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Álgebra Linear

Espaço Vetorial
Prof. Carlos Alexandre Mello
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Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello


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Espaços Vetoriais

• Definição: Um espaço vetorial real é um

conjunto V, não vazio, com duas operações:

soma, V X V → V, e multiplicação por escalar,

R X V → V, tais que, para quaisquer u, v, w ∈V

e a, b ∈ R, as seguintes propriedades sejam

satisfeitas:

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Espaços Vetoriais
• Propriedades:
ƒ i) (u + v) + w = u + (v + w)
ƒ ii) u + v = v + u
ƒ iii) existe 0 ∈ V tal que u + 0 = u
• 0 é o vetor nulo
ƒ iv) Existe –u ∈ V tal que u + (-u) = 0
ƒ v) a(u + v) = au + av, a escalar
ƒ vi) (a + b)v = av + bv, a, b escalares
ƒ vii) (ab)v = a(bv)
ƒ viii) 1.u = u

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Espaços Vetoriais
• Designamos por vetor um elemento do espaço
vetorial
• Exemplo: V = M(2, 2) é o conjunto de matrizes
2x2
ƒ V é um espaço vetorial
• Todas as propriedades anteriores são satisfeitas se a
adição é entendida como a adição de matrizes

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Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 1: (u + v) + w = u + (v + w)
⎛ ⎡u11 u12 ⎤ ⎡ v11 v12 ⎤ ⎞ ⎡ w11 w12 ⎤
(u + v ) + w = ⎜⎜ ⎢ ⎥ +⎢ ⎥ ⎟+⎢
⎟ ⎥ =
⎝ ⎣u21 u22 ⎦ ⎣v21 v22 ⎦ ⎠ ⎣ w21 w22 ⎦
⎡ (u11 + v11 ) (u12 + v12 )⎤ ⎡ w11 w12 ⎤
=⎢ ⎥ +⎢ ⎥ =
⎣(u21 + v21 ) (u22 + v22 )⎦ ⎣ w21 w22 ⎦
⎡ (u11 + v11 ) + w11 (u12 + v12 ) + w12 ⎤ ⎡ u11 + (v11 + w11 ) u12 + (v12 + w12 ) ⎤
=⎢ ⎥ =⎢ ⎥ =
⎣(u21 + v21 ) + w21 (u22 + v22 ) + w22 ⎦ ⎣u21 + (v21 + w21 ) u22 + (v22 + w22 )⎦
⎡u11 u12 ⎤ ⎡ (v11 + w11 ) (v12 + w12 )⎤
=⎢ ⎥ +⎢ ⎥ =
⎣u21 u22 ⎦ ⎣(v21 + w21 ) (v22 + w22 )⎦
⎡u11 u12 ⎤ ⎛ ⎡ v11 v12 ⎤ ⎡ w11 w12 ⎤ ⎞
=⎢ ⎥ ⎥ + ⎢ Barros de Mello⎥ ⎟⎟ = u + (v + w )
+ ⎜⎜ ⎢Prof. Carlos Alexandre
⎣u21 u22 ⎦ ⎝ ⎣v21 vcabm@cin.ufpe.br
22 ⎦ ⎣ w21 w22 ⎦ ⎠ 5
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova

Axioma 2: u + v = v + u

Operação vetorial genérica

⎡u11 u12 ⎤ ⎡v11 v12 ⎤ ⎡v11 v12 ⎤ ⎡u11 u12 ⎤


u+ v = ⎢ ⎥ +⎢ ⎥ =⎢ ⎥ +⎢ ⎥ = v +u
⎣u21 u22 ⎦ ⎣v21 v22 ⎦ ⎣v21 v22 ⎦ ⎣u21 u22 ⎦

Interpretação concreta

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Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 3: Existe um elemento 0 em V, chamado um vetor nulo
para V, tal que u + 0 = u para todo u em V.

