- Armazenagem
- Operação
- Ciclagem:
09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 70
número mínimo de excursões que podem ser
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração dinâmica

• Aplica-se ao dispositivo sob teste variações contínuas e descontínuas do


estímulo, registrando-se o sinal de saída correspondente.

• Deste modo, pode-se determinar a resposta dinâmica do dispositivo,


verificando-se, tal como define a teoria de sistemas de controle:
– o tempo de assentamento,
– a resposta em freqüência,
– o amortecimento,
– o atraso temporal da resposta,
– a velocidade de resposta e
– outros parâmetros.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 71


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração
T

• Resposta em freqüência

ω-3db ω

• Tempo de resposta
ts t

• Fator de amortecimento
t
09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 72
ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Calibração automática

• Através de sistemas controlados (analógicos ou digitais) é variado


programadamente o estímulo e registrada automaticamente a resposta.

• Tanto a calibração estática como a dinâmica podem ser realizados de


maneira automática.

• Com a utilização de sistemas computadorizados, interface, transdutores


atuadores e sensores adequados e software especialmente desenvolvido
para este fim, pode se realizar todos os ensaios necessários à calibração.

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 73


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Exercício
1 cm

10

9
8
-

7
Tensão (Volts)

6 ― Função de Transferência Teórica


5
● Função de Transferência Real
4

3
2
1 cm
1
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Temperatura (°C)

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 74


ecmotta@cefetrs.tche.br
• Medição e Calibração

– Solução

• Faixa de operação de entrada = 0 a 100 °C


• Amplitude da faixa de operação (span) de entrada = 100 °C
• Faixa de operação de saída = 0 a 10 V
• Amplitude da faixa de operação (span) de saída = 10 V
• Desvio de zero = 0,5 V
• Sensibilidade da função de transferência teórica = 0,1 V/°C
• Resolução de entrada e saída = não existe informações suficientes
• Histerese = não existe ⇒ caso a função de transferência real (curva de calibração)
apresentada seja a mesma para estímulos crescentes e decrescentes de temperatura
• Linearidade teórica = ± 15%
• Precisão = ± 15% ⇒ supondo que a curva média seja çoincidente com a teórica (muito
improvável, portanto talvez seja melhor informar que não há informações suficientes)
• Exatidão = ± 15% ⇒ pois esta é sempre vista em relação a curva ideal (Função teórica)

09/7/2007 Eduardo Costa da Motta 75


ecmotta@cefetrs.tche.br

Anda mungkin juga menyukai