⎡0 0 ⎤
Seja 0 ≡ ⎢ ⎥. Então,
⎣0 0 ⎦
⎡u11 u12 ⎤ ⎡0 0⎤ ⎡u11 u12 ⎤
∀ u ∈V , u + 0 = ⎢ ⎥ +⎢ ⎥ =⎢ ⎥ =u
⎣u21 u22 ⎦ ⎣0 0⎦ ⎣u21 u22 ⎦

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Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 4: Para todo u em V, há um objeto –u em V, chamado
um oposto ou negativo ou simétrico de u, tal que u + (-u) = 0

⎡ − u11 − u12 ⎤
Seja − u ≡ ⎢ ⎥. Então,
⎣− u21 − u22 ⎦
⎡u11 u12 ⎤ ⎛ ⎡ − u11 − u12 ⎤ ⎞
∀ u ∈ V , u + (− u ) = ⎢ ⎥ + ⎜⎜ ⎢ ⎥ ⎟=
⎣u21 u22 ⎦ ⎝ ⎣− u21 − u22 ⎦ ⎟⎠
⎡ u11 + (−u11 ) u12 + (−u12 ) ⎤ ⎡ u11 − u11 u12 − u12 ⎤ ⎡0 0⎤
⎢u + (−u ) u + (−u )⎥ = ⎢u − u ⎥ =⎢ ⎥ =0
⎣ 21 21 22 22 ⎦ ⎣ 21 21 u22 − u22 ⎦ ⎣0 0⎦

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Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 5: k (u + v) = k u + k v

⎛ ⎡u11 u12 ⎤ ⎡ v11 v12 ⎤ ⎞


k (u + v ) = k ⎜⎜ ⎢ ⎥ +⎢ ⎥ ⎟=

⎝⎣ u 21 u 22 ⎦ ⎣ v 21 v 22 ⎦⎠
⎡ u11 + v11 u12 + v12 ⎤ ⎡ k (u11 + v11 ) k (u12 + v12 )⎤
=k⎢ ⎥ =⎢ ⎥
u +
⎣ 21 21 v u 22 + v 22 ⎦ k (
⎣ 21 21
u + v ) k (u 22 + v )
22 ⎦

⎡ k u11 + k v11 k u12 + k v12 ⎤ ⎡ k u11 k u12 ⎤ ⎡ k v11 k v12 ⎤


=⎢ ⎥ =⎢ ⎥ +⎢ ⎥ = ku + kv
⎣k u21 + k v21 k u22 + k v22 ⎦ ⎣k u21 k u22 ⎦ ⎣k v21 k v22 ⎦

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Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 6: (k + l ) u = k u + l u

⎡u11 u12 ⎤
(k + l )u = (k + l ) ⎢ ⎥ =
⎣u21 u22 ⎦
⎡ (k + l )u11 (k + l )u12 ⎤ ⎡ k u11 + l u11 k u12 + l u12 ⎤
=⎢ ⎥ =⎢ ⎥ =
⎣(k + l )u21 (k + l )u22 ⎦ ⎣k u21 + l u21 k u22 + l u22 ⎦
⎡ k u11 k u12 ⎤ ⎡l u11 l u12 ⎤
=⎢ ⎥ +⎢ ⎥ = ku+lu
⎣k u21 k u22 ⎦ ⎣l u21 l u22 ⎦

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Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 7: k (l u) = (k l ) (u)

⎛ ⎡u11 u12 ⎤ ⎞
k (l u ) = k ⎜⎜ l ⎢ ⎥ ⎟=

⎝ ⎣u 21 u 22 ⎦ ⎠
⎡l u11 l u12 ⎤ ⎡ k l u11 k l u12 ⎤ ⎡ (k l )u11 (k l )u12 ⎤
=k⎢ ⎥ =⎢ ⎥ =⎢
⎣l u21 l u22 ⎦ ⎣k l u21 k l u22 ⎦ ⎣(k l )u21 (k l )u22 ⎥⎦
⎡u11 u12 ⎤
= (k l ) ⎢ ⎥ = (k l )u
⎣u21 u22 ⎦

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Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 8: 1u = u

⎡u11 u12 ⎤ ⎡1u11 1u12 ⎤ ⎡u11 u12 ⎤


1u = 1 ⎢ ⎥ =⎢ ⎥ =⎢ ⎥ =u
⎣u21 u22 ⎦ ⎣1u21 1u22 ⎦ ⎣u21 u22 ⎦

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Espaços Vetoriais
• Contra-Exemplo: Um conjunto que não é um
espaço vetorial:
ƒ Seja u = (u1, v1) e v = (u2, v2)
ƒ Seja V = R2 e adição e multiplicação definidas como:
• u + v = (u1 + u2, v1 + v2)
• k.u = (ku1, 0)
ƒ Nesse caso, o axioma 8 não vale, pois:
• 1u = 1(u1, u2) = (u1, 0) ≠ u
ƒ Logo V não é um espaço vetorial

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Subespaços Vetoriais
• Definição: Dado um espaço vetorial V, um
subconjunto W, não vazio, será um subespaço
vetorial de V se:
ƒ i) Para quaisquer u, v ∈ W, tivermos u + v ∈ W
ƒ ii) Para quaisquer a ∈ R, u ∈ W, tivermos au ∈ W

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Subespaços Vetoriais
• Observações:
ƒ 1) Ao operarmos em W (soma e multiplicação por
escalar) não obteremos um vetor fora de W
ƒ Isso é suficiente para afirmar que W é ele mesmo um
espaço vetorial, pois assim as operações ficam bem
definidas
ƒ Assim, não precisamos verificar novamente as
propriedades (i) a (viii) de espaço vetorial porque elas são
válidas em V, que contém W

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Subespaços Vetoriais
• Observações:
ƒ 2) Qualquer subespaço W de V precisa
necessariamente conter o vetor nulo (por causa da
condição (ii) da definição quando a = 0)
ƒ 3) Todo espaço vetorial admite, pelo menos, dois
subespaços (que são chamados de subespaços
triviais):
• O conjunto formado apenas pelo vetor nulo
• O próprio espaço vetorial

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Subespaços Vetoriais
• Exemplo 1: V = R3 e W ⊂ V, um plano
passando pela origem

Observe que, se W não passasse


W
pela origem, não seria um subespaço

Os únicos subespaços de R3 são a


origem, as retas e planos que passam
pela origem e o próprio R3

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Subespaços Vetoriais
• Exemplo 2: V = R5 e W = {(0,x2,x3,x4,x5); xi∈R}
ƒ Isso é, W é o conjunto de vetores de R5 com a
primeira coordenada nula
ƒ Vamos verificar as condições (i) e (ii):
ƒ (i):u = (0, x2, x3, x4, x5), v = (0, y2, y3, y4, y5) ∈ W
Então: u+v=(0, x2+y2, x3+y3, x4+y4, x5+y5) ∈ W
ƒ (ii) ku = (0, kx2, kx3, kx4, kx5) ∈ W
ƒ Portanto, W é subespaço vetorial de R5.

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Subespaços Vetoriais
• Teorema: Interseção de subespaços
ƒ Dados W1 e W2 subespaços de um espaço vetorial
V, a interseção W1 ∩ W2 ainda é um subespaço de
V
• Observe que W1 ∩ W2 nunca é vazio já que eles sempre
contêm, pelo menos, o vetor nulo

• Exemplo 1: V = R3, W1 ∩ W2 é a reta de


interseção dos planos W1 e W2
W2

W1

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Subespaços Vetoriais
• Embora a interseção gere um subespaço
vetorial, isso necessariamente não acontece
com a união
• Teorema: Soma de subespaços
ƒ Sejam W1 e W2 subespaços de um espaço vetorial
V. Então o conjunto
• W1 + W2 = {v∈V; v=w1 + w2, w1∈W1, w2∈W2}
ƒ é subespaço de V
• Exemplo 1: Se W1 e W2 são duas retas, W =
W1+W2 é o plano que contém as retas

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Subespaços Vetoriais

• Quando W1 ∩ W2 = {0}, então W1 + W2 é

chamado soma direta de W1 com W2,

denotado por W1 ⊕ W2

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Combinação Linear
• Sejam V um espaço vetorial real, v1, v2, ..., vn
∈V e a1, a2, ...,an números reais
• Então o vetor
ƒ v = a1v1 + a2v2 + .... anvn
• é um elemento de V ao qual chamamos de
combinação linear de v1, v2, ..., vn
ƒ Uma vez fixados vetores v1, v2, ..., vn em V, o
conjunto W de todos os vetores de V que são
combinação linear desse é um subespaço vetorial
• W é chamado de subespaço gerado por v1, v2, ..., vn
• W = [v1, v2, ..., vn]

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Combinação Linear
• Exemplo 1:V = R2, v1 = (1, 0), v2 = (0, 1)
ƒ Logo, V = [v1, v2], pois dados v = (x, y)∈V, temos (x,
y) = x(1, 0) + y(0, 1)
• Ou seja, v = x.v1 + y.v2
• Exemplo 2:

v1 =
1 0 v2 =
0 1
0 0 0 0

Então [v1, v2] = a b : a, b ∈ R


0 0
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Dependência e Independência Linear
• Definição: Sejam V um espaço vetorial e v1, v2,
..., vn ∈V. Dizemos que o conjunto {v1,v2, ...,vn} é
linearmente independente (LI), ou que o vetores
v1, v2, ..., vn são LI se a equação:
ƒ a1v1 + a2v2 + ... + anvn = 0
implica que a1 = a2 = .... = an = 0
ƒ {v1,v2, ...,vn} é LD se, e somente se, um destes
vetores for combinação linear dos outros.
• Se algum ai ≠ 0, dizemos que {v1,v2, ...,vn} é
linearmente dependente (LD) ou que os vetores
v1,v2, ...,vn são LD
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Dependência e Independência Linear
• Exemplo 1: V = R2, e1 = (1, 0) e e2 = (0, 1)
• e1 e e2 são LI, pois
ƒ a1.e1 + a2.e2 = 0
ƒ a1.(1, 0) + a2.(0, 1) = 0
ƒ (a1, a2) = (0, 0)
ƒ a1 = 0 e a2 = 0
• Exemplo 2: De modo análogo, para V =R3, e1
= (1, 0, 0), e2 = (0, 1, 0) e e3 = (0, 0, 1) são LI
• Exemplo 3: V = R2
ƒ {(1, -1), (1, 0), (1, 1)} é LD pois:
ƒ ½.(1, -1) -1.(1, 0) + ½.(1, 1) = (0, 0)

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Base de um Espaço Vetorial

• Definição: Um conjunto {v1,v2, ...,vn} de

vetores de V será uma base de V se:

ƒ i) {v1,v2, ...,vn} é LI

ƒ ii) [v1,v2, ...,vn] é V

Esse conjunto gera todos os vetores de V.

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Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 1: V = R2, e1=(1,0) e e2=(0,1)
• {e1, e2} é base de V, conhecida como base
canônica de R2
• O conjunto {(1,1),(0,1)} também é uma base de
V = R2
¾ De fato, se (0,0) = a(1,1) + b(0,1) = (a, a + b), então
a=b=0
• Assim, {(1, 1), (0, 1)} é LI
¾ Ainda [(1, 1), (0, 1)] = V pois dado v = (x, y) ∈ V,
temos: (x, y) = x(1, 1) + (y – x)(0, 1)
¾ Ou seja, todo vetor de R2 é uma combinação linear
dos vetores (1,1) e (0,1)
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Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 2: {(0,1), (0,2)} não é base de R2,
pois é um conjunto LD
¾ Se (0,0) = a(0,1) + b(0,2), então a = -2b e a e b não
são zero necessariamente
• Exemplo 3: {(1,0,0), (0,1,0), (0,0,1)} é uma
base de R3
¾ Base canônica de R3
¾ i) {e1, e2, e3} é LI
¾ ii) (x, y, z) = x.e1 + y.e2 + z.e3
• Exemplo 4: {(1,0,0), (0,1,0)} não é base de R3
¾ É LI mas não gera todo R3
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Base de um Espaço Vetorial
• Teorema: Sejam v1,v2, ...,vn vetores não nulos
que geram um espaço vetorial V. Então dentre
esses vetores podemos extrair uma base de V.
¾ Isso independe de v1,v2, ...,vn serem LD ou LI

• Teorema: Seja um espaço vetorial V gerado


por um conjunto finito de vetores v1,v2,...,vn.
• Então, qualquer conjunto com mais de n
vetores é necessariamente LD (e, portanto,
qualquer conjunto LI tem no máximo n vetores)

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Base de um Espaço Vetorial
• Corolário: Qualquer base de um espaço
vetorial tem sempre o mesmo número de
elementos. Este número é chamado dimensão
de V, e denotado por dim V
• Exemplo 1: V = R2: dim V = 2
¾ {(1,0), (0,1)} e {(1,1),(0,1)} são bases de V
• Exemplo 2: V = R3: dim V = 3
• Exemplo 3: V = M(2, 2): dim V = 4
1 0 0 1 0 0 0 0 É uma
0 0 0 0 1 0 0 1 base de V
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Base de um Espaço Vetorial
• Teorema: Qualquer conjunto de vetores LI de um
espaço vetorial V de dimensão finita pode ser
completado de modo a formar uma base de V
• Corolário: Se dim V = n, qualquer conjunto de n
vetores LI formará uma base de V
• Teorema: Se U e W são subespaços de um
espaço vetorial V que tem dimensão finita, então
dim U ≤ dim V e dim W ≤ dim V. Além disso:
¾ dim(U + W) = dim U + dim W – dim(U ∩ W)

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Base de um Espaço Vetorial
• Teorema: Dada uma base β = {v1,v2, ...,vn} de
V, cada vetor de V é escrito de maneira única
como combinação linear de v1, v2, ...,vn.
• Definição: Sejam β = {v1,v2, ...,vn} base de V e
v ∈ V onde v = a1v1 +...+ anvn. Chamamos
esses números ai de coordenadas de v em
relação à base β e denotamos por:
a1
[v]β = ...
an

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Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 1: V = R2
• β = {(1, 0), (0, 1)}
• (4, 3) = 4.(1, 0) + 3.(0, 1) Observe que os
coeficientes são
• Logo: 4 representados
[(4, 3)]β = como elementos
3 de uma matriz
coluna.

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Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 2: V = R2
• β = {(1, 1), (0, 1)}
• (4, 3) = x.(1, 1) + y.(0, 1) ⇒ x=4 e y=-1
• Logo: 4
[(4, 3)]β =
-1

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Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 3: Observe que a ordem dos
elementos de uma base influi na matriz das
coordenadas de um vetor em relação à esta
base
• V = R2
• β1 = {(1, 0), (0, 1)} e β2 = {(0, 1), (1, 0)}

4 3
[(4, 3)]β1 = [(4, 3)]β2 =
3 4

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Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: Considere:
¾V = {(x, y, z): x + y – z = 0}
¾W = {(x, y, z): x = y}
¾Determine V + W
¾V: x + y – z = 0 ⇒ z = x + y
• Base: (x, y, x + y) = x.(1, 0, 1) + y.(0, 1, 1)
• Logo: Base = [(1, 0 , 1),(0, 1, 1)]
¾W: x = y
• Base: (y, y, z) = y.(1, 1, 0) + z.(0, 0, 1)
• Logo: Base = [(1, 1, 0), (0, 0, 1)] cont…
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Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: (cont..)
¾Como:
¾V = [(1, 0, 1), (0, 1, 1)]
¾W = [(1, 1, 0), (0, 0, 1)]
¾Então V + W = [(1,0,1), (0,1,1), (1,1,0), (0,0,1)]
¾Mas espera-se que o resultado esteja no R3,
logo essa base deve ter algum elemento LD

cont…
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Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: (cont..)
¾(x,y,z)=a(1,0,1)+b(0,1,1)+c(1,1,0)+d(0,0,1)
• x=a+c
• y=b+c
• z=a+b+d

1 0 1 0 x
Sistema: 0 1 1 0 y
1 1 0 1 z

cont…
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Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: (cont..)
¾Solução:
• 2a + d = x – y + z
• 2b + d = y – x + z
• 2c – d = x + y – z
• Se c = 0:
d=z–x–y Claro, não é solução única já
b=y que 4 vetores no R3 implica em
a=x algum ser LD...

cont…
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Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: (cont..)
¾(x,y,z)=a(1,0,1)+b(0,1,1)+c(1,1,0)+d(0,0,1)
¾Logo, V + W = R3
¾dim R3 = dim V + dim W – dim(V∩W)
¾V∩W = ??

cont…
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Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: (cont..)
¾V∩W = {(x,y,z); x + y – z = 0 e x = y}
= {(x,y,z); x = y = z/2}
= [(1, 1, 2)]
¾dim (V∩W) = 1
¾dim R3 = dim V + dim W – dim(V∩W)
¾dim R3 = 2 + 2 – 1 = 3
• Como esperado....

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Mudança de Base

• Sejam β={u1,...,un} e β’= {w1,...,wn} duas bases


ordenadas de um mesmo espaço vetorial V

• Dado o vetor v ∈V, podemos escrevê-lo como:


¾ v = x1u1 + ... + xnun
(1)
¾ v = y1w1 + ... + ynwn

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Mudança de Base
• Como podemos relacionar as coordenadas de
v em relação à base β
x1
[v]β = …
xn
• com as coordenadas do mesmo vetor v em
relação à base β’
y1
[v]β’ = …
yn
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Mudança de Base
• Já que {u1,...,un} é base de V, podemos escrever
os vetores v e w como combinação linear dos uj,
isto é:
w1 = a11u1 + a21u2 + ...+ an1un
w2 = a12u1 + a22u2 + ...+ an2un (2)
......
wn = a1nu1 + a2nu2 + ...+ annun
• Substituindo (2) em (1):
v=y1w1+...+ynwn=y1(a11u1+...+an1un)+..+yn(a1nu1+...+annun)
= u1(a11y1+...+an1yn)+..+un(a1ny1+...+annyn)

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Mudança de Base
• Mas v = x1u1 + ... + xnun, e como as coordenadas
em relação a uma base são únicas temos:
x1 = a11y1 + ... + an1yn
..... Observe que as linhas
viraram colunas!
xn = a1ny1 + ... + annyn
• Ou, em forma matricial
x1 a11 ... a1n x1
… = … … … …
xn an1 … ann xn

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Mudança de Base
• Isso é denotado por:
a11 ... a1n
β’
[ I ]β = … … …
an1 … ann
• Temos:
β’
[v]β = [ I ] β [v]β’
β’
[I ]β ⇒ Matriz de mudança da base β’ para a base β
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Mudança de Base
β’
• Observe que, encontrando [ I ] , podemos
β
encontrar as coordenadas de qualquer vetor v

em relação à base β, multiplicando a matriz

pelas coordenadas de v na base β’

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Mudança de Base
• Exemplo: Sejam β={(2,-1), (3,4)} e β’={(1,0),(0,1)}
bases de R2: β’
[ I ]β = ?
w1 = (1,0) = a11(2,-1) + a21(3,4) = (2a11+ 3a21, -a11+ 4a21)
⇒ 2a11+3a21 = 1 e -a11+4a21 = 0
⇒ a11 = 4a21 ⇒ a21 = 1/11 e a11 = 4/11
w2 = (0,1) = a12(2,-1) + a22(3,4) = (2a12+ 3a22, -a12+ 4a22)
⇒ 2a12+3a22 = 0 e -a12+4a22 = 1
⇒ a22 = 2/11 e a12 = -3/11

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Mudança de Base
• Exemplo: (cont.)
– Assim:
• w1 = (1,0) = (4/11)(2,-1) + (1/11)(3,4)
• w2 = (0,1) = (-3/11)(2,-1) + (2/11)(3,4)

4/11 -3/11
β’
[I ]β =
1/11 2/11
Linhas tornam-se
colunas!!!

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Mudança de Base
• Exemplo: (cont.) Podemos usar essa matriz para
encontrar, por exemplo, [v]β para v = (5, -8)

β’
¾ [(5, -8)]β = [I ]β [(5, -8)]β’
4/11 -3/11 5 4
= =
1/11 2/11 -8 -1

Isto é: (5, -8) = 4.(2, -1) + (-1).(3, 4)

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A Inversa da Matriz Mudança de Base
β’
• Temos [v]β = [ I ]β [v]β

β β’
• Um fato importante é que [I ]β’ e [I ]β são
matrizes inversíveis:
β’ -1 β
¾( [ I ] ) = [ I ]
β β’

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A Inversa da Matriz Mudança de Base

• Exemplo:
β’
¾ Do exemplo anterior, vamos calcular [I ]β a partir
β β é fácil de ser
de [ I ]β’ . Note que [I ]β’
calculada pois β’ é a base canônica:
• (2, -1) = 2.(1, 0) + (-1).(0, 1)
• (3, 4) = 3.(1, 0) + 4.(0, 1)
β 2 3
¾ Assim: [ I ] =
β’ -1 4
β’ 4/11 -3/11
¾ Então: [ I ] = 2 3 -1 =
β -1 4 1/11 2/11
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Espaço Vetorial
• Exercício 18: Considere o subespaço de
R4 gerado pelos vetores v1 = (1,-1,0,0),
v2=(0,0,1,1), v3=(-2,2,1,1) e v4=(1,0,0,0)
ƒ a) O vetor (2, -3, 2, 2) ∈ [v1,v2,v3,v4]?
ƒ b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual
sua dimensão?
ƒ c) [v1,v2,v3,v4] = R4?

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Espaço Vetorial
Cont.
• Exercício 18:
– a) O vetor (2, -3, 2, 2) ∈ [v1,v2,v3,v4]?
– Ou seja, existem a, b, c, d, tal que:
(2, -3, 2, 2) = a.(1,-1,0,0) + b.(0,0,1,1) +c.(-
2,2,1,1) + d.(1,0,0,0)
a – 2c + d = 2
-a + 2c = -3 1 0 -2 1 2
b+c=2 -1 0 2 0 -3
b+c=2 0 1 1 0 2

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Espaço Vetorial
Cont.
• Exercício 18:
– a) O vetor (2, -3, 2, 2) ∈ [v1,v2,v3,v4]?
Solução: a = 3, b = 2, c = 0, d = -1
Logo, como existe solução, o vetor pertence a
[v1,v2,v3,v4]

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Espaço Vetorial
Cont.
• Exercício 18:
ƒ b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual
sua dimensão?
1 -1 0 0 1 0 0 0
0 0 1 1 0 1 0 0
-2 2 1 1 0 0 1 1
1 0 0 0 0 0 0 0
Com isso, descobrimos que v4 é combinação linear dos
outros vetores. Logo, a base é formada por [v1,v2,v3].
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Espaço Vetorial
Cont.
• Exercício 18:
ƒ b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual
sua dimensão?
ƒ Base = [v1,v2,v3] ⇒ dim = 3
ƒ c) [v1,v2,v3,v4] = R4?
ƒ Como dim Base = 3 e dim R4 = 4, então
[v1,v2,v3,v4] ≠ R4

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Espaço Vetorial
• Exercício 19: Considere o subespaço de
R3 gerado pelos vetores v1=(1,1,0),
v2=(0,-1,1) e v3=(1,1,1).
• [v1,v2,v3]=R3?

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Espaço Vetorial
Cont.
• Exercício 19: Solução 1:
ƒ Existem a, b, c tal que:
(x, y, z) = a.(1,1,0) + b.(0,-1,1) + c.(1,1,1)

a+c=x a = 2x – y - z
a-b=y b=x-y
b+c=z c = -x + y + z

Ou seja, há valores para a, b e c que


podem gerar qualquer vetor no R3.
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Espaço Vetorial
Cont.
• Exercício 19: Solução 2:
ƒ Vamos tentar escalonar:
1 1 0 1 0 0
0 -1 1 … 0 1 0
1 1 1 0 0 1

O que isso significa?


Significa que, com esses vetores e operações
lineares, conseguimos gerar a base canônica.
Logo, podemos gerar todo o R3.
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Exercícios Sugeridos
• 2
• 4
• 6
• 7
• 8
• 9
• 11
• 15
• 25
• 29
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A Seguir...
• Transformações Lineares

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